COMO
CURAR NOSSAS MÁGOAS
Pr. Finley
"Quase
todas as noites, Lizzie, a garotinha que um dia se tornaria
parte da família Wallenda, tinha que estender os braços
na frente de seu pai. Quando ele voltava para casa do trabalho,
cada um dos seis irmãos, também estendiam seus
braços. Eles todos ficavam em fila para receber a punição.
O pai batia nos braços deles com seu cinto até
que cada um começasse a chorar. Ele simplesmente presumia
que eles haviam feito alguma coisa errada naquele dia e que
mereciam uma surra.
Quando Lizzie
cresceu, as surras se transformaram em espancamentos mais severos.
Se sua mãe alguma vez tentasse interferir, ela seria
trancada no quarto por vários dias.
Numa ocasião,
o órgão do serviço social tentou socorrer
as crianças. Elas foram distribuídas entre diversas
famílias. Lizzie foi passando de uma casa para outra,
até que finalmente decidiu fugir desta situação.
Desde então ela teve que fazer o melhor que podia por
si mesma nas ruas, seu único consolo vinha do álcool
e da maconha.
Lizzie,
em resumo, foi um caso clássico de alguém sem
oportunidades na vida. Sem chance de ter uma vida emocional
saudável - ela havia sido muito abusada, muito cedo.
Sem chance de fazer algo de si mesma. Como você desenvolveria
um senso de auto-estima enquanto é arrastado de um lar
adotivo para outro? Não existe chance de absorver valores
positivos - você consegue apenas aprender a sobreviver
nas ruas.
Contudo,
de algum modo, essa menina superou a adversidade. Alguns anos
depois, você encontra Lizzie transformada em Angel Wallenda,
a equilibrista que se apresenta para grandes platéias
com seu esposo, Steven.
Steven Wallenda
era membro da família mais famosa de equilibristas circenses.
Quando ele conheceu Lizzie, ele foi imediatamente cativado por
sua afetuosa e amigável personalidade. Ela havia passado
por tanta coisa, e ainda olhava para tudo com otimismo. Steven
a via como um presente que Deus tinha colocado em sua vida.
Depois do
casamento, os dois começaram a praticar juntos números
de equilibrismo. Lizzie, agora Angel Wallenda, pareça
ter nascido para aquilo. Ela se superava, muito rapidamente,
numa arte que requeria física, coragem, graça,
e nervos de aço. Steven e Angel começaram a se
apresentar em importantes eventos de circo e em especiais de
televisão.
Aquela menina
que era espancada em casa por um pai cruel, mantinha a cabeça
erguida, e se movia calma e firmemente sobre o cabo. E ela fazia
mais. Angel também demonstrou extraordinária estabilidade
emocional. Quando o câncer ameaçou sua carreira
e sua vida, ela não se desesperou. Ela lutou, e se mostrou
como uma fonte de energia para seu esposo.
Quando parte
de sua perna teve que ser amputada, ela não desistiu.
Lutou para realizar o impossível. Angel se tornou a única
pessoa na história - você acredita? - a se equilibrar
sobre um cabo com um membro artificial!
Apesar de
todas as provações, Angel se tornou a adorável
mãe de um saudável, amorável garotinho.
Amigos e familiares se maravilhavam continuamente com sua graça
mesmo sob pressão. Ela foi uma inspiração
para pessoas por todo o país que haviam experimentado
a tragédia em suas vidas.
Seu esposo
Steven a descreve desta forma: "Ela dá e se dá.
Esta é sua natureza. É a sua beleza. Ele me lembra
aquela passagem da Bíblia de Filipenses 4:7. - Ela realmente
tema "paz de Deus que excede a todo entendimento."(Filipenses
4:17)
Como aquela
criança maltratada se transformou na graciosa Angel?
Como uma criança sem oportunidades, se transformou num
grande sucesso?
E aqueles
entre nós que estão carregando suas cicatrizes
do passado, aqueles entre nós que se sentem prejudicados
pelas feridas da infância, também perguntam: -
qual é o segredo? Como superar as tragédias em
nossa vida?
Parte da
resposta, temos que admitir, é simplesmente que Angel
Wallenda era um ser humano com uma incrível capacidade
de recuperação. Ela possuía uma firme determinação
que poucas pessoas possuem hoje.
