É estranho que hoje, as pessoas aceitem
os Dez mandamentos como sendo apenas nove.
Uma religião foi mais longe e transformou
os dez em oito, sumindo com o segundo e mudando
o quarto, duplicando o décimo.
É estranho como as
pessoas pensam… Vale o mandamento “Não
matarás”, o “amarás
a Deus sobre todas as coisas”, e
até vale o “não levantarás
falso testemunho”; mas o mandamento
para “guardar o sábado”,
este não vale. Agem como se o Sábado
tivesse sido abolido, mudado, riscado, e cumprido.
E os outros mandamentos? Não? Por que?
O
Quarto Mandamento
Antes
de continuar, vamos reler os Dez mandamentos,
com estão na Bíblia. Você
pode ler Êxodo 20: 3-17 na sua Bíblia
ou conferir, nas primeiras páginas
deste livro a sua transcrição.
Muito bem, agora que você já
tem um visão geral do caráter
de Deus e sua representação
na Lei, vamos analisar o “polêmico”
quarto mandamento.
Qual é sua origem, sua importância,
seu objetivo e, afinal, por que ele não
é obedecido hoje em dia pela maioria
dos cristãos?
O Sábado surgiu há muito e muito
tempo atrás, junto com o primeiro homem,
Adão.
Na verdade, Deus fez o Sábado por causa
dele, de Adão.
Com a criação, Deus estabeleceu
a ordem que deveria governar o mundo. Criou
o dia e a noite, a semana, os meses lunares,
os anos solares, enfim, pôs tudo em
ordem, como é de sua natureza e entregou
tudo para o homem a fim de que este usufruísse
da sua criação, com sabedoria.
Junto com o “pacote” dado por Deus, veio o
Sábado de descanso, criado por Ele
para que, depois de seis dias de trabalho,
o homem pudesse parar e se lembrar de que
tudo o que ele tem vem de Deus, nosso Criador.
O Sábado foi criado por causa do homem.
Leia o que Jesus disse:
“ O Sábado foi estabelecido
por causa do homem, e não o homem por
causa do Sábado.” Marcos 2:27
Da mesma forma pela qual Adão amava
a Deus e procurava fazer a Sua vontade, também
guardava o Sábado como memorial eterno
daquele que o criará. Afinal, este
foi um mandado especifico de Deus, e não
houve nenhum dispositivo que o revogasse.
E assim foi, de Adão para Sete, de
Sete para Noé, de Noé para os
patriarcas, todos passando as Leis (o caráter
de Deus) para adiante, para seus filhos. Pois
todos amavam a Deus, e, por conseqüência,
queriam fazer a sua vontade.
E assim foi, até que o povo de Israel
foi transformado em escravo no Egito e se
afastou da Lei de Deus por 400 anos.
Nesse momento, quando a corrente de pai para
filho se quebrou, Deus foi obrigado a reeducar
o povo e a ensinar-lhe, não só
os seus estatutos, mas também quem
Ele era e o tamanho do seu amor pelo homem.
Todas as lições, dadas a Israel
no deserto, não traziam qualquer novidade.
Eram, na verdade, reedições
de preceitos divinos estabelecidos desde o
principio dos tempos.
Amor a Deus, amor ao próximo, a vinda
do Messias e a necessidade de entregar o coração
ao Salvador, tudo isso já tinha sido
dado a Adão.
O Sábado, como os outros mandamentos,
foi reconfirmado e estabelecido mais uma vez
como dia sagrado e como memorial da criação.
Tão importante era a guarda deste dia,
que Deus fez inúmeras promessas aos
que respeitassem este preceito.
Aliás, muito mais promessas do que
qualquer outro mandamento, com exceção
do primeiro.
“Se desviares o pé de profanar
o sábado e de cuidar dos teus próprios
interesses
no meu santo dia; mas se chamares ao Sábado
deLeitoso e santo dia do Senhor, digno de
honra, e o honrares não seguindo os
teus caminhos, não pretendendo fazer
a tua própria vontade, nem falando
palavras vãs, então, te deLeitarás
no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos
da terra, e te sustentarei com a herança
de Jacó, teu pai, porque a boca do
Senhor o disse.” Isaías 58:13-14
Muito
bem, durante os séculos que se sucederam,
tudo foi preservado como na criação.
As medidas, reeditadas por Moisés,
foram escritas e dirigiram a vida do povo
escolhido por Deus na terra, aquele que deveria
ser a testemunha fiel do seu amor pelo homem.
Até
que um dia, na plenitude dos tempos, veio
Jesus, o Messias.