O clima duro e úmido, assim como a zona costeira, não são
lugares próprios para o seu cultivo. O melhor é
cultivá-lo em solo de boa qualidade e predominantemente
leve. Estrumar o campo, mas antes de se formarem os frutos.
Não é de aconselhar o adubo com produtos industriais,
porque a maioria desses adubos favorece a formação
da folhagem com prejuízo dos frutos. A sementeira,
à distância de 25 cm, precisa geralmente de 150-250
g de sementes por are. A germinação tem lugar
de duas a três semanas depois, e a capacidade de germinação
vem a ser de 70-90 %. Cortam-se os frutos e seguidamente trituram-se.
Por cada are colhem-se de 6 a 8 quilos de fruto.
Composição -- Dos frutos obtém-se um óleo perfumado de odor doce e
agradável (cerca de 2-3%) que no seu estado puro e por efeito do frio se
solidifica como massa cristalina branca (Schulz). já no ano de 1820 se efetuaram
as primeiras investigações sobre este óleo e a sua composição. Até hoje
conhecemos como primeiros elementos: anetol, ácido de anis, aldeído de anis,
acetona de anis e outras matérias complementares, tais como óleos, proteínas e
açúcar .
Modo de Atuação e Emprego -- A sua eficácia está condicionada
fundamentalmente à expulsão do óleo essencial pelos pulmões, o que fomenta as
atividades vibráteis nas vias respiratórias. Pode utilizar-se portanto como meio
expectorante. Tal atividade pode aumentar-se mediante a mistura com outras
plantas como, por exemplo, verônica, saponária na proporção de 20 g, folhas de
tussilagem, flores de sabugueiro na proporção de 15 g, e raiz de violeta, 10 g.
Misturar, cozer unia colher de sopa numa xícara de água e beber quente. Esta
especiaria encontra-se muitas vezes presente nas chamadas infusões peitorais,
pulmonares e asmáticas. O óleo ainda desenvolve outros efeitos nas glândulas do
tubo gastrintestinal, excitando a sua atividade, aumentando o apetite,
facilitando a digestão e melhorando a eliminação biliar. Está, portanto,
justificado o emprego desta especiaria como infusão para o estômago e a bexiga;
resta, porém, confirmar se aumenta a produção do leite na mãe lactante.
Como planta medicinal emprega-se para a tosse, catarro bronquial, asma,
inapetência, catarro gastrintestinal, espasmo de órgãos respiratórios e
digestivos (cólicas).
Como condimento, empregam-se os pequenos frutos maduros que contêm de 2 a
3 % de óleo essencial.
0 anis em pó misturado com cenouras é muito conveniente para o tratamento
de lombriga,
nas crianças, assim como para combinar com elementos
agridoces como couve-lombarda e pepinos. Mediante destilação pode obter-se óleo
ou essência de anis a partir das folhas secas.