SANTIDADE NO SANTUÁRIO
Para o gentio – O acampamento era santo
Para o israelita – O pátio era santo
Para o sacerdote – O primeiro compartimento era santo
Para o Sumo Sacerdote – O segundo compartimento era santo
No segundo compartimento – A Arca era santa
Na Arca – A lei era santa
Na Lei – O quarto mandamento é santo (contém a assinatura
de Deus)
O gentio – podia entrar no acampamento para fazer negócio,
mas não poderia passar a noite
O pecador – podia entrar no pátio só para levar
oferta
O Sacerdote – podia entrar no lugar Santo só em serviço
O Sumo Sacerdote – podia entrar no santuário, só
no Dia da Expiação
Hoje, porém, todos podem, no Sábado, entrar no
Santuário para encontrar-se com o Todo-Poderoso. Amém!
O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE A LEI CERIMONIAL
Quando você, irmão, repete as palavras de João:
“... Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João
1:29), bem pode desconhecer suas raízes que, reportadas
ao passado, alcançam o Éden. Esta expressão
singela e sublime provém do âmago da Lei Cerimonial
– o Sistema Provisório judaico.
Após a transgressão expressa à vontade do
Criador, Adão experimentou, traumatizado, o impacto da
morte de um cordeirinho, para sua pele servir-lhe de agasalho.
Aquele animalzinho a seus pés, inerte, sem vida, era uma
cena dantesca jamais experimentada; fugia à sua percepção.
Indagativo imagina: Não viverá mais? Por que morreu?
Esses pensamentos devem tê-lo perseguido por todo o tempo
em que, agasalhado com a pele da indefesa vítima, protegia
seu corpo da friagem noturna. Para Adão, o cordeiro morto
foi uma experiência amarga, porém compreendia agora
que a transgressão ocasiona a morte.
Sim, as palavras divinas: “... no dia em que nela tocares (árvore
da ciência do bem e do mal) certamente morrerás”
(Gên. 2:17), encontram ressonância nos escaninhos
de sua alma. A morte, desconhecida para Adão, transforma-se
em um espectro terrificante.
Por outro lado, Adão compreende também que o cordeirinho
morto é um símbolo do Salvador que Deus prometeu
enviar para resgatar o homem da maldição do pecado.
O sangue que corria do indefeso animal morto prefigurava o sangue
imaculado do Filho de Deus, que um dia morreria de braços
abertos em uma cruz, como emblema eterno de vitória.
Com o pecado, interrompeu-se temporariamente o relacionamento
íntimo que Adão e Eva entretinham com o Senhor “...
pela viração do dia... ” (Gên. 3:8). O Céu
distanciou-se da Terra, e esta, que deveria ser uma extensão
do Céu, ficou separada da família celestial, por
um grande abismo.
Entretanto, o amor de Deus não deixaria o homem só,
e, já que pessoalmente não poderia privar de Sua
companhia, manifestar-Se-ia ao Seu povo de outra maneira. Daí
ordenar a Moisés: “E Me farão um santuário,
e habitarei no meio deles” (Êxo. 25:8). Este santuário
era comumente chamado de tabernáculo. Era uma tenda com
paredes de madeira, tendo o forro quatro camadas de materiais.
Media 6x18m, e o pátio 30x60m. Era uma casa móvel.
Quando de sua construção, Israel jornadeava pelo
deserto. As tábuas não eram pregadas uma à
outra, mas separadas e cada uma delas ficava em pé por
meio de uma base de prata. O pátio era cercado com cortinas
que pendiam de pilares fixos em base de cobre (Êxo. 38:9-20).
“O edifício inteiro, conquanto formoso e magnífico
em suas linhas, revelava sua natureza transitória. Destinava-se
a servir somente até ao tempo em que Israel se estabelecesse
na Terra Prometida e um edifício de natureza mais estável
pudesse ser erigido.” – O Ritual do Santuário, M.L. Andreasen,
pág. 22.
Como de fato aconteceu mais tarde, com o suntuoso Templo de Salomão,
substituído pelo de Zorobabel e este pelo de Herodes, que
foi destruído no ano 70 d.C., em cumprimento à profecia
de Nosso Senhor (Mat. 24:2).
