contém quase todas as vitaminas e auxonas, pode considerar-se a
clara desprovida absolutamente delas. Naturalmente, a cocção
do ovo prejudica tanto a albulmina da clara como os elementos
vitais da gema. Por muito valioso que o ovo pareça
por causa do seu elevado teor de componentes nutritivos e
ativos, não devemos esquecer a redução
deste valor pelo emprego do calor. Em geral, exagera-se bastante
a eficácia do ovo como alimento. O valor alimentício
de um ovo de galinha corresponde ao de 40 g de carne gorda
ou a 150 g de leite. A clara é tão rica em albumina
como o leite, e o mesmo se passa com a lecitina; ao ovo, porém,
faltam a glicose e as bases. Portanto, não constituindo
o ovo uma alimentação completa, não se
justifica o seu consumo abundante.
Efeitos Sobre o Organismo -- Devem consumir-se apenas ovos
frescos, combinados com saladas, batatas e legumes. Com respeito às crianças,
é necessária
a máxima prudência, por causa do efeito estimulante do consumo de ovos no
desenvolvimento sexual. É-lhes mais conveniente o leite. As crianças com a
denominada «diátese exsudativa», isto é, com marcada tendência para as
inflamações, devem abster-se completamente do consumo de ovos. O emprego destes
na cozinha, como meio aglutinante ou para abrandamento, é freqüentemente exagerado. A clara tem a propriedade muito conveniente
para a técnica culinária de se poder bater e formar uma espuma estável e que
revolvida numa pasta proporciona um excelente produto para ser levado ao forno.
Precisamente o grande consumo de ovos depressa leva a um excesso de albumina,
com conseqüências prejudiciais muito parecidas às que enunciamos com respeito à
alimentação cárnea. Por isso, os ovos devem ser tomados com muita precaução. As
pessoas anêmicas ou fracas podem tomar um ovo cru com suco de fruta ou uma gema
batida sempre e quando o médico determinar.