A quantidade de semente por are em terreno aberto é de 100 gramas.
A distância entre fila e plantas deve ser nos dois casos
de 30 cm. Não é preciso recobrir a terra depois
da colheita do fruto intermediário.
Normas Para a Sementeira e Para a Colheita -- Como os grãos,
quando estão maduros, caem com facilidade, deve-se fazer a colheita quando estes
começam a adquirir um tom castanho escuro. Cortam-se as plantas ainda cobertas
de orvalho às primeiras horas da manhã com a foice ou a gadanha. Também se
recomenda que se estendam lonas, quando se carrega, para poder recolher os
numerosos frutos desprendidos. O teor de óleo essencial
aumenta durante a armazenagem, de modo constante. Sob a designação de «cominho
de primeira qualidade» entende-se como mínimo 90% de pureza e como máximo 14% de
umidade. Os distribuidores que compram aos produtores devem por no mercado, para
usos farmacêuticos e alimentares, apenas cominhos que possuam 98% de pureza e
umidade máxima de 14%. O cominho que tenha grande quantidade de impurezas,
especialmente ervas más, e que não atinja ou dificilmente consiga uma pureza de
98 %, só deve ser empregado em usos técnicos.
Na recolha do cominho silvestre cortam-se as um belas com os seus talos,
quando os grãos começam a amadurecer, e estendem-se sobre um fundo de papel ou
dependura-se o molho para secar. Varejam-se os frutos maduros que não tiverem
caído.
Composição e Propriedades -- As substâncias
ativas até agora conhecidas são: óleo essencial de comicarveol e uma base
aromática narcótica, assim como acetaldeído, álcool metílico, furfurol, e
diacetil. Além do óleo essencial, encontra-se óleo gordo, cera, tanino,
substâncias albuminóides, etc.
A eficácia do cominho é devida principalmente ao óleo essencial que
estimula o estômago, mas atua sobre o intestino como sedativo carminativo.
Emprego Como Remédio -- Como planta medicinal, na de bilidade gástrica, nos espasmos do estômago, na flatulência intestinal e
noutras perturbações do intestino, especialmente nas crianças. Para isso
recomendam-se as seguintes misturas:
Misturam-se 20 g de cominho em pó e outros 20 g de coentro e toma-se o
que couber na ponta de uma faca, depois da refeição (Mayer). Ou então misturam-se, segundo fórmula farmacêutica, 10 g de cominhos com 30 g
de camomila, 30 g de folhas de hortelã-pimenta e 30 g de raiz de valeriana;
deita-se de cada vez uma colher pequena desta mistura num copo de água fervente
e deixa-se repousar durante catorze minutos; bebem-se diariamente de duas a três
xícaras.
Para as crianças também pode ser eficaz cozer os cominhos em leite, para
as dores abdominais, cólicas intestinais, espasmos intestinais, más digestões ou
flatos. Empregam-se então quatro gramas por litro.
Emprego Como Condimento -- O cominho, pela sua característica de
favorecer a digestão, é um condimento sumamente apreciado e valioso. Em muitas
regiões acrescenta-se à levedura do pão. Também é próprio para toda a espécie de
queijos. Muitas variedades de hortaliças, especialmente as couves que provocam
flatulência (repolho, couve, chucrute, couve-lombarda), deviam temperar-se
sempre com cominhos, pois estes favorecem a sua digestão. Misturados com outras
especiarias, dão excelente sabor às saladas, molhos, sopas, pratos dietéticos e
verduras cruas. Também é conveniente o seu emprego na pastelaria. É conveniente
não cozinhar os cominhos com os outros alimentos, mas acrescentá-los em pó ou
triturados depois da cocção, pois do contrário perdem-se muitos dos seus efeitos
como condimento.
As folhas frescas e tenras da planta têm o mesmo odor que os frutos.
Podem acrescentar-se aos vegetais crus e às saladas.