A
Bíblia
afirma que a besta passa
por duas fases de grande
poderio a través
da história, separadas
por um tempo de inatividade
política. Estudemos
em detalhe os eventos que
marcaram o princípio
e o fim de cada uma delas:
Primeira
Fase
Quando
estudamos sobre o surgimento
do Papado, encontramos que
este haveria de nascer no
tempo das invasões
bárbaras, entre os
anos 378 e 476 d.C. Vimos
como, com surpreendente
exatidão, surgiu
tão somente dois
anos depois que os visigodos
se estabeleceram no sul
de Danúbio e se consolidou
como governante supremo
da Europa desde o ano 538
d.C. por decreto do imperador
Justiniano.
A profecia mostra que a
partir de então,
o papado haveria de governar
durante “durante tempo,
tempos e meio tempo”
que é o mesmo que
“três anos e
meio, 42 meses ou 1260 dias”.[a] Se levarmos em conta que na profecia um
dia profético equivale
a um ano literal,[b] os 1260 dias que aquí se apresentam, são
na realidade 1260 anos.
Por tanto, se queremos saber
quando haveria de chegar
a seu fim este poder, a
única coisa que devemos
fazer é somar a 538
estes 1260 anos:
538 d.C. + 1260 anos = 1798 d.C.
As
matemáticas de Deus
mostram o ano 1798 d.C.
como o ano em que o poder
político do papado
terminaria. Os textos seguintes
nos mostram o processo que
fez possível o incrível
cumprimento da profecia::
“A assembléia constituinte publicou
em 27 de Agosto de 1789
os Direitos do homem e do
cidadão ou seja 17
artigos em que se proclamavam
a soberania do povo e a
liberdade individual, ainda
de consciência e pensamento…
pouco depois abolia a assembléia
os votos monásticos
e as ordens religiosas…
Todos os eclesiásticos
deviam jurar o cumprimento
desta constituição
sob pena de serem considerados
como perturbadores da ordem
pública… Os
sacerdotes que se negaram
a prestar o juramento foram
condenados à deportação.
Logo começaram a
encher-se as prisões
com eclesiásticos.
Em Setembro de 1792 foram
atacadas as prisões
de Paris por um bando de
matadores e os prisioneiros
assassinados, entre eles
três bispos e mais
de duzentos sacerdotes.
Esta matança da capital
foi imitada en várias
cidades… As igrejas
foram saqueadas e profanadas,
os sacerdotes e religiosos
encarcerados em massa; em
Nantes, Carrier fez extinguir
mais de duzentos em Loira;
outros foram deportados
para Guayanae muitos guilhotinados.
Se tentou substituir o culto
cristão pelo culto
à razão. Na
catedral de Notre-Dame celebrou-se
a festa desta nova divindade,
representada por uma atriz,
que sentada em um estrado
recebeu as adorações
de seus devotos. Reformulou-se
o calendário. Substituiu-se
a semana pela década
e o décimo dia era
o dia da pátria que
recomeça no domingo.
Logo os exércitos
franceses com ordem de Napoleão
Bonaparte se dirigiram contra
os Estados Pontifícios.
O Papa foi obrigado a firmar
a paz de Tolentino (1797)
pela que perdia parte de
seus estados e se obrigava
a pagar uma alta contribuição
de guerra.
A morte do general francês
Duphot em Roma, deu vez
ao Diretório francês
para invadir os Estados
Pontíficios pelas
tropas do general Berthier…
Em
15 de Fevereiro de 1798…
o papa foi feito prisioneiro
e conduzido a Valença(França)
onde morreu”.
[c] 
“O
papado havia se extinguido:
não havia um só
vestigio de sua existência,
e entre todas as potências
católicas romanas,
nem um dedo foi colocado
em sua defesa. A cidade
eterna não tinha
mais príncipe nem
pontífice; seu bispo
era um cativo moribundo
em um país estranho;
e quase havia se lançado
o decreto segundo o qual
não se permitiria
que se levantasse um sucesor
em seu lugar”.[d] 
“A Europa Média pensou… que com o papa, o papado
também havia morrido”.
[e] 
Durante
a Idade Média, o
papado havia procesado,
encarcerado e executado
milhares de cristãos
sinceros que se negavam
aceitar seus dogmas. Milhares
deles foram isolados da
vida em calabouços
escuros onde inquisidores
os torturavam exigindo-lhes,
em nome da Santa Igreja,
que negassem a verdade que
haviam encontrado nas Escrituras.[f] O que sucedeu ao catolicismo na última década
do século XVIII,
foi tão somente o
cumprimento da sentença
divina que contra este poder
havia sido promulgada séculos
atrás no livro do
Apocalipse:
“Se
alguém tem ouvidos,
ouça: Se alguém
leva em cativeiro, em cativeiro
irá; se alguém
matar à espada, necessário
é que à espada
seja morto” (Apocalipse
13:9,10).
