Pelo que vimos nos capítulos anteriores,
o Sábado foi instituído por
Deus, e sua mudança não está
autorizada em nenhuma parte da Bíblia.
A observância do Domingo é um
preceito de origem humana e nada tem a ver
com a Lei de Deus.
Agora
nos surgem outras perguntas:
Pergunta 1
Foi
o Sábado feito somente para o povo
judeu? ou o Sábado é tambem
extensivo a todos os Cristãos?
A
Bíblia começa da seguinte maneira:
“No
princípio, criou Deus os céus
e a terra”. Quando a seqüência
de fatos, que se seguiram a este verso, terminou,
ou seja, após a completa criação
da Terra e de todo ser vivente, Deus instituiu
a ordem e as leis que regeriam este mundo.
Uma das ordens mencionadas nesse capítulo
da Criação era a guarda do Sétimo
Dia, o Sábado, como memorial da Criação
e para o descanso das atividades físicas
do homem.
Está escrito nas Sagradas Escrituras:
“E,
havendo Deus terminado no dia sétimo
a sua obra, que fizera, descansou nesse dia
de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou
Deus o dia sétimo e o santificou; porque
nele descansou de toda a obra que, como Criador,
fizera” Gênesis 2. 2-3
Quando
Deus terminou sua criação, não
havia Judeus, nem qualquer
outra religião.
Havia somente Adão e Eva, seguidores
do Deus vivo. Portanto, o Sábado foi
dado para o homem e não para um povo
determinado. Isto também é confirmado
nas palavra de Jesus
em Marcos 2. 27.
O
Sábado, ou descanso semanal, foi instituído
por Deus junto com as outras Leis, que revelavam
sua vontade e demonstraram a ordem que rege
o universo. Não fosse assim, o roubo,
o adultério, o assassinato e outros
atos maus não seriam pecados, até
Deus dar a Lei escrita em pedra para Moisés.
Porém, não é isto o que
nos ensina a história de Caim e Abel.
Caim foi condenado por quebrar o 6º mandamento
de Deus.
Leia este verso:
“Viu
Deus a terra e eis que estava corrompida;
porque todo o ser vivente havia corrompido
o seu caminho na terra.” Gênesis 6:12
Para
que a terra fosse achada em falta e corrompida
nos tempos de Noé, haveria necessidade
de um padrão para dizer se o homem
estava no caminho bom ou mau.
Veja
também em Isaias
"2-Bem-aventurado o
homem que fizer isto, e o filho
do homem que lançar mão
disto: que se abstém
de profanar o sábado, e guarda
a sua mão de cometer o mal.
3- E não fale o estrangeiro, que se
houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente
o Senhor me separará do seu povo; nem
tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma
árvore seca.
4- Pois assim diz o Senhor a respeito dos
eunucos que guardam
os meus sábados, e escolhem
as coisas que me agradam, e abraçam
o meu pacto:
5- Dar-lhes-ei na minha casa e dentro dos
meus muros um memorial e um nome melhor do
que o de filhos e filhas; um nome eterno darei
a cada um deles, que nunca se apagará.
6-
E aos estrangeiros,
que se unirem ao Senhor, para o servirem,
e para amarem o nome do Senhor, sendo deste
modo servos seus, todos
os que guardarem o sábado, não
o profanando, e os que abraçarem o
meu pacto," Isaias 56:2-6
Portanto,
a Lei foi dada para o povo de Deus, independentemente
de sua época ou de seu nome.
Pergunta 2
Será
que o texto de Colossenses 2.16-17 aboliu
o Sábado?
Eis
o texto:
“Ninguém,
pois, vos julgue por causa de comida e bebida,
ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados,
porque tudo isso tem sido sombra das coisas
que haviam de vir; porém, o corpo é
de Cristo.”
Esta
é uma pergunta muito comum, porém
devemos nos lembrar de que, no Sinai, além
dos Dez Mandamentos, (eternos, como já
vimos) Deus deu a seu povo uma série
de Leis cerimoniais que visavam o bem-estar
físico de cada pessoa e de toda a comunidade.
Essas
Leis tratavam de assuntos diversos como sacrifícios,
coisas imundas, ofertas por pecados, como
assentar acampamentos e até onde enterrar
os dejetos humanos.
O objetivo dessas Leis era educar o povo.
Através delas, Deus também estabeleceu
sete dias anuais de descanso (feriados), também
chamados de sábados.
O
próprio nome sábado que dizer
descanso.
Esses feriados estavam relacionados com o
dia da festa das trombetas, do tabernáculo,
com o dia da expiação, etc.
Eram sábados móveis, pois caiam,
a cada ano, em um dia diferente; ao passo
que o Sábado do Decálogo era
comemorado sempre no sétimo dia da
semana.
Ao
morrer na cruz, Cristo aboliu todo o sistema
de sacrifícios e de festas religiosas,
os quais tinham por objetivo apontar para
ele, o Cordeiro de Deus.
Todas as festas e cerimônias judaicas
eram apenas uma “sombra”, uma imagem do que
seria o sacrifício de Cristo por nós.
Prova disto é que quando Jesus morreu,
o véu do templo, que separava o lugar
Santo do Santíssimo se rasgou(Mc
15:38), mostrando que o sacrifício
de Cristo estava feito. O Sábado semanal
não tem nada a ver com os sábados
cerimoniais.
Leia
o capitulo(Colossenses 2)
todo com atenção e você
verá que Paulo esta falando de tradições
e leis cerimoniais judaicas, não dos
dez mandamentos nem tampouco do Sábado
semanal.
