DOM DE LINGUAS / BATISMO DO ESPIRITO SANTO / LÍNGUAS ESTRANHAS ?
Jesus garantiu aos Seus discípulos a capacidade de falar
outros idiomas como um dom do Céu. Observe:
Marcos 16: 17
“... em Meu Nome expulsarão os demônios; falarão
OUTRAS LÍNGUAS.”
Esta promessa foi feita exatamente após a grande Comissão
Evangélica – IDE (Mar. 16: 15). Portanto, Deus capacitaria
os Seus discípulos para pregarem o evangelho a todas as
nações, tribos e línguas, com este dom. É
inegável que se trata da capacidade de falar outros idiomas
sem o conhecer ou havê-lo estudado na escola. E nunca barulhos
labiais indefinidos ou estáticos.
A LÍNGUA DO PENTECOSTES
O Pentecostes foi a comprovação irrefragável,
cristalina, de que este dom é realmente a capacitação
divina para cumprir a ordem de pregação do evangelho.
No Cenáculo, aguardando a promessa de Cristo (Luc. 24:49),
estavam quase 120 irmãos reunidos (Atos 1: 15) com um mesmo
pensamento, um só propósito, ligados por um puro
e genuíno amor fraternal (Atos 2: 44-47), uns com os outros
e todos ao Senhor. A pureza de Cristo emanava destes discípulos
e era vista e sentida pelo povo.
Havia uma ordem para pregar o evangelho a todo o mundo e uma ocasião
oportuníssima para tal – a reunião em Jerusalém
– de representantes de todas as nações da Terra
para assistirem a festa de Pentecostes que, na oportunidade, se
processava. O ambiente era altamente favorável, e então
cumpriu-se a promessa. Veio o Espírito Santo, capacitando-os
com o Dom de Línguas, e, imediatamente, passaram a pregar
o evangelho no idioma dos estrangeiros presentes à festa.
Ouça:
Atos 2: 4, 6, 11
“...começaram a falar NOUTRAS LÍNGUAS... cada um
(os estrangeiros em Jerusalém) os ouvia falar em sua própria
língua... cretenses e árabes, todos os temos ouvido
em nossa própria língua (idioma).”
A glossolália (dom de línguas) do Pentecostes, foi
praticamente uma reprodução do milagre ocorrido
em Babel (Gên. 11: 1-9), quando Deus, de uma fala única,
produziu muitos idiomas. E daí, as pessoas agruparam-se
de acordo com o entendimento de cada língua e povoaram
a Terra.
Paulo também reconheceu e, ensinou, que o Dom de Línguas
é, realmente, a capacitação de falar novas
línguas (outros idiomas) pelo poder de Deus, ao mencionar
termos facilmente identificáveis, conforme o capítulo
12 de I Coríntios, a saber:
verso 10 – “... e a outro variedade de línguas”
verso 28 – “... variedade de línguas”
verso 30 – “... falam todos diversas línguas”
Com esta verdade meridiana, também concordam os pentecostais.
Ouça:
“É claro que se tratava de um dom, um milagre que se operou,
quando os crentes, sem haverem estudado, sem conhecerem idiomas,
falaram de forma a serem entendidos na linguagem dos que assistiam
ao grande acontecimento... Os crentes falaram claramente na língua
dos estrangeiros presentes ‘as grandezas de Deus’ (Atos 2: 7-11),
e muitos deles se converteram ao serem admoestados pelo Senhor.”
– O Mensageiro da Paz, 1/9/54, pág. 5.
O então diretor responsável pela publicação
mundial do periódico das Assembléias de Deus, Donald
Gee, também asseverou:
“O sinal se tornava ainda mais impressionante quando a providência
divina concedia ao crente falar no próprio idioma do descrente,
como no dia do Pentecostes. – Acerca dos Dons Espirituais, pág.
77. Citado por Elemer Hasse, em Luz Sobre o Fenômeno Pentecostal.
Finalmente, o festejado intérprete pentecostal Brumback,
assim se expressa, a respeito deste envolvente tema:
“Milhares de judeus emocionados desviaram-se do caminho para resolver
o mistério do som de uma tormenta naquela manhã
calma. Ao ajuntarem-se, encontraram mais outro mistério
– as línguas repartidas de fogo sobre as cabeças
dos galileus. Mas iam presenciar maior mistério do que
o som estranho das línguas flamejantes – o falar em outras
línguas. Os observadores ficaram muito perplexos ao notarem
que esses galileus, identificados como seguidores de Jesus de
Nazaré, não estavam falando o idioma simples da
Galiléia, mas ‘em outras línguas’; eram seus próprios
idiomas! De fato, quase toda a multidão, ao escutarem,
podiam discernir seu próprio idioma ou dialeto falado pelos
adoradores extasiados.” – Que Quer Isto Dizer?, págs. 18-19.
Citado por Elemer Hasse, idem.
A liderança pentecostal reconhece: O Dom de Línguas
é, de fato, falar idi-omas estrangeiros sem os conhecer
ou os haver estudado. É dom de Deus!
A LÍNGUA DE CORINTO
Como este dom é divino, útil e necessário
à igreja, logicamente também dizia respeito aos
crentes coríntios, e Paulo queria que tivessem esta capacidade.
Disse ele:
I Coríntios 14: 5 – “E eu quero que todos vós faleis
em (OUTRAS LÍNGUAS...)”
Quanto ao dom, ele é real. Não há dúvidas
de que é a condição de falar um idioma desconhecido
pelo poder de Deus. Entretanto, os coríntios se “perderam”
na busca deste dom. Permito-me dizer que, só lá,
naquela igreja, e em mais nenhuma outra, mesmo em todo o Novo
Testamento, o Dom de Línguas tornou-se um problema, e ele
nunca foi problema na Igreja Cristã.
Esta bênção do Céu, Deus a repetirá
quando Lhe aprouver. Esperamos até que, será mais
cedo do que se pensa, pois o Evangelho do Reino ainda falta penetrar
em 23 países (veja pág. 454), e estes contêm
centenas de difíceis línguas e dialetos.
Imagine os cristãos aprenderem tais idiomas e ir lá
pregar? Quanto tempo levariam? Deus não pode esperar muito
tempo mais para nos tirar deste vale de lágrimas. Certamente
Ele dará o dom de línguas para finalizar Sua Obra
(Rom. 9: 28). Ele precisa fazê-lo. Ele o fará.
Pois bem, examinando alguns aspectos da igreja de Corinto, deparamo-nos
com situações realmente desconcertantes, como: dissensão
(I Cor. 1:11. 11:18); demandas (I Cor. 6: 6-7); adultério
(I Cor. 5: 1); carnalidade (I Cor. 3: 1,3). Que se pode esperar
dos carnais?
Não é possível tapar o Sol com a peneira,
como é inegável recusar que o ambiente nesta igreja
não era, de fato, favorável à descida do
Espírito Santo.
Amado irmão, observe a diferença: Enquanto havia
unidade perfeita e harmoniosa em Jerusalém, havia discórdia,
divisão e contenda em Corinto; e, pior que a demanda entre
os membros, predominava a grave imoralidade “não vista
entre os próprios gentios” (I Cor. 5: 1) , como afirmou
Paulo. E havia outros problemas como: prostituição
(II Cor. 12: 19-21); véu (I Cor. 11: 5-6); cabelo (I Cor.
11: 15-16); usura (II Cor. 11: 8-9); desvirtuação
da Santa Ceia ( I Cor. 11), etc... Um competente e estudioso intérprete
bíblico afirmou, a respeito disto:
“Se o batismo com o Espírito Santo mantém companhia
com libertinos, com a desunião dos crentes e com a perversão
do culto cristão, qual é então o padrão
para testar a obra do Espírito Santo?”
Dr. Eduardo Heppenstall, prof. de Teologia e Filosofia Cristã
da Universidade de Loma Linda, EUA. Atalaia 3/76, pág.
12.
Então, o que houve em Corinto, aquela igreja dilacerada
por divisões doutrinárias, sufocada por práticas
imorais, destruída pelo orgulho e licenciosidade?
Paulo convenceu-se que aqueles irmãos estavam desvirtuando
o dom de línguas, pois procediam contrário ao determinado
pelo Espírito Santo. Desejavam o dom a qualquer custo,
completamente desarvorados. Mas, o dispensá-lo ou não,
compete a Deus (I Cor. 12: 11), e como o ambiente não era
propício, por causa das desavenças e carnalidade,
desavisadamente emitiam, a esmo, sons “que ninguém entende”.