Mas isso
ainda não é tudo. Angel também adotou certas
atitudes que todos nós podemos imitar. Ela teve uma certa
perspectiva que nós todos podemos adotar.
Em algum
lugar, no início de sua vida, Angel decidiu que ela aprenderia
com as coisas que tinham lhe acontecido. Ela não iria
ser destruída pelos infortúnios; iria aprender
com eles - faria deles uma ferramenta de ensino.
A colega
de quarto de Angel no hospital notou que, enquanto ambas eram
submetidas ao tratamento, Angel possuía uma experiência
que ela simplesmente não tinha. Ela disse: "Havia
algo poderoso sobre a maneira como Angel insistia que o câncer
não iria arruinar sua vida - que ela a aproveitaria ao
máximo. E você via, sua companheira disse, que
ela falava seriamente."
Quando perguntada
sobre sua trágica infância, Angel respondia assim:
"Isto me tornou mais forte. Se minha vida tivesse sido
fácil, eu sei que não superaria o que está
ma acontecendo agora".
Infelizmente,
a maioria de nós, em vez de aprender com as cicatrizes,
nosso instinto natural é enterra-las, coloca-las bem
lá no fundo. Queremos desesperadamente escapar da dor
e então tentamos negar o que aconteceu. Quem sabe, se
fingirmos que o papai não fez nada, os sentimentos ruins
irão embora.
Mas é
claro, quanto mais profundo tentamos enterrar a cicatriz, maia
a empurramos para dentro, mais amplamente ela se espalha e é
absorvida dentro de nós. Todos os jogos de faz-de-contas
acabam cobrando um preço de nossos sentimentos.
Não
conseguimos nos livrar das cicatrizes negando o que aconteceu.
A estranha verdade é que a única maneira de se
livrar das cicatrizes é encara-las de frente. Sim, algo
feito, trágico, aconteceu. Algo terrivelmente injusto.
Não foi nossa culpa. Precisamos expressar sentimentos
reais sobre ferimentos reais.
Em 7 de
maio, de 1824, um talentoso compositor regia a primeira execução
de sua nona sinfonia num teatro de Viena. O auditório
estava cheio e a recepção foi entusiástica.
Esse homem parecia colocar muita emoção em sua
música, de uma maneira apaixonante e heróica.
Ao final de um movimento a audiência rompeu-se em estrondoso
aplauso.
Mas o maestro
simplesmente continuou lá, de costas para a platéia,
tranqüilamente virando as páginas de sua partitura.
Finalmente, uma cantora no palco teve que puxa-lo pela manga
e apontar-lhe a platéia. Foi somente então que
Ludwig Beethoven, completamente surdo, virou-se e curvou-se
graciosamente.
Ele não
podia ouvir nada dos aplausos. Ele não podia ouvir nenhuma
nota do que estava regendo. Mas toda a sinfonia estava lá,
em sua cabeça, e ele lhe dava uma dramática e
gloriosa expressão.
Beethoven
tinha boas razões para apreciar aquela noite inesquecível.
De certa forma ele tinha estado compondo contra seu passado,
transformando feiúra e desapontamento em algo bonito.
Talvez ele se lembrasse de uma cena de anos atrás. Era
meia-noite; um garotinho encontrava-se em sono profundo na casa
dos Beethoven. Seu pai chegou cambaleante de uma taberna com
um colega de bebida e asperamente sacudiu Ludwig e o acordou.
O pai exigiu que ele tocasse piano para seu convidado. E então,
de bom grado e limpando as lágrimas da face, o garoto
foi até ao piano e começou a tocar - por horas.
O pai de
Ludwig sabia ser áspero e até cruel com seu filho.
Um colega de infância de Ludwig recorda que seu pai muitas
vezes usou de surras para forçá-lo a tocar piano.
Alguns acreditam que a surdez de Beethoven pode ser o resultado,
pelo menos em parte, do abuso que ele recebeu quando criança.
