Quando
Ellen White (mensageira da Igreja Adventista) e seus
auxiliares chegaram aos Estados Unidos em 1900, após
dez anos de permanência na Austrália, encontraram uma
questão a ser resolvida: Onde ela se estabeleceria?
Pouco
antes de chegar a São Francisco, ainda a bordo do navio,
ela teve uma visão na qual lhe foi declarado que o Senhor
havia preparado um refúgio para ela. Onde exatamente
seria esse lugar não lhe foi apresentado. Como a Pacific
Press, editora que imprimia os livros que ela escrevia,
ficava em Oakland, Califórnia, parecia que Oakland devia
ser o lugar escolhido. Mas os aluguéis haviam subido
muito durante o período que ela havia estado fora. O
aluguel de uma casa adequada custaria pouco mais da
metade de seu salário.
Enquanto
decidia foi-lhe sugerido que descansasse por alguns
dias no retiro de saúde de Santa Helena. Lá, em conversa
com velhos amigos, contou sua frustração em procurar
uma casa em Oakland, quando um dos amigos disse: "Na
base de um colina, bem próxima, há um perfeito lugar
para a senhora. é a casa de Robert Pratt."
Robert
havia comprado uma área de 30 mil metros quadrados,
onde havia ricas terras de lavoura. Ellen White mal
conseguia conter sua emoção. Na propriedade havia uma
grande casa vitoriana inteiramente mobiliada, incluindo
carpetes, cortinas, toalhas e louças. Havia árvores
ornamentais de várias partes do mundo e muitas flores,
a maioria rosas.
Um
pomar estava formado com uma incrível variedade de árvores
frutíferas. Havia um outro pomar contendo mil ameixeiras
e outro, somente de oliveiras. Havia também um vinhedo,
um jardim, um campo de feno, um celeiro, dois cavalos,
quatro charretes e uma plataforma para carroças. O que
mais alguém poderia desejar?
O
chalé, perto da casa, poderia servir de escritório.
Havia
várias nascentes, bosques e um cenário inigualável.
Por essa propriedade, ela pagou um valor inferior ao
recebido pela venda de sua casa na Austrália, e isso
apenas uma semana após haver desembarcado. Deus realmente
havia preparado um refúgio para ela.
Muitos
também passam por experiências maravilhosas como essa.
Deus realmente dirige os negócios, mesmo para comprar
ou para alugar uma casa. Deus sempre prepara um refúgio
para Seus filhos. às vezes, um aluguel menor, outras
vezes uma casa melhor. Seja como for, podemos ter certeza
de que Aquele que é o dono do mundo está ao nosso lado.
"Do
Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles
que nele habitam." Salmo
(VT) 24:1. Costumamos dizer que possuímos
uma casa ou terras, mas não é bem assim. Tudo é propriedade
de Deus, nós somos apenas os administradores. Deus é
quem nos torna possível adquirir todas as coisas.
"Antes
te lembrarás do Senhor teu Deus, que Ele é o que te
dá força para adquirires poder; para confirmar o Seu
concerto, que jurou a teus pais, como se vê neste dia."
Deuteronômio (VT) 8:18
Deus quer ser nosso amigo e não apenas isso. Ele quer
prover nossas necessidades e nos dar um presente. "Porquanto
a vontade dAquele que Me enviou é esta: que todo aquele
que vê o Filho, e crê nEle, tenha a vida eterna; e Eu
o ressuscitarei no último dia." São
João (NT) 6:40.
Jesus
quer dar a cada um de nós a vida eterna, um lar permanente.
"Então dirá o Rei aos que estiverem à
sua direita: vinde, benditos de Meu Pai, possuí por
herança o reino que vos está preparado desde a fundação
do mundo." São
Mateus (NT) 25:34.
Este
é o presente que Ele nos quer dar, e mais do que isso,
quer nos adotar em Sua família e finalmente nos receber
para desfrutar as alegrias e privilégios de Seu reino.
Enquanto esse dia não chegar, Ele nos pede, como inquilinos
deste velho mundo, um aluguel bastante modesto. Na verdade,
Ele pede que reconheçamos a Sua propriedade, devolvendo-
Lhe uma pequena porção daquilo que Ele nos dá. E a todos
que concordam com isso, Ele faz uma maravilhosa promessa.
"Trazei
todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento
na Minha casa, e provai-Me nisto, diz o Senhor dos exércitos,
se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar
sobre vós bênção sem medida." Malaquias
(VT) 3:10.
Deus
nos dá tudo mas não pede tudo. Ele pede que devolvamos
a apenas a décima parte, ou seja, o dízimo como Ele
o define. Ele nos deixa ficar com os outros 90 por cento.
