CAPÍTULO 7
O SÁBADO
. Sábado: do Homem, do Judeu ou de Deus?
. O Sábado na Semana da Glorificação
. Perdeu-se no Tempo o Sábado?
. Pode Ser Guardado o Sábado num Mundo Esférico?
. O Sábado Perdeu-se no Dia Longo de Josué?
. Sábado: do Homem e de Deus!
. O Sábado no Novo Testamento!
. O Sábado Foi Feito Por Causa do Homem.
. Quando Seria Restaurado o Sábado?
. O Sábado na Nova Jerusalém
. O Sábado no Gênesis Não é Contado
Como "Tarde e Manhã"
Se o homem vai viver eternamente sem pecado após a restauração
da Terra, e se o Sábado foi feito antes de haver pecado
no mundo, evidente que após a extinção do
pecado, o homem continuará santificando o Dia do Senhor:
o Sábado.
"O fato de que o Sábado será ainda celebrado na
Nova Terra como um dia de culto (Isaías 66: 23) é
uma clara indicação de que Deus jamais intencionou
ter sua observância transferida para outro dia." - EGW -
The Seventh-Day Bible Commentary, vol. 7 pág. 981.
"O tempo que a Terra gasta em seu movimento de oeste para leste,
descrevendo uma elipse alongada em torno do Sol, forma o ano.
O espaço de tempo necessário para uma revolução
completa da Lua em volta da Terra forma o mês. O período
que a Terra leva para completar o movimento de rotação
em redor de seu próprio eixo forma o dia. Com efeito, o
ano, o mês e o dia estão associados, como unidade
de tempo, aos fenômenos astronômicos. A semana, entretanto,
constitui um ciclo independente, de origem divina, sem qualquer
relação com as lunações ou movimento
de translação e rotação da Terra."
- Revista Adventista, 9/78, pág. 8.
O Sábado foi criado por Deus para marcar perpetuamente
o período da semana. Ao final de cada seis dias - virá
o sétimo que é o Sábado. - Então,
qual é o dia do aniversário da criação?
- O Sábado!
"O Sábado é uma lembrança semanal de que
o Deus Todo Poderoso tudo fez e de tudo cuidou em Sua criação,
para provar que foi, é e será fiel."
OBSERVAÇÃO - O Sábado era, e é tão
bom, que o Criador o separou como dia santificado.
As nações se originaram em Adão. Por conseguinte,
o Sábado foi feito para todos os homens, de todas as nações.
SÁBADO: DO HOMEM, DO JUDEU OU DE DEUS?
Agora, vamos ter uma boa conversa, profunda e íntima. Você
que me acompanhou até aqui, certamente deve compreender
que meu desejo é revelar verdades eternas e tentar esclarecer
dúvidas que talvez divagam em muitas mentes.
Assim que, neste sentimento, vou tentar responder as muitas indagações
que se fazem e que, de certa forma, incomoda muitos corações.
Por exemplo: Por que criou Deus o Sábado? Qual a finalidade
do Sábado? Perdeu-se no tempo, ao longo dos milênios
intermináveis, o Sábado da criação?
Tinha tempo de duração o Sábado? Que Deus,
pois, nos dê Sua Graça e o entendimento. Aleluia!
Saiba que, como você, irmão, tomei uma decisão
definitiva em minha vida: ir à Nova Jerusalém, abraçar
afetuosamente o Salvador Jesus, beijar-Lhe a régia fronte
ferida. Sim, após minha conversão, dediquei-me com
afinco a encontrar respostas às dezenas de declarações
negativas que ouvi com relação à Lei de Deus
e ao Sábado. O que estudei, compreendi e vivo, eu lhe passo
agora.
"O SÁBADO É DO JUDEU"
Afirmações como esta são comumente proferidas
por pessoas bondosas e sinceras, mas que desconhecem completamente
o assunto. Dizem porque ouviram. Mas, não conferiram. E
nós temos que conferir tudo com a Bíblia, não
é? A princípio posso garantir que é muito
frágil essa afirmação, pois que, dentro da
premissa, é ou não é, a verdade é
que o Sábado não é do judeu nem do gentio,
é de Deus, que o criou.
"O SÁBADO FOI FEITO PARA OS JUDEUS"
Esta expressão, também largamente usada pelos irmãos
evangélicos em geral, é outra afirmação
precipitada e sem nenhuma base escriturística. Por quê?
