CAPÍTULO 30
2300 ou 1150 DIAS? Jeová responde!
O folheto “As Duas Mil e Trezentas Tardes e Manhãs”,
do Pastor Genésio Mendes, da Igreja Adventista da Promessa,
diz à página 5 para se consultar a “Bíblia
Católica dos Frades Beneditinos”, no intuito de
abonar sua doutrina de Daniel 8: 14, ser 1150 dias.
Ele faz referência a I Macabeus 1: 45-47. (Pág. 6
do folheto).
Bem, não creio que seja correto firmar uma doutrina baseando-se
em livros apócrifos. Isto é: Livros que os cristãos
não aceitam como inspirados, e que todas as igrejas cristãs
rejeitam. Macabeus é um deles.
Por isso, imagino que o Pastor Genésio se engana em sua
doutrina dos 1150 dias, bem como se equivocou ao escrever em seu
folheto o seguinte: “...a gentalha Adventista...alguns com asas
de perú, empoleirados nas árvores, certamente para
facilitar o vôo, outros de roupas brancas, feitas por eles
mesmos, sei lá... iam voar para o Céu, em 22 de
outubro de 1844.”
Isto não aconteceu! Foi provado e é reconhecido
por pastores idôneos, de variadas denominações,
que os mileritas (“gentalha Adventista”) não se trajaram
desta maneira neste fatídico dia 22/10/1844 em que aguardavam
a volta de Jesus. Portanto, não se credite mais esta maldade
aos desapontados, mas sinceros mileritas. (Leia o capítulo
GUILHERME MILLER PAI DO MOVIMENTO DO ADVENTO NOS EUA).
“A frase traduzida por ‘dias’ significa um período de
24 horas.
A frase em hebraico é ereb boqer, que significa literalmente:
‘tarde-manhã’.
Esse mesmo conjunto de palavras é usado 22 vezes no AntigoTestamento
hebraico. Quando a intenção é indicar um
período de 24 horas, sempre aparece ‘tarde-manhã’e
nunca ‘manhã-tarde’... A relação entre Daniel
8 e 9 revela que os 2300 dias são anos e indica o ponto
de início do período. A visão de Daniel 9
foi dada em 538 a.C., 13 anos depois da visão de Daniel
8 (551 a.C.).
Gabriel disse a Daniel que ‘setenta semanas’ (‘setenta setes’,
em hebraico), seriam cortadas dos 2.300 dias.
Esses ‘setenta setes’ devem se referir a 490 anos, porque eles
devem chegar até o tempo do Messias. Como 490 anos não
podem ser tirados de 2.300 dias literais, esses dias devem ser
símbolos proféticos de 2.300 anos.”
– Lição nº 4 Esc. Sab., 3º trim/96 p.
5, 24/7/96
“A teoria de Antíoco não teve origem cristã.
Foi um pagão e inimigo do cristianismo chamado Porfírio,
conhecido pela alcunha de ‘Sofista’ (que morreu no ano 304 d.C.)
o inventor da teoria. Ele a forjou com o intuito de desacreditar
o livro de Daniel, e tentar provar que aquele livro foi escrito
depois de terem ocorrido os fatos apontados pela profecia.” Grifo
meu.
A.B. Christianini, Rev. Adventista 4/73, pág. 7.
A grande profecia de Daniel 8:14, a maior da Bíblia, tem
sido especulada da maneira mais psicodélica. Deste folheto
distribuído pela igreja que advoga a morte do Senhor na
quarta-feira, o escritor tenta convencer que as sete tardes e
sete manhãs da criação, são quatorze
tardes e manhãs. Vamos conhecer a verdade bíblica.
GRÁFICO 3 – TARDE E MANHÃ
Pois bem, dentro desta premissa (7 dias = 14 tardes manhãs?),
transforma-se 2300 tardes e manhãs, em 1150 dias, levando
o leitor, não atento, à aceitar a teoria epifanista.
(Quem desejar dissecar o assunto, com riqueza de detalhes, documentação
farta em uma notável dissertação, leia as
Revistas Adventistas de março, abril e outubro de 1973,
onde o Pastor Arnaldo Christianini tritura esta teoria).