I Coríntios 14: 2.
O apóstolo, então, para não ferir os brios
dos irmãos, esquivando-se também de magoá-los
ou atribuir falsidade a seu dom, canalizou-os para dentro do quarto
e os incentivou à oração particular (eles
e Deus somente – I Cor. 14: 28), ao invés de ficarem fazendo
barulho na igreja, contrafazendo um dom que queriam mas não
possuíam, por se encontrarem fora dos parâmetros
divinos. Diz novamente o professor Heppenstall:
“...quando chegamos a condição espiritual da igreja
de Corinto, e quando procuramos interpretar a natureza do dom
de línguas, defrontamo-nos com o fato de que algo está
radicalmente errado. Pela primeira vez na Igreja Cristã,
o falar em línguas tornou-se um problema. Isto levanta
a pergunta: Se a manifestação era genuíno
dom do Espírito, ou se era uma farsa, uma manifestação
demoníaca, ou uma forma de histeria. Se bem que Paulo não
denuncie essa manifestação, procura reprimí-la.
Ela se havia tornado causa de embaraço. Devemos crer que,
no meio de desordem e confusão da igreja, eles eram guiados
pelo Espírito?” – Idem.
Diante deste desconcertante episódio, Paulo encontrou a
única saída sábia e divina que, posta em
prática, divisaria o falso do verdadeiro: Ei-la:
I Coríntios 14: 13 – Edição Revista Atualizada
“...o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa
interpretar.”
Nas demais manifestações deste dom no Novo Testamento,
tanto quem falava, quanto quem ouvia, entenderam a língua.
Aqui, porém, em Corinto, foi necessário tal orientação
em virtude da visível contrafação do dom.
Assim que, se não for uma língua interpretável,
semelhante a qualquer idioma terrestre, ou não tendo quem
a traduza, a língua para nada se aproveita. Estará
falando ao ar, trazendo confusão e não edificando
a igreja.
I Coríntios 14: 6, 14 – Edição Revista e
Atualizada
“...se eu for ter convosco falando em OUTRAS LÍNGUAS, em
que vos aproveitarei... O entendimento fica sem fruto.”
Sim, irmão, que proveito trarão à igreja,
ao indivíduo e ao mundo, a emissão de sons que não
se entendem? Paulo deixa claríssimo que o problema é
realmente de idioma estrangeiro e não de barulhos e sons
desconexos, histéricos, incompreensíveis e esquisitos.
E mais, Paulo classifica de indouto aquele que só conhece
e fala seu próprio idioma, perto de quem fala outros (I
Cor. 14:16). Mais uma prova de que se trata de língua de
nações e não barulhos sem sentido, feitos
com a boca.
Efetivamente, a língua só é útil quando
entendida não só por quem a pronuncia, como por
quem a ouve. Caso contrário, não terá nenhum
valor. Paulo era um poliglota, isto é, falava vários
idiomas (línguas de outras nações), por exemplo:
grego (Atos 21: 37,40); hebraico (Atos 22: 2); e mais o aramaico
e o latim, entre outros, porque cursou nas melhores escolas judaicas
e romanas; mas ele só pregava para os coríntios
em seu próprio idioma. Diz ele:
I Coríntios 14: 18-19 – Edição Revista e
Atualizada
“...porque falo MAIS LÍNGUAS do que todos vós...quero
(porém) falar cinco palavras na minha própria inteligência...
do que dez mil palavras em língua desconhecida.”
EXEMPLO: Imaginemos Paulo chegar a uma igreja onde todos só
falam o hebraico e ele prega em grego. Ninguém entenderá
e em nada se beneficiará. Tempo perdido.
I Coríntios 14: 10
“Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo,
NENHUM DELES, contudo, sem sentido.”
Observe a clareza do pensamento de Paulo:
“MUITOS TIPOS DE VOZES NO MUNDO” – Isto é:
Muitos idiomas (as línguas das na- ções,
dos povos do mundo inteiro).
“NENHUM DELES, SEM SENTIDO” –Ou seja: Cada cidadão
conhece a sua língua materna. E os que estudam outras línguas
passam a entendê-las, porque todas têm sentido claro
para quem as conhece.
N.B. O Papa João Paulo II, é um exemplo vivo e extraordinário
desta capacidade linguística: fala dezenas de línguas
(idiomas de outros povos).
I Coríntios 14: 7-8
“Da mesma sorte, se as coisas inanimadas (sem vida) que fazem
som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons
distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta
ou com a cítara? Porque se a trombeta der sonido incerto,
quem se preparará para a batalha?”
Veja também esta outra ilustração de Paulo.
Uma banda de música composta de pessoas que nunca tocaram
os instrumentos que têm nas mãos. Que acontecerá?
Uma balbúrdia, uma algazarra infernal de sons que ninguém
poderá identificar os instrumentos da banda. Compreendeu?
É o mesmo que dizer: – Ó coríntios, estes
seus sons (“línguas”) não têm nenhum valor.
Ninguém o entende. Vocês estão falando ao
ar. Estão fazendo barulho com a boca somente. Esta confusão
contagiante não produz nenhuma edificação
espiritual, mas apenas emocionalismos e delírio, que são
(perdoe-me), manifestações da carne.
É inegável que Paulo está provando que o
dom de línguas é a capacitação de
falar outro idioma (língua das nações) e
não pronunciar barulhos sem sentidos ou sons ininteligíveis
– alocuções estáticas. Por conseguinte, no
impasse dos coríntios, a preocupação maior
não era o falar a língua, mas interpretá-la,
conforme instrução paulina. Dentro deste escopo,
a língua se constituía em sinal:
I Coríntios 14: 22-23
“De sorte que as línguas são um sinal não
para os fiéis, mas para os infiéis. Se pois, toda
a igreja se reunir... e todos se puserem a falar em outras lín-guas,
e entrarem... infiéis, não dirão porventura
que estais loucos?”
Este quadro ilustrativo de Paulo não é difícil
de se deparar hoje. Há igrejas nestas condições.
Quem pode negar? A reação inequívoca de qualquer
não crente ao chegar ali, será esta evocada pelo
apóstolo. Mas, por que isso? – Simplesmente por falta de
boa compreensão e pela recusa do conselho de Paulo: Não
podendo interpretar a língua, fique calado. I Coríntios
14: 28.
Ora, se a língua desconhecida (estrangeira) tem que ser
um sinal para os INFIÉIS, não pode por isso mesmo
levá-los a chamar os cristãos de “loucos”. A língua
estrangeira constitui-se em sinal para o ímpio, quando
este notar que há no crente a capacidade de falar inglês,
aramaico, japonês, sem haver estudado estas línguas.
Este é o sinal. Sinal, não de “loucura”, mas, do
poder de Deus. Aleluia!
Este sinal foi que levou os crentes partos, medos, elamitas, mesopotâmios
etc., a indagarem: “Que quer isto dizer... os temos ouvido em
nossas próprias línguas...” (Atos 2:12,11). Aqui
no Pentecoste, o Dom de Línguas constituiu-se, sem dúvida,
no sinal mencionado pelo apóstolo.
Paulo, em todos os pormenores, estava preocupado com a igreja
de Corinto, e querendo evitar que ela chegasse a condição
de se tornar um escárnio ou “loucura” para os não
crentes, determinou judiciosamente:
I Coríntios 14: 27 – Edição Revista e Atualizada
“...no caso de alguém falar LÍNGUA DESCONHECIDA,
que não sejam mais do que dois ou três, e por sua
vez, e HAJA INTÉRPRETE.”
Ao limitar com reservas a disseminação desta língua
corintiana e a presença obrigatória de um tradutor,
evidencia que o dom que permeava esta igreja não era verdadeiro.
Era uma contrafação do Dom de Línguas.
Agora, por favor, amado, preste atenção: qual o
papel de um tradutor? Ele ouve a língua estranha (idioma
de alguém que está falando) e traduz para a língua
dos ouvintes.
Exemplo: Em sua igreja chegou um pastor da França e vai
pregar. Se todos conhecerem a língua francesa, não
há problema. Caso contrário, é preciso designar
alguém que o traduza.
Assim, é necessário entender, definir, aceitar o
que claramente vem a ser o Dom de Línguas, qual sua finalidade
e atuação, uniformizar-se aos ditames do Espírito
Santo (dois ou três – um de cada vez – haja intérprete).
