CAPÍTULO 11
ESPÍRITO SANTO - DONS E BATISMO
. Dons Necessários
. Cura ou Salvação?
. Tenho o Espírito Santo?
. Que é Batismo com o Espírito Santo?
. Como descobrir o Verdadeiro Profeta
. O Falso Profeta
. línguas Estranhas, dos Anjos e Celestial
. I Coríntios 14:2
. Encontro íntimo com Deus
. Êxtase Pentecostal
. Pentecostalismo Católico
. Profecias do Dr. Fritz
PAULO AFIRMOU: Mesmo que o crente fale em "línguas",
se não tiver amor, de nada valerá. (I Cor. 13:1).
JESUS DISSE: "Se Me amardes guardareis os Meus
mandamentos." (João 14:15).
A BÍBLIA DIZ: "Seus mandamentos não
são pesados" (I João 5:3).
Então é fácil distinguir a procedência
da língua estranha.
Use a regra: Amor & Obediência.
Paulo ordenou:
. Tirar a gritaria dos cultos (Efé. 4:31).
. Que haja reverência (Heb. 12:28).
. Que haja decência e ordem (I Cor. 14:40).
POR ISSO, DEDUZ-SE QUE:
O Espírito Santo jamais poderá estar em uma casa
de culto onde haja:
grito - barulho - desordem - irreverência - batida de pé
no chão - socos na mesa, no púlpito, etc.
. Deus não ouve gritaria - Eze. 8:18; Lam. 3:8.
. Gritaria entristece o Espírito Santo - Efé. 4:30
e 31.
. Ana orou apenas mexendo os lábios e Deus a ouviu. - I
Sam. 1:12 -13.
ESPÍRITO SANTO - E OS DONS NECESSÁRIOS
Paulo instou a que os cristãos buscassem "com zelo" os
dons espirituais. Paulo sabia desta necessidade, porém,
não desconhecia o fato de que, nesta busca, se feita desastradamente,
fora do plano do Céu, poderia haver grande confusão
e perversão que redundaria em malefício para o cristão
e a igreja. Creio sinceramente nos dons espirituais. Acho-os fundamentais
e necessários hoje. Mas, como pesquisador do santo Livro,
receio que algumas pessoas estejam sendo enganadas pelas artimanhas
do malígno.
Os dons espirituais que são necessários à
igreja, parece que foram concentrados em dois apenas, o de curar
e o de línguas. Pelo menos, tanto quanto se sabe, são
os mais buscados e desejados. Afirmo outra vez: há necessidade
de vigilância, pois que, para toda grande verdade de Deus,
Satanás tem criado uma grande mentira paralela. Satanás
é grande conhecedor da Bíblia, e dela está-se
valendo para introduzir suas próprias idéias, e
assim alcançar, imperceptivelmente, seus reais objetivos,
cauterizando mentes no engano.
Até mesmo em sua disposição simples e sincera,
um cristão que busca e se esforça por obter um dom
espiritual, pode ser envolvido por este ser que deseja a todos
enganar.
DOM DE CURAR
A preocupação de Paulo, que se denota nos capítulos
12, 13 e 14 de I Coríntios, leva-me a crer que, certamente,
ele antevia a obra sinistra que envolveria Satanás na criação
de dons semelhantes aos de Deus, para confundir os crentes. E
o que se vê hoje é a comprovação não
só nos meios evangélicos, mas pela própria
ciência, que existem manifestações prodigiosas,
cuja origem não é divina. E, no entanto, são
reais, patentes e inegáveis. Quem poderá negar o
fato comprovado de um doente curar-se, um cego enxergar, um deficiente
físico recuperar seus movimentos? Isso é notório
em várias corporações cristãs e Centros
Espíritas, e creditado ao poder de Deus, fato que deve
ser considerado com cuidado!
Alguém pode questionar, alegando que a fonte não
é importante desde que a pessoa se beneficie de algum bem,
haja vista estar o povo mergulhado em uma grande onda de dificuldades,
doenças, carência de toda sorte. Em meio a tanta
infelicidade, está, assim, à busca de qualquer escape,
venha de onde vier. Disso se valem os "milagreiros" que, via de
regra, omitem aos carenciados, que a salvação em
Cristo Jesus é mais importante, tem mais valor, e é
o que o povo precisa buscar ardentemente, pois ela lhe trará
paz, no presente, e a eternidade no futuro (Mat. 18:8 e 9).
Paulo afirmou ter Satanás controle sobre os elementos da
natureza (Efé. 2:2; Jó 1:10-12,19). Pode executar
grandes prodígios em operações milagrosas
(II Tes. 2:9; Apoc. 16:14), também transformar-se em anjo
de luz (II Cor. 11:13-15); e fazer fogo cair do Céu à
vista dos homens (Apoc. 13:13; Jó 1:16, 10-12). Jesus diz
ser Satanás o príncipe deste mundo (João
12:31; 14:30); com capacidade de imitar milagres e dons através
do hipnotismo (Êxo. 7:10-12, 20-22; 8:5-7, 17-19). Finalmente,
Satanás imitará a vinda de Cristo (Mat. 24:24-26),
tal é a sua força para o engano.
Por isso, quando o carismatismo impera, e os operadores de milagres
apontam para tais eventos como prova de fé, abra os olhos,
porque o diabo vai aproveitar esta brecha, mandando sua contrafação,
iludindo assim o crente.