O tabernáculo possuía dois compartimentos, separados
por uma riquíssima cortina, também chamada véu.
O primeiro compartimento era maior e chamado Lugar Santo, e tinha
três utensílios: a mesa dos pães da proposição,
o castiçal com 7 lâmpadas e o altar de incenso. O
segundo compartimento era menor e chamava-se Lugar Santíssimo.
Nele somente existia uma peça de mobiliário – a
Arca do Concerto. Era em forma de caixa e media 1,00x0,60cm, mais
ou menos. Sua cobertura chamava-se propiciatório. Sobre
ele havia dois querubins (anjos) de ouro em “obra batida”, ficando
um de cada lado, cobrindo-o com suas asas. Exatamente sobre o
propiciatório, Deus Se comunicava com Seus filhos (Êxo.
25:22). Dentro da arca estavam as duas tábuas de pedra
onde Deus havia escrito, com Seu próprio dedo, os Dez Mandamentos.
No pátio defronte existia uma pia gigante, onde os sacerdotes
lavavam as mãos e os pés antes do serviço
religioso. Também ficava no pátio o altar dos holocaustos.
Nele se efetuavam todas as ofertas sacrificiais. Media mais ou
menos, 3,00 x 3,00 m, com 1,50 m de altura e todo coberto de bronze
(Êxo. 27:1).
Pronto o tabernáculo, foi estabelecido o sacerdócio,
e, este recaiu sobre a tribo de Levi, sendo consagrados a este
ministério Arão e seus filhos. Foi determinado o
cerimonial, que consistia de ofertas queimadas, pacíficas,
de manjares, pelo pecado e pelas culpas. Mais o serviço
diário, o holocausto da tarde e da manhã, ininterruptamente;
o dia da expiação e as festas de santas convocações,
que eram em número de sete, conforme encontradas em Levítico
23; e os dias em que caíam, eram considerados sábados,
por serem feriados religiosos revestidos de toda a solenidade
e santidade do Sábado do sétimo dia da semana (Isaías
1:13 e 14; Oséias 2:11).
Estas festas eram: A páscoa, e dela só podia participar
o israelita que entrou para o judaísmo pelo ritual da circuncisão.
Festa dos pães asmos, festa das primícias (Pentecostes),
memória da jubilação (festa das trombetas),
dia da expiação, primeiro dia da festa dos tabernáculos
e o último dia desta festa.
Anexo a todo este cerimonial complexo e esplendoroso, estava o
ritual da circuncisão que, dentre todos, parece aquele
a que mais se apegaram os judeus.
No primeiro compartimento, ministrava o sacerdote, diariamente.
No Lugar Santíssimo (2º compartimento), ministrava
apenas o sumo-sacerdote, e uma só vez ao ano, no dia da
expiação, o Yom Kipper (Yom Kippur – 10º dia
do 7º mês).
Assim, caro irmão, resumido, apresentei-lhe este conjunto
maravilhoso de cerimônias e ordenanças estatuídas
por Deus, revestidas de um profundo significado e todas sendo
sombra e figura do Messias Jesus e de Sua obra expiatória
e redentora do homem. (Leia Hebreus, capítulos 7-9).
Entre todas as cerimônias, destaco a mais impressionante,
bela e terrível pelo seu significado, cuja exigência
era o derramamento de sangue. Trata-se do Sistema Sacrifical.
Era o seguinte: Quando algum israelita pecasse, ele deveria morrer,
pois assim reclamava a lei. Veja:
Ezequiel 18: 20
“... toda alma (pessoa) que pecar, essa morrerá.”
Entrementes, Deus permitia que o pecador trouxesse ao templo uma
oferta (animal), pelo seu pecado, que se transformaria em um substituto
e morreria em seu lugar. O primeiro requisito do ritual do sacrifício
consistia em o pecador colocar o animal sobre o altar no pátio
do tabernáculo, diante do sacerdote, colocar suas mãos
sobre a cabeça do animal, confessar seu pecado e, a seguir,
com suas próprias mãos, imolar a indefesa vítima.
Com isso, desejava Deus incutir na mente de Seu povo que, o perdão
só pode ser obtido unicamente pela confissão e intercessão
do sangue. Também visava o Senhor ensinar, através
desse ritual marcante, a repulsa pelo pecado. Queria Deus que
a aversão ao pecado fosse tão grande que os homens
procurassem evitá-lo.