Que acordo mais incrível! O que Deus promete àqueles
que devolvem fielmente a porção que Deus designou como
dEle?
Nosso
Senhor abre as portas do Céu e faz chover bênçãos sobre
nós, elas são tantas que não temos espaço para recebê-las.
Qualquer
dizimista fiel dirá que Deus cumpre essa promessa. E nosso
Pai promete fazer algo mais:
"Por vossa causa repreenderei o devorador, para que não
vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não
será estéril, diz o Senhor dos Exércitos." Malaquias
3:11.
Os
dizimistas podem contar muitas histórias de como o Senhor
honrou fielmente Sua promessa. Repetidas vezes, Deus
protege Seus filhos do devorador. Ele convida a cada
um para formar uma maravilhosa sociedade com Ele. Evidentemente
a aritmética de Deus não é igual a nossa. Os nove décimos
com Sua bênção são mais que os dez décimos sem ela.
O
dízimo é uma doação? Não. O dízimo é uma parte de nossa
renda que claramente pertence a Deus.
"Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis:
em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição
sois amaldiçoados, porque a Mim Me roubais, vós, a nação
toda." Malaquias
3:8 e 9.
Oferta
é algo bem diferente do dízimo.
O
que se deve fazer com o dízimo? Certamente, não podemos
enviar um cheque para Deus. Alguns crêem que deva ser
dado aos pobres ou a alguma instituição de caridade,
mas esse não é o plano de Deus. Sua palavra é clara
a esse respeito: "Trazei todos os dízimos à casa do
tesouro." A nossa responsabilidade é levar o dízimo
à igreja e é responsabilidade da igreja distribuí-lo
sabiamente.
O
apóstolo São Paulo diz qual é a finalidade do dízimo:
"Assim ordenou também o Senhor aos que
anunciam o evangelho, que vivam do evangelho."
I Coríntios (NT) 9:14.
Na
época do Velho Testamento, o dízimo era usado para o
sustento dos sacerdotes; no Novo Testamento ele é empregado
para o sustento do ministério evangélico. O ministro
não deve depender das coletas, dos bazares beneficentes
e nem das quermesses, para seu sustento. Ele não deve
depender da boa vontade de algum membro rico. Pois o
dízimo é trazido à casa do tesouro, para a tesouraria
da igreja, e repassado para o sustento dos pastores,
igualmente, quer a igreja seja grande ou pequena, quer
os membros sejam pobres ou ricos. Deus sabe exatamente
como prover Sua obra.
Um
homem estava estudando a Bíblia e seus amigos ficaram
surpreendidos com o seu entusiasmo. "Se você se envolver
com essa igreja eles vão tirar dez por cento de seu
salário." A denúncia pareceu bastante grave. Ele foi
ao pastor para saber a verdade. Perguntou se igreja
iria tirar dez por cento de sua renda. O pastor deu
uma resposta singular: "Sim, é verdade que a igreja
vai ficar com dez por cento de sua renda. Mas isso não
é tudo, você vai ser convidado a dar ofertas além do
seu dízimo. Se você tem filhos, a igreja vai querer
que você os coloque em um colégio cristão e isso tem
o seu preço. A igreja vai incentivá-los a enfrentar
uma faculdade cristã e isso custa caro; mas ainda não
é tudo. Pode ser que a igreja peça a você que mande
seu filho para a áfrica ou qualquer outro lugar como
missionário. Talvez você nunca mais volte a vê-lo. O
Senhor não pede apenas dez por cento, Ele pede tudo
o que você tem".
Realmente,
Deus pede tudo o que você tem. Mas, diante do que Ele
tem feito por você, diante do que o Calvário custou
a Ele, é pedir demais?
Deus
deseja fazer parte de sua vida por completo, não apenas
do dinheiro, mas do seu tempo, suas habilidades, dos
cuidados com a sua saúde, seu trabalho, seu casamento,
suas esperanças e sonhos. Ele estende um convite a você
para fazerem uma sociedade fascinante.
Agora
você sabe que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é dizimista.
O seu povo é dizimista. Pergunte a qualquer adventista
sobre como Deus tem cumprido a Sua promessa. Você terá
uma surpresa.
Durante
a recessão econômica dos anos 30 ocorreu uma história
notável na sede mundial da Igreja Adventista em Washington.
W. H. Williams era um bom diretor financeiro. Ele conhecia
também a economia mundial. Em uma época difícil, quando
as verbas eram escassas, ele era o homem certo para
o posto que ocupava como vice-tesoureiro da Associação
Geral. Ele era o homem ideal, não apenas por causa de
sua formação e experiência mas porque sua fé pessoal
em Deus era tanta que, mesmo em uma época de emergência,
ele obedecia rigorosamente ao que Deus ordenava.
