Você
imaginou o que as pessoas faziam quando pecavam, antes
de Jesus morrer? Hoje temos a promessa: "Se
confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo, para
perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça." I São João (NT) 1:9.
Agora
podemos ser perdoados porque Jesus morreu em nosso lugar
e pagou o preço dos nossos pecados. Mas como homens
e mulheres podiam ser perdoados antes da cruz, quando
Jesus ainda não tinha morrido?
Na
verdade, assim que o homem pecou, Deus demonstrou pela
primeira vez o Calvário. Foi construído um altar sobre
o qual um cordeiro foi sacrificado. Esse cordeiro representava
a Cristo. Através dos séculos, cada vez que um animal
inocente era sacrificado, apontava para o dia em que
o Filho inocente de Deus morreria no lugar do homem.
Esse foi o preço do perdão.
O
povo de Israel, recém saído da escravidão, precisava
de uma comunicação simples e fácil para compreender
o plano de Deus para a Salvação. Eles precisavam de
algo prático, que demonstrasse a terrível natureza do
pecado de modo vivo. Eles necessitavam de uma noção
clara do elevado custo de nossa salvação. E foi o que
Deus fez. Ele ordenou:
"E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
Conforme a tudo que Eu te mostrar para modelo do tabernáculo,
e para modelo de todos os seus vasos, assim mesmo o
fareis." Êxodo
(VT) 25:8 e 9.
Deus
desejava estar com o Seu povo, para isso era necessário
um santuário. O santuário deveria ser um templo portátil
que pudesse ser montado no deserto e transportado enquanto
viajassem. Deus mostraria a Moisés um padrão, e daria
a ele instruções detalhadas sobre a construção e a mobília.
Para a construção desse santuário, Deus deu a Moisés
uma planta detalhada, conforme o modelo original existente
no Céu.
"Ora
a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote
tal, que está assentado nos céus à destra do trono da
majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo,
o qual o Senhor fundou, e não o homem." Hebreus (NT) 8:1 e 2.
Jesus, ao deixar a Terra, tornou-Se nosso sumo sacerdote.
Ele ministra no santuário do Céu, portanto existem dois
santuários: o do Céu e o da Terra.
"...Moisés
divinamente foi avisado... olha, faze tudo conforme
o modelo que no monte se te mostrou." Hebreus 8:5.
O santuário portátil do deserto era uma cópia exata
do santuário existente no Céu.
Essa
réplica seria uma escola adequada para nos ensinar muitas
coisas sobre o plano elaborado por Deus para a salvação
da humanidade.
Ao
sair do Egito, o povo de Israel acampou na vasta planície
próxima do Monte Sinai, a aproximadamente 1.500 anos
antes de Cristo. O acampamento era uma verdadeira cidade
de tendas onde imperava a limpeza e a ordem. O povo
estava dividido cgava três delas. Na área central ficava
o santuário. Ao se entrar no pátio, a primeira coisa
que se podia ver era o altar dos holocaustos, onde eram
oferecidos todos os sacrifícios.
Pouco
além ficava o santuário, que era dividido em dois compartimentos:
o Santo, onde havia uma mesa com pão sagrado e o candelabro
com sete lâmpadas. Ainda nessa parte, ficava o altar
de incenso. O segundo compartimento, separado do primeiro
com um véu, chamava-se Santíssimo. Nele estava a arca
do concerto com as duas tábuas de pedra, em que Deus,
com Seu próprio dedo, escreveu os Dez Mandamentos.
"E
quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com
sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão." Hebreus 9:22.
Isso significa que sem derramamento de sangue não há
perdão, nem para o povo de Israel no passado, nem para
nós hoje. O perdão é a coisa mais preciosa do Universo,
pois custou a vida do Filho de Deus. Era isso o que
a morte do cordeiro queria dizer. O substituto inocente,
sacrificado no altar, demonstrava a fé do pecador no
inocente Cordeiro de Deus, Jesus, que um dia morreria
em seu lugar.
