Embora, como fica patente, o conteúdo de calorias seja insignificante nos
frutos frescos, atinge, porém, valores interessantes nos secos. Os pêssegos não
chegam a dar os valores extraordinariamente altos em vitamina A dos damascos,
embora sejam muito parecidos nos restantes.
Além da grande ação reguladora do apetite que têm os frutos frescos, pelo
que são empregados em todas as doenças que decorrem com febre, nos outros
aspectos dietéticos, no conteúdo em vitaminas e em minerais e no seu valor
energético podem comparar-se aos damascos,
As sementes do pêssego contêm cerca de 44-47 % de óleo não secante e que,
embora não seja realmente empregado como gordura alimentar, é-o porém com grande
aceitação para o fabrico de sabões e de perfumes.
Propriedades e Emprego -- o consumo de
pêssegos é necessário para os doentes do coração, sendo também um bom remédio
contra a gota; drenam os canais hepáticos e biliares, são de grande valor na
prisão de ventre crônica e exercem uma ação favorável nas inflamações agudas
dos rins.
Os caroços do pêssego são empregados pela medicina naturalista como
remédio curativo nas estases pulmonares, especialmente na denominada «tosse
cardíaca». O fundamento científico do emprego terapêutico está no conteúdo dos
caroços do pêssego em ácido cianídrico. A medicina homeopática conhece o grande
valor do ácido cianídrico, como tratamento nas falhas do coração e nos colapsos
graves, assim como nas falhas dos capilares sanguíneos ou dos nervos
vasomotores. Em tais casos é bom processo dar amêndoas de pêssego duas vezes por
dia.