Livro Online: Assim Diz O Senhor

Muitas questões polêmicas que as vezes confundem a cabeça do Cristão é tratada aqui neste Livro Online, de uma maneira clara, tendo como base a própria Palavra de Deus.


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Cap 06 - A SANTA LEI DE DEUS-- Pág 13


SANTIDADE NO SANTUÁRIO
Para o gentio – O acampamento era santo
Para o israelita – O pátio era santo
Para o sacerdote – O primeiro compartimento era santo
Para o Sumo Sacerdote – O segundo compartimento era santo
No segundo compartimento – A Arca era santa
Na Arca – A lei era santa
Na Lei – O quarto mandamento é santo (contém a assinatura de Deus)
O gentio – podia entrar no acampamento para fazer negócio, mas não poderia passar a noite
O pecador – podia entrar no pátio só para levar oferta
O Sacerdote – podia entrar no lugar Santo só em serviço
O Sumo Sacerdote – podia entrar no santuário, só no Dia da Expiação

Hoje, porém, todos podem, no Sábado, entrar no Santuário para encontrar-se com o Todo-Poderoso. Amém!

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE A LEI CERIMONIAL
Quando você, irmão, repete as palavras de João: “... Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29), bem pode desconhecer suas raízes que, reportadas ao passado, alcançam o Éden. Esta expressão singela e sublime provém do âmago da Lei Cerimonial – o Sistema Provisório judaico.
Após a transgressão expressa à vontade do Criador, Adão experimentou, traumatizado, o impacto da morte de um cordeirinho, para sua pele servir-lhe de agasalho. Aquele animalzinho a seus pés, inerte, sem vida, era uma cena dantesca jamais experimentada; fugia à sua percepção. Indagativo imagina: Não viverá mais? Por que morreu? Esses pensamentos devem tê-lo perseguido por todo o tempo em que, agasalhado com a pele da indefesa vítima, protegia seu corpo da friagem noturna. Para Adão, o cordeiro morto foi uma experiência amarga, porém compreendia agora que a transgressão ocasiona a morte.
Sim, as palavras divinas: “... no dia em que nela tocares (árvore da ciência do bem e do mal) certamente morrerás” (Gên. 2:17), encontram ressonância nos escaninhos de sua alma. A morte, desconhecida para Adão, transforma-se em um espectro terrificante.
Por outro lado, Adão compreende também que o cordeirinho morto é um símbolo do Salvador que Deus prometeu enviar para resgatar o homem da maldição do pecado. O sangue que corria do indefeso animal morto prefigurava o sangue imaculado do Filho de Deus, que um dia morreria de braços abertos em uma cruz, como emblema eterno de vitória.
Com o pecado, interrompeu-se temporariamente o relacionamento íntimo que Adão e Eva entretinham com o Senhor “... pela viração do dia... ” (Gên. 3:8). O Céu distanciou-se da Terra, e esta, que deveria ser uma extensão do Céu, ficou separada da família celestial, por um grande abismo.
Entretanto, o amor de Deus não deixaria o homem só, e, já que pessoalmente não poderia privar de Sua companhia, manifestar-Se-ia ao Seu povo de outra maneira. Daí ordenar a Moisés: “E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êxo. 25:8). Este santuário era comumente chamado de tabernáculo. Era uma tenda com paredes de madeira, tendo o forro quatro camadas de materiais. Media 6x18m, e o pátio 30x60m. Era uma casa móvel. Quando de sua construção, Israel jornadeava pelo deserto. As tábuas não eram pregadas uma à outra, mas separadas e cada uma delas ficava em pé por meio de uma base de prata. O pátio era cercado com cortinas que pendiam de pilares fixos em base de cobre (Êxo. 38:9-20).