- Ouça, irmão: Você sabe de onde provém
os judeus? Sabe por acaso como surgiram? Quando apareceram na
Terra? Se a pessoa não possui resposta para estas perguntas,
nunca deve dizer que o Sábado foi feito para os judeus.
Sim, afirmo com convicção, porque o Sábado
foi feito na semana da criação e somente havia duas
pessoas presentes - Adão e Eva -, e eles não eram
judeus, eram filhos de Deus dos quais descendemos. Deste casal,
que nasceu adulto, surgiu o povo de Deus do início, e saiba,
amado, não eram judeus, e sim hebreus. Aqui a prova: "E
lhes dirás: O Senhor, o Deus dos hebreus..." Êxodo
7: 16; 9: 13.
O judeu só veio a existir no cenário mundial, dois
mil anos depois de ter Deus criado o Sábado. Portanto,
o Sábado foi tornado conhecido no Éden, ao homem.
Daí, mais esta afirmação deixa de ter conteúdo
e cai por terra, não é?
"O SÁBADO FOI DADO AOS JUDEUS"
Esta expressão também é outro equívoco
doutrinário, sem respaldo bíblico ou teológico.
Efetivamente o Sábado foi proclamado no Monte Sinai, a
uma multidão judia. Mas, concluir que nós, os gentios,
não estamos obrigados a observá-lo, não está
correto. Sabe por quê? Medite nisto:
"Quando os três discípulos Pedro, Tiago e João
- todos judeus, estavam com Cristo no Monte da Transfiguração,
veio uma voz do Céu, dizendo: '... Este é o Meu
Filho amado; a Ele ouvi' (Luc. 9: 35). Devemos então compreender
daí que esta ordem do Pai de 'ouvir' a Cristo devesse ser
obedecida unicamente por aqueles três discípulos,
ou, quando muito, unicamente pela raça judia, da qual faziam
parte? Isto, porém, seria tão razoável como
a conclusão acerca do mandamento do Sábado." - Francis
D. Nichol, Objeções Refutadas, pág. 23.
Como se vê, tanto no Monte Sinai, quanto no Monte da Transfiguração,
Deus está diante de pessoas judias. No Sinai, ao dar a
Lei, o monte incandesceu; na transfiguração, os
três discípulos viram Jesus, Moisés e Elias
rebrilharem como o Sol. Num e noutro caso, os circunstantes eram
todos judeus. Ouça agora:
"...o simples fato de que o auditório se compusesse de
judeus, não justifica a conclusão de que a ordem
só a esses se destinasse. Basear uma objeção
a um mandamento bíblico no fato de que ele tem ligações
positivas com os judeus, levar-nos-á às mais estranhas
conclusões. Toda a Bíblia foi escrita por judeus,
e a maior parte se dirige especialmente aos judeus. Todos os profetas
foram judeus, e o próprio Cristo '... tomou a descendência
de Abraão' (Heb. 2: 16) e andou na Terra como judeu. E
Ele também declarou: '... a salvação vem
dos judeus' (João 4: 22). Devemos então concluir
que... os profetas bíblicos, os apóstolos, o Salvador
e a salvação devessem ser limitados aos judeus?"
- Idem, pág. 24.
- Evidentemente que não. Porém, se usarmos o silogismo
de que o Sábado se refere aos judeus, nós os gentios,
não temos obrigação de observá-lo,
- da mesma maneira - , a Bíblia é dos judeus, nada
temos com ela. Como ficaremos? Caro irmão, leia a clareza
deste verso:
Marcos 2: 27 - "... O Sábado foi feito por causa do homem,
e não o homem por causa do Sábado."
Esta expressão Neo-Testamentária encerra estas verdades:
Primeira - O Sábado foi feito por causa do homem (e não
do judeu), e Jesus tem absoluta certeza nesta afirmação,
porque, ao ser criado o Sábado, não existia o judeu.
Segunda - O valor do Sábado é aqui realçado
e confirmado. Sim, porque se não existisse o homem Deus
não precisaria criar o Sábado. Sendo, porém,
criado o homem, o Sábado passou a ser de vital utilidade.
É Deus quem diz. Eu creio, e você?
Isso quer dizer que o homem e o Sábado estão unidos.
Intimamente ligados. E o propósito divino é que
o Sábado seja um dia deleitoso para o homem (Isaías
58: 13-14). Se Deus assim deseja, aceitemos. Este é o imperativo
divino, ouça:
Eclesiastes 12: 13 - "De tudo o que se tem ouvido, o fim é:
Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque este é
o dever de todo o homem."