Então,
havia muita raiva e ressentimento dentro deste talentoso indivíduo
enquanto ele crescia. Mas felizmente ele encontrou uma forma
de expressa-los positivamente. Ele superou a prisão de
sua surdez. A música de Beethoven não é
apenas doçura e leveza. É também, clamor
e anseio. Mas ele expressou o mais profundo do seu íntimo;
transformou tudo isto num dom, um dom que emocionou profundamente
aquela platéia em Viena.
Você
sabe, o apóstolo Paulo também tinha marcas em
seu próprio passado que ele poderia ter tentado esconder.
Ele não se orgulhava de muitas coisas que haviam acontecido
em sua vida. Mas ele decidiu ser franco sobre isso; ele se recusou
a negar as marcas. Você pode sentir esta honestidade aqui
em II Coríntios capítulo 6, versos 11 e 13, estas
páginas, estas passagens simplesmente transpiram honestidade,
ele diz: "Para vós outros, ó Coríntios,
abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração.
Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos),
dilatai-vos também vós." (II Coríntios
6: 11 e 13)
As palavras
do apóstolo Paulo são claras. O primeiro passo
ao lidar com um passado doloroso é abrir o coração
- em vez de se fechar firmemente ao redor do ferimento.
Às
vezes, em lugar de tentar enterrar as cicatrizes, tentamos manobrar
para que outros as assumam. É claro que temos a quem
culpar na maioria das cicatrizes do passado. Mas freqüentemente
eles já estão fora de cena. Nunca tivemos uma
chance para confrontá-los, para perguntar por quê?
Talvez nunca tivemos a oportunidade de qualquer reconciliação
com eles.
E então
toda esta situação inacabada nos impele a culpar
o presente. Algumas pessoas estão sempre fazendo o papel
de vítima; elas se sentem desamparadas e mal compreendidas.
Querem que outras pessoas assumam a culpa por elas. E então
se tornam dependentes destas outras pessoas para tentar conseguir
que elas cuidem de suas necessidades. E, infelizmente, elas
sempre tentam fazer as outras pessoas se sentirem culpadas por
não satisfazerem suas necessidades.
Existem
outras maneiras de manipular; muitas outras maneiras de brincar
de vítima. As injustiças do passado tendem a nos
tornar injustos no presente. Nós nos tornamos involuntariamente
descorteses. Culpamos outras pessoas pelos nossos sentimentos,
em vez de assumir a responsabilidade por eles. Nos tornamos
muito dependentes; lutamos arduamente para fazer os outros se
sentirem em dívida conosco.
Mas, isto
não nos traz nenhum bem. O problema continua sem solução.
Toda a manipulação do mundo apenas nos traz de
volta ao problema. As cicatrizes permanecem. Não podemos
forçar outras pessoas a assumi-las.
O que podemos
fazer? Só uma coisa: transformar as cicatrizes em algo
positivo. O único meio de se livrar dos ferimentos é
se desfazendo deles.
Permita-me
sugerir uma alternativa prática para a manipulação
dos outros. Ela é chamada - perdão. Agora, perdão
é uma palavra muito difícil para as pessoas que
têm sido abusadas e traumatizadas por alguém. Elas
estão muito feridas, e o ofensor raramente está
arrependido.
Como perdoar
alguém que arruinou toda a sua vida?
Bem, de
fato, o ato de perdoar é um importante passo em evitar
que esta pessoa, arruíne o resto de sua vida. A lembrança
do abuso continua perseguindo porque você tem alimentado
isto com muita raiva e amargura através dos anos.
Bem, a raiva
faz sentido quando você sofre abuso. Na realidade, é
uma reação apropriada ao abuso. Como temos dito,
desabafar sobre a dor do passado é saudável. Mas,
algum dia, teremos que assumir a responsabilidade sobre como
continuaremos a reagir aos traumas do passado. Vamos ficar continuamente
remoendo isto, ou vamos transformar este passado negativo em
algo mais positivo?
Primeiro,
teremos que confessar nossa raiva para Deus e receber Seu perdão.
Não nós não somos responsáveis pela
injustiça feita contra nós, mas sim, somos responsáveis
pelo modo como reagimos continuamente a ela.
E então,
precisamos expressar a Deus perdão para o ofensor. Perdão
não significa dizer que o ofensor agiu certo. Não
significa justificar as ações dele ou dela. O
que o perdão significa é isto: libertar o indivíduo
da nossa condenação. Decidimos que não
iremos mais carregar um fardo de ressentimento e condenação
por toda parte. Vamos entregá-lo a Deus.