Ele é um inimigo sutil e fraudulento, e seus ardís,
os mais variados. Há ocasiões em que demonstra mesmo
pesar pela desgraça humana (da qual é único
causador), manifestando seu poder em minorar os sofrimentos (curando
um doente, fazendo coxo andar, cego enxergar, etc. Estas curas
também ocorrem quando são provenientes de desordens
neurológicas), mas, na realidade, seu objetivo é
um só: destruir a fé no Todo-Poderoso, infiltrando
a contrafação, para que se creia na mentira em lugar
da verdade. E ambas tão juntas convivem que, somente por
um acurado estudo do Livro santo, se pode distingui-las (Isaías
8:20).
DOM DE LÍNGUAS
Com relação ao dom de línguas, há
flagrante desvirtuação na atualidade, pois milhares
são os que crêem que só se recebe o Espírito
Santo se falar "língua estranha". E há mesmo quem
afirme que, quem não fala "língua estranha" é
um cristão incompleto, não restaurado, cristão
de segunda classe, etc.
O escritor pentecostal Grant é categórico:
"...receber o batismo sem falar línguas estranhas é
impossível... a língua Celestial será a senha
para a entrada no Céu." - O Batismo no Espírito
Santo, Grant, págs. 97, 99, 123, 81. (Citado por Elemer
Hasse).
E afirma ainda que os pentecostais chegarão ao Céu
de avião, e os demais crentes que ignoram o batismo com
o Espírito Santo, serão salvos, porém, chegarão
de trem (pág. 84). E que, não falando "língua",
é cristão carnal (pág. 54). Idem.
Meu querido irmão, que diz a Bíblia? A doutrina
de que o cristão que não fala em "línguas"
não foi batizado com o Espírito Santo, não
tem fundamento nela, porque, estas pessoas receberam o Espírito
Santo e não falaram línguas:
Os samaritanos Atos 8: 15-17
João, o Batista Lucas 1: 15
Maria, a virgem virtuosa Lucas 1: 35
Isabel, prima da virgem Maria Lucas 1: 41
Zacarias, o pai de João Batista Lucas 1: 67
Jesus Cristo, o Senhor e Salvador Lucas 3: 22
Os sete diáconos da Igreja Apostólica Atos 6: 1-7
Estêvão, o primeiro mártir Atos 6: 5; 7: 55
Finalmente, Paulo, o apóstolo zeloso dos dons espirituais,
nunca falou as línguas que são usadas no neo-pentecostalismo
atual, como sendo a aferição de o crente ter recebido
o Espírito Santo (Atos 9: 1-9, 17-18). Paulo e Barnabé
receberam a imposição de mãos, foram separados
para o ministério e batizados com o Espírito Santo,
e não falaram línguas (Atos 13: 2-3).
LÍNGUA "ESTRANHA" OU IDIOMAS?
Na expressão "línguas estranhas" em I Coríntios
14: 2, 4-6, pode-se notar que a palavra "estranha" está
grifada, isto é, escrita de forma diferente para informar
que o tradutor não a encontrou no original; ali foi colocada
para dar sentido amplo. Porém, no mesmo capítulo,
verso 19, está explícito: "língua desconhecida",
e, esta sim, está correta, no original.
Para melhor esclarecimento, leia-se em I Coríntios 12:
10, 28 onde Paulo declina a expressão "variedade de línguas",
que sobejamente define tratar-se de outros idiomas, e não
um tipo de sons desconexos e extáticos que muitos pretendem
hoje, como sendo o dom de línguas.
Sons e enunciações ininteligíveis sempre
foram características do paganismo, e hoje são comuns
nas reuniões espíritas, no candomblé e centros
umbandistas. Ali são faladas também diversas línguas
estranhas. E agora, surpreendentemente é um fato real também
na Igreja Católica.
Os termos "língua desconhecida e variedade de línguas"
são mais condizentes do que "línguas estranhas",
porque, na realidade, a manifestação do dom caído
sobre os discípulos no Pentecostes foi a grande verdade
de que eles falaram línguas desconhecidas, sim, para eles,
mas línguas existentes; eram idiomas estrangeiros. Sobretudo,
aquela era uma reunião especial. O dom era necessário,
supremamente necessário. Sabe por quê? Ouça
- Jesus comissionou os discípulos:
Mateus 28: 19
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as
em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo."
E a quem Jesus deu esta ordem? A pessoas indoutas, pescadores
e camponeses, que falavam apenas o aramaico, limitado, simples.
E no entanto a ordem de âmbito mundial ecoava: IDE! Sabe,
meu irmão, Deus nunca pediu ou pedirá nada ao homem
sem lhe conceder os meios e condições de cumprir
Sua ordem.
Encontravam-se, pois, os discípulos reunidos em Jerusalém,
diante de uma multidão "de todas as nações
que estão debaixo do Céu... partos e medos, elamitas;
e os que habitavam na Mesopotâmia; Judéia, Capadócia,
Ponto, Ásia, Frígia, Panfília, Egito, Líbia,
Cirene; romanos, cretenses e árabes." Atos 2: 5, 9-11.
O cenário está pronto, e, diante do "mundo", os
discípulos. O que fazer cercado desses representantes de
todas as nações da Terra? Como aproveitar a magna
oportunidade? Observe a narração de Lucas:
Atos 2: 4
"E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram
a falar NOUTRAS LÍNGUAS conforme o Espírito Santo
lhes concedia que falassem."
Graças a Deus, foi resolvido o problema; os discípulos
falaram OUTRAS LÍNGUAS, não línguas estranhas.
Falaram a língua dos cretenses, árabes, romanos,
egípcios, líbios, enfim, os idiomas daqueles que
foram a Jerusalém, procedentes de todas as nações
da Terra. Se lá estivessem brasileiros, certamente o Espírito
Santo concederia o dom de se falar o português.