Como
já vimos, o Sábado semanal foi
guardado e ensinado por Jesus, e, segundo
a Bíblia, terá validade até
o final dos tempos.
“Porque,
como os novos céus e a nova terra,
que hei de fazer, estarão diante de
mim, diz o Senhor, assim há de estar
a vossa posteridade e o vosso nome. E será
que, de uma Festa da Lua Nova à outra
e de um sábado a outro, virá
toda carne a adorar perante mim, diz o Senhor.”
Isaías 66.22-23
“Não
penseis que vim revogar a Lei ou os profetas;
não vim para revogar, vim para cumprir.
Porque em verdade vos digo: até que
o céu e a terra passem, nem um i ou
um til jamais passará da Lei, até
que tudo se cumpra.” Mateus 5.17-18
Lembre-se:
A Bíblia é uma só. E
o Deus que a inspirou é o mesmo desde
o princípio e por toda a eternidade.
Se, durante toda a História do mundo,
o Sábado, ou sétimo dia, foi
separado para honra, louvor e adoração
a Deus, por que, de uma hora para outra,
Deus iria mudá-lo, em um único
versículo, que tem interpretação
duvidosa?
Não
teria ele inspirado Paulo, Pedro ou Lucas
para nos fazer um sermão mais adequado
sobre um mudança de tamanha importância?
Lembre-se:
O sábado faz parte de uma Lei maior.
Pergunta 3
Como
posso saber se, com as mudanças de
Calendário, o Sábado de hoje
é o mesmo Sábado de Adão?
Primeiro,
o próprio Jesus guardava o mesmo dia
de Sábado dos Judeus, que já
o guardavam há, pelo menos, 4.000 anos,
após Adão ter saído do
Paraíso.
Hoje, temos certeza que pela tradição
judaica e sua fidelidade pela Lei que guardamos
o mesmo Sábado que Jesus guardou. Se
este era o Sábado verdadeiro para Ele,
certamente o será para mim também.
Agora,
será que é este o sentido de
guardá-lo? Santificar um dia?
Não se esqueça de que o Sábado
foi feito para o homem e não o homem
para o Sábado.
Ele
é um dia de descanso e para memória
da criação feita por Deus.
Outro
ponto importante é que, mundialmente,
a semana sempre foi de sete dias e o Sábado
é o único dia que não
teve seu nome alterado para adorar alguma
divindade pagã.
Não há realmente mérito
em saber se o Sábado de hoje é
realmente o múltiplo de 7 em relação
com o Sábado de Adão. O importante
é: Separar o sétimo dia, o Sábado
para a honra e glória de Deus.
Pergunta 4
Não
podemos guardar qualquer dia, ao invés
do Sábado?
Se
Deus é tão específico
com sua ordens e mandamentos, por que não
faria questão de que o dia separado
para sua honra fosse o Sábado? Se pegarmos,
um a um, os outros nove mandamentos veremos
que Deus não aceitaria mudanças,
provocadas pela consciência do homem
ou pela sua conveniência.
“Porque
a sabedoria deste mundo é loucura diante
de Deus...” 1 Coríntios 3.19
Será
que poderíamos ao invés de adorar
um único Deus, ter dois ou três
para nos assegurarem a salvação?
Poderíamos
ter uma imagem de escultura bem pequenininha
para nosso culto, a fim de não nos
desviarmos demais do segundo mandamento?
Será
que Deus me permite roubar ou adulterar, se
a minha consciência diz que posso?
Pode
o homem guiar-se pela sua consciência
sem medo de errar? Basta olhar ao redor e
ver o mundo em que vivemos. Além disto,
este foi justamente o argumento de Satanás
ao enganar aos nossos primeiros pais.
“Então,
a serpente disse à mulher: É
certo que não morrereis. Porque Deus
sabe que no dia em que dele comerdes se vos
abrirão os olhos e, como Deus, sereis
conhecedores do bem e do mal.” Gênesis
3.4-5
O
resultado de Eva ter escolhido seguir sua
própria consciência e vontade
nós já conhecemos.
Por
isso, pergunto a você:
Devemos seguir a nossa consciência e
a tradição dos homens, em lugar
de um pedido direto de Deus? Creio que você
já sabe a resposta.
Veja o exemplo de Caim:
Deus pediu a Adão e a seu filhos que
oferecessem um determinado sacrifício
a fim de ser sempre lembrada a esperança
da vinda do Messias e remissor de seus pecados.
Deus queria um cordeiro puro e sem mácula.
Ao invés de trazer o cordeiro, como
foi pedido por Deus, Caim trouxe aquilo que
queria, ou seja, frutas e verduras para adorar
ao Senhor.
Resultado: A sua oferta não foi aceita
e isto o entristeceu grandemente.
Não porque a frutas eram feias ou estavam
estragadas. Caim ofereceu o melhor que tinha,
mais não o que Deus pediu. Ele colocou
a sua própria vontade, o seu próprio
interesse a frente do pedido de Deus.
Aqui ele quebrou o primeiro mandamento.
“Não
terás outro Deus diante de mim” Exo20:3
Então,
o Senhor advertiu a Caim:
“Se
procederes bem, não é certo
que serás aceito? Se, todavia, procederes
mal, eis que o pecado jaz à porta;
o seu desejo será contra ti, mas a
ti cumpre dominá-lo.” Gênesis
4.7
Infelizmente,
Caim não atendeu ao apelo de Deus,
e, como sabemos, matou seu irmão.
Então
respondo esta pergunta com outra pergunta:
Será que devemos então oferecer
a Deus só aquilo que nosso coração
deseja, que a nossa conveniência permite,
ou devemos oferecer somente aquilo que Ele
nos pede, sem tirar nem por?