“Nenhuma pessoa normal tem prazer de matar um animal indefeso
e inocente e isso de modo especial se compreender que é
por causa de seus próprios pecados que o animal deve morrer.”
– O Ritual do Santuário, M.L. Andreasen, pág. 43.
Essa era uma das grandes lições do Sistema Sacrifical:
ensinar o sacerdote e o povo em geral a aborrecer e a fugir do
pecado. Porém, a maior lição que o Senhor
desejava impor é que um dia o verdadeiro Cordeiro morreria
por ele e nós: Jesus Cristo.
Belo, horrível e impresionante como era esse ritual, deveria
produzir nos circunstantes o arrependimento e a tristeza pelo
pecado, fato que, lamentavelmente, tornou-se raro.
Esse Sistema Sacrifical era, para os judeus, o seu evangelho.
Evangelho que profetizava claramente o advento do “Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo.” João 1:29.
Positivamente, às 15:00 horas de uma sexta-feira, há
20 séculos, Jesus, pendente na cruz, exclama entre gritos
lancinantes: “... Está consumado...” (João 19:30).
Morria para dar vida a milhares que nEle crêem. Miraculosamente
rasga-se o véu do templo que separava o lugar Santo do
Santíssimo, de alto a baixo (Luc. 23:45); o cordeirinho
que estava amarrado sobre o altar para o sacrifício da
tarde solta-se, por mãos invisíveis, e foge, deixando
o sacerdote espavorido, enquanto lá, no Gólgota,
o centurião romano exclama: “...Verdadeiramente este homem
era o Filho de Deus” (Mar. 15:39). Toda a natureza demonstra repulsa
pelo quadro pavoroso. O Sol retirou sua luz, os elementos entraram
em comoção, provocando estranhos terremotos. O vento
sibilava furiosamente. Era o Criador que morria.
Assim, amado irmão, chegou ao fim a Lei Cerimonial, cravada
ali naquela cruz sangrenta. Todo aquele sistema ritualístico
que prefigurava este inolvidável acontecimento do Calvário
cessava, tornando-se obsoleto, porque Jesus veio, morreu e venceu,
e disso certifica Paulo ao declarar:
Colossenses 2: 14
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas
suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária,
e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”
Efésios 2: 15
“Na Sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos,
que consistia em ordenanças...”
Assim como as professoras ensinam as crianças com figuras
e flanelógrafos, o Senhor Deus expôs o grande Plano
da Redenção através do santuário e
seus símbolos. Os pães da proposição
significavam que “Jesus é o pão da vida” (João
6:48).
O candelabro com 7 lâmpadas acesas significava que “Jesus
é a luz do mundo” (João 8:12). O incenso queimado
no altar, sua fumaça simbolizava os méritos de Cristo.
A função de sacerdote seria desempenhada por Jesus
ao ascender ao Céu, e a de Sumo-Sacerdote após o
ano de 1844, quando se deu a purificação do santuário
celestial (Heb. 4:14).
Sim irmão, tais detalhes revelam o glorioso Plano de Redenção
da raça humana. O salmista tem razão ao afirmar:
“O Teu caminho ó, Deus, está no Santuário...”
Salmo 77:13.
A VERDADE SOBRE A MUDANÇA DA LEI MORAL
Aproximadamente há dois milênios atrás eclodiu
no espaço, pela boca de Pilatos diante de Jesus, a milenar
pergunta registrada em João 18:37 e 38: “...que é
a verdade?”Pilatos quis saber o que é a verdade, estando
diante dela, sem, contudo, dela fazer caso. A busca da verdade
é a tônica desta geração desencontrada.
Churchill disse certa ocasião: “De vez em quando os homens
tropeçam na verdade e bem depressa se levantam, como se
nada houvesse acontecido.”
O profeta Isaías, pela inspiração divina,
diz que, “... a verdade anda tropeçando pelas ruas...”
(Isa. 59:14 e 15). A busca da verdade que fazem hoje os que dizem
almejá-la é feita apenas por parte. A verdade está
ao alcance de todos e são muitos os que passam por ela,
não fazendo nenhum esforço por obedecê-la.
