CAPÍTULO
3
PEDRO APÓSTOLO PRÍNCIPE DOS APÓSTOLOS?
“O nome original de Pedro derivou do hebraico Simeão, resultando
Simão, no grego (Atos. 15: 14; II Pedro 1: 1)... nasceu
em Betsaida (João 1:44), situada às margens do lago
da Galiléia. Durante o ministério de Jesus, Pedro
morava em Cafarnaum (Mar. 1: 21, 29).” – Lição da
Escola Sabatina, nº 10, ano 96, pág. 3.
Pedro, em grego, quer dizer petros, isto é: pedacinho de
pedra. Era o sobrenome de Simão, filho de Jonas, irmão
de André. Pescador profissional da Galiléia (Mat.
4: 18). Obstinação e covardia se mesclavam momentaneamente
em seu caráter. Era impulsivo e sempre a primeira pessoa
a falar. Foi o único que pediu a Cristo para andar sobre
as águas. (Mat. 14. 28). Foi uma das colunas basilares
da Igreja Apostólica. Figurava em primeiro lugar na relação
feita pelos evangelistas (Mat. 10: 2-4. Mar. 3: 16-19. Luc. 6:
13-16). O cantar do galo despertou sua fé.
Os mais criteriosos teólogos negam que Pedro tenha vivido
25 anos em Roma e que tenha lá estabelecido qualquer episcopado.
Todavia é provável, admitem, que ele tenha passado
seus últimos dias lá sofrendo o martírio
através de Nero, Imperador Romano.
Quando Cristo estava formando Seu ministério, chamou também
a Pedro:
São João 1: 41-42
“Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-
lhe: Achámos o Messias (que traduzido, é o Cristo).
E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse-lhe: Tu és
Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que
quer dizer Pedro)”.
Mais tarde ocorreu a célebre declaração de
Pedro, arguído pelo Mestre:
Mateus 16: 15-19
“Disse-lhe Ele: E vós, quem dizeis que Eu sou: E Simão
Pedro, respondendo, disse: Tu És o Cristo, o Filho do Deus
vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem aventurado és
tu, Simão Barjonas (filho de Jonas), porque to não
revelou a carne e o sangue, mas Meu Pai que está nos Céus.
Pois também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta Pedra edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela. E Eu te darei as chaves do Reino
dos Céus; e tudo o que ligares na Terra será ligado
nos Céus, e tudo o que for desligado na Terra será
desligado nos Céus.”
Seria Pedro “esta pedra”? A Pedra que os profetas exaltaram e
sobre a qual Jesus estabeleceria Sua igreja? Ouça o que
dizem os teólogos:
“Talvez a melhor evidência de que Cristo não apontou
a Pedro como a ‘pedra’ sobre a qual edificaria Sua igreja seja
o fato de que nenhum dos que ouviram esta afirmação
de Cristo, nem o próprio Pedro assim entendeu Suas palavras,
nem durante o tempo em que Cristo esteve na Terra nem posteriormente.
Houvesse Cristo feito a Pedro chefe entre os discípulos,
depois disto eles não se veriam envolvidos em discussões
sobre qual deles seria considerado o maior.” – The Seventh-Day
Adventist Bible Commentary, vol. 1, pág. 431.
Volvamo-nos ao Antigo Testamento:
Salmo 118: 22
“A Pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça
de esquina.”
A pedra angular determinava o esquema e o formato do edifício.
Por ocasião da construção do Templo de Salomão,
onde foram empregadas 183.300 pessoas durante 46 anos (João
2:20), trouxeram uma pedra enorme para ser empregada na fundação
do prédio. Os construtores não acharam lugar para
ela e não queriam usá-la. Exposta ao Sol, chuva,
ar e tempestade, não apresentou sequer uma fenda. Os construtores
submeteram-na à forte prova de pressão; como resistiu
decidiram utili-za-la. Colocaram-na no lugar que lhe era designado
e viram que se ajustava tão perfeitamente como uma luva.
Posteriormente Deus revelou em visão a Isaías que
esta Rocha era um símbolo de Cristo. A Escritura confirma:
Isaías 28:16 – “...uma Pedra, uma Pedra provada, Pedra
preciosa de esquina...”
Isaías 8:14 – “Então Ele... Pedra de tropeço,
e de Rocha de escândalo...”
