CAPÍTULO 33
DOM DE PROFECIA RESTAURADO À IGREJA
ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA, DE
ACORDO COM A PROFECIA
•“Um Tempo, Tempos e Metade de um Tempo”, Matemática Divina
•O Livro Selado
•O Livro Aberto
•Restaurado o Dom Profético
“Não havendo profecia, o povo se corrompe...” Prov. 29:18
No Pentecostes, Deus deu à Sua igreja o Dom de Línguas.
– Os discípulos, então, cumpriram o Ide!
Dois mil anos depois, Deus deu à Sua igreja o Dom de Profecia.
– E ela também o está cumprindo.
“TEMPO, DOIS TEMPOS E METADE DE UM TEMPO”, MATEMÁTICA
DIVINA
Da Reforma Protestante do Século XVI surgiu a Igreja Luterana
(1517), que, embora tivesse restaurado a grandiosa verdade da
justificação pela fé e a autoridade da Bíblia,
ainda continuava a praticar o batismo por aspersão.
Posteriormente, com raízes da Igreja Luterana, surgiu o
anglicanismo (1534), que gerou os Puritanos, Episcopais, Separatistas,
Quakers, Congre-gacionalistas, etc. Em seguida surgiu a Igreja
Batista (1609), cujos dirigentes aceitaram o batismo por imersão,
que em verdade é o batismo bíblico; surge depois
a Igreja Metodista (Século XVIII), por acreditarem seus
dissidentes haver a necessidade especial de métodos no
culto; finalmente, os pentecostais (Século XX), etc.
Surgiram assim as grandes Igrejas (vide gráfico à
pág. 460), cada uma aceitando variados pontos doutrinários,
porém indiferentes em restaurar completamente a Lei de
Deus, bem como negando a doutrina da mortalidade da alma.
Embora a Bíblia mencione a volta de Jesus mais de 2500
vezes, esta doutrina não recebeu enfoque nas Igrejas Reformadas.
A Bíblia não menciona o dia e a hora desta volta,
mas, nem por isso deve-se deixar de pregá-la. A volta de
Jesus é fato confirmado e urgente, bem como a maior esperança
do crente.
Sabemos pela Bíblia, especificamente pelo livro de Daniel,
onde há uma profecia clara e definida, que o despertamento
para a mensagem do advento do Se-nhor seria depois de um determinado
período de tempo, que se estenderia até o “Tempo
do Fim”, quando então se levantariam homens em todos os
quadrantes da Terra, para proclamar exclusivamente esta mensagem
ao mundo. Vamos buscá-la:
Daniel 12: 5 – “E eu, Daniel, olhei, e eis que estavam outros
dois, um desta banda, à beira do rio, e o outro da outra
banda, à beira do rio.”
Pois bem, o profeta vê dois anjos, um de cada lado do rio
Tigre da Mesopotâmia. Um anjo interroga o outro:
Daniel 12: 6 – “E ele disse ao homem vestido de linho, que estava
sobre as águas do rio: Que tempo haverá até
ao fim das maravilhas?”
Caro irmão, que acha você seja a maior maravilha
que pode ocorrer neste mundo, que é palco de sofrimento,
lágrimas e violência? – Sim, a volta gloriosa do
Senhor Jesus! Esta é a maior maravilha, na verdade é
o fim das maravilhas.
Observemos a pergunta do anjo: “Que tempo haverá até
o fim das maravilhas?” Certamente, o fim é a maravilha
maior: A volta de Jesus. Mas, aconteceriam “maravilhas” que antecederiam
a vinda do Senhor, e são sem dúvida nenhuma, irmão,
os grandes sinais proféticos, precursores da volta de Jesus
– a maior maravilha de todos os tempos.
E estas maravilhas, isto é, os grandes sinais proféticos,
são os sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; terremotos,
angústia entre as nações, mencionados em
Lucas 21, Mateus 24, e em outros livros. Consideremos agora a
resposta do anjo:
Daniel 12:7
“E ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas
do rio, quando levantou a sua mão direita, e sua mão
esquerda ao Céu, e jurou por Aquele que vive eternamente
que depois de um tempo, dois tempos, e metade de um tempo, e quando
tiverem acabado de destruir o poder do povo santo, todas estas
coisas serão cumpridas.”
“A resposta do homem vestido de linho não se fez esperar.
Erguendo as mãos para o Céu, jurou pelo Eterno,
em afirmativa de que ia dizer em testemunho da verdade. Seu juramento
referiu-se ao exato tempo em que terá lugar o início
do tempo chamado ‘fim do tempo’, e bem assim o tempo inicial das
‘maravilhas’ anunciadas.” – Testemunho Histórico das Prof.
de Daniel, pág. 721. A.S. Mello.
Para descobrirmos a verdade desta profecia, e o ponto de partida
para sua interpretação, basta voltar uma página
atrás:
Daniel 11:13
“Porque o rei do norte tornará, e porá em campo
uma multidão maior do que a primeira; e ao cabo de tempos,
isto é, de anos...”
Veja como é clara a interpretação bíblica,
pela Bíblia; diz ela que o vocábulo tempos é
o mesmo que anos. Sendo assim, sabemos que o período de
tempo mencionado pelo anjo, em cujo final aconteceriam os sinais
da volta de Cristo, são 3.1/2 anos proféticos. (1
tempo, 2 tempos e 1/2 tempo).
Daniel 7:25
“E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá
os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos
e a lei; e eles serão entregues na sua mão por um
tempo, dois tempos e metade de um tempo.”
Aqui novamente é focalizado o período dos 3.1/2
anos proféticos, durante os quais a Lei de Deus seria mudada,
fato comprovado hoje; o tempo bíblico que marca o ciclo
de 24 horas deixou de ser de pôr-do-Sol a pôr-do-Sol,
e é aceito como de meia-noite a meia-noite; o povo de Deus
seria perseguido e morto, verdade que a história confirma
fielmente. E palavras contra o Altíssimo, nada mais são
do que a acintosa determinação de mudar o que Deus
não altera, nem modifica; a resolução de
criar dogmas e ensiná-los, sem a aprovação
e o sinete do Céu, com a prerrogativa de que: “Ocupamos
na Terra o lugar de Deus Todo Poderoso.” – Papa Leão XIII,
Encyclical Letter, Junio 20, 1894, The Encyclical Letters of Leo
XIII, pág. 304.
Assim, irmão, tudo isso aconteceria durante o transcorrer
deste período de “um tempo, dois tempos e metade de um
tempo”, em cujo final as “maravilhas” (sinais) começariam
a aparecer. A partir de agora você irá observar como
os livros de Daniel e Apocalispe estão interligados. Daniel
12:7; 7:25 e Apocalipse 12:14, todos estes textos mencionam: “um
tempo, dois tempos e metade de um tempo”, perfazendo um total
de 3.1/2 tempos.