Evidentemente que, alvoroço, confusão, gritaria,
balbúrdia, algazarra, palavras incompreensíveis,
sem lógica, gemidos prolongados, é a contrafação
deste dom, e vai desviar a igreja de sua função
doutrinária e amedrontar qualquer ímpio que lá
chegar. Até mesmo a reação de quem passe
próximo a uma igreja onde haja este estado de coisas é
escandalizar-se, temer e se espantar.
Paulo estabeleceu estas normas para que os irmãos coríntios
não mais insistissem com aqueles barulhos. “HAJA INTÉRPRETE,
OU ENTÃO, CALE-SE.” (I Coríntios 14: 28). Este é
o lema, válido hoje para a Igreja Cristã, por quem
Paulo, também tornou-se mártir.
RESUMO: A cidade de Corinto foi reedificada por Júlio César
no ano 46 d.C., e tornou-se lugar de reunião de todas as
camadas sociais da época. Foi a metrópole da província
romana de Acaia, desenvolvendo grandemente o comércio entre
a Ásia e a Itália. Por esta razão, era comum
existir uma população flutuante, de vários
povos, que faziam desta cidade ponto de encontro e trampolim para
o mundo. Era um palco de línguas estranhas. (Para você
compreender isso, passe um dia no porto de Santos em São
Paulo ou no porto do Rio de Janeiro. Quando os navios chegarem
de todas as partes da Terra, aproxime-se das pessoas que saltarem.
Ouça-as conversarem).
Interessante seria ver os coríntios irem ao cais do Porto,
onde milhares de pessoas transitavam, e pregar para elas. Se tivessem
se prontificado nesta direção, certamente de lá
nos viriam muitos milagres. Glória a Deus. Aleluia! Porém,
preferiram ficar dentro da igreja aumentando a confusão,
que já havia.
Efetivamente, não tenho dúvidas, os coríntios
foram envolvidos nas malhas do malígno, influenciados de
alguma forma pela diversidade de idiomas em sua Terra. Como o
Dom de Línguas é bíblico e eles o almejavam
ardentemente, confundiram-se com seus chilreios e murmúrios,
porque estavam fora do plano divino por se acharem em precárias
condições espirituais. Eis portanto, para sua análise,
as diferenças do Pentecostes e Corinto.
Confirmando com a Bíblia que: proibe a gritaria nos cultos
(Efé. 4: 31); re-comenda ordem e decência (I Cor.
14: 40); apela a reverência (Heb. 12: 28); que dizer da
igreja hoje, repleta de pessoas, todos falando ao mesmo tempo
línguas “estranhas”, gritando e gemendo? Meu querido irmão,
preciosa irmã, ouça o veemente apelo do apóstolo
São Paulo:
Romanos 12: 1-2
“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus...
transformai-vos pela renovação do vosso entendimento,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus.”
Não nego, pois já vi, que há entre os que
hoje crêem nessas línguas misteriosas, pessoas sinceras
e convertidas, e cuja experiência emocional e suas vibrações
variam de intensidade de pessoa para pessoa.
Por isso, movido por profundo amor pela sua vida espiritual, é
que apresentei este tema e com sincera preocupação,
afirmo: As “línguas estranhas”, faladas nas igrejas pentecostais
e renovadas, não representam o verdadeiro dom de falar
em línguas ocorrido no Pentecostes, conforme descrição
de Atos 2, mas tem muita semelhança com o fenômeno
emocional de Corinto que, como vimos, Paulo evitou que prosperasse.
A LÍNGUA DE ÉFESO
Atos 19
Qualquer pessoa criteriosa, observa a maneira reservada de Paulo
no trato deste dom com os coríntios. Tal fato não
se deu com os efésios. O apóstolo encontrou nesta
cidade um grupo de cristãos, “uns doze varões” (Atos
19: 7). O cristianismo precisava ser implantado neste foco de
adoradores da deusa Diana e dos fazedores de ídolos (Atos
19: 27). Uma cidade pagã, precisando ser evangelizada e
doze homens despreparados, e mais, que haviam sido apenas batizados
no batismo de João (Atos 19: 3) e nunca ouviram a respeito
do Espírito Santo (Atos 19: 2). Era um desafio sem precedentes.
Estavam, certamente, fadados ao insucesso.
A primeira e imediata providência seria o rebatismo em nome
da Trindade, para poderem receber o poder celestial, e o receberam.
Atos 19: 6
“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito
Santo; e TANTO falavam em línguas COMO profetizavam.”
Paulo impôs as mãos, e os irmãos não
se contorceram, nem abriram a boca numa vozeria inconsequente,
emitindo rumores incompreensíveis ou sons inin-teligíveis.
Não! Eles, pelo poder do Espírito Santo, passaram
a possuir estes dons, para edificar a igreja (Dom de Profecia)
e falar aos estrangeiros (Dom de Línguas).
Estavam esses irmãos, portanto, capacitados para a implantação
do Evangelho do Reino em Éfeso. (Naquele tempo, Éfeso
era uma grande metrópole, e seu porto altamente importante
lhe dava a prerrogativa de ser “a porta da Ásia Menor”).
Deus, pois, os capacitou, não para satisfazer caprichos
ou vaidades, ou porque queriam o dom, mas para uma obra definida,
necessária e urgente: pregar a Cristo crucificado nesta
importante e pecaminosa capital do Continente Asiático.
Ninguém, por conseguinte, deve se valer deste texto para
afirmar ser doutrina de que o falar “língua estranha” (sons
ininteligíveis) seja sinal ou consequência do recebimento
do Espírito Santo, pois que, além do Pentecostes,
que foi um acontecimento especialíssimo, e de Cornélio
em Cesaréia, só há este texto de Efésios
em que ocorreu a posse imediata deste dom através do poder
do Espírito Santo.
Além do mais, neste caso, também se fazia necessário
que esta “posse” fosse semelhante ao Pentecostes, em virtude de
a cidade precisar ser evangelizada (cidade que vivia cheia de
estrangeiros, com as mais diferentes línguas), e por causa
do pleno desconhecimento do Espírito Santo. Ressalte-se
que, por outro lado, o Novo Testamento registra 14 casos de derramamento
do Espírito e, em nenhum deles foi concedido o dom de línguas
(Ver pág 197).
A LÍNGUA DE CESARÉIA
Atos 10
Atos 10:44-47
“E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito
Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que
eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro,
maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse
também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas,
e magnificar a Deus. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém
porventura recusar a água, para que não sejam batizados
estes, que também receberam como nós, o Espírito
Santo?”
A enfática “também receberam como nós” é
uma expressão afirmativa, bem como comparativa (Pedro está
se reportando à descida do Espírito Santo em Jerusalém,
sete anos antes: Atos 2). O Pentecostes repetiu-se com Cornélio,
que, efetivamente, havia convidado a todos, especialmente os que
se encontravam sob sua ordem e jurisdição, para
recepcionarem o apóstolo.
Positivamente, havia entre esses irmãos, pessoas que não
falavam o dialeto de Pedro (aramaico). Porém, ao lhes ser
dado o Dom de Línguas, o apóstolo pôde distinguir,
na reunião, seu próprio idioma, daí sua afirmação:
“também receberam como nós”. Pedro só poderia
assim assegurar se, de fato, presenciasse agora, um acontecimento
semelhante ao Pentecostes. (Era o mesmíssimo dom. Atos
11:15 e 17; 15:8).
Cornélio, inquestionavelmente, além do latim, passou,
entre outros, a falar o aramaico, e estava agora, como um cristão
fervoroso, apto a testemunhar de Cristo, e falar das grandezas
do amor de Deus, em qualquer país, sem a barreira das línguas
das nações (Eze. 3:5 e 6).
Em Jerusalém foram os circunstantes que notaram o dom (Atos
2:8); em Cesaréia foi Pedro quem o divisou (Atos 10:46).
Sendo Cesaréia uma residência de procuradores romanos,
certamente era uma metrópole que abrigava muitos povos,
e agora este grupo de crentes estava capacitado para ministrar-lhes
as boas novas da salvação.
Este dom só é dado para um fim definido e específico:
a propagação do evangelho, e nunca para satisfação
própria. Em Cesaréia, deu-se a repetição
do Pentecostes, sem sombra de dúvidas. Não foi som
sem sentido, ininteligível ou estatizado, o que falaram.
Eles receberam o dom para falar idiomas estrangeiros, aos milhares
de estrangeiros .
QUANDO O CRENTE RECEBE O ESPÍRITO SANTO?