Novamente, e com absoluta clareza é realçada a expressão
homem e não judeu. Isto é evidente de que o Sábado
foi criado por Deus para o homem.
"O SÁBADO É SINAL PERPÉTUO PARA OS
JUDEUS"
Esta expressão também perde sua razão, e
agora alcança real significado e responsabilidade para
todos os cristãos, porque, diante do que apresenta a Bíblia,
o Sábado não é sinal para os judeus e sim
para os homens, e isso confirmado pela Bíblia, consubstanciado
pelo próprio Senhor Jesus. Portanto, meu amado, reconsidere
o assunto e nunca esqueça: Deus empenhou a palavra para
dar poder a quem desejar obedecê-Lo. Sabe, irmão,
o propósito divino ao criar o Sábado e torná-lo
santo, não se limitava apenas aos judeus. O povo de Israel
deveria fazer resplandecer a luz de sua religião para as
nações vizinhas. Aceitando a adoração
do Deus verdadeiro, essas nações com prazer observariam
as leis divinas como Israel. Ouça:
Números 15:16 - " A mesma lei e o mesmo rito haverá
para vós, como para o estrangeiro que morará convosco."
Isto inclui, sem dúvida, o Sábado. E a confirmação
vem dos primórdios do Velho Testamento. Observe:
Números 9:14 - "... Um mesmo estatuto haverá para
vós, assim para o estrangeiro como para o natural da terra."
No próprio quarto mandamento do Decálogo, a observância
do Sábado atinge "... o forasteiro das tuas portas para
dentro." (Êxodo 20: 10). Posteriormente Deus promete ao
estrangeiro que O aceita como Deus verdadeiro, e que prazerosamente
observe o Sábado como o "santo dia do Senhor", as mesmas
bênçãos prometidas a Israel: Eis a promessa:
Isaías 56: 6-7
"E aos estrangeiros que se chegam ao Senhor, para O servirem,
e para amarem o Nome do Senhor, sendo deste modo Seus servos,
sim, todos os que guardam o Sábado, não o profanando,
e abraçam a Minha aliança, também os levarei
ao Meu santo monte, e os alegrarei na Minha casa de oração.
Os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão
aceitos no Meu altar, porque a Minha casa será chamada
casa de oração para todos os povos."
"MEMORIAL DA CRIAÇÃO"
O Sábado é o grande memorial da criação
e do poder de Deus, um constante rememorador do Deus vivo e verdadeiro.
O anseio divino ao criar o Sábado e em ordenar que seja
santificado é que Deus quer que o homem nunca esqueça
o Criador de todas as coisas. Sendo o Sábado original uma
perpétua memória de Deus, convidando o homem para
imitá-Lo na observância do mesmo, não pode
o homem observar o Sábado original e esquecer-se de Deus.
"Ao lembrar-nos que dois terços dos habitantes do mundo
são hoje idólatras, e que desde a queda à
idolatria, com seu séquito de males associados e resultantes,
tem sempre sido um pecado dominante, e pensarmos então
que a observância do Sábado, conforme ordenado por
Deus, teria evitado tudo isso, podemos melhor apreciar o valor
da instituição do Sábado e a importância
de observá-lo."
Por que as nações dos periseus, cananeus, heteus,
jebuseus e outros, foram desarraigadas da Terra? Eram idólatras,
tinham deuses de pau e de pedra, sacrificavam vidas humanas. E
por que desceram tanto no pecado até chegarem a este ponto?
Por que o conhecimento de Deus e Sua vontade saíram-lhes
de tal maneira da mente?
Digo-lhe, meu irmão, se ao final de cada semana esses homens
observassem o Sábado, em honra ao Criador, não existiriam
outros deuses, porque no centro do mandamento sabático
encontra-se a eterna verdade que aponta a Deus como o único
Criador de todas as coisas. Se o homem observasse o santo Sábado,
adoraria ao único Deus, e a idolatria não teria
sido conhecida. Finalmente, amado, na Nova Terra, onde haverá
pessoas de todas as nações e raças, o Sábado
será guardado por todos e para sempre. Ouça: Isaías
66: 22-23: "Porque, como os Céus novos, e a Terra Nova,
que Hei de fazer...E será que desde uma Lua nova até
a outra, e desde um Sábado ao outro, virá toda a
carne (pessoas) a adorar perante Mim, diz o Senhor."