Por outro lado, são também 3.1/2 anos, pela interpretação
de Daniel 11:13. Se um tempo é igual a um ano, dois tempos
são dois anos, e metade de um tempo é igual à
metade de um ano.
A Bíblia transforma estes 3.1/2 tempos ou anos proféticos
em 42 meses, dentro do mesmo escopo escatológico.
Apocalipse 13:5
“E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias;
e deu-se- lhe poder para continuar por 42 meses.”
Este é o mesmo poder que Daniel apresenta como perseguindo
a igreja, alterando a Lei de Deus, e a igreja assim, teria de
fugir por este período de tempo, a fim de não sucumbir
totalmente.
Então entendamos a matemática divina. Já
sabemos que 3.1/2 tempos são 3.1/2 anos. Se um ano tem
12 meses, 3.1/2 anos são exatamente 42 meses. Senão,
somemos: 1 ano = 12 meses. 2 anos = 24 meses. 1/2 ano = 6 meses.
Total : 12 meses + 24 meses + 6 meses = 42 meses.
Mas a cronologia profética e o desmembramento deste período,
bem a miúdo, não param aí. A Bíblia
transforma estes 42 meses em dias.
Apocalipse 11:3; 12:6
“E darei poder às minhas testemunhas, e profetizarão
por 1260 dias, vestidas de saco... E a mulher (igreja) fugiu para
o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para
que ali fosse alimentada durante 1260 dias.”
Estes textos são claros e definidos; durante este período
a igreja seria perseguida (na pessoa de seus fiéis), porém
guardada pelo Senhor, reservando-lhe, inclusive, um lugar de refúgio.
Retornemos à matemática divina: 3.1/2 tempos são
o mesmo que 3.1/2 anos. E 3.1/2 anos são 42 meses. Como
na profecia o mês é de 30 dias, multiplicamos 30
dias por 42 meses, e chegamos ao total mencionado por João:
1260 dias, exatamente como diz a palavra profética.
Poderá alguém manifestar-se incrédulo e não
aceitar esta verdade, achando que o mês conforme os temos,
não são somente de 30 dias. Dá-se o caso
de alguns terem 31 e 29 dias. Mas esta dificuldade não
teve Deus quando determinou que para o esclarecimento desta profecia
o mês teria 30 dias e o ano 360 dias.
Aliás, foi Deus quem estipulou tais números, apenas
os coloquei em ordem para entendermos o período no qual
se daria a grande apostasia, perseguição dos santos
e lançamento das Verdades de Deus por terra. Daniel 8:12.
Deus dá sabedoria para decifrar Sua palavra; o homem deve
esforçar-se por descobrir a Verdade, e quando achá-la,
deve retê-la como tesouro sem igual. E esta é a Verdade:
Deus estabeleceu que 42 meses são 1260 dias; por conseguinte,
o mês profético é de 30 dias. Aliás,
o mês dos homens é que é complicado.
Pois bem, afirma a Bíblia que “um tempo, dois tempos e
metade de um tempo” são 1260 dias. Como se trata de um
período profético, são então: 1260
dias proféticos. De acordo com as Escrituras (Eze. 4:4-6;
Núm. 14:34: Lev. 25:8), tratando-se de profecia, um dia
equivale a um ano. Temos, portanto, um período profético
de 1260 anos literais, que se estenderia até o “tempo do
fim”.
Daniel 12:9
“... vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas
e seladas até o tempo do fim...”
Isto é, o livro de Daniel estaria “fechado” até
o final dos 1260 anos, quando então seria aberto, ou seja:
suas profecias seriam estudadas e compreendidas.
Resta-nos, portanto, descobrir o início dos 1260 anos,
e este infalivelmente se deu quando o “decreto do imperador Justiniano,
emitido em 533 d.C. reconheceu o papa como o cabeça de
todas as igrejas.” – Código de Justiniano, Livro 1, título
1, Baroniusos, Anls d.C. 533.
“A pesada derrota dos Ostrogodos no cerco de Roma, cinco anos
mais tarde 538 d.C., foi um golpe mortal para a independência
do poder ariano que governava a Itália, e constituiu, portanto,
uma data notável no desenvolvimento da supremacia papal.
Com o período de 533-538, pois, começaram os mil,
duzentos e sessenta anos desta profecia, que se estenderiam até
o período de 1793-1798. O ano de 1793 foi o ano do reinado
do terror na Revolucão Francesa, e o ano em que a religião
católica, romana, foi abandonada na França, e em
seu lugar foi instituído o culto da razão. Como
resultado direto da revolta contra a autoridade papal, na revolução
francesa, o exército francês, sob o comando de Berthier,
entrou em Roma, e a 10 de fevereiro de 1798, o papa foi aprisionado,
morrendo no exílio na cidade de Valença, no ano
seguinte.” – Estudos Bíblicos pág. 196.
Eis aí então, o testemunho infalível da História
Geral, que confirma a profecia bíblica.
Voltemos à matemática divina: Ano 538 (supremacia
papal) + 1260 anos (tempo em que este poder perseguiria a Igreja
de Cristo; lançaria suas Verdades por terra, substituindo-as
por tradições) = 1798, data da queda do papado.
Por conseguinte, tendo fim este poder no ano de 1798, terminou
assim matematicamente o período de 1260 anos, quando então
se daria, primeiro, a abertura do livro de Daniel, e, segundo,
o cumprimento (início) dos grandes sinais proféticos,
indicadores da volta gloriosa do Senhor Jesus.
Por conseguinte, 1798 é o término dos 1260 anos
e o começo do Tempo do Fim. Início das “maravilhas”.
Aguarde!
GRÁFICO - 1260 DE PERSEGUIÇÃO
O LIVRO SELADO
Daniel 12: 4,9
“E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até
o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra,
e a ciência se multiplicará...Vai, Daniel, porque
estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo
do fim.”
A ordem que o anjo deu a Daniel era que seu livro deveria estar
selado (fechado) até ao “tempo do fim”, isto é,
não seria compreendido, nem se lhe daria especial atenção
até que se completassem os 1260 anos (1798 d.C.). Disse
o anjo que, após esta data (1798 – início do tempo
do fim), a ciência se multiplicaria, os grandes sinais proféticos
surgiriam no Céu e na Terra, e o livro de Daniel seria
“aberto”; sendo compreendido pelo povo, seus mistérios
desvendados, suas profecias decifradas.