Consequentemente, a doutrina de que só tem o Espírito
Santo quem fala línguas, não tem apoio bíblico.
O dom de línguas é, inegavelmente, um dos dons do
Espírito, mas este dom não é infalivelmente,
a única e última prova de quem é batizado
com o Espírito Santo.
O que a Bíblia afirma, e com clareza, é que, o Espírito
Santo vem ao crente quando ele se converte (Atos 2:38); obedece
(Atos 5:32); ora (Luc. 11:13); possui fé (Gál. 3:14).
Após o que, passa a morar no crente (I Cor. 3:16), e, este
então, produzirá em sua vida os frutos do Espírito
(Gál. 5:22).
“Teologicamente, teremos que dizer que ninguém pode ser
salvo, nascer de novo, aceitar a Cristo como Salvador, sem, ao
mesmo tempo, ter o Pai e o Espírito Santo, pois Deus não
Se divide e não há três deuses, mas um só.
Ninguém pode ter um terço ou dois terços
de Deus! Ou O tem, ou não O tem.” – A.B. Oliver, Movimento
de Línguas, pág. 96.
Jesus afirmou da forma mais clara que, quando vem morar em nosso
coração, não vem sozinho. Observe:
João 14:21-23
“Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é
o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai,
e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele... e viremos para ele,
e faremos nele morada.” (Compare com I. S. João 3: 24;
4: 13; Rom. 8:9-11).
Efetivamente, quem recebe o Filho, recebe o Pai e o Espírito,
pois que são todos um só Deus. Portanto, quando
dizemos que temos a Cristo no coração, é
o mesmo que afirmar: Temos o Espírito Santo (Gál.
4: 6).
Meu caro irmão, ai de nós, como cristãos,
se não fôssemos batizados diariamente com o Espírito
Santo; não poderíamos vencer o malígno.
A LÍNGUA DOS ANJOS
A “língua dos anjos”, é mencionada uma única
vez no Novo Testamento (I Cor. 13:1), e é uma comparação
de idiomas feita por Paulo, entre o Céu e a Terra, para
enfatizar o fato de que o amor a tudo sublima. Não há
tampouco, nenhuma conotação com o pseudo “fenômeno”
descrito em I Coríntios 14: 2. E, de passagem, deve ficar
claro que Paulo também não falava a língua
dos anjos, pois afirmou:
I Coríntios 13: 1
“Ainda que eu falasse... a língua dos anjos.”
Essa concessiva “ainda que”, traduz uma negação:
portanto, não falava. E tem mais: nenhum ser humano pode
falar a língua dos anjos. Paulo confirma, ouça:
II Coríntios 12: 2-4
“Conheço um homem... que... foi arrebatado até o
terceiro Céu... e ouviu PALAVRAS inefáveis, de que
ao HOMEM não é LÍCITO FALAR.”
Trata-se, outrossim, da “língua dos anjos”, como bem poderia
ser a língua dos seres de outros mundos não caídos.
Paulo referiu-se aos anjos, pois que estes são de nossa
esfera, isto é: estão envolvidos conosco, guardam-nos
e protegem-nos, sabem de nossa precária situação
e têm conosco alguma afinidade. Já estiveram presentes
fisicamente entre nós, conversaram diversas vezes, etc.
(Gên. 18:1-22; 32: 1-2. Juízes 2: 1-4. II Reis 1:
3. Mat. 28: 5. Atos 12: 8-10 etc.). Três deles já
me socorreram em situações diversas; um gritou meu
nome (em português) e segurou-me o braço. Por isso
guardo com o maior carinho, até hoje, uma capa de chuva
que usava nesta ocasião. Creio que ali estejam suas marcas
digitais. Sobre o ministério dos anjos, se o desejar, leia
o meu livro A PONTE DO RIO TANGUÁ.
Por conseguinte, a “língua dos anjos” tem algo em comum
com a dos terrestres, dentro mesmo de um definido vocabulário
ou construção gramatical. Por isso deu-se sua lembrança,
apenas e tão somente como uma comparação,
como bem gosta de fazer o apóstolo Paulo. Também
a teofania (“aparição ou revelação
da divindade, manifestação de Deus”) documentadas
na Bíblia, são provas reais de que, a “língua
dos anjos”, é compatível com a terrestre. Daí,
não é língua estranha.
Quanto à glossolália, não há o que
negar, é a capacidade de falar idiomas estrangeiros sem
os haver estudado. Portanto, o dom é a glossolália
(I Cor. 14:27); e o pseudo “fenômeno” do verso dois (I Cor.
14:2) é um “desvio”, um derivativo dela, pois que, ao afirmar
Paulo neste texto – “porque ninguém o entende” – não
pode ser atribuído ao genuíno Dom de Línguas,
pois este sim, é entendível, como prova o Pentecostes
e as claríssimas declarações de Paulo, confrontadas
e comparadas com outros textos contextuais.
COMO DESCOBRIR O VERDADEIRO PROFETA
Jesus, antes de ir para o Céu, prometeu:
Mateus 28: 20
“Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos.”
– Como estará Jesus conosco? Pelo ministério do
Espírito Santo!
A Bíblia afirma que Deus deu, através dos dons espirituais,
uns para apóstolos, outros para profetas, outros para doutores
(Efé. 4:11), e assim enumera uma série de dons que
devem existir na igreja para que haja o aperfeiçoamento
dos santos e o evangelho possa ser pregado com poder e discernimento.
A Palavra de Deus, ao mesmo tempo que nos aconselha a busca dos
dons, adverte-nos do cuidado que devemos ter, especialmente nos
últimos dias, com relação aos falsos dons.
O solene conselho bíblico é:
I São João 4: 1
“Amados, não deis crédito a qualquer espírito:
antes provai os espíri-
tos, se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm
saído pelo
mundo afora.”
Portanto, o crente precisa estar alerta e distinguir os espíritos.
Vivemos num tempo em que há muitos “sinais e maravilhas”,
por conseguinte, devemos orar e pedir a Deus sabedoria para divisar
a Verdade e o erro.
Dependendo da época ou situação, certo dom
pode ser mais necessário que outro. Foi o que aconteceu
no Pentecostes, em que o dom de línguas foi imperioso,
pois os apóstolos deveriam pregar a outros povos cujas
línguas desconheciam, e isto era um obstáculo. A
própria Bíblia fala que é o Espírito
Santo quem distribui dons a cada um, como quer; a saber, como
deseja o Agente Celestial, e não como queremos. O Espírito
é quem nos usa, segundo Sua vontade, e conforme lhe apraz,
para o que for útil.
Era útil, necessário e urgente que os discípulos
pudessem falar em outras línguas, para difundir o evangelho.
Assim sendo, Deus lhes outorgou o dom de línguas, exatamente
no momento certo: No Cenáculo!
Que diremos da atuação dos dons na igreja nos dias
em que vivemos? Os dons continuam a existir na igreja. Deus dá
o dom a cada um, como quer. Não escolhemos o que queremos
ser, mas o Senhor, segundo Sua presciência e vontade, vê
em nós e ao nosso redor quais os dons necessários,
na ocasião e situação em que nos encontramos,
e que devem ser desenvolvidos. No entanto, é notório,
na Bíblia, que nos últimos dias um dom estaria em
preeminência. E qual é esse dom? Preste atenção
em duas passagens do Novo Testamento.
Apocalipse 12:17
“E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra
ao resto de sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus
e têm o testemunho de Jesus.”
Observe irmão, como é clara a descrição
do apóstolo João ao dizer que Satanás (o
dragão) irou-se contra a mulher (igreja de Deus) e foi
fazer guerra ao resto de sua semente (os cristãos que através
de todos os tempos, em meio a todas as circunstâncias, permanecem
fiéis às doutrinas bíblicas, tais quais foram
dadas ao início por Deus).
Esse restante, fiel e obediente, tem duas características
singulares: guardam os Mandamentos de Deus e têm o Testemunho
de Jesus. Chamo sua atenção para esta expressão:
Testemunho de Jesus. Que é isso? A própria Bíblia
define:
Apocalipse 19:10
“E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me:
olha, não faças tal; sou teu conservo, e de teus
irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus;
porque o Testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia.”
Glória a Deus! Aleluia! Aleluia ao grande Jeová
que cuida de Sua igreja e lhe outorga o dom que hoje é
o mais necessário, o mais importante: o Dom de Profecia.
O próprio apóstolo Paulo reconhece que o maior de
todos os dons é o de profecia, e aqui está a prova:
I Coríntios 14: 5
“Eu quero que todos faleis línguas estranhas, mas muito
mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior que
o que fala línguas estranhas...”
