A plantação deve renovar-se de cinco em cinco anos.
Antes de dar flor e em tempo seco e quente, cortam-se-lhe as folhas.
Fazendo-o com freqüência multiplica-se-lhes o crescimento. Uma vez separadas
todas as impurezas, secam-se as folhas o mais rapidamente possível num lugar
arejado e sombrio. O tempo úmido durante a secagem prejudica o bom aspecto das
folhas. A melhor maneira de conservar as folhas, uma vez secas, é guardá-Ias em
recipientes hermeticamente fechados.
Composição e Propriedades -- As matérias ativas até agora
conhecidas são: 0,15% de óleo essencial, assim como aloés, tanino, resina e
mucilagem.
Emprego Medicinal -- O óleo essencial é capaz de atuar como
dissolvente de congestões e como analgésico, sendo os seus efeitos muito
semelhantes aos do óleo da hortelã-pimenta. A erva-cidreira é muito própria para
mulheres e crianças delicadas e débeis.
O óleo e a essência de
erva-cidreira, empregados exteriormente, amortecem as dores de dentes, dos
ouvidos e da cabeça, assim como as enxaquecas. Para uso interno, 20 g de folhas
tomadas em infusão diariamente acalmam os estados nevrálgicos e traumáticos, os
estados gastrintestinais semelhantes à cólica e são um calmante para os vômitos
nervosos das mulheres grávidas. Especialmente nas mulheres e nas jovens
anêmicas, a erva-cidreira quase sempre influi favoravelmente nos períodos débeis
e dolorosos. A sua eficácia deve atribuir-se à maior irrigação dos pequenos
órgãos da pélvis. O efeito calmante e soporífero desta planta nos nervos e no
cérebro e a considerável eficácia como antiespasmódico e como reconstituinte do
aparelho gastrintestinal, do coração e da matriz, dão à erva-cidreira um lugar
importante como planta medicinal.
Uso Como Condimento -- Em todos os cozidos que levem limão, podem
também empregar-se folhas frescas de erva-cidreira, especialmente em saladas, sopas, molhos, regime dietético, legumes crus,
sopas de fruta, sobremesas de leite e sucos de frutas. A erva-cidreira não deve
ser cozida com o alimento, pois perde o sabor.