Mat. 21:42 – “...a Pedra... rejeitaram, essa foi posta por cabeça
de ângulo...”
Atos 4:11 – “Ele é a Pedra ... rejeitada..... posta por
cabeça de esquina...”
Rom. 9:33 – “...Sião uma Pedra de tropeço, e uma
Rocha de escândalo...”
(Os judeus achavam um escândalo o Messias morrer na cruz,
já que O esperavam para sentar-Se no trono de Davi e dominar
o mundo).
Efésios 2: 20; 11: 22; 5: 23
“...Jesus Cristo é a principal Pedra de esquina... cabeça
da igreja”.
EM TODA A BÍBLIA JESUS CRISTO É A PEDRA,
A ROCHA ETERNA.
Números 20:11 –“...Moisés levantou a mão,
e feriu a Rocha duas vezes...”
I Coríntios 10:4 –“E beberam... da Pedra espiritual...
e a Pedra era Cristo.”
Deut. 32:4 –“Ele (Jesus) é a Rocha, cuja obra é
perfeita...”
Salmo 18:2 –“O Senhor é a minha Rocha...”
Salmo 19:14 –“...Senhor, Rocha minha e libertador meu!”
Salmo 28:1 –“A Ti clamarei, ó Senhor, Rocha minha...”
Salmo 89:26 –“... a Rocha da minha salvação.”
Salmo 95:1 –“...a Rocha da nossa salvação.”
Salmo 144:1 –“Bendito seja o Senhor, minha Rocha...”
A PEDRA É CRISTO, O PRÓPRIO PEDRO CONFIRMA:
I Pedro 2: 4
“...E chegando-vos para Ele (Jesus) – Pedra viva...”
I Pedro 2: 7-8
“Pelo que também na Escritura se contém: Eis que
ponho em Sião a Pedra principal de esquina, eleita e preciosa;
e quem nela crer não será confundido. E assim para
vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes,
a Pedra que os edificadores reprovaram essa foi a principal da
esquina. É uma Pedra de tropeço e Rocha de escândalo,
para aqueles que tropeçam na palavra...”
PAULO, DEFINE A QUESTÃO COM ESTAS PALAVRAS INCISIVAS:
I Coríntios 3: 11 – “Porque ninguém pode pôr
outro fundamento, além do que já está posto,
o qual é Jesus Cristo.”
JESUS CRISTO É A PEDRA, ELE AFIRMOU:
Mateus 21: 43-44 – “ ... E quem cair sobre esta Pedra, despedaçar-se-á;
e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.”
SE PEDRO FOSSE O PAPA...
• Os discípulos não brigariam pela primeira posição
entre si (Mat. 23: 8,10; Luc. 9: 46; 22: 24-30).
• Não seria o apóstolo da Circuncisão (Gál.
2: 8).
• Como ficaria seu casamento? (Mat. 8: 14. Mar. 1: 30. Luc. 4:
38).
• Não levaria sua esposa em suas viagens missionárias
(I Cor. 9: 5).
• Não negaria a Jesus (Luc. 22: 57).
• Não mentiria ao ser identificado como apóstolo
(Luc. 22: 58).
• Não disfarçaria diante da verdade (Luc. 22: 60).
• Enviaria outros apóstolos para Samaria ao invés
de ser enviado (Atos 8: 14).
• Não se justificaria perante a igreja, por haver batizado
Cornélio (Atos 11:1-11).
• O primeiro Concílio Cristão, ocorrido no ano 52
d.C., seria presidido por ele e não por Tiago (Atos 15:
13,19).
• A Carta Oficial deste Concílio seria assinada por ele
e não foi (Atos 15: 22-23).
• Paulo não o repreenderia publicamente, sendo “infalível”
(Gál. 2:11-14).
• Estaria na primeira posição e não na segunda,
como coluna da igreja (Gál.2: 9).
• Jesus não repreenderia os discípulos dizendo que
quem “quiser ser o primeiro seja vosso servo” (Mat. 20: 20-28).
• Jesus não diria que quem “quiser ser o primeiro, será
o derradeiro de todos e o servo de todos” (Mar. 9: 35).
• Jesus não diria que entre eles quem “quiser ser grande,
será vosso serviçal” (Mar. 10: 35-45).