A preocupação de Lucas ao fazer lista tão
extensa dos países (16) presentes em Jerusalém,
deixa antever claramente tratar-se de idiomas existentes, isto
é, línguas estrangeiras.
Quero que você entenda, meu irmão, que o termo "língua
estranha" é estranho aos propósitos de Deus, porque,
na verdade, os discípulos falaram línguas que não
eram estranhas (esquisitas); eram línguas desconhecidas
para eles, porém, existiam, e passaram, pelo poder de Deus,
agora, a falá-las fluentemente. Reafirmo-lhe: Eram as línguas
dos estrangeiros que afluíam para Jerusalém a fim
de participar da festa de Pentecostes, e estes mesmos se maravilharam
de que aqueles discípulos, embora indoutos, falassem em
suas próprias línguas, das grandezas de Deus (Atos
2: 11). Que grande bênção Deus conferiu aos
discípulos, capacitando-os a cumprir o IDE.
Quando aqueles forasteiros voltaram para suas nações,
cada um levou, maravilhado, a mensagem do Jesus que salva e liberta
do pecado; e então foram mensageiros aos seus conterrâneos,
dando testemunho vivo a favor do evangelho de Cristo. Aleluia!
Glória a Deus!
EXEMPLO DE LÍNGUA ESTRANHA
"Reid Simonns (nome alterado) parou um momento em seu sermão,
para dar tempo a que o intérprete traduzisse suas últimas
frases. A multidão de japoneses, reunida naquela esquina
de Tóquio para ouvir o que o soldado americano tinha a
dizer, subitamente deu demonstração de espanto.
Todos mantinham seus olhos fixos no jovem ocidental, sem voltarem
ao intérprete. Reid repetiu a sentença e esperou
novamente pela tradução. Foi quando alguém
declarou: 'O senhor não precisa de tradutor. Está
falando japonês!'" - Atalaia, 3/76, pág. 4.
Sim, irmão, era o que realmente acontecia. Ali estava um
jovem que, embora tivesse grande paixão pelos pecadores,
ao ponto de deixar sua pátria e atravessar os mares em
busca dos pagãos, nunca falou japonês em sua vida,
mas pregava agora nesta língua, apelando aos nipônicos
para aceitarem a Cristo como Salvador. Nessa reunião, seis
preciosas almas aceitaram a Cristo.
Ó, amados, eis aqui o verdadeiro dom de línguas.
Este sim, é o dom de Deus; o dom derramado no Pentecostes.
Saiba, irmão, hoje, se esgotados todos os meios que temos
para falar outras línguas, se fechadas todas as Sociedades
Bíblicas ao redor do mundo, impossibilitando-as de traduzir
para a língua materna; se fechadas todas as Universidades,
Colégios e Escolas, onde se preparam missionários
para aprender línguas estrangeiras, Deus voltará
a repetir o Pentecostes, e a última alma será advertida
do breve regresso do Senhor Jesus, a quem sejam dadas agora e
para todo sempre, honras e glórias.
CURA OU SALVAÇÃO
Os dons do Espírito Santo são reais. Pertencem a
igreja de Deus. São para nós e estão ao nosso
alcance. Entrementes, temos que nos conscientizar que há
condições impostas por Deus para serem concedidos.
O dom de línguas acabaria (I Cor. 13: 8). Outros seriam
mais necessários em determinada ocasião da história
da igreja de Cristo. Outro concluiria a Obra do Senhor, como é
o caso da "Chuva Serôdia", etc.
Efetivamente, Deus quer agraciar Seus filhos com tais bênçãos,
porque Ele é o mesmo e o Seu poder não mudou. Se
for útil no momento, Deus dará (I Cor. 12: 7).
Infelizmente, o que vemos hoje é muito exibicionismo. Homens
e mulheres "usando" o Espírito Santo ao invés de,
por Ele, serem usados. Não há como negar que, uma
verdadeira desvirtuação dos dons solapa a Igreja
Evangélica. Uma "roda-viva" que está levando de
roldão muitas pessoas sinceras e tementes a Deus. É
preciso ter cautela, e nos adequar ao que o bom senso exige.
EXEMPLO: Para alcançar o mundo com o IDE, Deus capacitou
Seus discípulos com o dom de línguas (Atos 2: 1-13).
Por quê? Seria impossível cumpri-lo naquela época,
sem escolas preparatórias, universidades, academias de
letras e bons professores. Como aprender 16 línguas sem
tais recursos? E, leve-se em conta, os discípulos eram
homens que, em média, tinham quarenta anos de idade, de
pequena cultura e rudes (Atos 4: 13).
Hoje, porém, o panorama é outro. Na área
da educação, o mundo evoluiu incomparavelmente com
o tempo dos apóstolos. Uma criança de dez anos hoje
pode começar a estudar qualquer língua e estará
capacitada nela antes dos vinte.
OUTRO EXEMPLO: O Espírito Santo transportou
Filipe por centenas de quilômetros como num "passe de mágica"
(Atos 8: 39-40). Hoje existem aviões que voam a uma velocidade
quase incrível. Se Filipe naquela ocasião gastasse
vinte horas para o percurso que teria de fazer, hoje levaria não
mais que uma hora, se tanto, em aviões especiais. Por isso,
distâncias não são, também, barreiras
hoje.