Fecham o coração, ouvidos e olhos. Rejeitam assim
a oportunidade de descobrir o que é a Verdade. É
necessário encontrar a verdade, e Jesus assegura:
João 8: 32
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
Conclui-se então que, se a verdade liberta, o homem efetivamente
está preso. E, preso a quê? Ao pecado, aos vícios,
erros, à ignorância, preso a alguma religião
por tradição, sentimentalismo, obrigação
ou camaradagem.
A verdade de cada um assume proporções grandiosas
quando em choque com outras verdades. São as verdades particulares
de cada qual. E são defendidas com todo ardor. E há
até os que se sacrificam para defender a verdade que aceitam.
Daí a grande necessidade de encontrar a verdade que só
Deus tem e pode santificar, libertar, trazer paz, felicidade e
salvação.
É comum ouvir-se cristãos, das mais variadas Igrejas
Evangélicas, defenderem fervorosamente a idéia de
que possuem a verdade, o que em parte é aceitável.
Assim levantam-se todos a uma voz e gritam: “Nós estamos
com a verdade!” Não descreio, porque Jesus Cristo é
a verdade. Deus é a verdade. A Bíblia é a
verdade. E quem se fundamenta nestas verdades pode enunciar possuí-las.
– Mas... pergunto: É somente isso a verdade de Deus? O
que é a verdade para Deus?
Antes de continuar, irmão, raciocine comigo: O que é
uma casa? Certamente, para ser uma casa, é preciso que
se tenha: piso, paredes, teto, compartimentos, etc... Havendo
apenas paredes e piso, não se pode dizer que seja uma casa.
O máximo que se pode admitir é ser uma casa incompleta.
Uma árvore também, para ser considerada como tal,
terá que ter raízes, tronco, folhas, etc. Tendo
apenas raízes e um tronco quebrado ou cortado não
é em si mesma uma árvore, mas um pedaço de
árvore. Assim, irmão, a verdade que Deus deseja
que o homem encontre é um conjunto de verdades que em si
forma a verdade pura e cristalina que restaura, liberta, santifica
e salva. E, esta verdade completa, é apresentada pela Bíblia
como sendo um conjunto de cinco partes, que formam, portanto,
a verdade total de Deus.
Primeira – Deus é a verdade (Isa. 65:16).
Segunda – Jesus Cristo é a verdade (João 14:6).
Terceira – O Espírito Santo é a verdade (João
16:13).
Quarta – A Bíblia é a verdade (João 17:17).
Se você irmão, tem, crê e vive estas verdades,
está no caminho, mas... ainda lhe falta alguma coisa, e
esta é a:
Quinta – A Lei de Deus é a verdade (Sal. 119:142).
Eis aqui, amado, a verdade completa, apresentada pela santa Bíblia.
Mas, lamentavelmente, uma verdade deste conjunto glorioso está
sendo desprezada. Uma destas verdades santificadoras foi lançada
por terra (Dan. 8:12), e poucos são os que a têm
levantado, reconduzindo-a ao seu devido lugar.
A Lei de Deus dos Dez Mandamentos tem sido ridicularizada e desdenhada,
e isso para alegria de todos os demônios. O profeta Daniel,
quase 600 anos antes de Jesus nascer, profetizou esta atrocidade
dizendo:
Daniel 7: 25
“E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá
os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos
e a Lei...”
Sim, a Lei de Deus foi alterada, arrancaram de lá o Sábado
e colocaram em seu lugar um dia espúrio, estranho à
Palavra de Deus. Todas as desculpas e suposições
podem ser levantadas para a defesa do cancelamento do Sábado
como dia santificado de guarda, porém, ficará patente,
sempre e eternamente, que ele foi cancelado pelo homem e não
por Deus.
Sim, digo-o outra vez, uma destas verdades está lançada
ao chão e disso os cristãos sinceros e leais têm
que se conscientizar. Deus espera que nos levantemos em favor
de Sua santa Lei.
Caro irmão, nada existe de mais precioso que andar na luz.
Quando isso ocorre, fogem as dúvidas e intranquilidades.
A verdade borbulha quando exposta e submetida ao crivo das Escrituras.
