Na Bíblia, o primeiro dia da semana,
ao qual chamamos de Domingo, é mencionado
somente oito vezes.
As quatro primeiras são:
Mateus 28:1, Marcos 16:1-2, Lucas
24:1, João 20:1.
Estas passagens dizem a mesma coisa sobre
o mesmo assunto:
que as mulheres foram ao sepulcro, no primeiro
dia da semana para ungir o corpo de Jesus.
Em nenhuma delas há qualquer referencia
à santidade do Domingo ou a santidade
do dia da ressurreição de Cristo.
Jesus
guardou o Sábado até na morte.
Morreu na Sexta,
descansou no Sábado,
e ressucitou no Domingo.
As
outras passagens são as seguintes:
Marcos
16:9
Fala que Cristo ressuscitou no primeiro dia
da semana e que apareceu para Maria Madalena.
Neste texto também, nada há
referente à santidade desse dia.
João
20:19
Diz que os discípulos estavam trancados
em casa, com MEDO dos Judeus.
Vale acrescentar que eles estavam reunidos
desde Sexta-feira. Eles também temiam
ser presos e julgados. Não era uma
reunião religiosa.
Atos
20:7
Esta é a primeira passagem que menciona
uma reunião religiosa no primeiro dia
da semana, o Domingo. Paulo estava em Trôade
há sete dias e iria partir para continuar
sua viagem no dia seguinte, a fim de dar as
últimas mensagens.
Por isso, convocou a reunião com os
Cristãos.
Não existe nada neste verso sobre a
santidade do Domingo ou coisa que se assemelhe
a isso.
Era uma reunião religiosa, como a que
hoje fazemos aos Domingos à noite,
às Terças ou Quartas-feiras.
O fato de nos reunirmos nesse dia não
o torna mais ou menos santo.
1
Coríntios 16:2
Este verso diz que o primeiro dia da semana
era o dia destinado à separação
das coisas que iriam ser doadas aos necessitados.
Note que o apóstolo ia de casa em casa
fazer a coleta. Não era um dia de reunião,
nem era considerado sagrado.
Então,
como vemos, não há nada nessas
oito citações bíblicas
que contenha algum mandamento indicando a
guarda do primeiro dia no lugar do Sábado.
Não há nada que fale da santidade
do dia da ressurreição ou que
deveríamos guardar o Domingo de alguma
forma. E também não há
nada que anule qualquer um dos Dez Mandamentos.
Então, repito a pergunta:
Se
Jesus tivesse a intenção de
mudar algum dos mandamentos, será que
Ele não teria dito isso claramente?
Teria ele se “esquecido” de um assunto desta
importância e deixado a ordem apenas
nas entrelinhas?
Se
acreditamos na Bíblia como fonte de
toda verdade sobre Deus e Sua vontade, chegamos
à conclusão de que nada foi
dito ou escrito no sentido de provocar uma
mudança do dia de guarda do sétimo
dia, O SÁBADO, para o primeiro dia,
O DOMINGO.
Além do mais, Cristo afirmou que sua
Lei não mudaria, e que Ele veio cumpri-la
mas não revogá-la.
“Não
penseis que vim revogar a Lei ou os profetas;
não vim para revogar, vim para cumprir.”
Porque em verdade vos digo: até que
o céu e a terra passem, nem um i ou
um til jamais passará da Lei, até
que tudo se cumpra.”
Mateus 5:17,18
Então, chegamos a uma pergunta crucial:
Quem, quando, como, e com que autoridade mudou
o Santo Dia do Senhor DO Sábado PARA
o Domingo?
A
Mudança
O
primeiro dia da semana era considerado, pelos
antigos Babilônicos, como dia de culto
ao Sol.
No
ano de 274 depois de Cristo, o Imperador romano
Aureliano adotou o culto ao Sol como religião
oficial. O imperador instituiu o primeiro
dia da semana, o Domingo, como o venerável
dia do Sol, ou DIES SOLIS no Latim.
Ainda
hoje, em algumas línguas, o Domingo
mostra suas origens: SUNDAY (em Inglês)
e SOONTAG (em Alemão) querem dizer
“Dia do Sol”.
Sábado em Hebraico quer dizer “descanso”.
Em
321 D.C, o Imperador Constantino, baixou um
decreto obrigando a todos os que viviam sob
seus domínios a honrar o dia do Sol:
“
Que os juízes e o povo das cidades,bem
como os comerciantes, repousem no venerável
dia do Sol. Aos moradores dos campos, porém,
conceda-se atender, livre e desembaraçadamente,
aos cuidados da lavoura”
Convém
lembrar que, desde aproximadamente o ano 100
D.C, a religião Cristã era veementemente
perseguida por Roma, e que centenas de milhares
perderam suas vidas defendendo e provando
sua fé diante dos leões e das
labaredas de fogo.