Esta linda história profética se confirma, primeiro,
no campo da ciência tecnológica. Observe:
“Quando George Washington, primeiro presidente dos EUA, pôs
sua assinatura na primeira Lei Federal de Patentes, a 10 de Abril
de 1790, ninguém podia imaginar, em toda a sua magnitude,
o que esse ato iria significar. Apenas se passaram 120 anos desde
aquele fato até que se registrou o primeiro milhão
de invenções! Isto é, as invenções
que receberam patente, só naquele país americano,
chegaram a um milhão no ano de 1910, quando 1000 sábios
escolheram as sete maravilhas de seus dias: o telégrafo
sem fios, o telefone, o aeroplano, o rádio, a antissepsia
e as antitoxinas, a análise espectral e os raios X. No
ano de 1934, naquele país, registrou-se o segundo milhão
de invenções. Para o primeiro milhão havia
sido necessário que transcorresse quase um século
e um quarto. Para o segundo milhão só se passaram
24 anos.” – O Mundo do Futuro, pág. 24, D.H. Dupuy.
“E que diríamos das milhões de invenções
científicas nos demais países? Se na verdade fosse
possível volvermos 150 anos ou menos, atrás, não
teríamos nenhuma das maravilhosas realizações
da ciência moderna que agora temos e desfrutamos. Como jamais
ocorreu no mundo passado, a hodierna civilização
pode desfrutar confortavelmente de benefícios sem conta.
Do trem ou estrada de ferro, do automóvel, da navegação
marítima, da aviação, do rádio, do
telefone, do telégrafo, do prelo ou da imprensa, da fotografia,
da eletricidade, da arquitetura. E pensemos no interminável
cortejo de invenções utilíssimas que nos
legaram os sábios da ciência. Seria interessante
meditarmos na moderna medicina, com seus aparatos e laboratórios,
nas instalações sanitárias, e água
e esgoto, nas câmaras refrigeradoras, no ferro elétrico,
nas máquinas de lavar, nos grandes teares, na máquina
de costura, nas inumeráveis indústrias manufatureiras,
na máquina de escrever, no cérebro mecânico,
na magia dos discos e fitas que tocam, falam e cantam, na música
em geral, no fonógrafo, na televisão, nas obras
de arte e engenharia, nos aperfeiçoamentos agrários,
nos bondes elétricos, nas letras e artes, na astronomia,
nos dentes postiços, na matéria plástica,
na ótica moderna, no elevador, no relógio, no gás
de iluminação e de cozinha, no rádium, na
energia atômica.” – Testemunho Histórico das Profecias
de Daniel, pág. 717-718, A.S. Mello.
Esta resenha infinda e incompleta, trago para você, irmão,
como algo maravilhoso do cumprimento da palavra profética,
pois é fato comprovado: Todos estes inventos se deram exatamente
após o início do “tempo do fim”, isto é,
depois de 1798. Se retrocedessemos século e meio, encontraríamos
o mundo como deixaram os patriarcas. Mas, no alvorecer do século
dezenove, “o mundo despertou do sono milenar, e... raiou o tempo
do fim, em que a ciência se deveria multiplicar”. Idem.
Paralelamente, os grandes sinais deveriam também ocorrer
e de fato assim se deram. Eu aceito que tenha sido o grande terremoto
de Lisboa, quando ela quase foi totalmente destruída em
1755, o primeiro da cadeia dos grandes sinais precursores do regresso
do Senhor, que ocorreriam imediatamente após o término
dos 1260 anos, em 1798.
Os irmãos que estão atentos a estas considerações
certamente devem imaginar: Como coadunar a data de 1755, em que
se deu o terremoto de Lisboa, com a data de 1798, que marcou o
início do tempo do fim, se esta data é posterior
àquela? Alguém inquirirá: Que fará
o irmão Lourenço Gonzalez agora?
– Nada, respondo! Simplesmente buscarei na Bíblia a solução
para o enigma porque não há nela nenhum problema
que ela mesma não traga solução, ainda mais
quando o seu ensino é claro: “...nenhuma profecia da Escritura
é de particular interpretação” (II Pedro
1:20). Por isso, que a Escritura fale! Ouça:
Mateus 24: 22
“E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne
se salva- ria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados
aqueles dias.”
– Quais dias seriam abreviados?
– Lógico, seriam abreviados os dias da grande apostasia
e da perseguição ocorrida durante o período
dos 1260 anos (Desde a supremacia papal, em 538 d.C., até
sua derrocada pelo general de Napoleão Bonaparte, em 1798,
milhões de crentes morreram impiedosamente nas mãos
deste poder, à medida que era introduzida a apostasia total,
com adoração de imagens, culto aos mortos, substituição
da Bíblia por catecismos e formas litúrgicas, santificação
de mortos, etc...).
Assim, o tempo necessariamente foi abreviado em cerca de 45 anos,
pois o último mártir cristão morreu por volta
do ano de 1753. Confirme: (1.798 (queda do papado) – 1.753 (fim
dos martírios) = 45 anos).
Portanto, não tenhamos dúvida que há veracidade
em ter sido o terremoto de Lisboa o primeiro da cadeia dos grandes
sinais proféticos do regresso de Jesus, acontecido exatamente
dentro do período profético focado.
Vinte e cinco anos mais tarde, a 19 de Maio de 1780, o dia amanheceu
normal como os demais, até que, às dez horas da
manhã, uma escuridão fantástica abateu-se
sobre os E.U.A., sem nenhuma razão natural, nem possibilidade
de ter sido um eclipse, pois neste dia a posição
da Lua em relação à Terra era justamente
oposta à do Sol. Herschel, o grande astrônomo inglês,
diz: “O dia escuro da América do Norte foi um dos mais
extraordinários fenômenos da natureza, que será
sempre lido com interesse, mas a ciência é incapaz
de explicá-lo”. Naquela noite, as trevas dissiparam-se
e a Lua apareceu vermelha como uma bola de sangue. Joel 2; Luc.
21.
Cinquenta e três anos mais tarde, na madrugada de 12 para
13 de Novembro de 1833, ocorreu a notável queda de estrelas
cadentes, “a maior demonstração de fogos celestes
que já houve desde a criação do mundo, ou
pelo menos nos anais compreendidos nas páginas da história...
A extensão da chuva (de estrelas cadentes) foi tal que
cobriu parte considerável da superfície da Terra”,
alcançando o Atlântico, o Pacífico, a costa
norte da América do Sul, até as longínquas
regiões das possessões britânicas ao Norte
dos E.U.A. Apocalipse 6:13.
As grandes comoções bélicas, conflitos constantes,
bombas atômicas, guerra fria, fome, peste, violência,
usinas nucleares, enfim, este rosário de miséria
que tira a paz dos homens, e os leva a atemorizarem-se e desmaiarem
de terror (Luc. 21:26), são o cumprimento fiel profetizado
por Daniel, e que ocorreria imediatamente após o período
dos 1260 anos.
