Esta planta não tem grandes exigências com respeito à
espécie do solo. Semeia-se em filas a 20 cm de distância;
germina em catorze dias, sendo a capacidade de germinação
aproximadamente de 70 %. A colheita faz-se durante o período
da floração.
Composição e Propriedades -- As matérias ativas conhecidas até
hoje são: tanino (4,17-7,9 %), cimol, terpenos e fenol.
O teor
relativamente alto de tanino produz um efeito adstringente, que se citava nos
textos de herborologia medievais e foi confirmado pela moderna investigação de
plantas medicinais. Por isso, conta-se hoje com a segurelha como remédio entre
as drogas de efeitos adstringentes.
Emprego Medicinal -- A segurelha aplica-se nas diarréias ligeiras
e nos catarros gastrintestinais. Também influi beneficamente nas cólicas
intestinais. Em tais casos prepara-se uma infusão de segurelha fresca, ou
melhor, seca, deitando uma colherada grande do vegetal seco numa xícara de água
fervente, deixando-a repousar tapada durante quinze minutos; filtra-se
seguidamente e bebe-se quente várias vezes por dia.
Emprego Como Condimento -- Em todas as partes onde se aconselha pela antiga
cozinha o uso de pimenta pode empregar-se segurelha, que nalgumas regiões se
chama pimenta silvestre. Acrescenta-se muitas vezes aos legumes verdes
frescos (feijão verde), legumes secos, pepino, assados vegetarianos, hortaliças
e molhos. Nos legumes secos e variedades de couves produz efeitos
antiflatulentos. Nas saladas de batata ou de pepino e nas sopas de legumes secos
ou de batatas acrescenta-se segurelha fresca muito picada. Seca e pulverizada
pode empregar-se para o purê de tomate, nas saladas de ervas, maionese, guisados
de cogumelo e nas saladas verdes. Também não devem faltar algumas folhas nas
saladas de plantas silvestres e alimentos crus.