Fica claro então que, nos últimos instantes da história
terrestre, existiria um remanescente fiel, que guardaria os mandamentos
de Deus e receberia o dom de profecia – o maior de todos os dons.
E porque Deus assim acha? Tenho por convicção nunca
questionar o que o Senhor diz. Sempre acho que, sendo Deus o Criador,
ninguém deve duvidar de Sua palavra: se Ele disse que o
dom de profecia é o maior de todos, devemos aceitar sem
dúvida. Este dom é maior porque “edifica a igreja”
(I Cor. 14:4); também conduz a igreja em uma perfeita unidade
e por caminho seguro. O sábio Salomão dá-nos
esta oportuna palavra: “Não havendo profecia o povo se
corrompe...” (Prov. 29:18). Verdade é que o povo de Deus,
quando guiado por um profeta, nos tempos do Antigo Testamento,
sempre se manteve fiel aos reclamos divinos, mas, tão logo
morria o profeta, o povo descambava para o pecado e a idolatria.
A função do profeta (que tem o Dom de Profecia)
é altamente importante, sobretudo, para conduzir o povo
do Senhor seguro e orientado. “... Crede em seus profetas e sereis
prosperados” (II Crôn. 20:20).
O Espírito de Profecia (o maior de todos os dons), é
Deus falando por meio de um profeta para conduzir o remanescente
que guarda os Dez Mandamentos, ajudando-o a passar pela grande
crise final, na controvérsia do erro com a verdade, e a
suportar a grande angústia, maior que a de Jacó
(Dan. 12:1).
Jesus disse que, nos últimos dias iam levantar-se falsos
profetas (Mat. 24:24). Então, como saberemos ser verdadeiro
um profeta? Como primeiro passo, é fácil concluir
onde o verdadeiro profeta surgiria. Afirma a Bíblia, inconfundivelmente,
que ele se levantaria de entre o remanescente que guarda os mandamentos
de Deus (Apoc. 14:12; 12:17). Em segundo lugar, há um fenômeno
físico que ocorre ao profeta verdadeiro, quando arrebatado
pelo Senhor para receber as mensagens transmitidas ao povo, conforme
o relato de Daniel:
Daniel 10: 16, 17 e 19
“E eis que uma como semelhança dos filhos dos homens tocou
os meus lábios; então abri a minha boca, e falei,
e disse Àquele que estava diante de mim: Senhor meu, por
causa da visão sobrevieram-me dores e não me ficou
força alguma... e não ficou em mim fôlego.
E disse: Não temas, homem mui desejado, paz seja contigo,
anima-te, sim, anima-te. E falando Ele comigo, esforcei-me e disse:
Fala, meu Senhor, porque me confortaste.”
Dentro deste panorama físico, vai-se-lhe a força
natural; em seguida, uma força sobrenatural substitui a
força que lhe foi tirada (Dan. 10:7 e 8).
Quando Deus dá ao profeta alguma visão, isso é
feito tão solenemente que há um arrebatamento de
sentido, e durante a visão ele não percebe o que
se passa ao redor, ficando sua respiração paralisada.
Tudo, porém, dentro de um clima calmo e reverente.
Números 24:3 e 4
“E alçou a sua parábola, e disse: Fala Balaão,
filho de Beor, e fala o homem de olhos abertos: Fala àquele
que ouviu os ditos de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso,
caindo em êxtase de olhos abertos.”
Note que este texto informa o que ocorre quando Deus dá
uma visão ao profeta. É arrebatado, tendo os olhos
abertos, mas alheio a tudo ao seu redor.
Finalmente, o arremate paulino:
II Coríntios 12: 2-4
“Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos
(se no corpo não sei, se fora do corpo, não sei,
Deus o sabe), foi arrebatado até ao terceiro Céu.
E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não
sei, Deus o sabe), foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras
inefáveis, de que ao homem não é lícito
falar.”
Paulo fala de sí próprio, reconhecendo ter sido
arrebatado em visão do Senhor. Assim sendo, para se reconhecer
o verdadeiro profeta, há caminhos seguros:
Seus sentidos são-lhe arrebatados, os olhos ficam abertos,
permanece em êxtase, e sua respiração é
tirada totalmente. O tempo que o profeta permanece nesse estado,
é o tempo que Deus tem para lhe transmitir a mensagem.
“Durante esse tempo, o coração e o pulso continuam
a bater, os olhos estão sempre abertos, parecendo fitar
um objeto distante, e nunca fixos em qualquer pessoa ou coisa...
Estão sempre voltados para cima. Têm expressão
agradável. Não há olhar espantado ou qualquer
aparência de desmaio. Pode aproximar-se de repente a mais
brilhante luz, ou fingir que se atira alguma coisa dentro deles,
sem que haja nunca o mais leve pestanejar ou mudança de
expressão por causa disto... Enquanto está em visão,
cessa todo o movimento respiratório. Nenhuma respiração
escapa de suas narinas ou lábios.” – Crede em Seus Profetas,
Denton E. Rebok, págs. 123/124.
Estas são, portanto, quatro provas de autenticidade do
dom de profecia (profeta verdadeiro):
Olhos abertos, ausência de fôlego, falta de força
natural e, em seguida, força sobrenatural.
Assim, pois, uma forma simples de saber se o profeta foi arrebatado
pelo Senhor, é só colocar um espelho diante de suas
narinas, durante o tempo de seu êxtase (arrebatamento).
Se acontecer de o vidro ficar embaçado pela sua respiração,
há embuste.
Ser profeta não é fazer-se profeta, ou ser capaz
de adivinhar o que vai acontecer ao irmão fulano ou sicrano,
daqui a alguns dias, ou falar que algum irmão está
em pecado, ou preconizar alguma ocorrência (dor – doença
– conversão), sem ter tido, para tal, uma revelação
específica, provinda diretamente de Deus.
Numa multidão reunida, especialmente para os “problemáticos”
como dizem as propagandas, fatalmente terão ali TODAS as
doenças que o “profeta” mencionar. Isso sem levar em conta
a dolorosa fraude confirmada, dos “auxiliares” cego, mudo, aleijado,
contratados pelos “profetas” e milagreiros. Há provas.
Existe hoje uma enorme especulação a respeito, uma
“coqueluche” de “profetas” no meio evangélico, que mais
parece espírito de adivinhação, que na Palavra
de Deus é totalmente condenado. Apregoa ela:
Deuteronômio 18: 10-12
“Não achará entre ti... nem adivinhador, nem prognosticador,
nem feiticeiro... Pois todo aquele que faz tal coisa é
abominação ao Senhor, e por estas abominações
teu Deus os lança fora de diante dEle.”
Ser profeta de Deus é ter visões, sonhos, onde o
Senhor, diretamente, ou através de anjos, comunica-lhe
Sua vontade e orienta Seu povo. O profeta Joel, em seu livro,
capítulo 2:28, dá certeza desse fato.
Em geral, a profecia é dada visando toda a igreja, revelando
coisas futuras que vão ocorrer com o povo de Deus e, em
alguns casos especiais, é dada diretamente a alguma pessoa,
para levá-la ao arrependimento, como foi no caso do profeta
Natã com Davi (II Sam. 12).
Assim, irmão, está claro que, o maior dom, o dom
mais necessário na atualidade, quando se aproxima o desfecho
final do conflito entre Cristo e Satanás, a verdade e o
erro, é o Dom de Profecia, porque, ele haverá de
conduzir a igreja na senda da Verdade, da pureza e do amor, fazendo-a
passar incólume pelo fogo do engano, abrindo os olhos dos
filhos de Deus para ver todos os dardos inflamados do malígno,
que se apresentam para macular a doutrina do Senhor.
Prezado irmão, creia isso e receba do Senhor Suas bênçãos
profusas. Amém!
OBSERVAÇÃO:
Conquanto Ellen G. White nunca tenha se intitulado profetisa,
sua obra a revela como tal. Tendo não mais que três
anos de escolaridade, escreveu mais de 50 livros, dos quais, compêndios
sobre saúde e educação não superados
até hoje; reconhecido pela ciência estar, à
época em que os escreveu, 50 anos à frente de seu
tempo. Viveu ela 88 anos, dos quais, 71 foram dedicados à
Obra de Deus. Teve cerca de 2.000 sonhos e visões do Senhor
(semelhantes aos relatados no livro de Daniel, como se disse aqui)
que consolidaram efetivamente esta gloriosa igreja na Terra.