Particularmente, aceito como sendo o último grande sinal
da volta de Jesus, que se daria nos Céus, segundo a leitura
de Lucas 21: 26 – “As potências do Céu seriam abaladas...”;
foi quando, no aprimoramento das grandes máquinas e foguetes
propulsores de grande alcance, colocou-se na Lua os homens desta
Terra (1969). As potências do Céu astral foram assim
abaladas, já que as do Céu atmosférico o
foram pelos aviões que cruzam o nosso espaço aéreo
doméstico.
O enfoque importante desta profecia está em que a ciência
(conhecimento pessoal) também cresceria com relação
ao estudo do livro de Daniel, quando este fosse aberto no tempo
do fim. Houve comprovadamente um grande despertamento religioso
a partir de 1798. Isto era necessário, pois a fé
na Bíblia já ia às catrâmbias, e os
cristãos acostumaram-se a uma rotina religiosa, fria e
sem motivação.
Seguiu-se também um espantoso incremento missionário.
O “Evangelho do Reino” (Mat. 24:14) devia ser pregado, e Deus
despertou nos crentes o interesse pelos pagãos, começando
então a surgir os primeiros missionários que se
aventuravam a pregar nas inóspitas terras de além-mar,
com risco da própria vida.
Surgiram as grandes Sociedades Bíblicas: Britânica,
1804; Russa, 1812; Alemã, 1813; Americana, 1816; a de Paris,
1822; a de Nova Iorque, 1825; a de Basiléia, Suíça,
1834; a de Berlim, 1845, etc. Através delas, vieram a lume
centenas de milhares de exemplares do livro de Deus, folhetos
e porções bíblicas, a fim de advertir o mundo
para a salvação.
Os livros de Daniel e Apocalipse, como afirmei, têm uma
maravilhosa interligação. Uma piedosa escritora
cristã fala deles o seguinte:
“Os livros de Daniel e Apocalipse são unos. UM é
a profecia, OUTRO a revelação; um livro selado,
o outro revelado.” – Ellen G. White, 7 – Seventh-Day Adventist
Bible Commentary , pág. 971. Grifos meus.
E ela tem razão. Veja:
Apocalipse 10:1, 2, 5, 6
“E vi outro anjo forte, que descia do Céu, vestido de uma
nuvem; e por cima da sua cabeça o arco celeste, e o seu
rosto era como o Sol, os seus pés como colunas de fogo.
E tinha na sua mão um livrinho aberto, e pôs o seu
pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra...;
e o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a sua
mão ao Céu, e jurou por Aquele que vive para sempre,
o qual criou o Céu e o que nele há, e a Terra e
o que nela há, e o mar e o que nele há, que não
haveria mais demora.”
Sim, irmão, o capítulo 10 de Apocalipse é
uma continuação do capítulo doze de Daniel,
em uma unidade perfeita, santa e gloriosa. Atente para os detalhes
seguintes:
Primeiro: Um anjo apareceu a Daniel (cap. 12), levantou suas duas
mãos para o Céu, e jurou que as maravilhas que antecederiam
a volta de Jesus começariam a acontecer nesta Terra, após
o período de “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”,
findo em 1798.
Segundo: Agora um anjo apareceu à João na Ilha de
Patmos, também sobre as águas, porém levantando
apenas uma das mãos para o Céu (porque a outra segurava
um livrinho aberto) e também sob juramento diz a João
que não mais haveria demora. Aqui há sabedoria e
um sincronismo profético esplendoroso. Senão, vejamos:
Lá no rio Tigre (Dan. 12:5 e 6) o anjo informa que as “maravilhas”
(sinais), começariam após os 1260 anos; e no mar
de Patmos, o anjo diz que não há mais demora para
o regresso do Senhor Jesus, porque as maravilhas (sinais) que
antecederiam a maior maravilha (volta de Jesus) já se cumpriram
todas, apenas faltando que o Evangelho do Reino alcance a última
alma.
Prezado irmão, no capítulo seguinte estudaremos
o restante do capítulo dez de Apocalipse, mostrando que
livrinho era aquele que estava na mão do anjo, e finalizando
esta série, revelando a você, o povo que, com hora
absolutamente cronometrada, Deus levantou nesta Terra para restaurar-lhe
o Dom de Profecia. Aguce a audição, abra os olhos.
O LIVRO ABERTO
Apocalipse 10: 2
“E tinha na sua mão um livrinho aberto, e pôs o seu
pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a Terra.”
Este livro, irmão, inconfundivelmente é o livro
de Daniel, que estava selado, por ordem de Jesus, desde o sexto
século a.C., e o estar aberto é a forma alegórica
de dizer que seus “selos” foram retirados e agora suas profecias
poderiam ser entendidas, desde que estudadas com afinco e sob
a orientação do Espírito Santo.
E foi o que se deu. Os estudiosos da Bíblia (a partir do
século passado) descobriram, através dos símbolos
de Daniel, uma motivação especial para o estudo
e descerramento das cadeias proféticas ali contidas, concluindo
que a volta de Jesus era iminente.
Apocalipse 10:8 e 9
“E a voz que eu do Céu tinha ouvido tornou a falar comigo,
e disse: Vai, e toma o livrinho aberto na mão do anjo que
está em pé sobre a terra. E fui ao anjo, dizendo-lhe:
Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele
fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce
como o mel.”
Estas palavras são metafóricas, pois comer o livrinho
é o mesmo que dizer: Levantar-se-iam no tempo do fim, homens
que se lançariam com tanta “fome” e vontade de estudar
e desvendar os símbolos do livro de Daniel, que é
como se o estivessem comendo.
“Comer” um livro é o mesmo que estudá-lo a fundo,
examiná-lo minuciosamente, destrinchando detalhe por detalhe.
E o anjo assegura a João que, ao comer o livro, sua mensagem
traria um tão grande deleite e gozo no descobrimento da
iminente volta do Senhor, fato que os sinais ocorridos prenunciavam
com segurança, que era comparado ao doce mel em sua boca.
Apocalipse 10:10
“E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha
boca era doce como o mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou
amargo.”
Irmãos, maravilhosa é esta profecia. Como afirmei,
até próximo ao ano de 1798, os cristãos viviam
uma religião fria, e a fé na Bíblia ia decrescendo
paulatinamente, tanto que, pouco além desta data (1859),
Darwin lançou ao mundo sua teoria da evolução
(origem das espécies), que é um acinte à
inspiração da Bíblia.
Como a profecia indicava a abertura do livro de Daniel no tempo
do fim (Dan. 12:9), a esta época portanto, levantaram-se
cerca de 84 homens ao redor do mundo, sem se conhecerem, buscando
o significado dos 2300 dias de Daniel 8:14, pregando com denodo
a volta de Jesus. Entre eles: Guilherme Miller, em Nova Iorque;
Davis, em Carolina do Sul; A.J. Krupp, na Filadélfia; David
Macgregor, no Maine; dois pregadores na Inglaterra, também
dois na Alemanha, Escócia, Haia, Amsterdã, Bavária;
também dois, perto do Báltico e do mar Cáspio,
e finalmente Lacunza na Espanha. Na Suíça, no impedimento
dos adultos, crianças anunciavam a mesma ocorrência
– a volta de Jesus.
