Guia completo sobre saúde com descrição e importância dos principais alimentos naturais(frutas, verduras, etc.).

Prevenção e tratamento natural das principais doenças.

Também você terá centenas de receitas vegetarianas.


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Cap. 09 - Doenças do Aparelho Digestivo
Intestino
Absorção de Substâncias Através do Intestino -- O funcionamento anômalo do intestino, especialmente a prisão de ventre, é um dos males mais espalhados e ao qual se presta menos atenção no nosso tempo. Contudo é tanto mais importante quanto o intestino tem de cumprir uma grande função no estado de saúde e na capacidade de rendimento. O intestino significa para o homem o que a raiz é para as plantas. A todos nos parece evidente que uma planta não se desenvolve se não tiver raízes normais. O mesmo acontece nos homens.

Assim como as plantas adquirem o seu vigor das riquezas da terra com a ajuda do seu sistema radicular, da mesma maneira as velosidades intestinais se introduzem na massa de substâncias ingeridas. O intestino são, com a sua abundante velosidade que aumenta consideravelmente a sua superfície interior, obtém de um bolo alimentar de composição natural e normal as energias necessárias para a sã estruturação dos órgãos e dos tecidos, para a renovação, do sangue e o desenvolvimento do organismo.

A base inicial da alteração no funcionamento do intestino reside, portanto, numa alimentação antinatural e desequilibrada. Influi tanto na função das bactérias intestinais (colibactérias) e na sua atividade, que podem chegar a produzir substâncias tóxicas que ameacem a nossa saúde. Em primeiro lugar, as paredes do intestino não podem permitir por si mesmas a introdução de tóxicos. Mas, à larga, cedem as células das velosidades à irritação permanente de produtos tóxicos do metabolismo e tornam-se permeáveis. Fica assim desfeita a primeira barreira defensiva. Mas também,as restantes barreiras e filtros, constituídos pelos pulmões e pelo fígado, não podem resistir à persistente sobrecarga da sua capacidade antitóxica e então essas matérias prejudiciais chegam ao sangue e, arrastadas por este, a todos os órgãos.

Conseqüências da Auto-intoxicação -- As conseqüências são inevitáveis. Se a penetração dos tóxicos na circulação do sangue em grandes massas se verifica durante muito tempo, apresentam-se enfermidades agudas, como urticária, asma, febre do feno, reumatismo, alterações cutâneas e manifestações tóxicas do sistema nervoso central, como dores de cabeça, insônia e estados de excitação e transtorno mental. Todo o sistema de desintoxicação do corpo trabalha então com atividade febril. Para isso, como se sabe por experiências, é necessária uma grande quantidade de vitaminas. Mas se estas não forem fornecidas em quantidade suficiente com os alimentos, a pobreza vitamínica pode motivar, por si mesma, maior intoxicação. Sabe-se que o consumo insuficiente de vitamina B tem dado lugar a alterações da absorção, com o que certos tóxicos intestinais se introduzem no sangue e, por um desequilíbrio do mesmo sistema nervoso, podem causar inflamações articulares.

Se, apesar de um abundante consumo de alimentação, a vitamina B1 se apresentar em quantidade insuficiente, ternos uma prova de que a função intestinal é anormal e de que se abriram as defensivas antitóxicas. Está cientificamente demonstrado que há uma variedade de colibactérias que destroem imediatamente a vitamina C.

A influência no «cultivo» bacteriano intestinal de uma nutrição errada (ou de numerosos medicamentos, entre os quais as sulfamidas e os antibióticos impede as reações construtivas de uma série de importantes vitaminas, como são as oito seguintes: biotina, ácido pantotênico, ácido paraminobenzóico, amida do ácido fólico, lactoflavina, ácido fólico, vitamina B12, e vitamina K2. É certo que uma flora bacteriana intestinal normal é essencial para a boa conservação da saúde.