O dom de cura à época de Jesus era não só
necessário, mas vital. A promiscuidade de vida (falta de
higiene, de rede de esgotos e de água potável) facilitava
a doença. Não havia hospitais, médicos, remédios
suficientes, nem recursos para tal. Operações eram
feitas sem anestesia. Pessoas ficavam doentes 10, 20, 40 anos
e morreriam fatalmente, não fosse o dom de cura (João
5: 4-5; Mat. 9: 20). Hoje, tudo mudou. A ciência médica
evoluiu a tal ponto que até fígado se transplanta
com sucesso. Além do que, prolongou-se, comprovadamente,
a vida humana, graças ao avanço médico.
Que dizer da Rede Hospitalar? Equipamentos computadorizados e
a raio-laser a serviço da medicina. Processos avançadíssimos
para exames de saúde. Liga-se alguns fios a um corpo e,
na TV aparece seu coração batendo com tanta nitidez
que, a primeira reação é louvar a Deus por
ter o homem chegado a tal ponto da tecnologia médica. Trocar
um coração doente por outro bom, hoje, é
tarefa sem mistérios.
Médicos bem preparados e capazes, remédios eficazes
para qualquer tratamento de saúde. Sim, as condições
hoje são opostas àquela; além disso, um hospital
evangélico pode realizar grande trabalho para Deus, porque,
além de promover a saúde do paciente, pode orientá-lo
a evitar as doenças, através de uma vida regrada
e salutar, orientada por princípios salutares, descritos
na Bíblia.
Bem, dirá você, e o poder de Deus? - É o mesmo,
irmão! Porém Deus age quando "tiramos a pedra" (João
11: 39), salvo em casos especiais que Lhe aprouver. Inquestionavelmente,
a nossa parte temos que fazer, porque Deus só fará
o que não podemos. Nossa impossibilidade torna-se a possibilidade
dEle. (Fui a uma igreja carismática no centro de Niterói,
e, ao meu lado assentou-se uma senhora com uma ferida enorme,
cheia de pus, na perna. Dava dó! O pastor iria orar pela
perna dela. Mas, a única coisa que ela precisava imediatamente,
era ser levada ao hospital).
IMAGINE: Uma reunião de cura. O pregador quer "curar" a
todos. Todavia, o certo seria, primeiro, certificar-se de que
muitas enfermidades provém da aberta transgressão
da Lei da Saúde (João 5: 7-14). As pessoas têm
que ser ensinadas a não transgredi-la para gozar boa saúde.
Se uma pessoa sai curada desta reunião e volta a ter hábitos
incorretos de saúde, arruina-la-á com certeza, e
novamente Deus terá que curá-la? Deus não
efetuará um milagre para curar alguém que não
cuida de sua saúde, não acha?
A saúde não é produto do acaso, nem surge
por um "passe de mágica", e sim, manifesta-se pelo respeito
às leis da vida. Deus quer que Seus filhos tenham boa saúde...
por isso, criou leis preservativas da saúde, que, ao serem
violadas, trazem enfermidades. O apóstolo Paulo é
claro:
Gálatas 6: 7
"Aquilo que o homem semear, isto também ceifará."
Esta é a lei da causa e efeito e o homem lhe está
subordinado. Os dirigentes pois, tem a obrigação
de instruir os membros da igreja a cultivarem uma completa Reforma
de Saúde, que, sobretudo, é uma orientação
divina.
Creio absolutamente no poder de Deus. Em nosso culto do poder
aos Sábados e domingos às 6:00 h da manhã,
na amada Igreja do Barreto, temos tido evidências do poder
curativo de Deus. Entre outros, cito o caso do menino Rodrigo,
neto da irmã Maria Madalena que, desenganado pela medicina,
recuperou a saúde plenamente, deixando médicos e
enfermeiros estupefatos, e a todos nós alegres pela confiança
que havíamos depositado em que Deus operaria segundo Seu
beneplácito.
A cura, como milagre, ocorre em momento crítico, específico
e circunstancial. Não pode ser um comércio vaidoso,
nem modismo, ou pressão psicológica. Deve traduzir
o profundo amor e misericórdia pelo sofredor. Isto ocorreu-me:
O Nelson morava em nossa casa (Rua Expedicionário, 28 -
Barreira do Vasco/RJ). Certa vez caiu de uma escada e ficou com
órgãos internos lesionados, que lhe causavam terríveis
dores.
Procurou diversos médicos, hospitais e clínicas
na esperança de ficar curado, porém, sem resultado.
Era penoso vê-lo passar noites em claro, chorando de dor.
Um dia, movido de enorme compaixão daquele jovem, fui para
a nossa sala e clamei em voz alta: Quem crê no poder de
Deus venha cá. Vamos orar pelo Nelson agora.
Minha mãe, Galiana Gonzalez, meus irmãos Afonso
e Sérgio Gonzalez, e o Jorge Laureano (outro jovem que
morava conosco), se aproximaram.
Fomos então até o quarto do Nelson que se contorcia
em dores. Ajoelhamos e orei por ele, reclamando a bênção
de Deus. Instantaneamente a dor desapareceu. Está curado
até hoje, mais de 30 anos. Glória a Deus! Aleluia!
A cura milagrosa também ocorre como resposta às
orações fervorosas, eficazes, amorosas, misericordiosas.
Veja só:
Recebo milhares de cartas e telefonemas maravilhosos do Brasil
inteiro. Um dia telefonou-me o irmão Militino. Não
o conhecia. Disse ele que desejava doar um livro ASSIM DIZ O SENHOR
a cada padre, bispo e freira de Pernambuco. Comprou-me centenas
de exemplares. Ia pessoalmente à casa destas pessoas, carregando
nas costas pesada bolsa de livros. Como era muito peso, por se
tratar de um homem idoso, convencionamos que eu enviaria o livro
direto de nossa Editora via Reembolso Postal pago, até
a residência de cada um.