Os que se lançaram ao estudo do livro de Daniel imaginavam
que se pudessem decifrar esta profecia (Dan. 8:14), a maior da
Bíblia, fatalmente descobririam o tempo em que se daria
o regresso do Salvador. E, entre estes profundos e sinceros pesquisadores
do santo Livro achava-se Guilherme Miller, um fiel membro da Igreja
Batista, e que foi o pai do movimento do advento nos EUA. Ellen
G. White, nesta ocasião uma seguidora de Miller, escreveu
o seguinte:
“Segundo sua regra de fazer as Escrituras o seu próprio
intérprete, Miller descobriu que um dia na profecia simbólica
representa um ano (Núm. 14:34; Eze. 4:6); viu que o período
de 2300 dias proféticos, ou anos literais, se estenderia
muito além da dispensação judaica, donde
o não poder ele se referir ao santuário daquela
dispensação. Miller aceitou a opinião geralmente
acolhida, de que na era cristã a Terra é o santuário
e, portanto, compreendeu que a purificação do santuário
predita em Daniel 8:14, representava a purificação
da Terra pelo fogo, à segunda vinda de Cristo. Se, pois,
se pudesse encontrar o exato ponto de partida para os 2300 dias,
concluiu que se poderia facilmente determinar a ocasião
do segundo advento.” – Conflito dos Séculos, Vol. 3, pág.
36 e 37.
Como grande estudioso da Bíblia Sagrada, Miller não
teve dificuldades em descobrir que o início dos 2300 dias
deu-se com o decreto de Artaxerxes no ano 457 a.C. para restaurar
Jerusalém, que se encontrava em ruínas (Leia Dan.
9:25; Esd. 7:11-26).
A bem da verdade, e para que não haja dúvidas infundadas,
passemos a limpo o fato de que houveram três decretos, como
bem gostam de dizer os oponentes e antagonistas da verdade desta
profecia. Esdras 6:14.
Três decretos foram publicados pelos monarcas persas para
a restauração da pátria dos judeus. O de
Ciro, o de Dario e o de Artaxerxes. O decreto de Ciro dizia respeito
tão-somente ao templo. O decreto de Dario Histapes foi
promulgado para a continuação da obra de reconstrução
do templo, que havia sido obstada por Esmerdis. Finalmente, o
decreto de Artaxerxes restaurou completamente em todos os ângulos
o governo judeu, providenciando, inclusive, a vigência de
suas leis. É por conseguinte este decreto que serviu para
a restauração total de Jerusalém, conforme
exige a profecia, e tal ocorreu no Outono de 457 a.C., inquestionavelmente.
Esdras 7:12-26. (Confira na página 145 e 411).
Pois bem! Fez então Miller suas contas e chegou matematicamente
à data de 1844, que é inapelavelmente a última
data profética da Bíblia, bem como o fim dos 2300
anos proféticos. Consequentemente, Miller e seus companheiros
pensavam que 1844 era o ano da volta de Jesus.
“Com um novo e mais profundo fervor, Miller continuou o exame
das profecias, dedicando dias e noites inteiras ao estudo do que
agora lhe parecia de tão estupenda importância e
absorvente interesse.
“Devotando-se ao estudo das Escrituras, como fizera, a fim de
provar serem elas uma revelação de Deus, Miller
não tinha a princípio a menor perspectiva de atingir
a conclusão a que chegara. A custo podia ele mesmo dar
crédito aos resultados de sua investigação.
Mas a prova das Escrituras era por demais clara e forte para que
fosse posta de parte.” – Idem.
“Dois anos dedicara ele ao estudo da Bíblia, quando em
1818 chegou à solene conclusão que dentro de vinte
e cinco anos, aproximadamente, Cristo apareceria para redenção
de Seu povo. ‘Não necessito falar’, diz Miller, do júbilo
que me encheu o coração em vista da deleitável
perspectiva, nem do anelo ardente de minha alma para participar
das alegrias dos remidos.” – Ibidem, 41 e 42.
“Solenemente convencido de que as Santas Escrituras anunciavam
o cumprimento de tão importante acontecimento em tão
curto espaço de tempo, surgiu com força em minha
alma (de Miller) a questão de saber qual meu dever para
com o mundo, em face da evidência que comovera a meu próprio
espírito... não pôde (Miller) deixar de sentir
que era seu dever comunicar a outros a luz que tinha recebido.
Esperava encontrar oposição por parte dos ímpios,
mas confiava em que todos os cristãos se regozijariam na
esperança de ver o Redentor, a quem professavam amar. Seu
único temor era que, em sua grande alegria ante a perspectiva
do glorioso livramento, a consumar-se tão breve, muitos
recebessem a doutrina sem examinar suficientemente as Escrituras
em demonstração de sua verdade. Portanto, hesitou
em apresentá-la, receando que estivesse em erro, e fosse,
assim, o meio de transviar a outros.” – Ibidem.
Este santo receio de Miller o levou “a rever as provas em apoio
das conclusões a que chegara, e a considerar cuidadosamente
toda dificuldade que se lhe apresentava no espírito.” –
Ibidem.
Miller, escudando-se de todo cuidado, para não acontecer
laborar em erro, passou a ser seu próprio “detetive”; ele
mesmo levantou variadas objeções à mensagem
da volta de Jesus em 1844. Reestudou toda a profecia. Objetou-a
de todas as formas, porém, “viu que as objeções
se desvaneciam ante a luz da Palavra de Deus, como a névoa
diante dos raios do Sol. Cinco anos despendidos desta maneira
deixaram-no completamente convicto da correção de
suas opiniões. E agora o dever de tornar conhecido a outros
o que cria ser ensinado tão claramente nas Escrituras impunha-se-lhe
com nova força: ‘Vai falar ao mundo sobre o perigo que
o ameaça.’ ” – Ibidem.
“Começou ele a apresentar suas opiniões em particular,
quando se lhe oferecia oportunidade, orando para que algum ministro
pudesse sentir a força das mesmas e dedicar-se à
sua promulgação. Mas não pôde banir
a convicção de que tinha um dever pessoal a cumprir,
em fazer a advertência.” – Ibidem.
“Vai dizê-lo ao mundo, era a voz que soava em seus ouvidos...
Durante nove anos esperou, pesando-lhe sempre esse fardo sobre
a alma, até que em 1831, pela primeira vez, expôs
publicamente as razões de sua fé.” – Ibidem
“Miller lançou-se ao trabalho de pregar a volta de Jesus,
como acreditava, em 1844, e esta mensagem gloriosa tornou-se tão
doce como doce é o mel, na boca dos que a aceitavam.