E ela só deixará de ser uma teoria para o cristão,
quando este, humildemente, ao descobrí-la, decidir observá-la,
mesmo perseguido ou chacoteado. O cristão que se prepara
para o Céu não se intimida nem se envergonha de
tomar decisões firmes ao lado da verdade global de Deus.
Muitos hoje, despercebidamente, ensinam que não importa
o que se creia, desde que seja sincero. Este é um pensamento
criminoso que não tem base escriturística. Ninguém
será salvo, crendo numa mentira, mesmo que o faça
com toda a sinceridade de seu coração.
Em tempos de ignorância (desconhecimento da verdade divina)
Deus tolera o que, de outro modo seria pecado, mas, chegando a
luz, a vontade de Deus fica às claras, e há perigo
em fazê-la pela metade, e quem o afirma é Jesus,
ouça:
João 15:22
“Se Eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam
pecado, mas agora não tem desculpa do seu pecado.”
O conjunto global que compõe a verdade completa de Deus
foi fragmentado, modificado, e isso não é novidade
para os cristãos que conhecem as profecias da Bíblia,
porque está escrito no livro do profeta Daniel, com clareza
meridiana, que tal fato se daria:
Daniel 8: 12 – “...e lançou a verdade por terra, fez isso
e prosperou.”
Veja você, irmão, que tal declaração
merece crédito, primeiro porque é bíblica;
segundo, porque é confirmada pela história universal.
Observe:
No ano 31 d.C. deu-se a morte de Jesus, e nesta época,
a Verdade completa de Deus estava de pé, ou seja: não
tinha sido ainda “lançada por terra.”
No ano 58 d.C., a Igreja Apostólica mantinha ainda de pé
esta verdade sacrossanta, embora Paulo advertisse profeticamente:
Atos 20: 29-30
“Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão
no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão
o rebanho; e que dentre vós mesmos se levantarão
homens que falarão coisas perversas, para atraírem
os discípulos após si.”
No ano 62 d.C., ainda continuava de pé a verdade, e neste
ano Paulo assevera com todo zelo, instruindo os discípulos
que alguém se atreveria contra a verdade de Deus para lançá-la
por terra. Note:
II Tessalonicenses 2:3-4
“Ninguém de maneira alguma vos engane, porque não
será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste
o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se
opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou
se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo
de Deus, querendo parecer Deus.”
No ano 100 d.C., a verdade ainda continuava de pé. Foi
por volta deste ano que morreu João, o último dos
apóstolos, outro defensor intransigente da verdade completa.
A verdade global de Deus vai avançando intacta pelos anos,
apesar da apostasia do 2º e 3º séculos. A partir,
porém, do 4º século, o cumprimento das profecias
de Daniel e Paulo vai ocorrer. Fique atento.
Na primeira parte do 4º século, o imperador romano
Constantino diz que se convertera ao cristianismo, porém
isso não passou de manobra política, com interesses
pessoais, porque (dizem), de fato, seu coração permaneceu
pagão. No ano 321, exatamente aos 7 de Março, Constantino,
o Grande, lavra o seguinte edito:
“Que os juízes e o povo das cidades, bem como os comerciantes,
repousem no venerável dia do Sol; aos moradores dos campos,
porém, conceda-se atender livre e desembaraçadamente
aos cuidados de sua lavoura, visto suceder frequentemente não
haver dia mais adequado à semeadura e ao plantio das vinhas,
pelo que não convém deixar passar a ocasião
oportuna e privar-se a gente das provisões deparadas pelo
Céu.”
Corpus Juris Civillis Cord. Liv. 3, Tit. 12,3
O original encontra-se na Biblioteca de
Harward-College (Univ. Livre de Cambridge, EUA)
Esta foi a primeira lei original do domingo na Terra e modelo
de todas as leis dominicais que se seguiriam. Este edito uniu
a Igreja Cristã e o Estado Romano. Fundiam-se o poder político
e o religioso. Estava aberto o caminho para a fraude. A verdade
global de Deus começa a perigar, e o domingo inicia sua
escalada para enganar a cristandade, tomando o lugar do santo
Sábado do Senhor.