• Jesus não diria que “aquele que entre vós todos
for o menor, esse mesmo é grande” (Luc. 9: 48).
• Jesus não diria isso: “Mas não sereis vós
assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem
governa como quem serve” (Luc. 22: 26).
ÚLTIMO DETALHE
I Pedro 5: 13
“A vossa coeleita em Babilônia vos saúda...”
“Os comentaristas em geral, admitem que, com essa expressão,
ele se refere a Roma, e não ao insignificante lugarejo
que era tudo quanto restava de Babilônia literal...” – The
Seventh-Day Adventist Bible Commentary, vol. 7, pág. 113.
Pedro, sem dúvida, fez um paralelo entre o primeiro e o
último Impérios Mundiais. A antiga Babilônia
de Nabucodonosor, foi, nos dias de sua glória, um centro
de crueldade organizada. Roma, por sua vez, nos dias de Pedro,
era uma cópia daquela impiedade babilônica.
Roma, nesta ocasião, “estava se tornando a opressora do
novo Israel”. Nada mais lógico, então, a conotação
de Pedro.
E AS CHAVES? – QUE SERIAM?
O consagrado pastor Pedro Apolinário, responde:
“Se as chaves são usadas para abrir e fechar, a figura
indica que as chaves do Reino dos Céus, servem para abrir
e fechar o Reino dos Céus.
“O abrir e fechar é expresso no texto por ligar e desligar
ou desatar.
“As chaves, que abrem e fecham a casa de Deus, ligam os homens
à igreja, ou dela desligam, são os princípios
do evangelho, as condições da salvação,
aceitas ou rejeitadas pelos homens. Pedro abriu, com a chave da
Palavra de Deus, as portas do Reino dos Céus a três
mil pessoas que se converteram (Atos 2: 14-47). Este privilégio
não foi apenas concedido a Pedro, mas a todos os discípulos.
São Mateus 18: 18.” – Estudos de Passagens com Problemas
de Interpretação, págs. 150-151, grifos meus.
Se você faz parte da Comissão de sua igreja, então
está inserido neste contexto. Também você,
em assembléia, após a leitura da ATA, ao dar o seu
voto para receber um batizando ou excluir um membro da igreja,
está exercendo esta orientação de Jesus.
OBSERVAÇÃO:
Pedro (grego petros) significa pedra pequena. Grego (petra) significa
rocha grande e imóvel. Você não acha que uma
pedra pequena é imprópria para a construção
da Igreja de Deus? Claro! Jesus fez um trocadilho, referindo-Se
a Si mesmo como a Rocha (I. Cor. 3:11;10:4).
PARA CONCLUIR, RESPONDA CONSIGO MESMO:
• Se você ofende a Mário, e pede perdão a
“Joaquim”; está correto?
• Se você peca contra Deus, deve pedir perdão a “Antônio”
ou a Deus?
O BATISMO BÍBLICO
Efésios 4: 5 – “Um só Senhor, uma só fé,
um só batismo.”
I Timóteo 2: 5 – “Porque há um só Deus, e
um só Mediador entre Deus e os ho- mens, Jesus Cristo homem.”
O batismo é algo solene, definitivo e marcante na experiência
cristã. É emocionante este dia. O Céu fica
em festa, e Jesus se alegra, pois o batizando está demonstrando
publicamente que aceita o Sacrifício do Calvário
para sua vida. Como o batismo é a porta de entrada para
a Igreja de Deus, Ele então especificou como deve ser.
Quer ver? – Jesus comissionou os discípulos:
Mateus 28: 19-20
“Ide, portanto, fazei discípulos... batizando-os em Nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo...”
Percebeu? O Senhor Jesus foi quem estabeleceu esta norma para
o cristianismo, o batismo bíblico. Depois de batizada a
pessoa inicia uma vida nova em comunhão com Cristo, crescendo
na Graça e na fé. Eis como surgiu este ritual bíblico:
Mateus 3: 1-6
“E naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto
da Judéia. E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado
o reino dos Céus... E eram por ele batizados no rio Jordão,
confessando os seus pecados.”
Vamos ao Jordão. Águas cristalinas e volumosas.
Jesus chegou! Não perguntou qual era a forma de batismo,
não questionou porque João batizava as pessoas.