Leia os livros A Ciência Médica e o Espírito
de Profecia; Ellen G. White e a Igreja Adventista do Sétimo
Dia; Crede em Seus Profetas; editados pela Casa Publicadora Brasileira,
que são uma biografia desta humilde serva do Senhor, feita
por cientistas e autoridades ilibadas, e veja se ela é
“demente”, “doente da cabeça”, “louca”, “epilética”,
“farsante” (e outros adjetivos inconsequentes), como os desamorosos
escritores a “picham”. Confira, irmão!
“Seu livro Educação mereceu os mais honrosos elogios
de altas autoridades responsáveis pela sorte do povo. O
governo de adiantado país europeu mandou reimprimí-lo
a expensas do erário público e distribuí-lo
em todas as escolas secundárias.” – Subtilezas do Erro
A.B. Christianini, pág. 31.
“Uma rainha da Rumânia pediu que o seu livro A Ciência
do Bom Viver fosse traduzido para seu idioma nacional e difundido
entre o seu povo.”
Outro livro de Ellen G. White, o Desejado de Todas as Nações,
foi considerado por W.E. Bement, bibliotecário do Congresso
Nacional dos EUA, como o 1º entre os livros publicados nos
últimos 300 anos, a respeito da vida de Jesus.
O livro de Ellen G. White – Caminho a Cristo – já foi publicado
em mais de 100 línguas, com uma tiragem superior a 10 milhões
de exemplares, e o Conflito dos Séculos (4 milhões
já vendidos) tem estremecido os alicerces de Satanás,
levando milhares de almas a Cristo. Milhares de uma só
vez. Glória a Deus! Aleluia!
COMA CERTO: VIVA MAIS
Paulo Harvey
Você tem duvidado de que vale a pena cuidar da saúde?
A maioria dos médicos modernos concorda em que devemos
fazer exercício, manter baixo o peso e não fumar.
Número cada vez maior de médicos desaconselham o
álcool, alimentos que contêm muito colesterol e pão
branco.
Estas recomendações baseiam-se nos mais recentes
conhecimentos de medicina, mas também posso mostrar-lhes
a mesma prescrição para se ter boa saúde,
num livro (“Conselhos Sobre Regime Alimentar”) que tem cem anos
de idade.
Ellen White é a autora desse livro. Até hoje os
Adventistas do Sétimo Dia aceitam o seu padrão de
julgamento. Visto como ela se demonstrou certa em tantas coisas,
talvez convenha examinarmos o que mais ela disse.
Os benefícios dos ensinos de Ellen White podem agora ser
aquilatados.
Existem, na Califórnia, 57.000 Adventistas. Recentemente
foram “entrevistados os mortos.”
O Estado da Califórnia, o Serviço de Saúde
Pública dos Estados Unidos e a Igreja Adventista da União
do Pacífico analisaram os atestados de óbito acessíveis
de todos os Adventistas falecidos num período de cinco
anos.
98,8 por cento de todos esses atestados foram investigados. A
julgar por esses registros, os Adventistas do Sétimo Dia
têm uma perspectiva de vida de cinco ou seis anos a mais
do que os outros californianos.
70 por cento menos de Adventistas morrem de todos os tipos de
câncer, 68 por cento menos das moléstias do aparelho
respiratório, 88 por cento menos de tuberculose e 85 por
cento menos de enfisema pulmonar.
Entre todos os Adventistas, houve apenas nove casos de câncer
do pulmão e, como revelaram novas pesquisas, cada um desses
tinham sido outrora fumantes.
Os Adventistas têm 46 por cento menos caso de paralisia,
60 por cento menos doenças cardíacas.
Cerca de 50 por cento dos Adventistas são vegetarianos.
Os Drs. Richard Walden e Raymond West, da Universidade de Loma
Linda, publicaram um estudo contendo certos dados relativos a
comedores de carne e vegetarianos.
Um dos subprodutos da abstinência dos Adventistas quanto
ao álcool talvez seja a averiguação de que
eles sofrem apenas um terço (35 por cento) de acidentes,
em relação aos outros.
Tem servido para fortalecer a fé dos fiéis o fato
de que as mais avançadas descobertas científicas
apóiam o que foi escrito e ensinado por esta maravilhosa
e pequena senhora, Ellen G. White, mais de cem anos atrás.
Se as descobertas científicas futuras continuarem a apoiar
as suas, vejamos o que hão de prescrever os médicos
de amanhã.
Ellen White advertiu contra o comer em excesso, assim como contra
regimes drásticos (“Não defendo extremos”).
Pão de trigo integral, não branco. Poucos doces
(o açúcar não faz bem ao estômago).
Ela recomenda cereais, legumes, frutas – especialmente maçãs
(“a maçã é superior a todas as demais frutas”).
Ela não recomenda carne, nem café e chá.
E, que pena! “Nada de bolinhos quentes.”
Se algumas de suas recomendações parecem extremadas,
imaginem como devem elas ter parecido em 1863! Entretanto, a ciência
moderna continua a dizer, cada vez mais: “Ela tinha razão!”
– Paul Harvey News, Março 1969.
ATENÇÃO: Não deixe de ler o cap.
ELLEN G. WHITE – A MENSAGEIRA DE DEUS.
O FALSO PROFETA
O último dos profetas do Antigo Testamento foi Malaquias.
Dada a dureza de coração, frouxidão espiritual,
descaso pelas leis divinas, abandono do zelo do Senhor, e acintosa
rebelião do povo judeu, houve, por parte do Senhor, a partir
daí, um silêncio de aproximadamente 400 anos, até
a chegada do grande profeta Jesus. Este é o período
chamado intertestamentário.
Após a ascensão do Senhor Jesus, houve profetas
esporádicos (Atos 19:6; 21:9 e 10; I Cor. 14:29,32), que,
não exercendo o ministério profético (semelhante
ao Antigo Testamento) em função da Igreja Cristã,
esta desencaminhou-se e, no 3º século, apostatou completamente
(embora sempre tivesse permanecido um remanescente fiel). No século
XVI, surgiu a providencial Reforma, e no XIX, a restituição
do dom profético à igreja de Deus (Apoc. 12:17;
19:10).
Entretanto, como Satanás está sempre atento, e querendo
confundir sempre as coisas divinas, tratou logo de criar meios
e maneiras de misturar o erro com a Verdade, o falso com o verdadeiro,
e assim sua atuação através de “dom profético”
é vista hoje em dia em centros espíritas, terreiros
de macumba, candomblé e, até mesmo em igrejas ditas
evangélicas, (com profundo pesar o digo).
Se você me perguntar o que são as “profecias” ocorridas
hoje nas igrejas pentecostalistas renovadas, com sinceridade daria
a resposta em forma de silogismo, para você raciocinar friamente.
Porém, evoco, inicialmente, dois fatos irrecusáveis.
Tais “profetas” são profundamente sinceros e, estão,
sem o perceberem, enganados por um poder contrafacioso, ou são
sagazes embusteiros (fico com o primeiro fato).
Daí, creio, há que haver um padrão identificador,
seguro e fiel, para que o crente caminhe firme e não se
torne presa de Satanás. Eis o silogismo:
IGREJA “A”
Nesta igreja, o “pastor” pega uma bisnaga, levanta-a sobre a cabeça,
diz ser um pão comum, porém, depois de sua oração
será transformado em pão santo. “Rasga-a” em pedaços
e a distribui aos fiéis, e diz ser isto “santa ceia”.
Esse “pastor”, antes de orar pelos problemáticos, cobra
a quantia de 10,00; 50,00 e até 100,00 reais ou mais. Igreja
onde é notória a falta de idoneidade moral nos dirigentes,
reconhecida pelos próprios adeptos; onde o “pastor” não
dá um testemunho imaculado, há nódoas em
seu caráter, e, no entanto, tem ele “revelação
divina”, “profetiza” e, “fala língua estranha” em toda
a reunião.
IGREJA “B”
Nesta igreja, ainda que da mesma linha pentecostalista, não
prolifera esta falta de idoneidade nos dirigentes, mas sobeja
a “profecia”, “revelações divinas” e “línguas”,
idênticas às da igreja “A”.
ENTÃO PERGUNTO:
• O espírito que atua nestes fenômenos é o
mesmo?
• Se o espírito não for o mesmo, uma coisa fica
provada: há um espírito paralelo ao da igreja “B”.
• O que fazer então para identificar tal espírito?