O irmão Militino foi até a Sede Episcopal da Igreja
Católica, conseguiu um manual contendo todos os endereços
que precisava. Confeccionou um folheto, onde, com palavras amorosas
e decisivas, convidava a pessoa a descobrir e amar a Verdade.
Daqui de nossa Editora ADOS saíram centenas de exemplares
do Assim Diz O Senhor e Verdade Presente, contendo dentro deles
o panfleto do irmão Militino. Além de Pernambuco,
outros estados do Norte e Nordeste foram alcançados com
este lindo trabalho, deste santo missionário.
Para minha alegria e gratificante surpresa, um dia o irmão
Militino telefona-me marcando um encontro na Igreja Adventista
de Botafogo/RJ, pois passaria uma temporada com seus parentes
no Rio de Janeiro. Fui correndo conhecê-lo. Oitenta anos.
Lúcido, objetivo, desenvolto. Visitou algumas vezes nossa
Editora, vindo de Copacabana. E ele disse-me: "Irmão Lourenço,
eu ando devagarinho porque possuo um câncer de próstata."
Pediu-me que todos orássemos por ele.
Este amado irmão, transferiu-se para uma Clínica
Adventista de tratamento natural em São Paulo, onde moraria,
cuidando da saúde. Adquiriu-me mais três pacotes
de literaturas pois está no seu sangue o ministério
da página impressa. Nem a idade, ou o câncer o impossibilitam
de andar distribuindo livros a mão cheia.
No dia 2/1/1996, o irmão Militino telefonou desejando-me
um ano de vitórias e entre as boas notícias, disse-me:
"Irmão Lourenço, o meu câncer desapareceu.
Os médicos não compreendem o que aconteceu. Eu quero
agradecer as orações de todos vocês que oraram
por mim." Glória a Deus. Aleluia!
Dia 28/4/1996, 22:00h o telefone soou e uma voz possante disse:
"Lourenço Gonzalez?" Emocionado respondi: Meu amado Clóvis,
por que você sumiu?
Não nos víamos desde quando o programa radiofônico
da ARJ - "AVANTE MOCIDADE", foi retirado do ar, há dez
anos. Clóvis disse: "Estou muito triste. Uma dor enorme
rasga meu coração. Meu filho Rubinho, um rapaz de
28 anos, a esperança que continuasse minha carreira com
sua voz metálica... O médico abraçou-me na
sexta-feira e disse: 'Sr. Clóvis, o que era possível
fazer através da medicina, fizemos. Não posso garantir-lhe
ver seu filho no meu próximo plantão.'"
Clóvis continuou: "Suportei sexta e ontem, mas agora, estou
precisando ouvir um amigo. Creio que você é este
amigo. Depois de rebuscar na memória lembrei-me do seu
telefone. Venha aqui orar por ele amanhã." Eu lhe falei:
Clóvis, vou orar agora e de madrugada, e amanhã
estarei aí.
Dia 29/4/1996 - 15:00h, coloquei azeite num vidrinho, fui ao meu
lugar de encontro íntimo com o Céu e apresentei-o
a Deus em oração. Cheguei ao hospital às
18:00h. Ao ver o Rubinho compreendi o diagnóstico do médico.
O vírus HIV já havia feito sua ruína total
no esôfago e estômago.
Naquele momento, invadiu-me profundo sentimento de compaixão
por aquele jovem. Falei-lhe palavras motivadoras da fé.
Levei-o a crer no milagre. Li parte do Salmo 64 e depois Tiago
5:14-15. Assegurei-lhe com firmeza: Rubinho, estou aqui para reclamar
esta promessa. Creia e confie.
Dei o vidrinho de azeite à sua mãe e disse: Irmã
Felizarda, quando eu estiver orando, o Espírito Santo vai
lhe dizer para ungir seu filho. Então coloque um pouco
de azeite sobre a testa dele e afague-a com sua mão. Depois
coloque um pouco de azeite sobre o seu estômago e alise-o
todo, com carinho. Ajoelhamo-nos com fé e emoção.
Após a oração, levantamo-nos e fomos, os
três, até o elevador. Fui levar a irmã Felizarda
em casa e Clóvis voltou ao quarto do filho.
Ao entrar no quarto, Clóvis viu o Rubinho assentado na
cama e os tubos jogados ao chão. Então falou: "Meu
filho, o que houve?" "- Não sei, a borracha do nariz que
estava ligada ao estômago, pulou...", respondeu Rubinho.
Rubinho teve alta, e no dia 14/5/1996 eu e minha esposa fomos
visitá-lo em casa. Rubinho, com os cabelos penteados, disposto,
alegre e feliz, entre tantas coisas bonitas, disse: "Eu estava
a seis meses sem mastigar nada. Após a unção,
minhas úlceras cicatrizaram-se imediatamente, então
desci e fui comer um sanduiche lá no trayler."
Depois, a irmã Felizarda falou: "Naquela noite que o Clóvis
lhe telefonou, eu fui dormir muito triste, porque, o médico
disse que estava tudo aberto dentro do Rubinho, sem mais nenhuma
esperança de cicatrização. Mas, na noite
seguinte à unção, o médico que dissera
estar tudo aberto disse: 'Não compreendo, está tudo
fechado.'"
A medula não fabricava mais glóbulos brancos (leucócitos),
que são a defesa do organismo. Disse o Rubinho: "Antes
da unção os exames davam conta que eu tinha apenas
500 leucócitos. Ninguém pode viver com isso. Por
isso me desenganaram. Porém, após a unção,
inexplicavelmente, ela subiu para 2500, e, após os exames,
continuou subindo.