O SÁBADO NA SEMANA DA GLORIFICAÇÃO
"E havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio
no Céu, por quase meia hora."Apoc. 8:1. Todos os moradores
do Céu, vem, com Jesus, buscar os salvos.
ATENÇÃO: GRÁFICO 3
CONCLUSÃO - 1/2 hora (profética)
= 7,5 dias comuns (1 semana - "quase")
A semana da Criação começou no domingo (1º
dia da semana) Gên. 1: 5.
A semana da redenção começou no domingo (1º
dia da semana) chamado Domingo de Ramos (Mat. 21:1-11. Mar. 11:
1-11. Luc. 19:29-44. João 12:12-19).
A semana da glorificação certamente começará
no domingo e durará uma semana até o trono de Deus.
No trajeto todos guardarão o Sábado. Todas as pessoas
salvas, antes de entrar no milênio, guardará um Sábado.
Por isso, todo o salvo chegará diante do trono de Deus
como um Adventista do Sétimo Dia. Aleluia!
"PERDEU-SE NO TEMPO O SÁBADO?"
Para o Sábado perder-se no tempo, necessário seria
esfacelar a semana, porém não há a mínima
prova "em favor da rotura do ciclo semanal através da história.
Apenas afirmações vagas, imprecisas, hipotéticas".
Verdade é que, ao tempo do dilúvio, dos patriarcas,
dos profetas, e mesmo no "período anárquico dos
Juízes", a semana tem-se mantido intacta, inviolável.
É um espaço de tempo que corre sobre sete trilhos
intermináveis.
Consequentemente, o Sábado não se perdeu na era
pré-cristã, porque a semana se manteve intacta.
Em nossa época jamais se perderia. Sabe, irmão,
é humanamente impossível alguém provar que
o Sábado perdeu-se no tempo; é uma tarefa impraticável,
mesmo que, para tal, se valha de todas as Enciclopédias,
museus e da ciência, sabe por quê? Porque a semana
nunca perdeu sua continuidade. Sempre teve o primeiro dia, seguido
dos demais, até chegar ao sétimo que é o
Sábado, ininterruptamente, através dos séculos,
até hoje.
Veja como é irrazoável a afirmação
de que se perdeu a contagem dos dias:
"Uma simples pessoa dificilmente perde a contagem de um dia. Mais
difícil é que uma família o faça.
Seria possível que um povoado, ou cidade, ou país,
perdesse a contagem de um dia? Seria, pois, absurdo admitir que
o mundo, com seus bilhões de habitantes, grande parte observando
o primeiro dia da semana, perdesse a contagem do dia!" - A.B.
Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 147.
Lembre-se que a Bíblia diz ser Deus Onisciente. Seria então
absurdo "supor que Deus exija a observância de uma instituição
- como no caso do Sábado por mandamento - e permita que
este dia se extravie através dos tempos?" - (Idem). Não!
Não é possível. Deus é exato!
"Nos tempos de Jesus, os judeus eram extremados na guarda do Sábado.
Ao serem espalhados, dispersos por todas as nações
da Terra, após a destruição de Jerusalém,
levaram consigo a observância sabática. Em tempo
algum se perdeu o sétimo dia nas nações que
se estabeleceram." - Ibidem.
Sim, amado, a semana, na era cristã, também permaneceu
intacta, imutável, pois o Sábado sempre chegou e
continua a chegar ao seu final. "O pastor Willian Jones, de Londres,
com a cooperação de competentes linguistas de todo
o mundo, elaborou um mapa da semana em 162 idiomas ou dialetos.
Todos reconheceram a mesma ordem dos dias da semana, e 102 deles
denominaram o sétimo dia de Sábado." - Ibidem, 147-148.
Eis aí, a nata da verdade! Certo?
"Abram as Enciclopédias, cronologias seculares ou eclesiásticas,
e o domingo é reconhecido como o primeiro dia da semana,
logo depois de passado o Sábado. Quer dizer que não
houve extravio de dia algum." - Ibidem.
Fato de realce e da mais alta importância para consolidar
o assunto, é a informação exata de que "os
registros astronômicos e datas que remontam a 600 a.C.,
concordam com o cômputo dos astrônomos de hoje, de
que jamais alterou em tempo algum o ciclo semanal." - (Ibidem).
Quem poderá contestar os astrônomos?
Outro acontecimento que permite consideração séria,
pois é claro como a luz solar, é a disposição
de todos os que guardam o domingo, o fazem sempre depois que passa
o Sábado. Isso prova que, em vindo o primeiro dia da semana,
passou o Sábado e começa nova semana, que findará
novamente no Sábado, numa sequência interminável,
chova, faça Sol, no inverno, verão, etc.