A
Ferida Mortal
O
papado, que anos atrás
havia conseguido submeter
os países da Europa,
que havia posto e deposto
reis, príncipes e
governadores à sua
vontade, perdeu finalmente
sua autoridade política:
os Estados Pontíficios
lhe foram desapropriados
e seu poder intimidatório
foi completamente anulado:
“Pio
VI havia morrido no cativeiro:
A cônclave para eleger
seu sucessor se reuniu em
Veneza, e depois de muitas
dificuldades foi eleito
Papa o cardeal Bernabé
Chiaramonti, que recebeu
o nome de Pio VII…
Napoleão eleito imperador
quis ser coroado como tal
e convidou ao Papa com esta
finalidade à Paris…
A cerimônia de coroação
foi celebrada na catedral
de Notre Dame (2 de Dezembro
de 1804), e nela Napoleão
não permitiu que
o Papa lhe coroasse, mas
Napoleão o fez com
suas próprias mãos…
[Pouco depois] o imperador
invadiu os Estados Pontíficios
e os agregou ao seu imperio.
O Papa emitiu uma bula de
excomunhão contra
os autores do ataque. Furioso,
Napoleão capturou
o Papa e levou-o preso à
Savona (ao norte da Itália).
O mantuve ali fortemente
guardado… Não
podia receber visitas sem
a autorização
de seu guardiães,
nem ler ou receber cartas”.
[g] 
“Em
1870 Víctor Manuel
II dava o último
passo. Suas tropas se apresentaram
ante Roma à qual
bombardearam durante cinco
horas… Em 20 de Setembro
o exército piamontês
fazia sua entrada em Roma
pela brecha da Porta Pía.
Era a ruína do poder
temporário dos papas…
O Papa considerou-se à
frente como prisioneiro
do Vaticano. Os sucesores
de Pio IX assumiram a mesma
atitude e permaneceram como
prisioneiros em Roma”.
[h] 
Segunda
Fase
“E vi uma das suas
cabeças como ferida
de morte, e a sua chaga
mortal foi curada…
a besta que recebera a ferida
da espada e vivia”
(Apocalipse 13:3,14).
Esta
passagem anuncia claramente
que ainda que o papado haveria
de morrer vítima
da ferida recebida em 1798,
finalmente resucitaria para
recuperar seu poder perdido.
A história confirma
que isto foi o que se sucedeu:
“Em
1926 se abriram as negociações
entre a Santa Sede e o governo
da Itália para solucionar
a “questão
romana”. Em 7 de Fevereiro
de 1929 se firmava o Pacto
de Letrán, nele quem
atuou como representante
da Itália foi Benito
Mussolini, chefe do governo.
Por ele se criava o Estado
soberano do Vaticano...
Que dava assim, asegurada
a independencia material
e moral do Pontificado”.[i] 
A
história mostra o
ano de 1929 como ano em
que o poder temporário
do papado foi restaurado.
O fato de que não
tenha guardado até
o momento o mesmo tipo de
poder que teve na Idade
Média não
é prova de que não
se havia recuperado, pois
tanto o crescimento como
a queda do papado tem sido,
são e serão,
processos graduais. [j] 
No
começo da primeira
fase(538 d.C.), o papado
viu-se forçado a
depender de Justiniano para
sentar-se em seu trono em
Roma. O mesmo sucedeu no
começo da segunda
fase(1929 d.C.), pois teve
que depender de Mussolini
para sentar-se de novo em
seu trono.
É impresionante ver
como, desde Fevereiro de
1929 o papado venha se recuperando
de forma gradual, constante
e sistemática. Não
somente resgatou parte de
seus territórios
pontifícios que havia
perdido, mas que seu máximo
dirigente assumiu o título
de Chefe de Estado. Os textos
seguintes refletem, sem
dúvidas, o alarmante
poder e influência
que o papado exerce na política
mundial de nossos dias:
“Tem sido o Papa João
Paulo II quem tem tido em
suas mãos a chave
para destruir o Império
Soviético. Atas reveladoras
do Politburo… mostram
aos grandes chefes do Kremlin
lutando em vão para
controlar o alarmante poder
e influência do Papa
na Europa oriental. Por
outra parte, em Washington,
Ronald Reagan… enviou
ao diretor da CIA, William
Casey, a reuniões
secretas com Sua Santidade…
Pouco depois... se encontraram
em Roma e comprometeram
imensos recursos destas
duas superpotências…
para regredir as divisões
da Yalta e apurar a descomposição
do comunismo… Com
Reagan, o papa desenhou
uma santa Aliança
contra os comunistas”.
