A capacidade germinativa é de 70 a 90%. A germinação
produz-se na terceira semana. A quantidade de sementeira é
de 100 g por are. A distância entre as filas deve ser
de 25 centímetros.
No cultivo em campo
aberto, sega-se com a foice toda a planta, antes de dar flor, a uns 5
centímetros do solo, e deixa-se secar em pequenos ramos no mesmo campo,
fazendo-se a transladação alguns dias depois, para se estender numa camada
ligeira ou dependurar-se em feixes até secar completamente.
As plantas cortadas não devem ficar expostas à chuva, porque perdem a cor
e assim dificilmente se vendem. A colheita, por 100 m2, é de 24-32 quilos de
planta seca. O terreno só pode voltar a semear-se de manjerona anos depois.
A manjerona é própria também para o cultivo em vasilhame ou caixotes,
tanto mais que para uma família média bastam algumas plantas.
Cumpre observar o tempo da colheita, que é imediatamente antes de dar
flor, porque a planta possui então maior' força como condimento. Os talos
maiores e mais grossos separam-se, quer antes quer depois de secos. Se a
separação tiver sido bem feita, a manjerona não deve apresentar manchas
pardacentas. A conservação das folhas secas consegue-se nas melhores condições
mediante recipientes fechados hermeticamente, para não se perder o aroma.
Composição e Propriedades -- As matérias ativas conhecidas até
agora são: 3,5% de óleo essencial na planta seca, 4,5% de tanino, aloés e
pentosanas. O óleo essencial contém 60% de óleo de terpineol e 40% de outros
terpenos.
De acordo com os nossos conhecimentos e experiências atuais e por causa
do seu teor de óleo essencial e de aloés, a manjerona contém:
1. Elementos dissolventes de mucosidades (expectorantes).
2. Elementos facilitadores da expulsão de água (diuréticos).
3. Elementos que facilitam a expulsão de suor (diaforéticos).
4. Elementos reconstituintes do estômago (estomacais).
5. Elementos analgésicos para aplicação externa em neuralgias.
6. Elementos sedativos sobre o estômago e intestino (carminativos).
7. Elementos que aumentam a produção de leite nas mães lactantes.
Aplicações -- Como planta medicinal, a manjerona é um meio
suplementar na debilidade digestiva, nas flatulências, cólicas gástricas e
intestinais, nas regras defeituosas, nos transtornos na expulsão da urina e nos
resfriados. Nas corizas crônicas e para o tratamento de feridas pode utilizar-se
um ungüento de manjerona, tal como é preparado nas farmácias. É popular o
emprego do óleo de manjerona nas varizes, na gota, no reumatismo e nas doenças
glandulares.
Como especiaria, a manjerona possui forte cheiro aromático e pronunciado
sabor de especiaria. Consome-se gostosamente como condimento nos purês de
legumes, lentilhas e feijão, juntamente com tomilho e basílico, assim como para
a confecção de molhos. Também não é rara a sua utilização em saladas e legumes,
verduras cruas e regimes dietéticos. Deve, porém, ser empregada em pequenas doses, para
não se notar excessivamente o seu sabor.