No dia 25/5/1996, voltamos a visitá-lo e sua mãe
disse: "O Rubinho comeu ovos, manteiga, legumes e seu estômago
não rejeitou. Ele está curado completamente."
No dia 29/5/1996, o Rubinho faleceu de parada cardio-respiratória.
No sepultamento, falei a uma multidão que, morrer não
é problema, porque ricos e pobres, grandes e pequenos,
um dia morrerão. Ali estava pois, para celebrar a vida
e comprovar que há sempre um propósito no milagre
e o tempo para Deus não é o mesmo que o nosso. Deus
sempre sabe o que faz!
O rei Ezequias viveu quinze anos após o milagre. Pedro
foi salvo da prisão, passando na frente de 16 guardas romanos
armados, sem que o vissem, todavia, morreu assassinado numa cruz
de cabeça para baixo.
Paulo Rubem teve trinta dias de vida, certinhos. Para quê?
Por quê? Não é hora de perguntas e sim de
reflexão. De tirar as lições necessárias
e estar convictos que trinta dias é tempo suficiente para
que a juventude saiba de uma vez por todas que o mundo só
oferece dor e sofrimento, que longe de Jesus não existe
nenhuma segurança, nenhum prazer e nada de felicidade.
Trinta dias também é tempo suficiente para que os
que estão dentro do aprisco revejam sua situação
espiritual e os que estão fora voltem correndo. Glória
a Deus. Aleluia!
O Rubinho morreu convertido e salvo. Ao voltar do hospital, voltou
também para Cristo. Nestes trinta dias, repetidas vezes,
demonstrou, de forma clara, sua religação com o
Céu, dizendo à irmã Felizarda: "Mamãe,
nosso estilo de vida agora é outro."
Hoje, o dom de curar está personificado na medicina. Porém,
nunca descri no grande poder de Deus para curas imediatas, se
for de Sua vontade e para Sua glória. Tenho também
ouvido de muitos irmãos nossos, verdadeiros milagres.
É nestes parâmetros que temos de agir, e com a máxima
prudência, primeiro para que ninguém pense que o
poder é seu próprio e não de Deus; e, segundo,
Lúcifer contrafaz tudo que promana de Deus, e uma cura
pode representar o preço de uma alma que custou o sangue
de Jesus. Isto é, o diabo pode curar alguém, e retê-lo
para a perdição.
- Duvida?
- Então, explique as "curas" fantásticas operadas
pelos Et's, ocorridas no espiritismo, por exemplo. (Leia o capítulo:
PROFECIAS DO DR. FRITZ, pág. 267).
Por isso, o que temos que dar ao povo é a certeza da salvação
em Cristo Jesus, ensinando-lhes os princípios de saúde
apresentados na Bíblia, doutrinando-os para desenvolverem
uma firme fé e confiança no Pai Celestial, e não
nos milagres ou nos milagreiros.
É A VONTADE DE DEUS OU DO HOMEM?
Jesus ensinou claramente: "Tua vontade, Senhor, seja feita" (Mat.
6:10). Se observarmos bem, os operadores de milagres e curas modernos
não estão exaltando a pessoa de Cristo, conquanto
pronunciarem este sagrado Nome constantemente. Fortuitamente se
estão promovendo como se Deus fosse uma agência de
publicidade. Sim, eles não dizem que as enfermidades são
resultantes da transgressão das leis divinas, mas vão
dando ordens de cura, e Deus, segundo eles, terá que atendê-los.
Com clareza se observa, em muitos centros de curas, que não
é a vontade de Deus que há de prevalecer, mas a
deles.
"MINHA GRAÇA TE BASTA"
Paulo foi agraciado pelo Céu com uma revelação
de Jesus. Viu-O em glória (I Cor. 9:1). Recebeu o poder
do Espírito Santo e a incubência de evangelizar os
gentios (Atos13:46 e 47). Porém, estava com a saúde
debilitada. Um espinho na carne (doença nos olhos II-Cor.
12:7; Gál. 4:15; 6:11) lhe prejudicava o trabalho. Três
vezes orou pedindo cura. Deus respondeu: "A Minha graça
te basta" (II Cor. 12:7-9).
Será que não há aqui uma lição
prática, objetiva e oportuna para os pregadores de cura?
Eis que indiscriminadamente o fazedor de curas quer que Deus cure
a todos. O interesse do milagreiro é a cura, mas o desejo
de Deus é a salvação do ser humano, porque,
na primeira ressurreição, os salvos que morreram
doentes ou sãos receberão corpos glorificados, perfeitos
e com saúde total.
É um acinte exigir que Deus cure um enfermo de bronquite
ou câncer pulmonar causados pelo cigarro sem que ele deixe
o hábito de fumar. É uma irreverente pretensão
e enorme presunção não instruir o enfermo
a confessar seus pecados a Deus e a suplicar-Lhe perdão
e poder para abandoná-los.
Tais operadores de cura deveriam saber que, muitas enfermidades
são "mensageiras" de Deus. Isto é, tem propósitos
misericordiosos e disciplinares. Precisam saber que, muitos que
anseiam cura, não a obterão, porque os planos de
Deus são insondáveis, razão porque afirmou:
Apocalipse 14:13
"Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor, sim
diz o Espírito Santo, para que descansem dos seus trabalhos,
e as suas obras o sigam."
FINALIZANDO: Disse Paulo: "Sede meus imitadores" (I Cor. 4:16).
Disse Pedro: "Olha para nós" (Atos 3:4).
Suportará esta prova o testemunho pessoal de tais operadores
de curas e milagres? Por experiência própria, pela
vivência com muitos deles: Não!
