CAPÍTULO 24
O QUE FAZ MAL? – O QUE ENTRA OU O QUE SAI DA BOCA DO HOMEM?
Cuidado! Não faça experiência para comprovar.
“Mas o que sai da boca procede do coração, e isso
contamina o homem. Porque do coração procedem os
maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição,
furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas
coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos,
isso não contamina o homem.” São Mateus 15: 18-20
Observou? – Lavar as mãos!
NUNCA ESQUEÇA:
Deus fez nosso corpo perfeito para nele morar. I Cor. 3: 16.
Disse-me alguém enfaticamente:
“Eu como caranguejo, siri, lagosta, camarão, peixe de couro,
enfim, tudo que Moisés proibiu, porque quem autorizou a
comer,
não foi o homem, mas o próprio Jesus.”
Depois, aquele amigo querido, citou o verso 11 de Mateus 15, que
diz:
“O que contamina o homem não é o que entra na boca,
mas o que sai da boca isso é o que contamina o homem.”
Este apetite descontrolado está fundamentado em um verso
isolado que desfigura o contexto, fato que me proponho dissecar
agora, por amor a você.
Em primeiro lugar, aquele irmão equivocou-se ao dizer que
quem proibiu comer carnes imundas foi Moisés. Não!
Deus é quem proibiu. Levíticos 11.
Em segundo lugar, Jesus é Deus, e como tal, foi Quem proibiu
as carnes imundas. Se as abonasse agora, estaria Se contradizendo.
As Escrituras revelam o caráter de Deus. Ouça:
“Deus não muda” – Malaquias 3: 6
“Não há sombra nem variação” – Tiago
1: 17
“Não fará coisa alguma, sem antes ter revelado o
Seu segredo aos Seus servos, os profetas” – Amós 3: 7
“Não alterarei o que saiu dos Meus lábios” – Salmo
89: 34
“A palavra de nosso Deus subsiste eternamente” – Isaías
40: 8
Logicamente, Jesus não poderá Se desdizer, ainda
que o homem assim o deseje. Tito 1:2.
Portanto, para entender o que Jesus quer ensinar neste verso,
é preciso ler todo o capítulo 15 de Mateus, senão,
você vai capitular e, como os discípulos, ficar boquiaberto.
Veja:
Mateus 15: 15-16
“E Pedro, tomando a palavra, disse-Lhe: explica-nos esta parábola.
Jesus, porém, disse-lhe: Até vós mesmos estais
sem entender?”
Os discípulos ficaram atônitos diante daquilo que
eles julgavam uma parábola. Sim, era a única conclusão.
Só podia ser uma parábola. Tal conjectura é
cabível, pois que a lei dietética de Levítico
11 era sagrada demais para todos os judeus, tanto para os discípulos,
como judeus comuns, fariseus, irreligiosos, etc. O estonteamento
dos discípulos, por conseguinte é natural, dada
a posição em relação às coisas
imundas condenadas e proibidas por Deus.
A diferença, porém, é que para a solução
do problema e consequente esclarecimento, os discípulos
foram humildemente suplicar a Jesus e Ele os atendeu, clareando
as nuvens negras que envolveram as palavras divinas: “O que contamina
o homem não é o que entra na boca, mas o que sai
da boca...”
Hoje, lamentavelmente, percebi em centenas de pessoas com quem
estudei a Bíblia que, havendo algo obscuro ou encoberto
à primeira vista, ao invés de se ir a Jesus e com
humildade estudar Sua Palavra, comparando o texto, para se chegar
à Verdade que o versículo quer ensinar, simplesmente
concordavam com aquilo que, para elas, era mais conveniente. Evidentemente,
é muito mais fácil transgredir que sacrificar. Ler
que estudar. Consentir que renunciar. Transigir que obedecer.
Isso é próprio da natureza humana. Mas... não
é o correto!
Com os discípulos foi diferente. Tomados que foram de estupefação
tal, pois para eles, apenas ver ou sentir algo imundo lhes causava
ojeriza (até de sua sombra corriam), quanto mais a idéia
de comer carnes imundas, proibidas por Deus. Era inconcebível!
Por isso rogaram a Jesus explicar-lhes tal versículo. E
isso fez o Mestre, com todo amor.
– Solicitemos agora ao Senhor, que esclareça o assunto
para nós.
O título “A Tradição dos Anciãos”
do capítulo quinze de Mateus, não é inspirado
(foi acrescido pelo tradutor) como se sabe; porém, é
de significado ímpar. Ouça a arguição
dos fariseus a Jesus:
Mateus 15: 2 – “Por que transgridem os Teus discípulos
a tradição dos anciãos? Pois não lavam
as mãos quando comem pão.”
Observe que o enredo começa com uma tradição.