“O edifício inteiro, conquanto formoso e magnífico em suas linhas, revelava sua natureza transitória. Destinava-se a servir somente até ao tempo em que Israel se estabelecesse na Terra Prometida e um edifício de natureza mais estável pudesse ser erigido.” – O Ritual do Santuário, M.L. Andreasen, pág. 22.
Como de fato aconteceu mais tarde, com o suntuoso Templo de Salomão, substituído pelo de Zorobabel e este pelo de Herodes, que foi destruído no ano 70 d.C., em cumprimento à profecia de Nosso Senhor (Mat. 24:2).
O tabernáculo possuía dois compartimentos, separados por uma riquíssima cortina, também chamada véu. O primeiro compartimento era maior e chamado Lugar Santo, e tinha três utensílios: a mesa dos pães da proposição, o castiçal com 7 lâmpadas e o altar de incenso. O segundo compartimento era menor e chamava-se Lugar Santíssimo. Nele somente existia uma peça de mobiliário – a Arca do Concerto. Era em forma de caixa e media 1,00x0,60cm, mais ou menos. Sua cobertura chamava-se propiciatório. Sobre ele havia dois querubins (anjos) de ouro em “obra batida”, ficando um de cada lado, cobrindo-o com suas asas. Exatamente sobre o propiciatório, Deus Se comunicava com Seus filhos (Êxo. 25:22). Dentro da arca estavam as duas tábuas de pedra onde Deus havia escrito, com Seu próprio dedo, os Dez Mandamentos.
No pátio defronte existia uma pia gigante, onde os sacerdotes lavavam as mãos e os pés antes do serviço religioso. Também ficava no pátio o altar dos holocaustos. Nele se efetuavam todas as ofertas sacrificiais. Media mais ou menos, 3,00 x 3,00 m, com 1,50 m de altura e todo coberto de bronze (Êxo. 27:1).
Pronto o tabernáculo, foi estabelecido o sacerdócio, e, este recaiu sobre a tribo de Levi, sendo consagrados a este ministério Arão e seus filhos. Foi determinado o cerimonial, que consistia de ofertas queimadas, pacíficas, de manjares, pelo pecado e pelas culpas. Mais o serviço diário, o holocausto da tarde e da manhã, ininterruptamente; o dia da expiação e as festas de santas convocações, que eram em número de sete, conforme encontradas em Levítico 23; e os dias em que caíam, eram considerados sábados, por serem feriados religiosos revestidos de toda a solenidade e santidade do Sábado do sétimo dia da semana (Isaías 1:13 e 14; Oséias 2:11).
Estas festas eram: A páscoa, e dela só podia participar o israelita que entrou para o judaísmo pelo ritual da circuncisão. Festa dos pães asmos, festa das primícias (Pentecostes), memória da jubilação (festa das trombetas), dia da expiação, primeiro dia da festa dos tabernáculos e o último dia desta festa.
Anexo a todo este cerimonial complexo e esplendoroso, estava o ritual da circuncisão que, dentre todos, parece aquele a que mais se apegaram os judeus.
No primeiro compartimento, ministrava o sacerdote, diariamente. No Lugar Santíssimo (2º compartimento), ministrava apenas o sumo-sacerdote, e uma só vez ao ano, no dia da expiação, o Yom Kipper (Yom Kippur – 10º dia do 7º mês).