[k]

“João
Paulo II, que hoje [16
de Outubro de 1998] completa
20 anos de pontificado,
tem ganhado seu posto
na história por
muitas razões adicionais
ao evidente fato de ser
um dos homens mais influentes
de nosso tempo…
Suas travessias somam
o equivalente a três
percursos de ida e volta
à lua e se dividem
em 84 viagens pelo exterior…
Quase 550 chefes de Estado
tem mantido entrevistas
com o Santo Padre no Vaticano
ou em seus respectivos
países… João
Paulo II demonstrou ser
um carvalho em matéria
dogmática e política…
João Paulo II tem
sido um ativo protagonista
da convulsionada vida
política deste
final de século.
Se diz que seu interesse
por ‘libertar’Polônia
o levou a uma alianza
com a CIA nos tempos de
Ronald Reagan. Certo ou
não, com a peça
polaca caiu todo o dominó:
o gigante soviético,
que durante quatro décadas
assustou o occidente,
foi derrubada em meses”.
[l]
Vemos
algunas coisa impresionantes:
Reuniões secretas
com a CIA… Duas superpotências…
Santa Aliança…
O Kremlin lutando em vão
para controlar o alarmante
poder e influência
do papa na Europa oriental…
João Paulo II destruindo
o ipério soviético…
Quase 550 chefes de Estado
mantendo entrevistas com
o papa… Um carvalho
em matéria dogmática
e política…
Estas evidências provam
que o papado se recuperou
satisfatoriamente de sua
ferida mortal e que está
atualmente procurando alcançar
o poder absoluto sobre as
nações do
mundo. Mas, até quando
durará sua supremacia?
Leiamos:
“E
vi o céu aberto,
e eis um cavalo branco;
e o que estava assentado
sobre ele chama-se Fiel
e Verdadeiro; e julga e
peleja com justiça.
E vi a besta, e os reis
da terra, e os seus exércitos
reunidos, para fazerem guerra
àquele que estava
assentado sobre o cavalo,
e ao seu exército.
E a besta foi presa, e com
ela o falso profeta, que
diante dela fizera os sinais,
com que enganou os que receberam
o sinal da besta, e adoraram
a sua imagem. Estes dois
foram lançados vivos
no lago de fogo que arde
com enxofre” (Apocalipse
19:11,19,20).
O
Rei que monta o cavalo branco
e seus exércitos
representam Jesus Cristo
e seus anjos vindo a pelejar
contra a besta.[m] Como resultado desta guerra, a besta será
lançada ao lago que
arde com fogo e enxofre
onde será destruída
para sempre. Por tanto,
a segunda fase deste poder
terminará com a segunda
vinda de Cristo.
O
diagrama seguinte resume
o que vimos neste capítulo
acerca dos tempos implicados
na vida política
e religiosa do papado:
Clique
"Voltar" ou "Back"
na sua barra de navegação
ou pressione a letra respectiva,
para voltar ao parágrafo
que o enviou aqui.
[a] Daniel 7:25; Apocalipse 13:5; Apocalipse 12:14,6.
[b] Ezequiel 4:6; Números 14:34. Mais adiante estudaremos
a profecia das setenta semanas
de Daniel 9:24-27, onde
a validez do príncipio
"dia por ano"
é plenamente confirmada.
[c] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia
de la iglesia, págs.
186- 190, Bedout.
[d] George Trevor, Rome: From the
fall of the Western Empire,
pág. 440.
[e] Joseph Rickaby S. J., The Modern
Papacy, en Lectures
on the History of Religions,
tomo 3, conferencia
24, pág. 1, Catholic Truth
Society.
[f] Ralph Woodrow, Babilonia Misterio
Religioso, pág. 164.
[g] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia
de la iglesia, págs.
192-196, Bedout.
[h] Id. págs. 198-199.
[i] Ibid. Encontrará esta mesma
afirmação
no Diccionario Enciclopédico
Terranova, art. "Vaticano",
pág. 1461.
[j] Comentario Bíblico Adventista
del Séptimo Día, tomo
4, pág. 864.
[k] Carl Bernstein y Marco Politi, Su
Santidad, contraportada,
Editorial Norma. Os autores
deste livro são dois
jornalistas reconhecidos
que durante muitos anos
tem cobrido as notícias
dos líderes dos Estados
Unidos e do Vaticano.
[l] Periódico El Tiempo, 16 de
outubro de 1998, pág. 10
A. Colombia.
[m] Apocalipse 20:16,13. Cf. Apocalipse 17:14.
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