Existe
um belo quadro representando um pastor à frente de seu rebanho,
ao cair da noite, depois de haverem passado o dia nos pastos,
em demanda agora do redil, para o desejado descanso. Embaixo,
a legenda: "Rumo ao lar." Dóceis e satisfeitas seguem
as ovelhas ao pastor. Sabem para onde as vai guiando, e não
se deixam seduzir pelos desvios do caminho.
Assim
nos vai guiando nosso sumo Pastor "rumo ao lar" do Céu.
Vem já caindo a noite sobre a Terra, e aproximamo-nos do redil
eterno. E almejamos o descanso ali.
É
evidente que não está distante a hora feliz desse descanso.
Diz-no-lo o desdobrar dos acontecimentos ao nosso redor, cumprindo
ao pé da letra as profecias escatológicas. Pormenorizar aqui
este assunto seria tão-somente repisar o que se disse nos estudos
lidos.
Recordemos
apenas, resumidamente, alguns desses acontecimentos que assinalam
a proximidade da volta de Jesus Cristo para levar consigo os
Seus filhos fiéis:
Os
loucos preparativos de guerra das nações, e o conseqüente romper
de hostilidades, cada vez mais freqüente e de proporções cada
vez mais abarcantes. S. Mateus 24:6 e 7.
A
generalização da iniqüidade, tão nitidamente descrita pelo apóstolo
S. Paulo em sua carta a Timóteo, seu filho na fé. II Timóteo 3:1-4. Quem
discordará do grande apóstolo, ao dizer que nestes nossos "últimos
dias" a sociedade se corromperia a olhos vistos, aumentando
assustadoramente o número dos "egoistas, avarentos, jactanciosos,
arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos,
irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem
domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos,
enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo
forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder?"
O
mundo religioso infelizmente corre parelhas com o social. Nos
derradeiros dias, adverte o mesmo apóstolo em sua I Epístola a Timóteo 4:1 manifestar-se-iam espíritos enganadores, hipócritas e mentirosos,
de conseiência cauterizada. Viriam (II S. Pedro 3:3 e 4), "escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as
próprias paixões," zombando da doutrina evangélica da vinda
de Cristo.
Tomaria
vulto a luta entre Capital e Trabalho, com o crescente descontentamento
das classes trabalhadoras, e o acúmulo de riquezas por parte
de uns e miséria gritante por parte de outros. S. Tiago 5:1-8.
Não
cabe aqui continuar a enumeração de sinais, já estudados em
outra parte, nem aduzir outros, dos muitos que a Bíblia apresenta.
Que Jesus Cristo "há de vir a julgar os vivos e os mortos" é o próprio Credo que o diz. A segunda vinda de Cristo "não
é um vôo da fantasia, uma quimera da imaginação! É a convicção
profunda do dogma, a certeza iluminada da fé!" no dizer
do Pe. Júlio Maria.
A
lembrança constante desse acontecimento solene, além de nos
segredar conforto nas horas escuras, induz-nos a uma vigilancia
igualmente constante, como o servo fiel, da parábola de Jesus.
Leva-nos à purificação da vida, a essa santificação sem a qual
ninguém verá a Deus (I S. João 3:3). Anelantes
por conhecer a vontade do Senhor a nosso respeito, seremos atentos
leitores de Sua Palavra, diligenciando sempre pô-la em prática
em nosso viver cotidiano.
Nos
vinte e três estudos que antecederam este, apresentou-se uma
série de estudos que abrangem as principais doutrinas das Escrituras
Sagradas. Se o leitor nada conhecia do conteúdo do maravilhoso
Livro divino, terá agora uma vista geral do que de mais importante
aparece em suas páginas sagradas. Se, como é provável, diante
da disseminação que ultimamente vem tendo a Bíblia, já estava
familiarizado com os seus ensinamentos, terá sem dúvida ampliado
os seus conhecimentos em relação aos assuntos ventilados.
Apresenta-se
agora a oportunidade áurea de uma tomada de posição. Conhecidos
os principais aspectos das doutrinas bíblicas, já não suportamos
ficar de braços cruzados. Conhecimento significa responsabilidade.
Responsabilidade requer ação, decisão. E dessa responsabilidade
não há escapar. Nossa atitude para com ela envolve interesses
eternos. É questão de vida e morte. E nossa decisão não deve,
não pode demorar. Há perigo, gravissimo perigo em a adiarmos.
Quem nos garante que amanhã por estas horas estejamos com vida?
Quem nos pode afirmar que ainda há tempo, que não há pressa,
que podemos primeiro gozar um pouco a vida, e depois cogitar
das coisas sérias?
Quando
Árquias, tirano de Tebas, se banqueteava com os seus cortesãos,
chegou um mensageiro trazendo-lhe o aviso de uma conspiração,
e instando que lesse logo a mensagem, visto tratar de negócio
grave. "Não há agora tempo para nos preocuparmos com isso!
Para amanhã os negócios graves"— disse o tirano. Dentro
em pouco penetraram no recinto os conspiradores e apunhalaram
a Arquias e todos os seus oficiais espartanos.
"Dedicarei
os últimos dez anos de minha vida ao preparo espiritual," disse outrora um principe, dividindo a vida em periodos de dez
anos: primeiro a educação, depois viagens, depois isto e aquilo,
e depois. . . a religião. Mas a morte o surpreendeu antes de
chegar a esse periodo.
"Eis
que estou à porta e bato," diz nosso Salvador; "se alguém
ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e
cearei com ele e ele comigo."Apocalipse 3:20. Pensamento
inefável este, de intima comunhão com nosso Criador e Salvador—
que para tornar possivel esse convite, deu a vida por nós.
"Vinde
a Mim, todos os que estais cansados e sóbrecarregados, e Eu
vos aliviarei" —é ainda o convite universal, válido para
cada um de nós. S. Mateus 11:28. Prostremo-nos,
penitentes mas confiantes, contritos mas animosos, aos pés de
nosso Salvador, e Ele nos aliviará do peso insuportável dos
nossos pecados. Abramos-lhe, hoje mesmo, de par em par a porta
de nosso coração, e Ele entrará e comungará conosco!
Quando
Gonçalves Dias se achava exilado da pátria, longe da qual se
sentia nostálgico e solitário, cantava, nos transportes da saudade:
"Não
permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá,
Sem que inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá."
Enfermo
e alquebrado, suspirava pelo descanso da pátria. Em viagem para
cá, quando já avistava do navio as esbeltas palmeiras das praias
do Maranhão, soçobrou o navio em que vinha, e o inditoso vate
perdeu a vida, sem ver completamente satisfeitos os anelos de
sua saudade. Já tão perto das palmeiras, e do sabiá que lhe
cantaria as boas-vindas!
O
barquinho de nossa vida navega inexoravelmente rumo de um de
dois destinos: ou o porto celestial, ou o trágico soçobro, perto
das praias eternas.
Ai
de nosso batel, se não for Jesus o seu Piloto! Convidemo-Lo
para tal, e deixemo-Lo guiar com Sua mão segura nosso barco,
até arribarmos ao Porto de eterna bem-aventuranca!
(Convidamos
o leitor a marcar os quadrinhos abaixo.)
Aceito o convite de meu Salvador Jesus, para ir ter com Ele,
e por minha vez abro-Lhe de par em par a porta do coração.
Convido-o para ser o Piloto da nave de minha vida, entregando-a
sem reservas em Suas mãs.
MINHA
DECISÃO - Desejo ser batizado como membro
da Igreja Adventista do Sétimo Dia e preparar-me
para o encontro com Cristo, quando vier buscar seu povo
fiel.