Esta perseguição só teve
fim com a “conversão” do imperador
Constantino ao Cristianismo.
Esta “conversão” política tinha
o claro objetivo de apaziguar as perseguições,
bem como o de conceder poder à ascendente
e poderosa religião Cristã.
Nessa
ocasião, muitos dos costumes da religião
oficial de Roma, o culto ao Sol, foram mescladas
ao Cristianismo com o objetivo de atingir
mais facilmente os pagãos.
Um desses costumes foi a guarda do Domingo
junto com a do Sábado, ou seja, a criação
do nosso final de semana.
Tiveram origem, a partir dessa data, várias
festas religiosas, que utilizaram motivos
e datas pagãos, para converter os incrédulos,
mais facilmente, como por exemplo:
A
Páscoa Cristã no lugar do ritual
de fertilidade
O Natal de Jesus no lugar do sostício
de outono.
Cerca
de 40 anos mais tarde, a Igreja Cristã,
já mais poderosa e organizada, através
de seus Bispos, realizou o Concílio
de Laodicéia, onde, oficialmente e
sem nenhuma intervenção Divina,
mudou o Santo dia de guarda do Sábado
para o Domingo:
“
Os cristãos não devem judaizar,ou
estar ociosos no Sábado, mas trabalharão
nesse dia; o dia do Senhor (Domingo), entretanto,
honrarão especialmente, e, como Cristãos,
não devem, se possível, fazer
qualquer trabalho nele. Se, porém,
forem achados judaizando, serão separados
de Cristo.”
(Cânon 29, do Concílio de Laodicéia,
em 364 d.C.).
Este
surpreendente decreto nos apresenta duas verdades:
A
primeira é que, ao contrário
do que muitos afirmam, o Sábado era
observado e honrado pelos Cristãos
até o quarto século depois de
Cristo.
Se não fosse o caso, não haveria
necessidade de um decreto para desobrigá-lo.
A segunda verdade é que não
houve qualquer base bíblica para a
mudança do dia de adoração.
O objetivo aqui era que os Cristãos
não fizessem nada que lembrasse o Judaísmo,
ou seja, o povo que matou o Senhor Jesus Cristo.
Este
ato revela o grande sentimento anti-semita
vigente na época, e a ânsia,
a qualquer preço, de distinguir os
Cristãos desse povo.
Notem que a ordem do concílio é
guardar o Domingo “se possível”, enquanto
é bem enérgico
em dizer que quem guardar o Sábado
“será separado de Cristo”.
Como
vemos, a mudança foi gradativa do Sábado
verdadeiro para o Domingo.
Foi também forçada e sem qualquer
base nas Escrituras.
Veja
o que disse o Cardeal Gibbons, arcebispo de
Baltimore e primaz da Igreja Católica
nos Estados Unidos:
“Podereis
ler a Bíblia de Gênesis ao Apocalipse,
e não encontrareis uma única
linha que autorize a santificação
do Domingo. As escrituras ordenam a observância
religiosa do Sábado, dia que nós
nunca observamos.”
Faith of our fathers, Pg. 89, 1896.
Nunca
foi da vontade de Deus que sua Santa Lei fosse
revogada e reescrita, embora esses atos humanos
já fossem previstos tanto no Novo,
como no Velho Testamento:
“Eu
sei que, depois da minha partida, entre vós
penetrarão lobos vorazes, que não
pouparão o rebanho. E que, dentre vós
mesmos, se levantarão homens falando
coisas pervertidas para arrastar os discípulos
atrás deles.”
Atos 20.29-30
“Todo
aquele que nega o Filho, esse não tem
o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente
o Pai. Permaneça em vós o que
ouvistes desde o princípio. Se em vós
permanecer o que desde o princípio
ouvistes, também permanecereis vós
no Filho e no Pai.”
I João 2.23-24
“Proferirá
palavras contra o Altíssimo, magoará
os santos do Altíssimo, e cuidará
em mudar os tempos e a Lei; e os santos lhe
serão entregues por um tempo, dois
tempos e metade de um tempo.”
Daniel 7.25
“O exército lhe foi entregue,
com o sacrifício diário, por
causa das transgressões; e deitou por
terra a verdade; e o que fez prosperou.”
Daniel 8:12.