Não há portanto, nenhuma plausibilidade de que o
Sábado se perca, nunca, jamais! O ciclo é ininterrupto,
nada o obstrui, é uma máquina bem azeitada pelo
nosso Pai do Céu. Por isso, aqui no Brasil, nas Américas,
nos Continentes, enfim, em toda a Terra, todos vivem a semana
no seu dia-a-dia. Ricos e pobres, moços e velhos, homens
e mulheres e, sempre ao final da semana, chega o santo Sábado.
Preste atenção nisto:
"O que mais se aproxima de uma prova (e é onde os que afirmam
ter o Sábado se perdido se apóiam) é a declaração
de que, desde os tempos bíblicos, o calendário sofreu
várias mudanças, como se essas mudanças fossem
tão complicadas e obscuras que ninguém pudesse compreender
os acontecimentos que as acompanharam!" - Objeções
Refutadas, Francis D. Nichol, pág. 28.
Inúmeros calendários foram utilizados por civilizações
diferentes. O calendário árabe, usado pelos povos
maometanos, é baseado no movimento da Lua. Os gregos primitivos,
mongóis, chineses, judeus e indianos, usavam calendários
luni-solares, com o mesmo período dos demais calendários,
e os meses eram regulados de maneira a começarem e terminarem
com uma lunação. Mas, todos sem afetar a semana.
A seguir, anote o que dizem as autoridades sobre o assunto:
"Houve, de fato, mudanças no calendário. Nenhuma
delas, porém, mexeu com a ordem dos dias da semana. Não
vamos referir-nos às reformas precárias que não
foram adotadas, ou apenas simbólicas, como o calendário
positivista, o da Revolução Francesa, e outros.
Analisaremos sucintamente as mudanças que alteraram o cômputo
dos meses, dias e anos. O calendário judaico vinha dos
primeiros tempos bíblicos, e consignava o Sábado.
Os calendários das demais nações do Antigo
Oriente, embora dessemelhantes quanto aos meses e anos, eram contudo
idênticos na divisão semanal. O calendário
romano mais antigo, que se crê fora dado por Rômulo,
acrescentou dois meses, elevando o ano civil para 365 dias. Quando
Júlio César subiu ao poder supremo de Roma, notando
que o calendário vigente era deficiente, chamou o famoso
astrólogo Alexandre Sosígenes para estudar a questão.
Este determinou que se abandonasse o calendário dos nomes
lunares, e se adotasse o egípcio. Foi feita a reforma no
ano 45 a.C., e a semana que vinha no calendário egípcio
era paralela à do calendário judaico, e foi mantida.
"Assim a ordem setenária dos dias da semana não
se alterou. Isso foi antes do nascimento de Cristo. Nos tempos
de Jesus e dos apóstolos, a semana na Palestina coincidia
com a semana dos romanos quanto à ordem dos dias. Também
a denominação dos dias era a designação
ordinal, pois os nomes dados aos dias da semana se devem a Constantino,
o mesmo que, por decreto, legalizou a observância do primeiro
dia...O calendário ficou alterado, sem afetar a ordem dos
dias semanais. É a reforma chamada Juliana.
"A outra reforma que alterou o cômputo, mas não a
semana, é denominada Gregoriana, feita por ordem do Papa
Gregório XIII. Os países latinos: Espanha, Portugal
e Itália, aceitaram-na em 1.582." - A.B. Christianini,
Subtilezas do Erro, págs. 148-149.
"Ao ser organizado o Calendário Gregoriano, notou o astrônomo
Luiz Lílio que havia um atraso de dez dias, de acordo com
os calendários existentes. Luiz Lílio deu conselhos
ao Papa Gregório XIII, e este decidiu que o dia seguinte
a 4 de outubro de 1582 se chamasse 15 de outubro. A mesma reforma
foi ordenada por Carta Patente do Rei Henrique III e a segunda-feira,
20 de dezembro de 1592, sucedeu ao domingo 9, isto é, o
dia seguinte a 9 de dezembro devia ser 10 e passou a ser 20. Houve
protestos. Os protestantes não se conformaram com as decisões
do Papa. Os ingleses concordam em 1572. Fazem suceder ao dia 2
do mês de setembro do referido ano, o dia 14, isto é,
o dia 3 passa a ser dia 14, ficando todos os povos cristãos
com um mesmo calendário, o Gregoriano." - Itanel Ferraz,
Segue-Me, p. 13.