O tremendo abuso de milagres e curas hoje, chegando mesmo a uma
ignóbil exploração da boa fé de pessoas
humildes e sinceras é uma prova eloqüente do cumprimento
de um dos sinais do fim (Mat. 24:24).
"Se ouvirdes atento a voz do Senhor teu Deus, e obrares o que
é reto diante de Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos
aos Seus MANDAMENTOS, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma
das enfermidades porei sobre ti, que puz sobre o Egito; porque
Eu Sou o Senhor que te sara." - Êxodo 15:26.
TENHO OU NÃO O ESPÍRITO SANTO?
Há uma desconfortável doutrina corrente nos anais
evangélicos pentecostalistas de que os crentes que não
falam línguas "são templos desertos, apesar de terem
dez ou quinze anos de convertidos e de fidelidade ao Senhor, levando-os
deste modo a chorarem e lamentarem sua orfandade e abandono."
- Luz Sobre Fenômeno Pentecostal, Elemer Hasse, pág.
24.
São pois, assim, ensinados os crentes a buscarem, com sofreguidão
e, tenazmente, o "sinal" do batismo - (línguas). Se as
emoções desenfreadas e as algaravias (línguas)
que são a confirmação de sua fé não
ocorrerem, ficam em dúvidas quanto à sua experiência
com Cristo, mostrando assim que não têm certeza da
sua salvação; mas, se ocorrem as "línguas",
tudo está resolvido, pensam!
Precioso irmão, se somos filhos de Deus (Rom. 8:16), cristãos
legítimos, tenhamos a doce convicção a nos
inflamar a alma de que temos o Espírito Santo. Sim, todos
os filhos do Pai Celeste estão selados com Ele. Senão,
"pensa na sua experiência com Cristo. Lembre-se do tempo
em que andavas sem paz, não tendo esperança no mundo.
Enquanto isso, silenciosa e pacientemente Alguém tocava
em sua consciência - eram aqueles seus momentos de desassossêgo.
Certo dia a insistência foi maior: 'Eis que estou à
porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta,
entrarei em sua casa e com ele cearei e ele Comigo' (Apoc. 3:20).
Você abriu. (Bendito aquele dia!). E fêz-se luz dentro
de você. Você viu quão negra era sua vida.
Aquele Ser divino começou uma reforma ampla no templo do
seu coração. Expulsou Satanás com suas vontades;
varreu, lavou, arrumou, enfeitou e perfumou a habitação
agora renovada para morada do Pai, do Filho e do Espírito
Santo (I Cor. 3:16; 6:13-20; II Cor. 6:16; Efé. 2:22).
Quando tudo estava pronto, o Espírito de Deus saiu, deixando
o templo purificado de sua alma a mercê dos demônios?
- Não, graças a Deus! Desde então Ele nunca
mais lhe deixou. Habitou seu coração, fechou-o por
dentro, selando-o assim para o Céu. Quando Satanás
voltou e bateu à sua porta, veio uma voz interior: 'Aqui
não há lugar para você. Este coração
está fechado para o mundo e selado para o dia da redenção!'"
- Luz Sobre Fenômeno Pentecostal, Elemer Hasse, pág.
23 e 24.
Sim, irmão, esta atuação silenciosa, mas,
positiva, sem nenhum gesto estranho ou barulhento em seu coração,
que anseia uma completa satisfação, é a atuação
do Espírito Santo. Ouça o apóstolo Paulo:
II Coríntios 1:22
"O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito
em nosso coração."
"Penhor" é uma expressão proveniente do grego arrabón.
Arrabón é "um sinal usado nas transações
comerciais para garantir o resto do pagamento de uma compra."
Como fomos definitivamente "comprados no Calvário", temos
a plena, absoluta e total garantia de receber o Espírito
Santo, para nos guiar, convencer, orientar, apelar, interceder,
ajudar, etc. (João 14:16, 17 e 26; 16:8 e 13). Portanto,
a promessa divina é que, o crente tem o Espírito
Santo. Essa certeza deve povoar a mente e o coração
do cristão (Efé. 4:30; 1:13). O Espírito
Santo é promessa segura do Céu para nós.
Faz parte de nossa herança eterna. Ele habita em cada pessoa
regenerada (Rom. 8:9; I Cor. 3:16; João 14:17; Atos 5:32).
FUNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
João 16:8
"Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça
e do juízo."
É através da atuação do Espírito
Santo que o homem reconhece seu pecado e o abandona, para tornar-se
morada deste santo Ser (I Cor. 3:16).
O ladrão, via de regra, só assalta às escondidas;
e, por que age assim? - Porque sabe que o que faz é errado.
E, quem o leva a reconhecer isso? - O Espírito Santo! (Convence-o...).
Da mesma maneira, longe da civilização, sem contato
com o homem branco, um índio, em sua taba, quando rouba
uma flecha de seu companheiro, o faz também às escondidas.
E, por que o índio age assim? - É porque ele sente
que não é certo este ato.
E quem leva o índio a sentir ou saber que o que faz é
errado? - É o Espírito Santo que atua em todos os
corações, e no dele também.
(Já não lhe aconteceu alguma vez ter a impressão
de haver cometido alguma falta, vindo sua consciência a
doer, produzindo-lhe profundo pesar e tristeza? Isso é
a operação diária do Espírito Santo!).
A influência atuante do Espírito Santo se tornará
maior ou menor no coração humano, dependendo da
maneira como o homem agir. Se não recusar Seus apelos e
atuação, progredirá e se tornará "cheio"
do Espírito, e um vaso de bênção; recusando,
poderá incorrer no pecado imperdoável (Mat. 12:31),
e se perderá.