Ele entrou nas águas, e foi até onde estava João
e pediu que este O batizasse. João batizava com muitas
águas. Se o batismo fosse gotinha d’agua na cabeça,
Jesus precisaria ir a um rio? Entrar nele?
É maravilhoso como Jesus viveu para ser nosso exemplo em
tudo. Viveu uma vida correta, digna e possível de ser imitada
por todos. Não esqueceu de nada. Confirmou que o batismo
é bíblico e por imersão. Ouça:
Marcos 1: 9-10
“E aconteceu naqueles dias que Jesus tendo ido de Nazaré,
da Galiléia, foi batizado por João, no Jordão.
E, logo que saiu da água viu os Céus abertos, e
o Espírito que como pomba descia sobre Ele.”
Não há nenhuma dúvida que Cristo foi batizado
por imersão, no rio, pois diz o texto que Ele saiu das
águas, correto? Aliás, seria até incoerente
entrar dentro da água, molhar-se todo e jogar gotas d’agua
na cabeça, não acha? Se o batismo fosse por aspersão,
Jesus poderia ter ficado tão somente às margens
do rio e João Batista também, não é?
Pedro também, ensinou:
Atos 2: 38 –“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de
vós seja batizado em Nome de Jesus Cristo, para perdão
dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.”
A palavra grega usada neste texto é baptizo, que significa
imergir, mergulhar, cobrir com água. Esta palavra é
exatamente o oposto de aspergir ou derramar água sobre
alguém. Portanto, quando Pedro disse ao povo: “Arrependei-vos
e cada um de vós seja batizado”, eles entenderam que deviam
“arrepender-se e ser submersos”, isto é: serem mergulhados
na água. Observe que o batismo é para “lavar” pecados.
Só pecadores precisam batizar-se, e por imersão,
porque é preciso sepultar nas águas, simbolicamente,
os pecados. Ouça aqui:
Atos 8: 26-39 – “...E mandou parar o carro, e desceram ambos a
água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou...”
Novamente com clareza absoluta se percebe que o batismo na igreja
primitiva era por imersão. Não há nenhuma
dúvida, os pormenores indicam que o eunuco e Filipe entraram
dentro do rio para um batismo por imersão.
Romanos 6: 3-6
“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus
Cristo, fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados
com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou
dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós
em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com
Ele na semelhança de Sua morte, também o seremos
na da Sua ressurreição. Sabendo isto, que o nosso
homem velho foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado
seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.”
Isto é lindo demais. Altamente significativo. Nunca esqueci
o meu batismo. Que experiência marcante na vida de um moço,
moça, senhor ou senhora. Ouça :
“O batismo é uma ordenança evangélica em
comemoração da morte, sepultamento e ressurreição
de Cristo. No batismo é dado um testemunho público
de que o batizando foi crucificado com Cristo, com Ele sepultado
e ressurgiu para andar em novidade de vida. Só um batismo
pode representar devidamente esses fatos na vida, e esse é
a imersão, o modo seguido por Cristo e a igreja primitiva.”
– Estudos Bíblicos, pág. 79 – CPB, grifos meus.
No batismo morre o pecador, e ressuscita uma nova criatura. Isto
é: quando as águas cobrem o pecador, isto simboliza
a sua morte para a velha vida. Ao levantar-se das águas
é como nascer uma nova criatura. Por isso o batismo bíblico
jamais pode ser com gotas de água na cabeça. Anote
isto:
“O Concílio de Ravena, em 1311, foi o primeiro concílio
que legalizou o batismo por aspersão, deixando a critério
do ministro oficiante.
“Durante mil e trezentos anos o batismo foi geral e regularmente
por imersão de uma pessoa na água e só em
casos extraordinários por aspersão ou efusão,
porém esta última prática era tida como proibida
por aqueles que discutiam o assunto.” – Brenner, Demonstración
Histórica de la Administración del Bautismo desde
Cristo a Nuestros Dias, pág. 306.
“Podemos demonstrar pelas atas dos Concílios e pelos rituais
antigos, que durante mil e trezentos anos o batismo foi administrado
por imersão em toda a igreja tanto quanto era possível.”
– Bossuet, Bispo de Meaux, Idem, pág. 42. – Citado em Segue-Me