Quando
alguém pecava e se arrependia, deveria providenciar
um cordeiro e se apresentar ao sacerdote no santuário.
O pecador, colocando sua mão sobre a cabeça do cordeirinho,
confessava os pecados e em seguida matava o animal.
O sacerdote, então, espalhava um pouco desse sangue
nos cantos do altar. O livro de Levítico, no Velho Testamento,
descreve os vários sacrifícios que ocorriam no santuário.
Tudo apontava para um grande e único tema central: prover
um meio de trazer o pecador de volta a Deus, tornar
possível para ele compreender o pecado e o que isso
custou para Deus.
Os
sacerdotes, por sua participação pessoal no sacrifício,
quando transportavam o sangue para dentro do santuário,
cumpriam esse mesmo propósito.
"...E o Senhor a deu a vós, para que levásseis a iniqüidade
da congregação, para fazer expiação por eles diante
do Senhor." Levítico
10:17. é assim que Jesus, nosso Sumo
sacerdote, faz com Seu sangue. Mas uma vez por ano,
uma coisa especial acontecia:
"Ora,
estando estas coisas assim preparadas, a todo tempo
entravam os sacerdotes no primeiro compartimento cumprindo
os serviços; mas no segundo, só o sumo sacerdote, uma
vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo
e pelas culpas do povo." Hebreus
9:6 e 7.
Uma
vez por ano, o sumo sacerdote entrava sozinho no Santíssimo
para realizar um serviço especial. Era a purificação
dos pecados que tinham sido transferidos para o santuário
durante todo o ano. Essa cerimônia ocorria no dia da
Expiação. Era uma espécie de dia do Julgamento. Essa
cerimônia tinha a finalidade de apontar para a fase
do ministério sacerdotal de Cristo após Seu sacrifício
na cruz.
O
serviço do santuário com todas as suas cerimônias continuou
através dos séculos. Primeiramente, no deserto; e depois,
no templo construído em Jerusalém. O serviço do santuário
continuou tendo validade até o dia em que Jesus morreu.
A partir de então, não seria mais necessário imolar
qualquer cordeiro para o sacrifício. O verdadeiro Cordeiro
de Deus, o Senhor Jesus Cristo, para O qual todos os
sacrifícios apontavam, havia dado a Sua vida pelo mundo
todo. Mas o próprio povo, que durante séculos tinha
demonstrado fé em Seu futuro sacrifício, não O reconheceu.
Jesus,
o Cordeiro de Deus, havia dado a Sua vida. O sistema
de sacrifícios estava encerrado, mas quando Jesus subiu
ao Céu, Ele assumiu uma nova obra.
"Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho
de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente
a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote
que não possa compadecer-se das nossa fraquezas; porém
um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." Hebreus 4:14 e 15.
O
sacrifício de Jesus no Calvário foi completo e perfeito.
Mas sem a obra de Cristo como nosso Sumo sacerdote,
não poderíamos receber nenhum benefício pessoal desse
sacrifício. Jesus fez um sacrifício perfeito. Ele fez
provisão para todas as pessoas. Mas nem todas serão
salvas. Milhões o rejeitarão. Como a salvação não é
automática, o sangue de Jesus deve ser aplicado pessoalmente
a quem aceitá-Lo.
Por
isso, Jesus, como Sumo sacerdote, tinha algo mais a
fazer. Ao morrer em nosso lugar e pagar o preço pelos
pecados, Ele conquistou o direito de perdoar e de nos
devolver a vida eterna. Como nosso Sumo sacerdote, Ele,
desde a cruz, aplica os benefícios de Sua morte em favor
de todo aquele que desejar. E quando aceitamos o Senhor
Jesus como nosso Salvador, quando aceitamos Seu sacrifício
e Sua morte em nosso lugar, nosso nome é escrito em
um livro muito especial: o Livro da Vida.