Sintomas e Tratamento da Auto-intoxicação -- Há sempre que pensar em auto-intoxicação do intestino quando se apresentam os seguintes sintomas gerais se não se descobrirem outras razões: rápido cansaço, muitas vezes já de manhã, dores de cabeça, irritação, depressão, baixo rendimento, apatia para o trabalho, inapetência, cor amarelada ou amarelo-pálido do rosto e do corpo.

Tal estado precisa de um tratamento grande e a fundo, se se quiser recuperar a capacidade de rendimento e a alegria de viver e evitar transtornos orgânicos incuráveis. De nada serve neste caso o consumo de qualquer dos inumeráveis laxantes.

Um conhecido médico inglês pôde demonstrar que uma pessoa que sofre de prisão de ventre crônica alberga no seu corpo 34 tipos distintos de toxinas, algumas das quais são mais ativas que o pior veneno de serpente.

A cura dietética da prisão de ventre crônica, quer na forma atônica quer na espasmódica, tem de satisfazer em termos gerais duas exigências:

1. Evitar todo o tóxico intestinal. 2. Mudança para uma alimentação mais rica possível em celulose.

Segundo o Prof. Becher, todos os venenos do intestino procedem, em última análise, da alimentação, e sobretudo da albumina na nutrição. Formam-se da albumina por desdobramento bacteriano.

Por isso, para suprimir essa causa tóxica no intestino doente, deve-se prescindir dos alimentos cárneos e submeter-se, como nas doenças hepáticas e biliares, a um regime lactovegetariano.

A noz, nas suas diversas formas de preparação, não só é um complemento valioso como, sobretudo o doce de noz, é um alimento melhor que a carne.

A segunda exigência, que consiste na mudança para um regime rico em resíduos, consegue-se melhor mediante o abundante consumo de alimentos frescos, legumes, saladas e produtos cereais, como papas de cereais frescos e pão integral.

Como é natural, na preparação deste regime deve-se suprimir completamente o emprego de gorduras animais, substituindo-as por manteiga ou, melhor ainda, por óleos prensados a frio (azeite de oliveira, semente de girassol, noz, germe de cereal, óleo de linho, etc.).

Se quisermos tornar mais eficaz o regime rico em matérias não digeríveis, sem carne e lactovegetariano, tomar de manhã em jejum cinco ou seis ameixas ou figos secos previamente colocados de molho e antes de cada refeição uma colher grande de óleo de linho fresco. A atonia intestinal e a prisão de ventre que não sejam resolvidas por estes remédios dietéticos exigem tratamento clínico, pois devem obedecer a outras enfermidades primárias ou graves estados secundários.

Exemplo de Dieta Ácida (com 1.500 Calorias, Aproximadamente) -- A alimentação deve ser constituída principalmente por produtos derivados da fermentação do ácido láctico, como são os leites azedos ou coalhados, o soro de leite, couve azeda e o seu suco, queijos com óleo de linho ou de girassol. Este tipo de alimentação está na atualidade muito facilitado pelos produtos que se vendem no comércio de regimes dietéticos, de grande valor qualitativo, como couve fermentada, produtos lácteos de toda a espécie, sucos de tomate, de cenouras e chucrute. -- De manhã: 100 g de suco de couve fermentada (como regra, todas as manhãs) ou uma xícara de infusão de malvas com uma colherinha de suco de limão. - Desjejum: 100 g de frutas ácidas (laranja, groselha preta) ou a sua correspondente quantidade de suco. -- Almoço: 100 g de frutas (maçãs ácidas raladas). 200 g de requeijão frito ou qualquer outro assado de vegetais. 200 g de couve fermentada, salada feita com, nata ácida ou com feijões ácidos. 50 g de batatas descascadas. 10 g de óleo de girassol.-- Lanche: 150 g de soro de leite, coalhada ou leite de amêndoas e um biscoito de farinha integral. -- Jantar: 200 g de chá, 50 g de pão integral ou tostado. 100 g de queijo; 10 g de manteiga; 200 g de salada; 100 g de compota com três colheres de sopa de sementes de linho frescas descascadas, três ameixas secas picadas e um figo. Preparam-se todos os elementos de manhã, e mantêm-se durante todo o dia numa xícara de água.

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