Havia cristãos, porém, que guardavam o Sábado
e o domingo paralelamente. Assim satisfaziam a “gregos e troianos”,
e outros, para livrarem a pele, obedeciam ao imperador que, dando
rédeas aos seus planos, revelando zelo e temor que o povo
viesse adorar deuses pagãos (?), trouxe para dentro da
Igreja Cristã imagens da virgem Maria, de Cristo e dos
apóstolos. “Os dias de festa dos pagãos foram dedicados
ao serviço de Deus”. Entre estes, o destaque era para o
“deus Sol”, que, do dia de domingo se fez senhor, tornando-o santo
e reverenciado pela cristandade até hoje.
Os antigos antepassados da humanidade adoravam o Sol no primeiro
dia da semana. O deus Sol, era como o chamavam. O Egito, foi,
na antiguidade, o foco central de adoração ao Sol,
que recebeu o nome de Amon-Rá.
Os gregos e romanos também adoravam o Sol – o deus Mitra,
no primeiro dia da semana. Os babilônios dedicavam o primeiro
dia da semana ao culto do Sol. No ano 274 a.D., o imperador Aureliano
também “adotou o culto do Sol como a religião oficial
do Império Romano”, do qual Constantino também era
adorador. O primeiro dia da semana foi assim dedicado ao culto
do sol – Sol Invicto, que por isso era chamado no Latim dies solis
– dia do Sol. O vocábulo inglês para domingo é
SUNDAY e quer dizer: Dia do Sol.
Não há dúvidas que a observância do
domingo como dia santo tem suas raízes e origens no paganismo.
Leia como famosas Enciclopédias confirmam isto. No artigo
domingo, dizem:
“A mais antiga documentação da observância
do domingo como imposição legal é o edito
de Constantino, em 321 d.C., que decreta que as cortes de justiça,
os habitantes das cidades e o comércio em geral, devessem
repousar no domingo (venerabili die solis), excetuando-se apenas
os que se empenhavam em trabalhos agrícolas.” – Enciclopédia
Britânica, Nona Edição.
“Constantino, o grande, fez uma lei para todo o Império
(321 d.C.), estatuindo que o domingo fosse observado como dia
de repouso em todas as cidades e vilas; mas permitindo que os
camponeses prosseguissem em seus trabalhos.” – Enciclopédia
Americana.
Com sua licença, abro um parêntese especial para
dizer-lhe que o próprio Cardeal Gibbons, primaz da Igreja
Católica Romana nos Estados Unidos, afirmou:
“Podereis ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse e
não encontrareis uma única linha que autorize a
santificação do domingo. As Escrituras ordenam a
observância do Sábado, dia que nós nunca santificamos.”
– Faith of our Fathers, pág. 89. Grifos meus.
Finalmente irmão, no Concílio de Laodicéia,
no ano 364 d.C., a Igreja Romana transferiu definitivamente a
solenidade do Sábado para o domingo, agora como dia santificado
e obrigatório para todos os cristãos. Está
portanto cumprida a profecia (Dan. 8:12; 7:25). Eis o referido
decreto:
“Os cristãos não devem judaizar [guardar o Sábado],
ou estar ociosos no Sábado, mas trabalhando nesse dia;
o dia do Senhor (domingo), entretanto, honrarão especialmente,
e como cristãos não devem, se possível, fazer
qualquer trabalho nele. Se, porém, forem apanhados judaizando,
serão separados de Cristo.” – Cânon 29 do Concílio
de Laodicéia.
A verdade foi assim lançada por terra. Isto é: a
Lei de Deus, escrita por Seu próprio dedo, duas vezes,
em tábuas de pedra, foi alterada pelo homem e hoje são
milhões os que aceitam essa infeliz modificação.
O poder profetizado por Paulo em II Tessalonicenses 2:3 e 4, modificou
os Dez Mandamentos a seu bel-prazer. Como quis, alterou, trocou,
retirou, mudou, transferiu, “pintou e bordou” com a única
parte da Bíblia que Deus não permitiu o homem escrever;
e os cristãos, que deveriam posicionar-se contra, aceitaram,
em parte, este crime cometido contra a Lei de Deus. Ora, aceitando
parte, também é uma contribuição à
destruição do todo (Tiago 2:10).
Veja, a seguir, as duas leis e, sinta como o homem se colocou
acima de Deus, depois decida. Se for correto, aceite a lei maior...
a de Deus. Prepare-se.