Bem, que a criação de todas as coisas se deu em
seis dias, nenhum de nós, cristãos, duvidamos. Que
Deus descansou no Sábado e que o dia é composto
de uma tarde e uma manhã, também é irrecusável,
mas... entender que sete tardes e sete manhãs, são
quatorze tardes e manhãs é no mínimo, um
sincero, para não dizer sutil, descuido matemático.
Se uma tarde e uma manhã perfazem um dia de 24 horas, como
ensina a Bíblia, sete tardes e sete manhãs são
claríssimamente 7 dias. Como quatorze tardes e quatorze
manhãs são 14 dias. Da mesma forma vinte e oito
tardes e vinte e oito manhãs são 28 dias. E assim
sucessivamente.
GRÁFICO 4 – TARDE E MANHÃ GRANDE
ESCLARECENDO: – “Quarenta Dias e Quarenta noites”
(Gên. 7:4, 12. Êxo. 24:18. I Reis 19:8. Mat. 4:2).
• São 20 dias ?!
• São 40 dias ?!
• São 40 ou 80 tardes e manhãs ?!
Ora, é evidente que são 40 dias completos (ciclos
de 24 horas), compostos de quarenta tardes e quarenta manhãs.
Como estamos fazendo juntos, busquemos na simplicidade das Escrituras,
esta equação divina.
Uma tarde e uma manhã não podem ser duas tardes
e duas manhãs. Será sempre um dia. Assim sendo,
2300 tardes e manhãs são 2300 dias literais, completos
ciclos de 24 horas. E mais: Como se trata de tempo profético,
são então 2300 anos, porque no estudo da profecia
um dia equivale a um ano. É a Bíblia quem estabelece
o dia-ano como “padrão para tempo profético”. Eis
a prova: “Cada dia representa um ano...Quarenta dias te dei, cada
dia por um ano.” Núm. 14: 34. Eze. 4: 6.
Diante da contundência do argumento bíblico, buscam-se
uma saída dizendo que “tarde e manhã” siginifica
holocaustos. Será verdade? O Pastor Adventista Arnaldo
Christianini, de grata memória, nos dá, a respeito,
esta luz:
• “Nas ocorrências de ‘tarde e manhã’ no 1º
capítulo de Gênesis ainda não havia sequer
a idéia de holocaustos, os quais só aparecem posteriormente
no código levítico, e nenhuma relação
se pode estabelecer entre tarde e manhã e holocausto, e
muito menos tentar designar ‘tarde e manhã’ como unidade
separada de um todo. É contra a verdade, a exegese, a lógica,
o bom senso e a razão.
• “Sempre que a Bíblia se refere a holocaustos de um dia,
ela os indica em ordem inversa, isto é, em vez de ‘tarde
e manhã’, diz ‘holocausto da manhã e da tarde’,
sempre incluindo nescessariamente a palavra ‘holocausto’. Importante:
vem sempre em primeiro lugar o holocausto da manhã, que
era o mais importante, contínuo, e em segundo lugar o holocausto
da tarde. Ler. Êxo. 29:39. Lev. 6: 20. Núm. 28: 4.
II Crôn. 2: 4; 31: 3. Esdras 3: 3. II Crôn. 13: 11.
etc.
• “O holocausto da manhã, como se disse, era o principal,
contínuo e sua regularidade era absoluta (Núm. 28:
23. Lev. 9: 17. Amós 4: 4, etc). Portanto é precaríssimo
o argumento de que ‘tardes e manhãs’ signifiquem holocaustos.
Não tem a menor base, mesmo porque os holocaustos também
se realizavam em horas intermediárias.” – Revista Adventista,
4/73, pág. 7. Grifos meus.
Tais argumentos por si só bastariam para os que sinceramente
buscam a perfeição em Cristo, porém daremos
a palavra ao poderoso Jeová:
Daniel 8: 26
“A visão da tarde e da manhã... se refere a dias
ainda muito distantes.”
Percebe? – Se O criador diz “dias”, quem terá a coragem
de dizer “holocaustos”? Quem contestará o Senhor? Que não
sejamos nós, amados.