Assim, caro irmão, resumido, apresentei-lhe este conjunto maravilhoso de cerimônias e ordenanças estatuídas por Deus, revestidas de um profundo significado e todas sendo sombra e figura do Messias Jesus e de Sua obra expiatória e redentora do homem. (Leia Hebreus, capítulos 7-9).
Entre todas as cerimônias, destaco a mais impressionante, bela e terrível pelo seu significado, cuja exigência era o derramamento de sangue. Trata-se do Sistema Sacrifical. Era o seguinte: Quando algum israelita pecasse, ele deveria morrer, pois assim reclamava a lei. Veja:
Ezequiel 18: 20
“... toda alma (pessoa) que pecar, essa morrerá.”
Entrementes, Deus permitia que o pecador trouxesse ao templo uma oferta (animal), pelo seu pecado, que se transformaria em um substituto e morreria em seu lugar. O primeiro requisito do ritual do sacrifício consistia em o pecador colocar o animal sobre o altar no pátio do tabernáculo, diante do sacerdote, colocar suas mãos sobre a cabeça do animal, confessar seu pecado e, a seguir, com suas próprias mãos, imolar a indefesa vítima. Com isso, desejava Deus incutir na mente de Seu povo que, o perdão só pode ser obtido unicamente pela confissão e intercessão do sangue. Também visava o Senhor ensinar, através desse ritual marcante, a repulsa pelo pecado. Queria Deus que a aversão ao pecado fosse tão grande que os homens procurassem evitá-lo.
“Nenhuma pessoa normal tem prazer de matar um animal indefeso e inocente e isso de modo especial se compreender que é por causa de seus próprios pecados que o animal deve morrer.” – O Ritual do Santuário, M.L. Andreasen, pág. 43.
Essa era uma das grandes lições do Sistema Sacrifical: ensinar o sacerdote e o povo em geral a aborrecer e a fugir do pecado. Porém, a maior lição que o Senhor desejava impor é que um dia o verdadeiro Cordeiro morreria por ele e nós: Jesus Cristo.
Belo, horrível e impresionante como era esse ritual, deveria produzir nos circunstantes o arrependimento e a tristeza pelo pecado, fato que, lamentavelmente, tornou-se raro.
Esse Sistema Sacrifical era, para os judeus, o seu evangelho. Evangelho que profetizava claramente o advento do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” João 1:29.
Positivamente, às 15:00 horas de uma sexta-feira, há 20 séculos, Jesus, pendente na cruz, exclama entre gritos lancinantes: “... Está consumado...” (João 19:30). Morria para dar vida a milhares que nEle crêem. Miraculosamente rasga-se o véu do templo que separava o lugar Santo do Santíssimo, de alto a baixo (Luc. 23:45); o cordeirinho que estava amarrado sobre o altar para o sacrifício da tarde solta-se, por mãos invisíveis, e foge, deixando o sacerdote espavorido, enquanto lá, no Gólgota, o centurião romano exclama: “...Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus” (Mar. 15:39). Toda a natureza demonstra repulsa pelo quadro pavoroso. O Sol retirou sua luz, os elementos entraram em comoção, provocando estranhos terremotos. O vento sibilava furiosamente. Era o Criador que morria.
Assim, amado irmão, chegou ao fim a Lei Cerimonial, cravada ali naquela cruz sangrenta. Todo aquele sistema ritualístico que prefigurava este inolvidável acontecimento do Calvário cessava, tornando-se obsoleto, porque Jesus veio, morreu e venceu, e disso certifica Paulo ao declarar:
Colossenses 2: 14
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”

