Cap. 04 - FALANDO
EM PÚBLICO - SEM TRAUMAS.
Graciela
Karman
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A
quem sua frio, fica com a boca seca e o estômago embrulhado
à simples idéia de falar em público, talvez sirva de consolo
saber que esses sintomas são comuns a 85% dos mortais. A informação
vem de uma autoridade: Michael T. Motley, catedrático do departamento
de retórica e comunicação da Universidade da Califórnia, Davis.
Ele acha a ansiedade natural." Em qualquer situação, o temor
da avaliação ou a insegurança sobre como agir desperta ansiedade",
pondera em Psychology Today. A não ser em casos extremos,
em que indivíduos são capazes de arruinar a própria carreira
para não se expor em público. E até esses podem mudar, nas
mãos de terapeutas que lhes ensinem relaxamento e técnicas
para reverter o terror.
Resgatada a autoconfiança, os mesmo sintomas passam a ser
interpretados pela ex-vítima como sinais de que está emocionalmente
apta a comunicar-se com o público.
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Nos
casos menos graves, basta desfazer mal-entendidos, como
a suposição de que a platéia está sempre pronta a crucificar
o orador ao menor deslize. Na verdade, garante o professor
Motley, as pessoas ficam muito mais concentradas no conteúdo
do discurso que nas habilidades do orador. E, esclarece,
está provado que sinais de ansiedade são muito menos perceptíveis
do que o orador julga. Para quem se dispõe a combater o
medo de falar em público, ele dita algumas regras fundamentais:
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Defina objetivos - Antes de mais nada, identifique
um ou dois pontos que deseja comunicar. Depois, pense na melhor
maneira de obter impacto com eles.
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Ponha- no lugar do público - Verifique as diferenças
entre você e a maior parte do público quanto a atitudes, interesses,
familiaridade com o tema. Fale nos termos do público, usando
a linguagem dele.
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Não decore, não leia - Exceto poucas pérolas criteriosamente
escolhidas - frases memoráveis ou exemplos que com certeza
funcionam -, seja o mais espontâneo possível. Não ensaie a
ponto de dizer sempre as mesmas coisas da mesma forma. Para
não se desorganizar, use notas breves.
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Fale com uma pessoa de cada vez - Embora pareça absurdo
discursar para um só, olhar e fale para indivíduos na platéia
ajuda a manter a naturalidade. Fale com cada pessoa só o tempo
em que o contato for confortável - em geral, uns 15 segundos.
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Tente não pensar em suas mãos e expressões faciais - Concentre-se no que deseja comunicar e deixe a comunicação
não verbal correr solta. Prestar atenção nos gestos gera inibição
ao constrangimento.
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Vá com calma - Algumas pessoas no auditório podem
querer tomar notas. Colabore, indo devagar. Faça pausas. Guie
o auditório delineando os itens mais e os menos importantes.
Lembre-se que seu objetivo é ajudar o público a entender e
não apresentar informações em tempo recorde.
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Fale de modo habitual - Exprima-se como se estivesse
dirigindo-se a alguém que respeita. Visar a perfeição é pouco
realista e só cria tensões. Ao auditório interessa o que -
e não como - o orador fala.
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Procure conselhos e críticas - Para a maioria, um
planejamento cuidadoso e um estilo informal garantem uma boa
exposição . Uns poucos oradores, no entanto, têm peculiaridades
que distraem o auditório. Solicite a crítica de alguém em
que confia e concentre-se naquilo que o desvia de seu objetivo.
Em geral, basta estar ciente do problema para corrigi-lo.
Mas, se não bastar, procure um curso ou um professor de oratória.
Compilação
Pr. Irineu E. Kock
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