“Convertiam-se pecadores, cristãos eram despertados a maior
consagração, e deístas e incrédulos
reconheciam a verdade da Bíblia e da religião cristã.
Sua pregação era de molde a despertar o espírito
público aos grandes temas da religião, e sustar
o crescente mundanismo e sensualidade da época. Em quase
todas as cidades havia dezenas de conversos e, em algumas, centenas,
como resultado de sua pregação. Em muitos lugares
as igrejas protestantes de quase todas as denominações
abriram-se amplamente... e... logo se viu (Miller), impossibilitado
de atender à metade dos pedidos que choviam sobre ele.
Muitos que não aceitaram suas opiniões quanto ao
tempo exato do segundo advento ficaram convencidos da certeza
da proximidade da vinda de Cristo, e de suas necessidades de preparo.
Em algumas das cidades seu trabalho produziu impressão
extraordinária. Vendedores de bebidas abandonavam este
comércio e transformavam suas lojas em salas de culto;
antro de jogos eram fechados; corrigiam-se incrédulos,
deístas, universalistas, e mesmo os libertinos mais perdidos,
alguns dos quais não haviam durante anos entrado em uma
casa de culto. Várias denominações efetuavam
reuniões de oração, em diferentes bairros,
quase todas as horas do dia, reunindo homens de negócio
ao meio-dia para oração e louvor. Não havia
nenhuma excitação extravagante, mas sim uma sensação
de solenidade quase geral no espírito do povo.” – Ibidem,
45.
Sim, era uma mensagem doce, que alcançou a todos. Uma mensagem
doce, “doce como o mel”, na boca dos mileritas, como eram chamados.
“Em 1833 (Miller) recebeu da Igreja Batista de que era membro,
uma licença para pregar. Grande número de ministros
de sua denominação aprovou-lhe também a obra,
e foi com essa sanção formal que continuou com seus
trabalhos.” Ibidem, 45 e 46.
Neste ano de “1833, dois anos depois que Miller começou
a apresentar em público as provas da próxima vinda
de Cristo, apareceu o último dos sinais que foram prometidos
pelo Salvador como indício de Seu segundo advento. Disse
Jesus: ‘As estrelas cairão do Céu’ (Mat. 24:29).
E João, no Apocalipse, declarou, ao contemplar em visão
as cenas que deveriam anunciar o dia de Deus: ‘E as estrelas cairão
sobre a Terra, como quando a figueira lança de si os seus
figos verdes, abaladas por um vento forte’ (Apoc. 6:13). Esta
profecia teve cumprimento surpreendente e impressionante na grande
chuva meteórica de 13 de Novembro de 1833.” Ibidem, 46
– grifos meus.
“Assim se mostrou o último dos sinais (da vinda de Cristo),
relativamente aos quais Jesus declarou a Seus discípulos:
‘... Quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo
às portas’, Mateus 24:33.” – Ibidem.
E assim, o batista Miller, um sincero irmão, ao presenciar
com seus próprios olhos a grande queda de “estrelas” em
1833, quedou-se contemplativo e reverente diante daquele mirífico
acontecimento que, ocorrendo dentro dos cálculos previstos,
segundo as profecias de Daniel e Apocalipse, a que ele havia dado
toda atenção, consolidou a sua firme crença
de que a volta de Jesus se daria exatamente em 1844, data absolutamente
certa, como final do maior período profético da
Bíblia, os 2300 anos de Daniel 8:14. (Veja gráfico
às págs. 145 e 411).
Miller acertou em cheio no destrinchamento do período desde
o seu início, meio e fim; errou, porém, lamentavelmente,
no cumprimento do que aceitava e cria sinceramente ser a purificação
do santuário, isto é: Jesus voltando à Terra.
Assim irmão, deu-se a grande decepção, pois
o Senhor não veio, como se esperava. Tristeza, grande frustração.
Escárnio geral, zombaria, galhofas e chacotas vieram daqueles
que se diziam cristãos. Do que foram alvo os crentes mileritas
do advento no dia 22 de Outubro de 1844, não se comparava
à dor do grande desapontamento que experimentaram. Alguns
dias atrás, a mensagem era “doce como o mel” na boca do
povo. E “comido o livrinho”, isto é: aceita a mensagem
da volta de Jesus, tornou-se em seu ventre amargo como o fel.
Que bela ilustração! Que melhor alegoria usaria
Deus para caracterizar o tão triste desapontamento dos
mileritas, como o fel amargo no ventre do apóstolo João?
– Sim, mas graças a Deus, aleluia, glórias ao Grande
Jeová, porque o capítulo 10 de Apocalipse não
termina na triste decepção amarga como fel, no verso
10. Ouça:
Apocalipse 10:11
“E ele disse: Importa que profetizes outra vez a muitos povos,
e nações, e línguas e reis.”
Sim amados, cristãos de toda a Terra, Apocalipse 10:11
revela, com clareza solar, que das reminiscências daquele
desapontamento, Deus suscitaria um povo ao qual daria o Dom de
Profecia, para profetizar aos povos, nações, línguas
e reis.
E assim foi! Aleluia!
Vire a página, conclua este espisódio de amor.
RESTAURADO O DOM PROFÉTICO
Foi no cumprimento da maior profecia da Bíblia, os 2300
anos de Daniel 8:14, que surgiu o povo a quem Deus restauraria
o mais importante dom para a igreja, o Dom de Profecia. O antigo
dom dos profetas que dirigiram o povo de Deus. O dom que Paulo
declara ser o de maior importância na igreja (I Cor. 14:5).
O dom que permitiria identificar os engodos de Satanás,
na própria contrafação deste mesmo dom. E
este dom seria outorgado à igreja para uma função
determinada pelo Senhor, qual seja: Profetizar a todo povo, rei,
nação e língua, isto é, este povo,
portador desta mensagem e deste dom, abrangeria o mundo inteiro.
Ouça isto:
“...O anjo de Apocalipse 10 é apresentado como tendo
um pé no mar e outro em terra, mostrando que a mensagem
será levada a terras distantes, que o oceano será
atravessado e as ilhas do mar ouvirão a proclamação
da última mensagem de advertência ao nosso mundo...
Esta mensagem anuncia o fim dos períodos proféticos.
A decepção dos que esperavam ver o Senhor em 1844
foi na verdade amarga para os que haviam tão ardentemente
antecipado Seu aparecimento. Achava-se no desígnio do Senhor
que viesse esse desapontamento e se revelassem os corações.”
– Mensagens Escolhidas, Vol. II, págs. 107 e 108 – E.G.
White.