Efésios 2: 15
“Na Sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças...”

Assim como as professoras ensinam as crianças com figuras e flanelógrafos, o Senhor Deus expôs o grande Plano da Redenção através do santuário e seus símbolos. Os pães da proposição significavam que “Jesus é o pão da vida” (João 6:48).
O candelabro com 7 lâmpadas acesas significava que “Jesus é a luz do mundo” (João 8:12). O incenso queimado no altar, sua fumaça simbolizava os méritos de Cristo.
A função de sacerdote seria desempenhada por Jesus ao ascender ao Céu, e a de Sumo-Sacerdote após o ano de 1844, quando se deu a purificação do santuário celestial (Heb. 4:14).
Sim irmão, tais detalhes revelam o glorioso Plano de Redenção da raça humana. O salmista tem razão ao afirmar: “O Teu caminho ó, Deus, está no Santuário...” Salmo 77:13.

A VERDADE SOBRE A MUDANÇA DA LEI MORAL
Aproximadamente há dois milênios atrás eclodiu no espaço, pela boca de Pilatos diante de Jesus, a milenar pergunta registrada em João 18:37 e 38: “...que é a verdade?”Pilatos quis saber o que é a verdade, estando diante dela, sem, contudo, dela fazer caso. A busca da verdade é a tônica desta geração desencontrada. Churchill disse certa ocasião: “De vez em quando os homens tropeçam na verdade e bem depressa se levantam, como se nada houvesse acontecido.”
O profeta Isaías, pela inspiração divina, diz que, “... a verdade anda tropeçando pelas ruas...” (Isa. 59:14 e 15). A busca da verdade que fazem hoje os que dizem almejá-la é feita apenas por parte. A verdade está ao alcance de todos e são muitos os que passam por ela, não fazendo nenhum esforço por obedecê-la. Fecham o coração, ouvidos e olhos. Rejeitam assim a oportunidade de descobrir o que é a Verdade. É necessário encontrar a verdade, e Jesus assegura:
João 8: 32
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
Conclui-se então que, se a verdade liberta, o homem efetivamente está preso. E, preso a quê? Ao pecado, aos vícios, erros, à ignorância, preso a alguma religião por tradição, sentimentalismo, obrigação ou camaradagem.
A verdade de cada um assume proporções grandiosas quando em choque com outras verdades. São as verdades particulares de cada qual. E são defendidas com todo ardor. E há até os que se sacrificam para defender a verdade que aceitam. Daí a grande necessidade de encontrar a verdade que só Deus tem e pode santificar, libertar, trazer paz, felicidade e salvação.
É comum ouvir-se cristãos, das mais variadas Igrejas Evangélicas, defenderem fervorosamente a idéia de que possuem a verdade, o que em parte é aceitável. Assim levantam-se todos a uma voz e gritam: “Nós estamos com a verdade!” Não descreio, porque Jesus Cristo é a verdade. Deus é a verdade. A Bíblia é a verdade. E quem se fundamenta nestas verdades pode enunciar possuí-las. – Mas... pergunto: É somente isso a verdade de Deus? O que é a verdade para Deus?
Antes de continuar, irmão, raciocine comigo: O que é uma casa? Certamente, para ser uma casa, é preciso que se tenha: piso, paredes, teto, compartimentos, etc... Havendo apenas paredes e piso, não se pode dizer que seja uma casa. O máximo que se pode admitir é ser uma casa incompleta.
Uma árvore também, para ser considerada como tal, terá que ter raízes, tronco, folhas, etc. Tendo apenas raízes e um tronco quebrado ou cortado não é em si mesma uma árvore, mas um pedaço de árvore. Assim, irmão, a verdade que Deus deseja que o homem encontre é um conjunto de verdades que em si forma a verdade pura e cristalina que restaura, liberta, santifica e salva. E, esta verdade completa, é apresentada pela Bíblia como sendo um conjunto de cinco partes, que formam, portanto, a verdade total de Deus.
Primeira – Deus é a verdade (Isa. 65:16).
Segunda – Jesus Cristo é a verdade (João 14:6).
Terceira – O Espírito Santo é a verdade (João 16:13).
Quarta – A Bíblia é a verdade (João 17:17).
Se você irmão, tem, crê e vive estas verdades, está no caminho, mas... ainda lhe falta alguma coisa, e esta é a:
Quinta – A Lei de Deus é a verdade (Sal. 119:142).
Eis aqui, amado, a verdade completa, apresentada pela santa Bíblia. Mas, lamentavelmente, uma verdade deste conjunto glorioso está sendo desprezada. Uma destas verdades santificadoras foi lançada por terra (Dan. 8:12), e poucos são os que a têm levantado, reconduzindo-a ao seu devido lugar.