Muito bem, o que ocorreu em outubro de 1582, nos países
que fizeram tal mudança, foi o seguinte: Apanhe lápis
e papel. Imagine fazer uma folhinha e escreva o título
(que é o mês) outubro O ano é 1582. Escreva
agora, em horizontal, os dias da semana, como encontrados em todas
as folhinhas e calendários. dom. seg. ter. qua. qui. sex.
sáb.
Certo? Agora iremos transcrever, na íntegra, os numerais
referentes a estes dias da semana, tais como foram em outubro
de 1582. Então escreva debaixo da segunda-feira o número
um. O número dois debaixo da terça. O três
debaixo da quarta, e quatro debaixo da quinta-feira, e agora -
note bem - escreva o número quinze debaixo da sexta-feira,
e daí para frente, o número dezesseis em diante
até completarem-se os 31 dias deste mês de outubro
de 1582.
Notou o que aconteceu? Houve um pulo de 4 para 15, uma alteração
nos números, mas não modificou absolutamente em
nada a sequência semanal.
Em síntese, o que simplesmente aconteceu e é tão
fácil compreender, foi que "quinta-feira, 4 de outubro,
foi seguida de sexta-feira, dia 15. Daí resultou que, embora
tivessem sido removidos certos dias do mês, a ordem dos
dias da semana não se alterou. E é o ciclo da semana
o que nos traz os dias de Sábado. Ao passarem os anos,
as outras nações foram gradualmente adotando o Calendário
Gregoriano no lugar do Juliano, como se chama o antigo. E cada
nação, ao fazer a mudança, empregou a mesma
regra de saltar dias do mês, sem tocar na ordem dos dias
da semana." - Francis D. Nichol, Objeções refutadas,
pág. 28.
O importante a destacar é que em todas as alterações
no afã de acertar dias, minutos, horas e segundos, Nada,
nada mesmo alterou o ciclo semanal. Sim, meu irmão, quando
o bom Pai Celestial afirmou no livro da gênese do mundo:
Gênesis 8: 22
"Enquanto a Terra durar, sementeira e sega, frio e calor, e verão
e inverno, e dia e noite, não cessarão."
Deus garantiu aos "seres humanos de todas as épocas, de
todas as latitudes e longitudes do Universo", que a semana jamais
seria modificada. Deus não a ligou a nenhum corpo celeste
que pudesse alterá-la. Ela é um trilho eterno, onde
correm sete dias intermináveis e imodificáveis,
enquanto "durar a Terra". A semana nunca foi alterada. Ouça
mais isso:
"Quando se realizou o calendário, nem mesmo se cogitou
em interromper de qualquer modo o ciclo semanal. Falando na variedade
dos planos sugeridos para a correção do calendário,
diz a Enciclopédia Católica, volume IX, página
251: 'Fizeram-se todas as propostas imagináveis; uma só
idéia é que nunca se aventou, isto é, de
abandonar a semana de sete dias." - Francis D. Nichol, Objeções
Refutadas, pág. 28. Grifos meus.
"Por que deveria ter-se perdido a contagem do tempo? Quem o teria
desejado assim? A civilização e o comércio
existiram através de todos os séculos e, não
poderemos crer que os que viveram antes de nós eram capazes,
como nós, de con-servar a contagem dos dias?" - Idem.
"Certo, nem toda a sabedoria e ciência se acham limitadas
ao século atual. Ademais a rigorosa conservação
dos registros do tempo é de vital necessidade no culto
religioso, tanto para cristãos como para judeus. O cristianismo
e o judaísmo têm percorrido todos os séculos,
desde os tempos bíblicos. São eles provavelmente
os elos que mais fortemente nos ligam aos tempos antigos." - Ibidem.
Pergunto-lhe irmão: "Seria possível que todos os
povos cristãos, assim como os judeus, perdessem a contagem
da semana?... poderíamos então chegar ao ponto de
crer que todos os cristãos de todas as partes do mundo,
e todos os judeus dos quatro cantos da Terra perderiam a mesma
quantidade de tempo?... é fato que os judeus, que mantiveram
através dos séculos o seu próprio calendário,
se encontram em exata harmonia com os povos cristãos, no
que respeita aos dias da semana." - Ibidem, 29, grifos meus.