Em
uma tarde de quinta-feira, ao se encerrar o expediente,
Williams sentou-se sozinho em seu escritório. Estava
feliz pela chance de relaxar após um dia atarefado.
Como sua esposa estivesse fora, não havia problemas
se ele se atrasasse alguns minutos. Pensou como seria
bom ir para cama mais cedo e descansar. De repente,
ele ouviu uma voz: "Vá a Nova Iorque esta noite." O
pastor Williams era o tesoureiro responsável pelo fluxo
do caixa. Era ele quem mexia com os bancos. Os fundos
eram distribuídos por vários bancos e dois ficavam em
Nova Iorque.
Ele ia freqüentemente a Nova Iorque enviar verbas para
as missões. Mas ainda faltavam dez dias para isso. Ele
se perguntou: "Ir a Nova Iorque esta noite?" Não tenho
autoridade para mexer com os fundos nesta época. Então
orou: "O que vou fazer, Senhor, quando chegar lá?" Mas
a voz continuou: "Vá."
Ele estava cansado e detestava tomar o bonde tarde da
noite para ir à ferroviária. Em seguida, foi à sala
do seu fiel assessor, Chester Rogers, para ver se ele
já havia ido para casa. Ele ainda não havia saído do
trabalho e concordou em levá-lo até à ferroviária para
tomar o trem da meia-noite.
Rogers não fez qualquer pergunta mas ficou curioso sobre
o que estaria acontecendo. Por que o pastor Williams
faria uma viagem não programada até Nova Iorque dez
dias antes do prazo, e sem autorização? Havia algo estranho.
Durante
algum tempo, Williams vinha retirando mil dólares de
cada vez de um dos bancos em Washington. Em cada uma
dessas vezes, ele havia simplesmente pedido a Rogers
para colocar as dez notas de cem dólares em um envelope,
datá-lo, marcar a quantia, e colocá-lo no cofre do escritório.
Mas por quê? O próprio pastor Williams não sabia a razão.
Na manhã seguinte, chegou a Nova Iorque ainda sem saber
por que estava lá. Mas logo veio a resposta: "Vá aos
dois bancos e remeta o dinheiro para as missões." Ele
argumentou com Deus em oração que ainda era muito cedo
para tal operação. Quando os bancos abriram naquela
sexta-feira, ele estava de frente para o caixa que geralmente
cuidava dos negócios da Associação Geral. O homem nem
sequer ergueu os olhos e o pastor Williams deu a ele
uma lista das remessas a serem enviadas. Aconteceu ainda
mais uma coisa estranha. De repente o pastor disse:
"Eu gostaria de enviar o triplo da importância que sempre
enviamos em cada caso." Ele sabia que havia o suficiente
para uma remessa assim, mas iria ficar pouco dinheiro
como fundo de reserva. Ele insistiu para que o caixa
fizesse a transação rapidamente.
Antes de entrar e depois de sair do banco, o pastor
Williams estava tremendo: como poderia explicar o que
acabara de fazer sem autorizaço? Novamente ouviu a voz:
"Vá ao outro banco e envie as demais verbas, agora."
A voz parecia indicar que não havia tempo a perder.
No segundo banco, tudo correu normalmente e recebeu
a garantia de que a transação seria feita imediatamente.
Telegrafou em seguida para cada uma das missões mundiais
dizendo: Conserve verbas. Segue carta.
De volta, já em casa, ele acordou tarde na manhã seguinte.
Era 4 de março - dia em que o novo predidente, Franklin
D. Roosevelt, ia ser empossado. Através da janela aberta
de seu quarto, ele ouviu um grito rouco: Extra! Extra!
Bancos fechados em toda a nação. O Pastor Williams pulou
da cama e correu para pegar um jornal. Era verdade,
lá estava a manchete: Bancos fechados em toda a nação.
Agora ele sabia: o novo presidente só iria proclamar
seu feriado bancário no dia seguinte. Mas na manhã de
4 de março, o dia da posse, Richard Whitney, presidente
da Bolsa de Valores de Nova Iorque fez o histórico anúncio:
A Bolsa fechou, por tempo indeterminado. O sistema bancário
sofreu um colapso, a emergência era total, e a nação
teria que se ajustar a um mundo sem dinheiro. Muitos
pequenos bancos jamais voltaram a abrir e os que sobreviveram,
só reabriram depois de três meses.
Muitos
desastres e imprevistos de toda ordem ainda surgirão.
Mas o que isso realmente significa diante de um Deus
tão poderoso e cuidadoso assim? |