Ouça
estas maravilhosas palavras do apóstolo Paulo em Efésios
capítulo 4, verso 32. Pessoalmente, tenho visto Deus
usar estas palavras para transformar o rancor na vida das pessoas.
Ouça Efésios 4, verso 32: "Antes sede uns
para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns
aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou."
(Efésios 4:32)
Como podemos
perdoar o ofensor? Somente expressando o perdão que Deus
nos dá pregado na cruz orando: "Pai, perdoa-lhe,
porque não sabem o que fazem".
O perdão
nos liberta do fardo da condenação. Entregamos
o ofensor nas mãos de Deus. Impedimos que o ofensor destrua
o resto de nossa vida.
Uma mulher
de 48 anos, eu a chamarei de Janice, viu seu mundo arruinado
no dia de seu divórcio. Depois de 20 anos de casamento,
seu marido a deixou por uma mulher 20 anos mais nova. Ela perdeu
tudo, incluindo sua casa com todas suas preciosas lembranças
- seus filhos, família. O tempo passava, Janice via crescendo
sua amargura e desespero. Mas, ela começou a ler a Bíblia.
Ela estava procurando respostas para sua própria vida
e encontrou esta passagem em Efésios que nós acabamos
de mencionar. Ela decidiu colocá-la em prática.
Janice se ajoelhou e disse a Deus que estava perdoando seu esposo,
libertando-o de sua condenação.
Pouco tempo
depois disso, ela foi ao casamento de seu filho. Seu ex-marido
havia planejado encontrar com ela antes do ensaio do casamento
- sabendo que poderia ser um fim de semana muito difícil.
Ele achava que precisavam conversar.
No sábado,
na noite do encontro, Janice chegou cedo na igreja, sentou num
dos bancos e orou. Aquilo seria uma prova, mas ela reafirmou
sua promessa de perdoar e se livrar do rancor.
Então
ela escutou a porta dos fundos da igreja se abrir, e passos
vindo pelo corredor. Janice levantou e virou-se. Ali, vindo
pelo corredor, estava seu ex-marido de 48 anos com sua nova
esposa de 28 anos, uma mulher muito bonita.
Este era
o momento que Janice havia temido. Mas agora, havia algo em
seu coração, mais forte que o rancor. Ao se encontrarem,
Janice colocou a mão no ombro de seu esposo e disse:
"John, eu quero que você saiba que eu fiquei muito
magoada e irada com o que aconteceu com o nosso casamento, mas
eu o perdôo". E virou-se para a nova esposa dele
e disse: "Eu tenho pedido a Deus para perdoar o meu rancor,
e perdôo você".
Então
Janice disse aos dois: "Eu quero que vocês saibam
que eu farei o que eu puder para fazer deste, um fim de semana
maravilhoso". Então ela voltou e se assentou no
banco, tendo finalmente encontrado a paz.
Você
percebe, somente Cristo pode nos dar este tipo de paz. E somente
o perdão pode nos libertar de um passado doloroso. É
muito melhor ter alguma coisa para dar, do que algo negativo
a que se apegar.
Só
existe somente uma maneira de se livrar dessas velhas, dolorosas
marcas e cicatrizes, meus amigos: é se desfazendo delas.
Não podemos nos esconder de um passado doloroso; não
podemos negar um passado doloroso. Não podemos manipular
os outros para assumi-lo. Mas podemos transformá-lo em
uma dádiva; podemos nos desfazer dele.
Existe um
verso familiar em Romanos, capítulo 8, que os cristãos
mencionam muitas e muitas vezes quando estão enfrentando
dificuldades. Eu acho que tem um significado especial para aqueles
que estão tentando lidar com os ferimentos do passado.
É assim que a Bíblia viva traduz romanos 8, verso
28: "E sabemos que tudo quanto nos acontece está
operando para o nosso próprio bem, se amarmos a Deus
e estivermos nos ajustando aos planos Dele". (Romanos 8:28)
Deus pode
fazer com que todas as coisas contribuam para o bem. Podemos
também dizer: Deus faz com que todas as coisas operem
para uma dádiva. Ele pode nos ajudar a criar algo proveitoso,
algo positivo do sombrio e triste passado. Ele pode nos ajudar
a achar aquela viçosa margarida no meio do lamaçal.