A última etapa deste estudo é o cumprimento desta
profecia. O livro Doutrinal (manual de fé da Igreja Adventista
da Promessa), diz à página 146, que as 2300 tardes
e manhãs, que foram reduzidas para 1150 dias (o que não
confere com suas próprias interpretações);
não é exata nos dias, nos números nem nos
anos (*), se cumpriram em 168/165 a.C., na pessoa de Antíoco
Epifânio, rei selêucida.
CONFIRAMOS: Graças a Deus já sabemos
que se trata de dias, e não holocaustos. Que são
2300 dias e não 1150. Agora, quando isto se cumprirá?
Em 168/165 a.C.?
Daniel 8: 17
“...porque a visão se realizará no Fim do Tempo.”
Daniel 8: 19
“...porque ela (a visão) se exercerá no determinado
Tempo do Fim.”
O livro de Daniel, como é sabido, estava “selado” desde
o sexto século a.C. (Daniel 12:9). E se está selado,
está mesmo. Somente seria aberto no Tempo do Fim (Daniel
12: 4,9), e não pode haver dois tempos do fim, o dos selêucidas
(Antíoco Epifânio) e o nosso (século XX).
Na época de Antíoco, o livro de Daniel estava no
pergaminho, e “selado”, pois que, nesta ocasião não
lhe deram especial atenção nem a ciência havia
sido multiplicada, como são as características exigidas
em Daniel 12: 4 e que ocorreriam matematicamente no Tempo do Fim.
Querido irmão, se a Bíblia afirma que o período
profético dos 2300 anos teria cumprimento noTempo do Fim,
como pois se pode ensinar tenha-se cumprido no tempo dos selêucidas
(168/165 a.C.), não é? (Deste período seriam
tirados 490 anos, lembra-se? Como se pode tirar 490 anos de 2.300
dias?). Pior será tirar de 1150 dias!
(*) “Dizem alguns que dá 3 anos e 10 dias, o que seriam
1105 dias. Não dá 1150 dias de modo nenhum. O problema
é o seguinte. Se se tomar o ano judaico de 360 dias, sem
admitir que tivesse havido a inserção do 13º
mês (o Ve-Adar) que destinava a acertar o tempo das estações
e aproximar-se do ano solar, então teremos, de fato, apenas
1105 dias. Mas nunca 1150 que ‘seriam’ exigidos pela profecia
dos epifanistas. Por outro lado, se se admite a inserção
do13º mês (como se fazia, de quando em quando, obrigatoriamente,
nos calendários lunares, e o judaico o era), então
teremos, quem sabe, 1120 ou 1130 dias. Se se tomam os meses lunares
que somam o ano de 354 dias, então dará menos ainda...
nunca dará 1150 dias. Sempre ficarão faltando dias.
Sempre. Nem colocando isto tudo num leito de Procusto, com amputações
ou acréscimos, se conseguirá o total exato de 1150
dias.” – Revista Adventista 3/73, A.B. Christianini.
Estarmos vivendo hoje (2002), é uma prova de que este cumprimento
está falido. E mais, fosse verdade, Jesus não teria
nascido e assim ninguém se salvaria. Jesus nasceu aproximadamente
200 anos mais tarde, e já estamos vivendo 2000 anos depois
Dele e o fim ainda não aconteceu.
– Logicamente, jamais poderia ter sido o “Tempo do Fim”, a época
de Antíoco.
Estas, pois, são as razões bíblicas, claras
e evidentes.
Com sinceridade não duvido que o “Tempo do Fim”, ou o “Determinado
Tempo do Fim”, começou no século passado, quando
se deram o cumprimento dos grandes sinais precursores da volta
de Jesus (Joel 2: 30, 31. Isaías 13: 10. Amós 8:9.
Mateus 24: 6-8, 11, 24, 29. Lucas 21: 9-11, 25, 26), corroborado
com o grande avanço tecnológico e científico.
Daniel 12: 4.
Não é por conseguinte, mais razoável, lógico
e correto, aceitar que o cumprimento dos 2300 anos tenha sido
em 1844 (leia o capítulo 32), quando de fato, tal data
está dentro do contexto do final de todas as coisas? A
ciência, os meios de comunicação e os próprios
povos, indicam-nos que estamos vivendo os “Tempos do Fim”.