Dezoito
séculos depois da morte de Jesus, surgiu um movimento
que pregava a volta de Jesus para 22 de outubro de 1844.
Esse ano ficou marcado como o ano do grande engano.
Milhares que aguardavam o aparecimento de Jesus ficaram
desapontados. A decepção e o embaraço jamais puderam
ser expressos em palavras.
O
grupo, que ansiosamente aguardava o retorno de Jesus
na ocasião, se dividiu em quatro signicativos segmentos.
O primeiro renunciou à fé imediatamente. O segundo concluiu
que havia cometido um engano no cálculo do tempo. O
terceiro admitiu que Cristo tinha voltado de fato, não
fisicamente, mas espiritualmente. O quarto grupo se
manteve firme na fé, continuou orando e pesquisando
as Escrituras, determinado a descobrir onde havia errado,
descobrir o que realmente havia acontecido em 22 de
outubro de 1844.
Uma
vez que o modelo do antigo santuário foi tirado do santuário
do Céu, era razoável concluir que os deveres dos antigos
sacerdotes indicariam alguma coisa a respeito da obra
de Jesus como nosso Sumo sacerdote no Céu. O antigo
santuário era purificado pelo sangue de animais, mas
o templo do Céu deveria ser purificado por um sacrifício
melhor, o sangue de Jesus.
A
convicção era grande para o pequeno grupo. Jesus jamais
tinha pretendido voltar à Terra em 22 de outubro de
1844. Embora o Calvário tenha sido uma obra perfeita,
uma provisão suficiente para o mundo todo, havia alguma
coisa mais que Ele deveria fazer. O sangue do Seu scrifício
deveria ser aplicado individualmente àqueles que desejassem.
Eles descobriram o que havia acontecido em 22 de outubro.
O grande dia da expiação havia começado no Céu. Jesus
tinha iniciado a Sua obra no Santíssimo do santuário
celestial. Jesus havia iniciado o julgamento.
Antes
que Jesus retorne trazendo Consigo a recompensa devida
a cada um, antes do dia em que homens e mulheres serão
finalmente declarados salvos ou perdidos, o Livro da
Vida, com os seus registros, deve ser aberto - o livro
que revela sem disfarces o que cada indivíduo fez e
foi.
Alguma
coisa havia acontecido naquele dia enquanto homens e
mulheres esperaram com alegre ansiedade e depois choraram
com amarga decepção. Enquanto o dia e a noite se passaram
aparentemente sem incidentes, os livros no Céu haviam
sido abertos. A hora do julgamento de Deus havia chegado.
Ninguém
está isento de feridas e mágoas nesta longa e terrível
guerra contra o pecado. Mas as marcas de nossa luta
não se comparam aos terríveis sofrimentos que Jesus
teve que suportar. Ele veio à Terra enfrentar o pecado
frente à frente e dar a Sua vida em sacrifício para
nossa salvação. Se fosse necessário, Ele daria a Sua
vida ainda que a única pessoa a ser salva fosse você.
Desde
o pecado de nossos primeiros pais, e através de toda
história de Israel, primeiramente no deserto, depois
na terra prometida, e ao longo da Igreja Cristã até
os nossos dias, vemos um Deus que se esforça em nos
fazer compreender o Seu sacrifício e o quanto Ele está
disposto a fazer para nos salvar.
Há
um fio de sangue que atravessa a história unindo cada
situação, apontando para um Deus cheio de amor e disposto
a perdoar a todos os que se sentirem necessitados de
perdão.
Agora,
Jesus está cumprindo a última etapa de Sua intercessão
em favor da humanidade perdida. Como Sumo sacerdote,
Ele apresenta os benefícios de Seu sacrifício para perdão
e salvação. Logo, Ele deixará Suas vestes sacerdotais
e, como Rei dos reis, voltará à Terra para buscar aqueles
que aceitaram o Seu sacrifício.
Conforme
suas tribos. Cada um dos quatro lados que cercavam a
área central abri |