Deus é muito bom! Quando em 1844, o povo do advento (os
mileritas) se decepcionou, muitos voltaram para suas igrejas de
origem; aproximadamente 13 Igrejas Protestantes, cerca de 80.000
pessoas. Outros foram para o mundo desesperançados; mas
um grupinho permaneceu ali firme, embora decepcionado também.
Permaneceu inabalável nas palavras de Deus: “Se tardar,
espera-O”. Hab. 2:3.
Meio atordoados, tentando a todo custo colocar em ordem os pensamentos,
esses irmãos uniram-se em fervorosa oração,
firmes na esperança de que o Senhor breve viria. E a este
grupinho Deus dedicou, em gloriosa deferência, estas palavras:
Apocalipse 10:11 – “... importa que profetizes outra vez a muitos
povos, e nações, e línguas e reis.”
Observe irmão, como é clara a mensagem, e como são
límpidos os acontecimentos e aplicações de
tudo isso: Inúmeros cristãos de diversas igrejas
evangélicas da América do Norte unem-se em torno
de um grande homem da Igreja Batista, Guilherme Miller. Entendem
que a volta de Jesus se daria em 1844, pelo estudo de Daniel 8:14,
sacodem o povo com uma mensagem – DOCE COMO O MEL – a mensagem
da volta de Jesus. Neste ano, porém, não aparece
o Salvador; a mensagem tornou-se amarga como o fel. Deus, porém,
transforma este fel em uma deliciosa esperança, uma sublime
e específica comissão, capacitando-os com o dom
maior: o Dom de Profecia. “Importa que profetizes outra vez...”
É o imperativo divino, e quem duvidará? Quem contenderá
com Deus? Quem O contestará?
“Importa que profetizes outra vez...” – Olha irmão, como
é claro. Outra vez. Por que outra vez? Sim, é porque
houve uma primeira vez, e essa foi a pregação de
Miller e seus companheiros do advento de 1831 a 1844. Desejo ressaltar,
e espero que você entenda, irmão amado, mesmo que
todos os demônios se levantem para empanar sua mente, ou
tirar de seu coração a gloriosa verdade que, se
aqueles cristãos do advento (mileritas) profetizaram a
volta de Jesus, o fizeram com a maior sinceridade e amor, zelosos
pelos pecadores perdidos, porém o fizeram sem a operação
direta do Dom de Profecia, que até então lhes era
estranho, mas sem o perceberem, amadurecia o tempo para que tal
dom fosse restituído à igreja do Senhor, no exato
cumprimento da profecia de Apocalipse 10.
“Importa que profetizes outra vez...”, e isto aconteceria fielmente,
com a aprovação e orientação diretas
de Deus pela gloriosa e amada igreja do Senhor, que sucedeu aos
mileritas de 1844.
Efetivamente, se Deus disse: “Importa que profetizes outra vez...”,
é porque Ele capacitaria esta amada igreja, com o Dom de
Profecia. E verdade é que Deus nunca pede nada ao homem
sem antes havê-lo capacitado. Portanto, glória a
Deus! Aleluia, honras e louvores eternos ao grande El-Shaddai,
que restaurou o Dom de Profecia à Sua amada igreja, para
profetizar aos povos e reis e a todo o mundo.
Glória a Deus, que levantou e preparou nesta Terra este
movimento, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, para dar
a última mensagem a um mundo que perece, bem como alertar
a todos os cristãos que se despertem para toda a Verdade
que uma vez foi lançada em terra (Dan. 8:12) por Roma cristã,
na Idade Média, durante o período de “um tempo,
dois tempos e metade de um tempo”, de Daniel 7:25.
Esse povo agraciado pelo Senhor com o Dom de Profecia teria a
incumbência de remover do cristianismo os enganos e erros
infiltrados ao longo do tempo, advertindo o mundo com as três
mensagens angélicas de Apocalipse 14.
Saiba, irmão, não foi o homem, mas Deus quem levantou
esse povo, ordenando: “Importa que profetizes outra vez...” O
Senhor mesmo o fez para que ninguém possa duvidar ou questionar.
Quem recusar negará a própria Palavra de Deus, que
é a única regra de fé do cristão.
Esse povo que se constituiria no último período
da Igreja de Deus na Terra “não só pregaria a mensagem
da breve volta de Jesus, mas possuiria e ensinaria a verdade quanto
à Deus, ao Salvador, ao santuário... à lei,
ao Sábado e quanto a todas as demais verdades que foram
pervertidas. É nesta igreja remanescente, que o Dom de
Profecia seria restaurado”. – O Dom de Profecia – C.B. Haynes
– pág. 84. Como o foi de fato, e quem no-lo diz é
um anjo. O anjo de Apocalipse 10. Esta igreja amada “creria e
ensinaria a verdade acerca da verdadeira comunhão – a Ceia
do Senhor” (Idem, 86). Juntamente com a cerimônia da humildade
o lava-pés (João 13:14 e 15; I Timóteo 5:10).
Os símbolos desta comunhão tem que ser pão
ázimo, sem fermento, e o puro suco de uva.
“Acreditaria e ensinaria a verdade a respeito da verdadeira Lei
de Deus, a qual, tendo existido desde o princípio, foi
dada sob trovões no Monte Sinai e é uma norma perpétua
de justiça quanto ao verdadeiro Sábado, feito pelo
Criador e dado no Éden à raça humana como
um monumento perpétuo do poder criador de Deus.” – Ibidem.
“Haveria de rejeitar o falso sábado da mesma maneira que
todas as demais falsificações do falso sistema religioso;
observaria unicamente o verdadeiro Sábado de Jeová,
o sétimo dia. Apresentá-lo-ia como o sinal entre
Deus e Seu povo.” – Ibidem. Ezequiel 20: 12, 20.
“Ensinaria também a verdade acerca da natureza do homem,
e o estado dos mortos, a recompensa dos justos e a sorte dos ímpios,
os quais foram todos pervertidos... em vez de pregar um purgatório
ou um estado de vida consciente na morte, ensinaria a verdade
da Bíblia que os mortos estão inconscientes (Sal.
146:3 e 4), ‘não sabem coisa nenhuma’ (Ecl. 9:5 e 6); que
eles (os homens) são mortais (I Timóteo 6:13-16;
I Cor. 15:51-54); e que o tempo da recompensa e da punição
ocorrerá, não pela morte ou na morte, mas pela ressurreição.”
– Ibidem. Sal. 17:15; I Timóteo 4:8. Grifo meu.
“Desta maneira este povo, por meio do qual Deus daria ao mundo
a última mensagem de verdade, deveria crer e ensinar todas
as verdades pervertidas pelo cristianismo apostatado. Seria dirigido
em sua obra pelo Dom de Profecia. A mensagem que apresentaria
ao mundo seria, obviamente, em todos os pormenores, contrária
(a de Roma Cristã), de modo que, quando pregada, constituiria
uma grande advertência contra a ‘besta e sua imagem’ e contra
o recebimento de seu sinal.” – Ibidem.