A Lei de Deus dos Dez Mandamentos tem sido ridicularizada e desdenhada, e isso para alegria de todos os demônios. O profeta Daniel, quase 600 anos antes de Jesus nascer, profetizou esta atrocidade dizendo:
Daniel 7: 25
“E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a Lei...”
Sim, a Lei de Deus foi alterada, arrancaram de lá o Sábado e colocaram em seu lugar um dia espúrio, estranho à Palavra de Deus. Todas as desculpas e suposições podem ser levantadas para a defesa do cancelamento do Sábado como dia santificado de guarda, porém, ficará patente, sempre e eternamente, que ele foi cancelado pelo homem e não por Deus.
Sim, digo-o outra vez, uma destas verdades está lançada ao chão e disso os cristãos sinceros e leais têm que se conscientizar. Deus espera que nos levantemos em favor de Sua santa Lei.
Caro irmão, nada existe de mais precioso que andar na luz. Quando isso ocorre, fogem as dúvidas e intranquilidades. A verdade borbulha quando exposta e submetida ao crivo das Escrituras. E ela só deixará de ser uma teoria para o cristão, quando este, humildemente, ao descobrí-la, decidir observá-la, mesmo perseguido ou chacoteado. O cristão que se prepara para o Céu não se intimida nem se envergonha de tomar decisões firmes ao lado da verdade global de Deus.
Muitos hoje, despercebidamente, ensinam que não importa o que se creia, desde que seja sincero. Este é um pensamento criminoso que não tem base escriturística. Ninguém será salvo, crendo numa mentira, mesmo que o faça com toda a sinceridade de seu coração.
Em tempos de ignorância (desconhecimento da verdade divina) Deus tolera o que, de outro modo seria pecado, mas, chegando a luz, a vontade de Deus fica às claras, e há perigo em fazê-la pela metade, e quem o afirma é Jesus, ouça:
João 15:22
“Se Eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora não tem desculpa do seu pecado.”
O conjunto global que compõe a verdade completa de Deus foi fragmentado, modificado, e isso não é novidade para os cristãos que conhecem as profecias da Bíblia, porque está escrito no livro do profeta Daniel, com clareza meridiana, que tal fato se daria:
Daniel 8: 12 – “...e lançou a verdade por terra, fez isso e prosperou.”
Veja você, irmão, que tal declaração merece crédito, primeiro porque é bíblica; segundo, porque é confirmada pela história universal. Observe:
No ano 31 d.C. deu-se a morte de Jesus, e nesta época, a Verdade completa de Deus estava de pé, ou seja: não tinha sido ainda “lançada por terra.”
No ano 58 d.C., a Igreja Apostólica mantinha ainda de pé esta verdade sacrossanta, embora Paulo advertisse profeticamente:
Atos 20: 29-30
“Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho; e que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.”
No ano 62 d.C., ainda continuava de pé a verdade, e neste ano Paulo assevera com todo zelo, instruindo os discípulos que alguém se atreveria contra a verdade de Deus para lançá-la por terra. Note:
II Tessalonicenses 2:3-4
“Ninguém de maneira alguma vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição; o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.”
No ano 100 d.C., a verdade ainda continuava de pé. Foi por volta deste ano que morreu João, o último dos apóstolos, outro defensor intransigente da verdade completa.
A verdade global de Deus vai avançando intacta pelos anos, apesar da apostasia do 2º e 3º séculos. A partir, porém, do 4º século, o cumprimento das profecias de Daniel e Paulo vai ocorrer. Fique atento.
Na primeira parte do 4º século, o imperador romano Constantino diz que se convertera ao cristianismo, porém isso não passou de manobra política, com interesses pessoais, porque (dizem), de fato, seu coração permaneceu pagão. No ano 321, exatamente aos 7 de Março, Constantino, o Grande, lavra o seguinte edito:
“Que os juízes e o povo das cidades, bem como os comerciantes, repousem no venerável dia do Sol; aos moradores dos campos, porém, conceda-se atender livre e desembaraçadamente aos cuidados de sua lavoura, visto suceder frequentemente não haver dia mais adequado à semeadura e ao plantio das vinhas, pelo que não convém deixar passar a ocasião oportuna e privar-se a gente das provisões deparadas pelo Céu.”
Corpus Juris Civillis Cord. Liv. 3, Tit. 12,3