Sim, amado, reafirmo com veemência: o ciclo semanal não
têm nenhuma relação com qualquer fenômeno
da natureza, como o dia, o mês ou o ano. Tem a semana sua
origem em um Deus santo, que criou o mundo em seis dias e, ao
sétimo, descansou, findando-a com fecho de ouro, e tem
ela cortado os milênios e chegado até nós
hoje, tal qual fê-la o nosso Criador. Não há
dúvida! Negar esta verdade é um grande desamor.
As reformas do Calendário não alteraram em nada
a semana. Nem em tempo algum sofreu ela qualquer alteração.
A verdade é que sempre e eternamente surgirá, ao
final de cada semana, o santo Sábado do Senhor, como o
marco eterno do fechamento do ciclo semanal.
ATENÇÃO: GRÁFICO 4 - CALENDÁRIO
"A reforma de Gregório XIII ordenava que o dia 4 de outubro,
quinta-feira, fosse seguido do dia 15 de outubro, sexta-feira,
ficando, pois, inalterada a semana que já vinha de milênios,
isto é, da criação." - Atalaia, 7/54.
"Em 1931 reuniram-se em Genebra representantes do mundo político,
comercial e religioso para a chamada 'Conferência para a
reforma do calendário'. A mudança advogada pelos
presentes viria quebrar o ciclo semanal e fazer com que o Sábado
caísse em diferentes dias da semana cada ano. Como sempre
acontece, Deus em todos os tempos teve defensores ardorosos das
verdades sagradas. Assim, onze observadores do Sábado -
componentes da delegação dos Adventistas do Sétimo
Dia - protestaram e conseguiram a não reforma do calendário.
A célebre conferência foi adiada para uma ocasião
oportuna. O Espírito de Deus esteve presente e guiou Seus
humildes filhos a mais um triunfo em favor das verdades contidas
nas páginas lapidares do Livro Sagrado." - Itanel Ferraz,
Segue-Me, p. 137.
Querido irmão: Deus criou a semana de sete dias, e ao sétimo
chamou Sábado. Por que tanta indiferença a um dia
que Deus criou, separou e santificou?
Reflita nisto, amado!
O SÁBADO PODE SER GUARDADO NAS REGIÕES POLARES?
Nas Regiões Polares dias e noites duram seis meses. Guarda-se
o Sábado lá? Lógico que sim! Como? Veja:
"Vendo que as Escrituras Sagradas ensinam a observância
do Sábado do pôr-do-Sol ao pôr-do-Sol, pessoas
há que concluem ser isso impossível no Extremo Norte,
onde há todos os anos um período durante o qual
o Sol permanece no alto, e outro em que ele permanece oculto abaixo
do horizonte, durante as completas vinte e quatro horas do dia.
"É certo que residem ali numerosos observadores do Sábado,
os quais afirmam não ser difícil saber quando chega
a hora do pôr-do-Sol, para então iniciarem a observância
do dia de repouso. Surpreendem-se com efeito, ao saberem que haja
quem isso julgue impossível.
"No período em que o Sol está oculto abaixo do horizonte,
os guardadores do Sábado no Extremo Norte observam o dia
de sexta-feira ao meio-dia até o Sábado ao meio-dia,
porquanto essa hora corresponde ao pôr-do-Sol na região
ártica no inverno. Pois todos os dias, enquanto o Sol se
oculta sob o horizonte meridional, ele atinge seu zênite
ao meio-dia, visto como nessa hora tanto se levanta como se põe,
abaixo do horizonte.
"Daí por diante, passa a ser visível o pôr-do-Sol,
assinalando o começo e o fim do sétimo dia. Cada
dia o Sol se ergue um pouco mais cedo e se põe um pouco
mais tarde, de modo que a 21 de março (equinócio
vernal), o nascer do Sol se dá às 6 horas da manhã,
pondo-se às 6 horas da tarde.
"Nos dias de verão, em que o Sol não se põe,
quando ele alcança o zênite (o ponto mais alto em
seu aparente caminho circular no Céu) os habitantes de
além do círculo ártico sabem que é
meio-dia. E quando chega ao nadir (o ponto mais baixo em seu aparente
caminho circular no Céu), nos dias de verão, eles
sabem que é meia-noite. Este ponto mais baixo no aparente
circuito solar de vinte e quatro horas no Céu é
pelos habitantes daquela região denominado ponto do norte.