Entre as muitas, infindáveis e enfadonhas tradições
dos judeus, tinha preeminência aquela de, antes de qualquer
refeição, lavar as mãos muitas vezes (Mar.
7:3), como se fora uma cerimônia solene. Aliás, era
de fato uma ablução imposta, um cerimonial preceituado.
Lavava-se tanto as mãos, não para torná-las
limpas, como é normal, antes de qualquer refeição!
Simplesmente era um hábito para satisfazer uma tola tradição
que mais parecia um capricho dos anciãos, doutores da Lei.
E ai de quem não procedesse assim! Ouça isso, e
veja se não dá para sorrir:
“Não se tratava simplesmente de lavar-se com sabão
e água e limpar-se. Não, não. Havia os movimentos
certinhos que deviam ser feitos, tudo direitinho. A quantidade
mínima de água que poderia ser usada devia caber
pelo menos numa metade da casca de ovo. Então era preciso
derramar um pouco d’água nos dedos e palmas da mão,
primeiro uma, depois outra, erguendo a mão o bastante para
que a água escorresse pelos punhos, mas não além
deste ponto. Além disto a pessoa tinha de cuidar que a
água não escorresse pelas costas da mão.
E depois a pessoa deveria esfregar uma mão na outra, indo
e vindo, para lá e para cá. Se não houvesse
água nenhuma, poderia ser feita uma espécie de lavagem
a seco, simplesmente fazendo os movimentos como se com água.
Mas de modo algum a pessoa poderia sentar-se à mesa para
comer sem ter praticado esta cerimônia.” – Inspiração
Juvenil, 1979, pág. 349, Jan. S. Doward.
Pois bem, Jesus e os discípulos, embora primassem pela
higiene, não aceitavam nem concordavam com esse ritual,
essa tradição vazia e sem nexo. Por falar em tradição,
há uma que predomina em certa parte do cristianismo (eu
a percebi quando fui um fiel batista). Parece que o diploma de
um cristão sábio nas Escrituras é-lhe conferido
pelo fato de pertencer a uma igreja – 30,40,50 anos – ou ter lido
a Bíblia outras tantas vezes. Ocorre que, ler é
uma coisa, estudar é outra bem diferente, e, frequentar
igreja décadas inteiras não quer dizer que tão
somente por isso, a palavra desta pessoa seja doutrina e lei.
Lembra-se? Jesus com apenas doze anos de idade deixou aturdidos
homens envelhecidos, com ensinamentos que jamais penetraram em
seus ouvidos, fazendo seus corações ferverem maravilhados.
(Leia também Jó 32: 6,9).
Então, estudando todo o capítulo 15 de Mateus, depreendemos
que aqueles anciãos transgrediam os mandamentos de Deus,
mas suas pessoais tradições eram intocáveis,
e colocavam-nas em lugar de destaque (Mat. 15:3). Será
que hoje ocorre ao contrário? Veja: A voz corrente do moderno
cristianismo é adaptar-se ao mundo, fazendo o que a maioria
faz, do que ouvir e fazer o que diz a santa Bíblia.
Já li de um escritor, pastor da maior Igreja Evangélica
do mundo, dizer que guarda o domingo, porque todo o mundo o guarda.
Sei que você não concorda com isso, certo? Bem, ouça
o que Jesus respondeu àqueles “condutores cegos”:
Mateus 15: 7-8
“Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito,
dizendo: Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração
está longe de Mim.”
Por conseguinte, o problema suscitado naquela oportunidade não
é o da comida em si, mas a maneira de se comer, isso é
muito claro. O verso 2 informa cristalinamente que a dificuldade
residia em lavar ou NÃO lavar as mãos. Com relação
à comida, os próprios fariseus disseram: “comer
pão”.
Lavar as mãos sete vezes era a tradição.
Coisa que Jesus e os discípulos não abonavam, tanto
que comiam sem praticar aquela ablução. Quanto à
comida, era caso encerrado: os judeus possuiam verdadeira idiossincrasia
(repulsa em grau máximo) às carnes imundas, proibidas
por Jeová. E como Jesus Cristo é o mesmo Jeová,
autor da prudente, boa e sábia lei dietética, nada
mais fiel aceitar que, sobre aquela mesa cercada de gente para
comer, não havia comidas proibidas por Ele.
Isso é tão verdadeiro quanto comprobatório,
pois tempos mais tarde após este incidente, Pedro declarou,
alto e bom som, muito dramaticamente, quando foi por Deus ordenado
a comer alimentos que estavam no lençol de sua visão
em Atos 10: 14: “Nunca Senhor, comi coisa comum, ou imunda.”
Ora, não estaria Pedro mentindo para Deus agora, se naquele
acontecimento com Jesus ou mesmo posteriormente, tivesse comido
carnes imundas?
