repetidos
e abundantes favorecem o crescimento da folhagem. A partir
do segundo ano conseguem-se normalmente colheitas abundantes.
Num are podem colher-se de 20 a 25 quilos de produtos. Passados
quatro ou cinco anos, deve-se mudar de. terreno. As plantas
isoladas podem cultivar-se facilmente em vasos ou em caixotes.
Depois da floração, desenvolvem-se a partir da parte inferior
rebentos de folhas muito fortes, que se cortam em tempo seco.
Arrancam-se as folhas e estendem-se numa camada fina no chão
de um sótão ventilado e sombrio, virando-as
de tempos a tempos até secarem. Conservam-se em recipientes
fortemente fechados. As folhas secas devem ficar com uma cor
verde acinzentada e cheirar a especiaria.
Aplicações Medicinais -- A infusão de salva tem efeitos
bactericidas e utiliza-se como calmante e remédio nas cáries e doenças das
gengivas, especialmente inflamatórias. Para isso é muito boa em combinações com
a camomila, que é sumamente eficaz contra as inflamações.
A sua aplicação interna mais importante é como antisudorífero.
Portanto, quando há suor excessivo como sintoma secundário na tuberculose, ou
depois de enfermidades infecciosas, funcionamento excessivo da
tireóide
(tireotoxicose) ou estados nervosos -- a salva está no seu lugar; também na maior
parte dos casos é preferível à atropina, que é o remédio mais utilizado. Como
antisudorífero pode preparar-se a infusão numa xícara de água fervente, de uma
colher de sopa da mistura de 80 g de salva com 10 g de cavalinha e 10 g de raiz
de valeriaria.
Emprego Como Condimento -- As folhas de salva são um bom
condimento para empadões e são muito apreciadas como condimento para guisados,
molhos, legumes secos, sopas, saladas, regime dietético e hortaliças cruas. A
salva seca tem sabor mais forte do que a fresca. Também se emprega em pó.