Meu irmão, a pessoa precisa ser ensinada em toda a Verdade,
guiada pelo Espírito de Deus (João 16:13), pois,
provado está que a mente retém tudo que lhe é
ensinado. Assim que, ao ensinar-se o erro a uma pessoa, e esta,
não tendo opção de comparar e estudar, passa
a crer nele com a maior sinceridade, e este erro transforma-se
em verdade para ela; no entanto, é apostasia para Deus.
Diga a um católico convicto, que há 50 anos adora
ídolos, que isto é abominação, idolatria
condenada por Deus (Êxo. 20:4). Ele aprendeu errado e crê
seja verdade.
Diga a um membro da Sociedade Torre de Vigia que a recusa da vida
através de uma transfusão de sangue é quebra
do 6º mandamento (Êxo. 20:13). Ele aprendeu errado
e crê seja verdade. É vital, irmão, crer em
toda Verdade. É a única salvaguarda contra as “astutas
ciladas de Satanás” (Efé. 6:11). Observe o perigo:
Mateus 7:22 e 23
“Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não
profetizamos nós em Teu nome? E em Teu nome não
expulsamos demônios? E em Teu nome não fizemos muitas
maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci,
apartai-vos de Mim, vós os que praticais a iniquidade.”
Caro irmão, se o Senhor Jesus disse palavras tão
claras e objetivas, esclarecendo o surgimento de tal estado de
coisas, que hoje são largamente comprovadas, é preciso
dar um sinal de alarme. Este é o tempo em que se cumpre
esta palavra. Homens e mulheres, em nome da religião, da
Bíblia e de Jesus, operam milagres e prodígios que
nada têm com o Espírito de Deus. É o que diz
Jesus:
Mateus 24:24
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão
tão grandes sinais e prodígios que, se possível
fora, enganariam até os próprios escolhidos.”
A verdade e o erro estão se mesclando de tal modo que,
a distinção ou a linha divisória entre ambas
está se desvanecendo, e muitas sinceras e boas pessoas
estão sendo desviadas da cristalina Verdade do Céu.
Mas não é difícil descobrir onde está
a Verdade e onde medra o erro.
Quando Jesus fez esta advertência, Ele não o fez
meramente; quis o Senhor abrir nossos olhos, alertar nossa visão
espiritual de que Satanás, como príncipe deste mundo
(João 12:31; 14:30), astucioso e sagaz como é (Efé.
2:2; II Tes. 2:9; II Cor. 11:13-15; Apoc. 13:13), tentaria, de
todas as maneiras, iludir o crente sincero, fazendo-o crer em
um poder que é seu próprio, como se fosse de Cristo.
Foi Satanás com seu poder quem contrafez com uma cena hipnótica
os sinais de Deus no Egito (Êxo. 7:22; 8:7). Este sagaz
arquiinimigo de Deus e dos cristãos tentou ludibriar o
próprio apóstolo Paulo. Observe:
Atos 16:16-18
“E aconteceu que, indo nós a oração, nos
saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação
(malígno) a qual, adivinhando, dava grande lucro a seus
senhores. Esta, seguindo Paulo e a nós, clamava dizendo:
estes homens que nos anunciam o caminho da salvação
são servos do Deus Altíssimo. E isto ela fez por
muitos dias. Mas, Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito:
Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora
saiu.”
Por este fiel e esclarecedor texto estamos em condições
de advertir aos sinceros e fiéis que:
• Satanás profetiza; (profetizou que eram “servos do Deus
Altíssimo”).
• Satanás testemunha do Altíssimo; (apresenta o
“caminho” da salvação).
(Sendo pouquinho realista, não seria este o “espírito”
da pseudo-igreja “A”?)
E, no entanto, Paulo reconheceu a contrafação deste
ser e o expulsou da jovem. Veja que o que ela profetizava era
certo, realmente tratava-se de servos do Deus Altíssimo.
Isso indica que, este mesmo espírito que atuou na jovem
para revelar a condição de Paulo e seus companheiros,
pode muito bem estar hoje fazendo as mesmas “revelações”
e “batizando” as pessoas incautas, sinceras e inocentes, e, no
entanto, não é da parte de Deus e, semelhante ao
que fez Paulo, terá que ser expulso em nome de Jesus Cristo.
Note o irmão como é fundamental andar em toda a
Verdade de Deus, a fim de podermos divisar as “astutas ciladas
de Satanás”, em toda a sua contrafação. (I
Reis 22:22 e 23; 18:29; I Sam. 18:10).
Diante disso, amado irmão, tem que haver um padrão
para distinguir, identificar a procedência da “profecia”,
que é o seguro trilho do cristão fiel. Ei-la:
Isaías 8:20
“A Lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta
palavra, nunca verão a alva.”
Inconfundivelmente, a obediência irrestrita a toda a vontade
de Deus (Êxo. 20), e testemunho pessoal (Mat. 7:16), são
a segura guia divina para divisar o falso do verdadeiro. Antes
de finalizarmos, abro um parêntesis.
Creio na sinceridade de coração do crente quando
ele age com desconhecimento da Lei de Deus (“Deus não leva
em consideração os tempos de ignorância” –
desconhecimento de Sua Verdade e vontade – Atos 17:30; I Tim.
1:13), ao qual pode muito bem o Senhor conceder alguma revelação,
que servirá para o seu crescimento na fé e a busca
de toda a Sua Verdade. Por que não?
Os transgressores, porém, confessos, fatalmente serão
enlaçados pelo “espírito” da pseudo-igreja “A”.
Ainda que neste estado da suposta igreja “A” alguém, na
sua sinceridade, assegure que lhe ocorreu o Senhor falar através
de “profecia”, e deu-se assim como falou o Senhor, consideremos:
Foi coincidência, pressentimento ou real? Se foi real, há,
de fato, dois “espíritos” atuando juntos, o do alto e o
de baixo? Dois poderes, o de Deus e o de Satanás? Irmão,
ponha tudo na balança e examine onde fica o pêndulo,
e tome sua decisão. Seja corajoso. Que Deus o abençôe.
Nenhuma oração sincera se perde, não importa
de onde ela seja proferida nem em que circunstâncias. Os
que buscam a Deus com sinceridade de propósito, O encontram
(Jer. 29:13; Prov. 8:17). Pode o Senhor atender o anseio de um
crente neste lugar, mas isto não quer dizer que Deus aprova
o todo.
Jesus, certa vez, compadeceu-se ao ver o Seu povo como “ovelhas
sem pastor” (Mar. 6:34). No entanto, eram eles guiados e orientados
por sacerdotes e sumos sacerdotes. Estes eram os líderes,
o templo era a igreja, as Escrituras do Antigo Testamento a Bíblia,
só que o Espírito não era de Cristo. Deus
fala e atua no coração de Seus sinceros e escolhidos
em todos os lugares, chamando-os para congregá-los “sob
Suas asas”, em Sua imaculada igreja.
NOTAS
Irmão, minha sinceridade excedeu neste capítulo,
porque a irmã Edir, de quem falamos na página 441,
sendo anteriormente espírita, macumbeira, trabalhando com
a mais profunda bruxaria, desejosa de abandonar tais práticas,
procurou várias igrejas pentecostais e as da linha renovada,
na busca da Verdade e, segundo seu próprio depoimento,
ficava estarrecida ao presenciar ali as mesmas ocorrências
do seu “terreiro”. Segundo ela, o aspecto era o mesmo em tudo.
Hoje, porém, salva, feliz e contente, aguarda a breve volta
do Senhor.
MOISÉS MUNIZ DE OLIVEIRA. Querido irmão e particular
amigo. É um atuante e fiel Adventista do Sétimo
Dia. Frequenta a igreja da cidade de Luziânia, em Goiás,
onde mantém um programa radiofônico semanalmente.
Ele foi membro da Assembléia por 17 anos, fazendo inclusive,
parte do corpo de evangelista (Rev. Adv. 2/77). A meu pedido,
no dia 27/11/1985, enviou-me oportuno e importante documentário
do qual, com sua permissão e autorização,
extraí estes testemunhos:
“Eu vos digo que convivi 17 anos como membro de certa agremiação
pentecostal e lá assisti toda sorte de iniquidade, quem
duvidar peça emprestado a ata de reunião de obreiros;
entretanto, a cegueira é tão grande que eles acham
que Deus pactua com o erro, mantendo esses pseudos dons que advogam
para si, presentes entre eles. O que há de real em toda
essa crença errônea dos chamados pentecostais é
que, o apóstolo S.Tiago, pelas luzes da inspiração
divina, desempata toda a dúvida, em sua epístola
acerca de dons perfeitos e imperfeitos, dando a entender que,
se um dom não funcionar perfeitamente é imperfeito,
e por isso não vem do alto, não vem de Deus, o Pai
das luzes (S. Tiago 1:17).