Portanto, está claro que, naquela oportunidade, quando
Jesus mencionou o verso que estamos estudando, não havia
sobre aquela mesa nenhuma carne proibida por Deus, e muito menos
houve autorização para o seu consumo, pois desde
este incidente de Mateus 15 até Atos 10, passaram-se algumas
décadas e Pedro disse categoricamente, diante do lençol
cheio de animais que descia do Céu: “Nunca, Senhor, comi
coisa... imunda.”
Bem, é possível que alguém ainda questione
esta Verdade, agarrando-se cegamente na declaração
de Jesus em Mateus 15:17:
“Tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado
fora.”
Meu amado, Jesus sempre Se serviu de parábolas e expressões
metafóricas, para ilustrar verdades eternas. Por isso que,
relativo a esse verso, não podemos fazer uma aplicação
literal, porque o Senhor Jesus nunca teve tal intenção.
Sabe por quê? Porque nem tudo o que entra pela boca vai
para o ventre e é lançado fora. Por exemplo: arsênico,
formicida, soda cáustica, etc. E... você acha que
Jesus não sabe disso? Não foi Ele que fez nosso
estômago? (Em sã consciência e usando o bom
senso, também ninguém comeria alguma coisa envenenada
para pôr à prova este texto. Isto seria tentar ao
Senhor, o que é proibido por Ele mesmo).
– Dirá alguém: Jesus errou? Não amados! Mil
vezes não! Jesus jamais erra.
Claro como a luz solar, para os filhos da luz, foi o fato de que
Jesus queria ensinar, com esta ilustração, não
a autorização para consumir carnes que Ele próprio
proibiu a milênios, mas a verdade de que:
Mateus 15: 18-19
“O que sai da boca, procede do coração. E isso contamina
o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos,
mortes, adultérios, prostituição, furtos,
falsos testemunhos e blasfêmias.”
Jesus usa o vocábulo “coração” para representar
a faculdade que planeja e decide. Na verdade a mente é
a sede dos pensamentos e decisões. É aí onde
atua o Espírito Santo, e todos os atos e gestos são
dirigidos por este comando motor (sensório). Desta maneira,
estas “coisas” procedem, não do coração em
si, mas, da mente.
O Mestre conhecia aqueles corações farisaicos de
sobejo. E era esta relação de impurezas que povoava
suas mentes. Acrescente-se a isso a repulsa que mantinham em não
aceitar o humilde Nazareno e Seus ensinamentos.
Mas, você, meu amado irmão, agora já conhece
toda a história deste texto bíblico, e pode compreender
com clareza que Jesus não está abonando o consumo
de carnes proibidas por Ele mesmo, mas sim que é o “coração”
(mente) o centro de tudo, no que tange aos sentimentos e, por
isso diz a Bíblia:
Provérbios 4: 23
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração,
porque dele procedem as saídas da vida.”
Por conseguinte, irmão, tenha sempre uma mente pura e demonstre
seu amor ao querido Jesus não comendo o que Ele proibiu.
Certo?
PS – O homem mencionado, que motivou-me este capítulo,
libertou-se das carnes imundas e morreu fiel Adventista do Sétimo
Dia.
“Aqui reafirmo minha confiança em Deus e na infalibilidade
de Sua santa Palavra: Creio honestamente que os filhos de Deus,
sinceros e leais, não devem ser doentes.” Professor Durval
Stockler de Lima – Autor do extraordinário livro “NUTRIÇÃO
ORIENTADA”, editado pela CASA PUBLICADORA BRASILEIRA. Para quem
deseja ser vegetariano, este livro é uma “cartilha” apropriada.
LEMBRETES:
Pensei estar ouvindo um programa evangélico na Rádio
Rio de Janeiro. À medida que ele se desenvolvia, minha
atenção mais se aguçava: É que, apesar
do “pregador” falar de Deus, Jesus, oração, etc.,
algo estava distoando.
Finalmente, pela oração feita por ele, pude notar
que era um programa espírita. Mas, observe bem, só
no final do programa (oração final), é que
o véu se lhe tirou. Era de fato, até então,
um programa evangélico de curas.
Amado irmão, o cerco está apertando (Apoc. 16:13).
Só temos um refúgio e segurança para estabelecer
a diferença: Isaías 8:20.
Quinta-feira, às 7:45 hs na Rádio Bandeirantes/RJ,
vai ao ar o Programa A Hora da Eucaristia, sob a direção
do Padre Jair Pereira da Paróquia Bom Jesus dos Milagres,
situada à Rua Guarapuava nº 174, Mococa – SP.
Se não houvesse esta informação, ninguém
diria tratar-se de uma Igreja Católica. É que ele
prega batismo no Espírito Santo, cura divina, língua
estranha, etc. etc. É, está ficando tudo igualzinho!
Abra os olhos!