Existe uma
razão específica porque Deus é especialista
neste tipo de trabalho. Ele passou por isto. Deus se dispôs
a sofrer o pior que pudesse existir a fim de nos oferecer a
maior dádiva.
Ouça
a descrição de Paulo sobre o grande ato de Jesus
na cruz, em Efésios 5, verso 2: "E andai em amor,
como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo
por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma
suave". (Efésios 5:2)
Paul está
falando sobre um horrível instrumento de tortura e humilhação:
a cruz romana. Ele está se referindo àquele dia
sombrio quando um homem inocente foi açoitado impiedosamente,
e zombado enquanto o sangue corria em suas costas. Ele está
se referindo à ocasião em que o cordeiro de Deus
foi levado ao massacre por homens cruéis e insensíveis.
Falar sobre
injustiça? Falar sobre as feridas e cicatrizes? Pense
no que poderia estar se passando na mente de Jesus enquanto
Ele pendia na cruz. Pense nas vozes que ecoavam em sua mente.
Judas cumprimentando-o,
traindo-o com um beijo. Seus três discípulos mais
chegados dormindo enquanto ele agonizava no Getsêmani.
Todos eles fugindo dentro da noite enquanto ele era preso.
A voz de
Pedro no pátio negando até mesmo que tivesse conhecido
Jesus. As estridentes e frenéticas expressões
da multidão gritando, "Crucifica-o! Crucifica-o!"
o som da água respingando enquanto Pilatos lavava as
mãos declarando: "Estou inocente do sangue deste
justo". A zombaria dos sacerdotes rodeando o local da execução.
Jesus poderia
ter ficado amargurado com seu sofrimento. Ninguém parecia
compreender. Ninguém apreciava seu infinito sacrifício.
Mas, milagrosamente,
Jesus não foi derrotado pela situação.
Ele não se envolveu na dor. Em vez disto Ele a transformou
numa dádiva. Paulo nos conta que Jesus "deu a si
mesmo por nós". Ninguém tirou-lhe a vida.
Ele a deu livremente. E como resultado, aquela cena de horror
e matança se transformou numa "oferta e sacrifício
perfumados para Deus". Se tornou a dádiva suprema.
Deus faz
com que dádivas inestimáveis apareçam onde
menos esperamos. E o Cristo que transformou a cruz de um instrumento
de horror em um instrumento de salvação pode ajudá-lo
. Ele pode transformar suas cicatrizes em algo positivo, algo
que você possa dar. Ele passou por isto. Ele tornou isto
possível.
Amigo, você
tem fingido sobre seu passado? Ficar negando a verdade, requer
muita energia. Você tem tentado forçar outros a
manipulando os outros de diversas maneiras?
Jesus tem
uma saída, uma sugestão simples para você.
Livre-se de suas cicatrizes se desfazendo delas.
A dor pode
lhe dar uma empatia especial para com aqueles que estão
em dificuldade. Você pode usá-la para ajudar as
pessoas. Sua tragédia pode lhe dar discernimento, energia
para contribuir de maneira positiva.
Jesus pode
ajudá-lo a encontrar este dom. Deixe-o começar
a trabalhar em sua vida agora mesmo. Abra o coração
para ele. Abra todos os cantos escuros; todos os segredos do
passado. Seu infortúnio está seguro com ele. Leve-os
a ele agora mesmo, aos pés da cruz.
ORAÇÃO
Querido
pai, nos achegamos a Ti, neste momento, com a carga do passado.
Estamos sobrecarregados de todas as formas, mas queremos colocar
tudo aos pés do Salvador que transformou crucifixão
em vida eterna. Confessamos nossa necessidade; confessamos o
modo pecaminoso com que tentamos lidar com nossos problemas.
Te agradecemos por Teu generoso perdão e graça.
Obrigado por Teu espírito criador. Agora, faça
todas as coisas trabalharem juntas para o bem, em uma dádiva
e ajudá-nos a crescer com esta dádiva. Em nome
de Jesus, amém. |