Corresponde, como dissemos, ao pôr- do-Sol. Daí,
os habitantes de além círculo ártico, observam
no verão o sétimo dia de meia-noite de sexta-feira
até meia-noite de Sábado, pois o Sol está
então em seu nadir (o 'mergulho'), que é também
o ponto do pôr-do-Sol.
"Nem os observadores do domingo nem os do Sábado têm
qualquer dificuldade em saber quando começa seu dia de
repouso religioso, no Extremo Norte. Em dois períodos do
ano o visível pôr-do-Sol serve de sinal para marcar
o princípio e o fim do sétimo dia para os adventistas
na região ártica. E nos dias em que o Sol não
aparece acima do horizonte, o Sábado é observado
de sexta-feira, ao meio-dia, até o meio-dia do Sábado,
por isso que essa hora corresponde ao tempo do pôr-do-Sol,
segundo o prova o último pôr-do-Sol visível
ocorrido no princípio do período, e o primeiro pôr-do-Sol
visível ocorrido no final do período. Mas durante
o tempo em que o Sol está no Céu contínuamente,
o Sábado é observado de sexta-feira à meia-noite,
até meia-noite do Sábado, porque o Sol está
em seu nadir nesse momento do dia, como o provam o último
pôr-do-Sol visível no princípio do período,
e o primeiro visível pôr-do-Sol ocorrido no final
do período." R.L. Odom, The Lord's Day On a Round World,
págs. 121, 122,138,140,141,143,144. Citado em Consultoria
Doutrinária, pág. 154.
"E mesmo na terra do 'Sol da meia-noite', pergunte-se a um explorador
dos polos e ele achará ridícula a idéia de
não ter ali noção do dia, seu começo
e fim. Os exploradores árticos mantêm a exata contagem
dos dias e semanas em seus diários, relatando o que fizeram
em determinados dias. Eles dizem que naquela estranha e quase
desabitada terra, é possível notar a passagem dos
dias durante os meses em que o Sol está acima do horizonte,
pelas posições variáveis do Sol, e durante
os meses em que o Sol está abaixo do horizonte, pelo vestígio
perceptível do crepúsculo vespertino. E se um sabatista
se encontrasse lá no polo, e tivesse algum receio de perder
a contagem das semanas, bastar-lhe-ia dirigir-se, por exemplo,
a uma missão evangélica entre os esquimós,
e lá obteria a informação do que deseja,
pois os missionários sem dúvida saberiam quando
é domingo para nele realizarem sua Escola Dominical...
Certamente que eles não perderiam o ciclo semanal." - Arnaldo
B. Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 177-178.
O SÁBADO PERDEU-SE NO DIA LONGO DE JOSUÉ!
(Josué 10: 12-14).
Com Deus não tem impossível. Parar qualquer dia!
Deslocar o Universo! Deter a órbita do Sol ou da Lua! Retroceder
raios solares, é tarefa fácil.
Os cananeus adoravam o deus Sol (Baal) e a deusa Lua (Astoret).
Portanto, ao ordenar Josué que o Sol e a Lua parassem,
demonstrava ele a impotência daqueles deuses pagãos
diante do Deus de Israel. Por isso Josué não disse:
"Pare, Terra!".
Deus operou o milagre alongando suficientemente o dia para que
Seu povo destruísse completamente o inimigo. Ainda naquele
longo dia, conquistaram a cidade de Maquedá (Josué
10:28). Mas o dia continuava sendo quarta-feira. O dia posterior
foi quinta e, assim, sucessivamente, até hoje, século
XXI. Por conseguinte, o Sábado não se perdeu, porque
a semana se manteve intacta.
Josué usou a linguagem popular de seus dias ao adentrar
assuntos científicos. Na verdade, o dia não é
resultado de que o Sol se mova no Céu, e sim que a Terra
gire sobre seu eixo imaginário, uma rotação
completa de 360 graus.
Meu irmão, leia na página 114, deste livro, o que
os doutos cientistas, com propriedade, informam a respeito deste
maravilhoso Universo de Deus.
Leu? É tudo verdade! Verdade não se discute. Aceita-se
e pronto!
Mas, também é verdade inquestionável que
Deus pode intervir nas leis naturais e deter a rotação
da Terra, quando desejar, sem que haja efeitos desastrosos para
o planeta, para o Sistema Solar e mesmo para o Universo.
Nunca esqueça, amado, este famoso dia estendeu-se por mais
tempo que o normal, porém, continuou sendo quarta-feira,
em nada alterando o ciclo semanal.
O Sábado é o Dia do Senhor! Deus sabe como cuidar
dele para nós.