A atuação do Espírito na vida do crente é
tão essencial quanto o é o querosene na lamparina
e a gasolina no automóvel. A luz brilha e o carro anda
pela atuação destes combustíveis. Ambos,
no entanto, se tornarão inúteis quando os depósitos
estiverem vazios.
Por isso, há suprema necessidade de se encher do Espírito,
não só uma vez, mas, diariamente, constantemente,
para testemunhar e brilhar para o Senhor Jesus. O crente sem o
Espírito Santo nada realiza.
O Espírito Santo nos "convence" do pecado, isto é,
faz-nos sentí-lo, e então, nossas naturezas (carnal
e espiritual) entram em luta; quem prevalecer, reinará.
Paulo, referindo-se a esta guerra (Rom. 7:20), dá-nos um
vislumbre de que não pode haver vácuo no coração
humano mais do que poderia haver na natureza ou no mundo físico.
A natureza tende, a depressa preencher o vácuo, para evitar
a proliferação dos grandes vendavais, tornados e
furacões.
O vento é o ar em movimento, preenchendo todos os espaços.
O vácuo leva a mudar o vento de direção.
Tão depressa o vento volte a preencher o vácuo,
o caos pode ser evitado.
Da mesma sorte, o coração humano deve estar constantemente
sendo habitado, possuído pelo Espírito Santo. Sua
influência santificadora deve ser uma constante em nosso
viver, a fim de se evitar uma catástrofe espiritual.
O vento sopra (João 3:8), não o vemos, mas ouvimos
sua "voz" e os resultados de sua atuação no espaço;
da mesma forma, a atuação silenciosa do Espírito
Santo no coração humano é traduzida pelos
frutos na vida do cristão.
Assim, como a mangueira só dá manga, a bananeira,
banana, o cristão cheio do Espírito Santo produz
os frutos do Espírito (Gál. 5:22) normalmente.
Como essas árvores dão seus frutos porque foram
criadas para isso, da mesma forma o cristão repleto do
Espírito, produzirá gestos e atitudes que lhe São
pertinentes.
É fácil saber se o Espírito Santo habita
no coração da pessoa, ou se apenas a convence do
pecado. Paulo dá a pista: São os frutos do Espírito
(Gál. 5:22) e os frutos da carne (Gál. 5:19-21).
Portanto, uma maneira simples, correta e segura de saber se uma
pessoa é batizada com o Espírito Santo, não
é se ela fala língua estranha, e sim, os seus frutos
(Mat. 7:16).
Ser batizado com o Espírito é viver no gozo dEste
Ser. É ser semelhante aos discípulos da incipiente
Igreja Cristã (Atos 2:44). É viver em perfeita união,
despojado de todo sentimento de supremacia, egoísmo, cólera,
ira, ódio, amando-se mutuamente e todos a Deus.
Ser batizado com o Espírito Santo é compadecer-se
do pobre, socorrer os órfãos e viúvas nas
suas necessidades, ajudar o irmão carente, auxiliar o necessitado.
Esta sim, é a maior prova do cristão batizado com
o Espírito Santo. Estes são, de fato, os frutos
de uma vida santificada, lavada, banhada, batizada com o Espírito
Santo, que vive, sobretudo, de conformidade com os mandamentos
de Sua santa Lei.
Tal cristão está plenamente apto para ser agraciado
pelo Senhor (quando Ele o desejar), de receber a "Chuva Serôdia",
isto é, a plenitude do Espírito Santo, para a conclusão
da obra do evangelho no planeta Terra.
OBSERVAÇÃO:
Por que aprouve ao Senhor fazer da pombinha, o símbolo
do Espírito Santo? Lucas 3:22. A pomba, como este Ser divino,
é meiga, sublime, suave, macia, calma e tranquila. Por
isso, o Espírito de Deus só atua assim:
No silêncio absoluto................................. Hab.
2:20
Sem confusão .........................................
I Cor. 14:33
Com decência e ordem .......................... I Cor. 14:40
Com reverência ....................................... Heb.
12:28
Sem gritaria ..................................................
Efé. 4:31
"VOZ MANSA E DELICADA" (I Reis 19:12)
Louvado sejas, Senhor, pelos séculos dos séculos.
Aleluia!
MEDITE NISTO
Meu irmão, Deus não abre mão de santidade
e nem negocia com princípios. É muito fácil
para você e para mim compreender e aceitar que Jesus veio
morrer na cruz e nos conceder vitória, salvação,
paz e felicidade. Nada nos custa e nada temos a perder - só
a ganhar, não é?
Mas, que lhe parece se lhe disser que o Espírito Santo
veio para colocar você e eu na cruz? Isto é, o Espírito
Santo veio para crucificar-nos. É fácil ou difícil
crer e aceitar isso?
É bem melhor pedir o batismo do Espírito Santo sem
que haja qualquer necessidade de reforma ou mudança de
vida, não é? É melhor receber tudo de graça
e sem esforço, não?
Isto é próprio da natureza humana. Gostar de só
receber sem dar nada. É mais fácil comer o que é
ruim para a saúde do que evitá-lo. Tomar uma coca-cola
(que é veneno comprovado) que beber água pura, estando
com sede. É mais fácil comer um carré de
porco (outro veneno) que substituí-lo por carne vegetal
(de soja).
Meu amado, o Espírito Santo precisa nos colocar na cruz,
para que Jesus Se assente no trono do nosso coração.
Na cruz terão que ser crucificados o egoísmo, ira,
cólera, transgressão, intemperança, presunção
e a indiferença ao estudo profundo e sistemático
das Verdades bíblicas.