Composição e Propriedades -- As sementes de salsa,
de emprego sobretudo medicinal, contêm um óleo
com terpenos e apiol e 20 % de óleo. As folhas e as
raízes são também ricas em óleo
essencial. O teor da salsa em apiol, além de um pequeno
estímulo no processo digestivo e nas regras, produz
considerável aumento na atividade dos rins, devido
à dilatação dos vasos renais. Provavelmente,
porém, também são excitadas as células
renais, de modo direto.
Emprego Medicinal -- O consumo de salsa é, portanto, de utilidade
sobretudo no inchaço hidropésico nas pernas, nas cavidades abdominais e
torácicas e no pericárdio, como conseqüência de debilidade cardíaca e de
alterações metabólicas, assim como por deficiência da função renal, quando não
se apresenta processo inflamatório agudo. As sementes de salsa (tanto como as
suas folhas e raízes) preparam-se como infusão de uma colher pequena para uma
xícara de água, bebendo-se três xícaras por dia. Se não se produzir nenhum
efeito diurético, é inútil aumentar a dose, pois poderia dar lugar a uma
irritação dos rins.
0 suco de folhas de salsa é um meio excelente e totalmente inofensivo
contra as picadas de insetos. Pode empregar-se até em criancinhas. Basta apanhar
um punhado de folhas frescas de salsa e esfregar com elas as partes do corpo a
descoberto. Mas não só protege das picadas, como também as cura, porque se lhe
atribui um efeito antisséptico e de reação circulatória ao apiol que contém.
Quando se ativa a circulação sanguínea, anula-se rapidamente a toxicidade do
veneno do inseto.
Sete gramas de salsa ou 150 gramas de alface crua bastam para satisfazer
as necessidades orgânicas diárias de vitamina C.
Como condimento, toda a dona de casa conhece perfeitamente a série de
múltiplos empregos da salsa, na cozinha e na mesa.