“Em 1967, ainda jovem, participei da 8ª Conferência
Mundial Pentecostal no estádio do Maracanã e Maracanãzinho,
RJ. Casa cheia, gente de quase toda parte do mundo. Um grupo de
jovens estava reunido à parte e resolveram ‘orar ao Senhor
em busca de poder’. Participei, alguns jovens estrangeiros estavam
presentes, ‘o poder caiu’, vieram as línguas, falei línguas,
os estrangeiros falaram, entretanto, ninguém entendeu ninguém,
houve algo errado; naquele tempo eu não sabia, não
se repetiu a cena de Atos 2, na qual S.Pedro e os apóstolos
foram entendidos no que diziam aos estrangeiros.
“Em 1964, participei de reuniões espirituais na Av. W.5,
em Brasília no templo da Assembléia, o pregador
daquelas reuniões era um ‘missionário’ que viera
de São Paulo com o fito de promover um ‘reavivamento espiritual’.
Acompanhei os feitos deste homem. Vi curas. Certa noite um homem
deixou as muletas e, atendendo o chamado do ‘missionário’,
correu em direção ao púlpito da igreja. O
‘missionário’ Wilson fazia o povo crer que tudo provinha
do poder de Deus. Este missionário colocava as mãos
sobre a cabeça dos fiéis e estes, recebiam o chamado
dom de línguas. Semanas depois, os pastores NARBAL SOARES
e MANOEL VARELA, constataram e o próprio pastor MANOEL
VARELA me confidenciou que surpreendera o missionário em
atitudes suspeitas, isto é, o homem era efeminado (I Cor.
6:9). No Egito, tanto Moisés como os magos, operaram prodígios
e só podemos distinguí-los entre obra de Deus e
obra satânica, porque sabemos que os magos eram feiticeiros.
Portanto, Deus jamais os usaria.
“Em 1978, juntamente com o irmão Domingos Rodrigues, atual
dirigente da Igreja Adventista do Sétimo Dia do setor oeste
do Gama – DF, visitei uma senhora na quadra 7 da SHIS Central
do Gama e ouvi dessa senhora o seguinte testemunho: Durante anos
ela frequentava centros espíritas, era médium e
recebia como guia um ‘cacique’. Depois de muito sofrimento, ela
procurou se afastar do centro e fugir daquele índio. Viajou
para Recife – Pernambuco. Certa noite, procurou a Igreja Pentecostal
Assembléia de Deus liderada pelo falecido pastor JOSÉ
AMARO. A reunião era de orações. Como visitante,
pela primeira vez, no momento da oração também
se ajoelhou. Durante a oração recebera uma sensação
estranha, convulsionava. Ao terminar o culto, o pastor veio saudá-la,
perguntando se estava feliz por receber aquela bênção.
Ela perguntou: – “Que bênção, pastor?” Ele
respondeu: – A senhora foi selada com o Espírito Santo.
– “Não pastor”, retrucou ela. – “Aquilo é o caboclo
que me persegue que baixou em mim. Eu estava procurando um meio
de me afastar dele, mas vejo que ele anda por aqui e, vocês
o chamam de ‘espírito santo’, pois nunca mais voltarei
aqui”, e – foi-se embora.
“A irmã Luzia de Oliveira, foi pentecostal durante 22 anos.
Ela contou-nos de um rapaz que era possuído de espíritos
imundos. Durante as orações feitas em favor do doente,
este começava a falar em línguas estranhas ao mesmo
tempo em que estava endemoniado.
“É interessante notar que, durante os 17 anos que estive
no movimento pentecostal, sempre observei, embora sem explicação,
que todo médium espírita que ingressava na Assembléia
era imediatamente contemplado com aquele ‘dom’. Amigos, continuem
observando. A coisa não mudou!
“Conheci uma ‘profetisa’ da Assembléia por nome Odraci.
Esta mulher era muito idolatrada pelas outras irmãs, inclusive
por minha esposa que também era profetisa. Certa vez, ela
testemunhava publicamente algumas visões que tivera, e,
em uma delas, fora ‘arrebatada’ até os Céus. Lá
viu ‘almas’ de pessoas conhecidas que já ‘dormiam’ no Senhor.
Passeou pelas ruas da Nova Jerusalém, depois disse ela
que um anjo a conduziu até onde estava Davi, e este lhe
deu a Santa Ceia; a seguir, foi trazida de volta à Terra.
Bem, a Nova Jerusalém sabemos que existe, é fato
bíblico. Sabemos que há ruas e anjos na Cidade Santa,
entretanto, a Santa Ceia que ela afirma ter participado da mão
de Davi nos Céus, é um fato falso, porque Davi não
subiu aos Céus (Atos 2:29, 34). Sabemos que a tática
de misturar a verdade com o erro tem origens em Lúcifer
(João 8:44). Ele não somente é mentiroso,
mas, não se firma na verdade. Aí está a verdade
sobre a procedência das visões. Jer. 23:25 e 26.”
A HORA É DE VIGILÂNCIA
No dia 10/11/1985, domingo, sintonizei a Rádio Copacabana,
RJ, às 12:30h, o programa era “Jesus o Salvador”. Em dado
momento, o pregador, bispo Arlindo, da Igreja Evangélica
Monte Sinai, disse: “Num dias destes, chegou lá em nossa
Igreja de Monte Sinai, três profetisas de uma igreja aí
que não quero citar o nome. Orei por elas, elas se manifestaram
e caíram. Então eu perguntei: Qual é o teu
nome? Eu sou Satanás respondeu. Eu disse: O que você
está fazendo nas igrejas? Ele respondeu: eu toco piano
e toco guitarra. Então eu o expulsei e o mandei para o
seu lugar no inferno e, aquelas irmãs, chorando, se abraçaram
a mim.”
OBSERVAÇÃO: – Três profetisas... endemoniadas!!
– Percebeu?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Jesus disse: “O Senhor te repreenda Satanás” – Zac. 3:
2. Mat. 16: 23. Judas 9.
• Os pastores estão dizendo: “Eu expulsei. Eu expulso.
Eu repreendo.”
Jesus disse: “O Senhor te abençoe e te guarde...” Num.
6: 24.
• Os missionários estão dizendo: “Eu te abençoo.
Eu vou te abençoar.”
Jesus disse: “Tudo o que pedirdes...em Meu Nome”. João
14: 13.
• Os pastores estão dizendo: “Eu ordeno: sai demônio,
sai enfermidade.”
Outros pastores e bispos estão induzindo o povo a trazer
em suas igrejas: rosa vermelha, sal grosso, copo, lenço,
etc... E o povo é ensinado a centralizar sua fé
em tais objetos, quando esta deveria ser canalizada ao grande
Deus.
O diabo é mesmo sagaz. Pretendeu destruir a Jesus quando
nasceu (Mat. 2: 13-15). Na inquisição, fez tudo
para apagar a imagem de Cristo destruindo os cristãos.
No Natal, tenta transferir a atenção do povo do
presépio para o papai Noel, e, na atualidade, está
desviando a atenção de Cristo para os transgressores
da Lei de Deus, produzindo milagres mentirosos de manhã,
tarde e noite, achatando cada vez mais a fé de pessoas
sofridas. Arranca-lhes todo o dinheiro com promessas ilusórias
e anti-bíblicas.
Que capacidade de persuasão têm; como humilham, ferem
e tripudiam com as palavras. As pessoas passam a ser joguetes
sob o fragor das palavras de ordem. São expostas ao ridículo
numa demonstração de profundo desamor do “pastor”
dirigente, ao obrigar a pessoa a vomitar um demônio; a revelar
um segredo familiar para identificar o demônio causador
da desgraça na família. A pobre criatura fica oprimida
e temerosa porque tudo resume e se restringe a demônios
que, se não acometeu-lhe, vai lhe atacar se recusar fazer
o que diz o “pastor”. Eu vi isso. Eu ouvi isso. Eu demonstrei
minha repulsa por isso, a quem fazia isso.
“Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na Terra. Os profetas
profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos
deles, e o Meu povo assim o deseja: e que fareis no fim disto?”
Jeremias 5:30-31.