“EU COMO TUDO PORQUE O QUE DEUS FEZ É BOM”
Sim, realmente é bom o que Deus fez, mas, para o fim que
Deus criou. Exemplo: minhoca é boa, mas não para
se comer e sim fertilizar a terra. Urubu é tão bom
e útil que é proibido por lei matá-lo. Por
conseguinte, ao afirmar o Senhor que “tudo é bom” não
foi para que nós hoje nos valhamos disto para satisfazer
nossa vontade. Esta deve ser submetida à vontade do Senhor.
“A CARNE DE PORCO NÃO IMPLICA NA MINHA SALVAÇÃO”
Deus quer que tenhamos boa saúde (III S. João 2),
porque nos comprou com Seu sangue (I Cor. 6:20), e espera que
sejamos puros (Rom. 12:1), para nos constituirmos realmente na
morada do Espírito Santo. I Cor. 3:16.
Se alguém, pela ingestão de carnes imundas (Lev.
11; Deut. 14), se torna impuro, Deus nele não pode morar,
e pior, será destruído no último dia. I Cor.
3:17.
Por exemplo, Deus Se “irrita” com os comedores de porco (Isaías
65:3-4). Também os consumirá (Isaías 66:17
– compare com os versos 22-23). Veja, Deus está falando
que os comedores de carne de porco ficarão fora da Nova
Terra. Isso merece, portanto, sua reflexão plena. Implica
ou não na salvação?
Por que a carne de porco não é consumida nos hospitais?
Deut. 14:8.
Uma vez ouvi: “A diferença do urubu para o porco é
que um voa e o outro anda sobre patas.” – De fato, a função
de ambos é a limpeza da terra.
CABELO OU VÉU!?
O incansável Paulo é quem fala sobre o véu,
e apenas mencionou-o na problemática Igreja de Corinto
(I Cor. 11:5,6,10,13); e mais em nenhuma outra epístola;
e mesmo em todo o Novo Testamento, nada há a respeito,
nem outros apóstolos ou o Senhor Jesus a ele Se referiram.
Não discuto que estes textos homologuem tal prática,
porém trata-se de um assunto inteiramente regional e bem
pessoal da igreja corintiana. Tanto é verdade que Paulo
afirmou que as igrejas de Deus e ele mesmo, não tinham
o costume de usar véu (I Cor. 11:16), e de fato não
tinham mesmo, como hoje não têm.
Dessa maneira, não se deve andar por aí com um metro
para medir cabelos ou reverberar que a mulher não o pode
aparar, e que ela precisa usar véu.
Ora, o que Deus abomina é a confusão de sexo.
Homem tem que ter cabelos de homem e mulher cabelos de mulher.
Homem tem que se trajar como homem e mulher vestir-se como mulher.
Não pode o homem ter cabelos que, virado de costa, dê
a entender tratar-se de uma mulher ou vice-versa (pelo menos em
nossa época, porque Jesus usou cabelos e vestes longas;
era o costume; ainda hoje os orientais se trajam assim; é
o costume de sua região). Mas no Brasil, o cabelo do homem
é curto e o da mulher, longo. Logicamente, a calça
comprida é para o homem apenas e o vestido e saia, para
a mulher somente.
Quanto ao cabelo da mulher, notório é que ele se
torna forte e viçoso aparado (nunca rente, para evitar
a confusão de sexo, isto é: não pareça
com corte masculino); ademais o asseio é mais fácil,
bem como em clima tropical ou épocas quentes é menos
angustioso para a mulher evitar aqueles cabelos enormes.
Além do que, tais cabelos não rejuvenescem, por
falta de corte. (Uma senhora ou senhorita que tenha o cabelo cortado
e que a faça permanecer feminina de frente e de trás,
tem liberdade, segurança, comodidade, e, se seu coração
for puro para com Deus, eis aí uma “israelita em quem não
há dolo” ).
– E o véu? Não é necessário!
– Por quê?
– Porque o cabelo lhe foi dado em lugar do véu. Leia I.