O original encontra-se na Biblioteca de
Harward-College (Univ. Livre de Cambridge, EUA)

Esta foi a primeira lei original do domingo na Terra e modelo de todas as leis dominicais que se seguiriam. Este edito uniu a Igreja Cristã e o Estado Romano. Fundiam-se o poder político e o religioso. Estava aberto o caminho para a fraude. A verdade global de Deus começa a perigar, e o domingo inicia sua escalada para enganar a cristandade, tomando o lugar do santo Sábado do Senhor.
Havia cristãos, porém, que guardavam o Sábado e o domingo paralelamente. Assim satisfaziam a “gregos e troianos”, e outros, para livrarem a pele, obedeciam ao imperador que, dando rédeas aos seus planos, revelando zelo e temor que o povo viesse adorar deuses pagãos (?), trouxe para dentro da Igreja Cristã imagens da virgem Maria, de Cristo e dos apóstolos. “Os dias de festa dos pagãos foram dedicados ao serviço de Deus”. Entre estes, o destaque era para o “deus Sol”, que, do dia de domingo se fez senhor, tornando-o santo e reverenciado pela cristandade até hoje.
Os antigos antepassados da humanidade adoravam o Sol no primeiro dia da semana. O deus Sol, era como o chamavam. O Egito, foi, na antiguidade, o foco central de adoração ao Sol, que recebeu o nome de Amon-Rá.
Os gregos e romanos também adoravam o Sol – o deus Mitra, no primeiro dia da semana. Os babilônios dedicavam o primeiro dia da semana ao culto do Sol. No ano 274 a.D., o imperador Aureliano também “adotou o culto do Sol como a religião oficial do Império Romano”, do qual Constantino também era adorador. O primeiro dia da semana foi assim dedicado ao culto do sol – Sol Invicto, que por isso era chamado no Latim dies solis – dia do Sol. O vocábulo inglês para domingo é SUNDAY e quer dizer: Dia do Sol.
Não há dúvidas que a observância do domingo como dia santo tem suas raízes e origens no paganismo.
Leia como famosas Enciclopédias confirmam isto. No artigo domingo, dizem:
“A mais antiga documentação da observância do domingo como imposição legal é o edito de Constantino, em 321 d.C., que decreta que as cortes de justiça, os habitantes das cidades e o comércio em geral, devessem repousar no domingo (venerabili die solis), excetuando-se apenas os que se empenhavam em trabalhos agrícolas.” – Enciclopédia Britânica, Nona Edição.
“Constantino, o grande, fez uma lei para todo o Império (321 d.C.), estatuindo que o domingo fosse observado como dia de repouso em todas as cidades e vilas; mas permitindo que os camponeses prosseguissem em seus trabalhos.” – Enciclopédia Americana.
Com sua licença, abro um parêntese especial para dizer-lhe que o próprio Cardeal Gibbons, primaz da Igreja Católica Romana nos Estados Unidos, afirmou:
“Podereis ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse e não encontrareis uma única linha que autorize a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância do Sábado, dia que nós nunca santificamos.” – Faith of our Fathers, pág. 89. Grifos meus.
Finalmente irmão, no Concílio de Laodicéia, no ano 364 d.C., a Igreja Romana transferiu definitivamente a solenidade do Sábado para o domingo, agora como dia santificado e obrigatório para todos os cristãos. Está portanto cumprida a profecia (Dan. 8:12; 7:25). Eis o referido decreto:
“Os cristãos não devem judaizar [guardar o Sábado], ou estar ociosos no Sábado, mas trabalhando nesse dia; o dia do Senhor (domingo), entretanto, honrarão especialmente, e como cristãos não devem, se possível, fazer qualquer trabalho nele. Se, porém, forem apanhados judaizando, serão separados de Cristo.” – Cânon 29 do Concílio de Laodicéia.
A verdade foi assim lançada por terra. Isto é: a Lei de Deus, escrita por Seu próprio dedo, duas vezes, em tábuas de pedra, foi alterada pelo homem e hoje são milhões os que aceitam essa infeliz modificação.
O poder profetizado por Paulo em II Tessalonicenses 2:3 e 4, modificou os Dez Mandamentos a seu bel-prazer. Como quis, alterou, trocou, retirou, mudou, transferiu, “pintou e bordou” com a única parte da Bíblia que Deus não permitiu o homem escrever; e os cristãos, que deveriam posicionar-se contra, aceitaram, em parte, este crime cometido contra a Lei de Deus. Ora, aceitando parte, também é uma contribuição à destruição do todo (Tiago 2:10).
Veja, a seguir, as duas leis e, sinta como o homem se colocou acima de Deus, depois decida. Se for correto, aceite a lei maior... a de Deus. Prepare-se.

 


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