“Por dever ser a última igreja contrária ao sistema
religioso que Satanás estabeleceu para tomar o lugar do
evangelho, não nos maravilha que o “dragão” desejasse
dar batalha especial ao povo remanescente, que guardaria os mandamentos
de Deus e haveria de dar Sua mensagem ao mundo.” – Ibidem.
Apocalipse 12:17 – “E o dragão irou-se contra
a mulher, e foi fazer guer- ra ao resto da sua semente, os que
guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus...”
Apocalipse 19:10
“...Porque o testemunho de Jesus é o Espírito de
Profecia.”
Como são claros estes ensinamentos! Tudo límpido!
Definição bíblica sem nenhuma dúvida.
O Senhor diz:o testemunho de Jesus é o Espírito
de Profecia.
Ora, Espírito de Profecia, não é outra coisa
senão o Dom de Profecia, que Deus restauraria à
igreja que guardaria os Seus mandamentos. Sim, tudo que diz a
Bíblia, cumpre-se na Igreja Adventista que está,
conforme a comissão divina, levando o “evangelho a todo
povo, nação e língua”, este Evangelho Eterno,
que anuncia a volta de Jesus pela segunda vez, para pôr
fim à grande controvérsia com Satanás.
Por isso, meu irmão, devo dizer-lhe, sem temor ou medo
de errar: É este o povo que, em cumprimento à profecia,
agradou-Se o Senhor em conceder o Dom de Profecia, constituindo-a
como a igreja remanescente, a amada igreja, a única igreja
que preenche as exigências de Apocalipse 10. Nenhuma outra
o cumpre. Examine a Palavra de Deus, compare, por favor, as 4800
religiões cristãs e suas doutrinas, com Apocalipse
10, e veja se alguma satisfaz as minúcias e pormenores
desta profecia.
Tenho certeza, você reconhecerá que a ordem divina
– “importa que profetizes outra vez...” foi dirigida à
Igreja Adventista do Sétimo Dia, que surgiu de entre aquele
sofrido grupinho desapontado de 1844. Grave isto:
“Assim, o Movimento Adventista não surgiu no cenário
dos acontecimentos histórico-sociais como mera divisão
do protestantismo ou, como fruto amadurecido de uma fantástica
imaginação doentia... antes, porém, é
uma verdade positiva, documentada pela profecia bíblica
e pelo desenrolar dos acontecimentos universais, aparecendo no
palco da história, no momento exato em que no relógio
divino do tempo, soou a hora de dar a derradeira mensagem de advertência,
de amor e de esperança, que Deus em Sua infinita misericórdia
reservou à humanidade na época atual.” – Dr. Gideon
de Oliveira, citado em Subtilezas do Erro, pág. 36 – itálicos
meus.
Esses são, amado, fatos bíblicos que tenho o dever
de mostrar à sua sinceridade, porque, um cuidadoso e acurado
estudo, livre de preconceitos, do Movimento Adventista do Sétimo
Dia e sua mensagem, juntamente com o tempo de seu surgimento,
revela sucintamente o seguinte:
Seguiu às Igrejas da Reforma, e prosseguiu em luz sempre
crescente. Pregou a primeira e segunda mensagens angélicas
de Apocalipse 14:6-8, exatamente quando estas deveriam ocorrer,
isto é, após o começo do “tempo do fim”,
depois de 1.798, advertindo o povo da hora do juízo, e
continua sendo estas hoje, associadas a terceira mensagem angélica
(Apoc. 14:9-11) prioritárias, preparando o povo para a
segunda vinda de Cristo, enquanto nosso Sumo-Sacerdote e Advogado
continua no Santuário Celestial. Ensina a observância
dos Dez Mandamentos da Lei Moral de Deus, e realça o Sábado
como devendo ser observado. Foi-lhe restaurado o Dom de Profecia
(Apoc. 12:17; 19:10). É contrária em tudo e todos
os pormenores às doutrinas falsas de Roma Cristã.
Está pregando a mensagem de advertência contra a
besta e sua imagem. E prega a justificação pela
fé e salvação unicamente pela Graça,
em mais de 213 países do globo.
Sim, irmão, este Movimento é verdadeiramente a
obra finalizadora do Evangelho Eterno entre os homens do Planeta
Terra. E isso, sob a orientação direta de Deus que
restaurou a este Movimento Adventista do Sétimo Dia o Dom
de Profecia. Graças a Deus! Assim dirigida, certamente
esta igreja triunfará, mesmo que contra ela Satanás
e suas hostes desfiram seus impiedosos ataques; haverá
de estar ela, triunfante afinal, na presença do Cordeiro,
cantando o hino de livramento, “nas alvacentas areias do mar de
vidro da eternidade.” Amém! Aleluia! Glória a Deus.
Prezado leitor:
Esta mensagem que você lê só falta ser pregada
em 23 países deste Planeta. Ore para que eles sejam alcançados
o mais rápido possível, pois disto depende a volta
de Jesus (Mat. 24:14). E juntos façamos planos para recebê-Lo!
Neste tempo de um cristianismo estranho, quando o Excelso Nome
do Senhor Jesus está associado a rock, tango, funk, blocos
carnavalescos e... mais que vulgarizado; mero acessório
de consumo, em uma insólita agência de publicidade.
Um cristianismo que misturou o santo com o profano, o puro com
o impuro, e que deu as mãos ao mundanismo generalizado,
Deus define o Seu remanescente. Descubramo-lo na Bíblia:
DRAGÃO – Satanás.
MULHER – Igreja de Deus.
RESTO DA SUA SEMENTE – Os fiéis de Jesus
que ficaram de resto, firmes e inabaláveis na observância
dos mandamentos da Lei de Deus (Êxo. 20:1-17; Apoc. 14:12).
Queira Deus, o irmão seja mais um destes fiéis.
“OS QUE GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS E TÊM
O TESTEMUNHO DE JESUS”
Esta é a identificação correta e clara da
igreja à qual Satanás tem ostensivo ódio.
Seu objetivo, sua ira não são contra as 800 religiões
pagãs, nem as 4.800 cristãs, mas apenas contra aquela
que guarda os Dez Mandamentos e têm o testemunho de Jesus.
Apocalipse 12:17
“E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra
ao resto de sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus,
e têm o testemunho de Jesus Cristo.”
Apocalipse 19:10
“...o testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia.”
O DOM DE PROFECIA (Espírito de profecia) É
SUPERIOR A TODOS
• Porque edifica a igreja – I. Cor. 14: 4
• Esclarece os homens – I Cor. 14: 3