Cor. 11:15.
ÓSCULO SANTO – PAZ DO SENHOR
Ósculo e Paz do Senhor estão na Bíblia? –
Sim! Então, eu creio.
Antes, porém, devo dizer que há grande diferença
entre mandamento e conselho, bem como deve-se analisar as implicações
de determinados dogmas, se aplicados em nossa época.
“SAÚDO A IGREJA COM A PAZ DO SENHOR” – “A PAZ DO
SENHOR” – “A PAZ” – “SAÚDO OS IRMÃOS COM A SANTA
PAZ DO SENHOR”
Estas quatro expressões, muito usadas hoje no meio pentecostal
e nas igrejas renovadas, ainda que singelas, não são
bíblicas. Mas, não há nenhum mal se usar.
Eu mesmo saúdo os irmãos pentecostais como eles
gostam, e me sinto muito bem. Realmente há uma saudação
bíblica que era comum a certos apóstolos ao escreverem
suas epístolas à igreja, por exemplo:
“Graça, misericórdia e paz” (I Tim. 1:2). “Paz seja
com os irmãos” (Efé. 6:23). “Graça e paz
a vós outros” (I Tess. 1:1; Fil. 1:2; II Tess. 1:2; Apoc.
1:4). “A paz seja contigo” (III João 15). “Graça
e paz vos sejam multiplicadas” (II Ped. 1:2). “A misericórdia,
paz...” (Jud. 2), etc.
O próprio Senhor Jesus, as únicas vezes em que saudou
os discípulos, o fez com a expressão: “Paz seja
convosco” (Luc. 24:36; João 20:21,26).
Portanto, a saudação bíblica é: “Paz
seja convosco”.
Não esqueçamos, porém, que o crente deve
ter paz (João 14:27); viver em paz (I Tess. 5:13; II Cor.
13:11); transmitir paz pelo exemplo, palavras, ações,
e sua vida ser a própria paz. Amado irmão, “paz
seja convosco”. A paz do Senhor!
ÓSCULO SANTO
Ósculo é beijo.
Ainda que aparentemente fosse um costume na Palestina, é
apenas mencionado na Bíblia seis vezes. Uma pelo apóstolo
Pedro, quatro por Paulo, e uma vez por Jesus, ao Se referir a
Maria Madalena, quando Lhe enxugava os pés com os cabelos.
Disse o Senhor: “Não me deste ósculo, mas esta,
desde que entrou, não tem cessado de Me beijar os pés.”
Luc. 7:36-50.
Nota-se, pelo ocorrido, que o ósculo era um hábito
raro, ou praticado esporadicamente, pois depreende-se do texto
focado que Jesus entrou na casa de Simão (Luc. 7:44,45)
e não recebeu ósculo. E Maria “osculou” os pés
de Jesus.
Assim pergunto: O ósculo é realmente necessário?
É um conselho? Doutrina? É nos pés, na mão,
no rosto ou nos lábios? E mais: é irmão com
irmão, irmã com irmã, ou ambos? (O beijo
na face que as irmãs sempre se dão hoje, quando
se encontram, é ósculo ou um costume?).
Nesta parte da religião, amado, temos que ser criteriosos.
Certa vez, fui obrigado a conversar com alguns rapazes de nossa
igreja pois eles estavam introduzindo “uns” beijos na face de
nossas jovens, e fiquei triste em fazê-lo, pois agiam eles
com a maior naturalidade e inocência. Entretanto, vislumbrei
que Satanás poderia arranjar uma brecha para mandar sua
tentação.
Outrossim, tal hábito é o costume mundano dos artistas,
dos viciados, dos impuros. Basta ver na TV, na rua e por aí
afora. É o “primo” da tal “amizade colorida”. Devemos evitá-lo,
substituindo-o por um caloroso aperto de mão e um festivo
abraço ao irmão, e apenas um leve e rápido
aperto de mão à irmã, “abstende-vos de toda
a aparência do mal...” I Tess. 5:22.