Devem consumir-se frescas, embora se possam conservar, em despensas, sem
se lavarem e em areia.
Princípios Ativos -- O elemento ativo no rábano silvestre é o óleo
de mostarda que se liberta do glicósido sinigrina por meio do fermento mirosina
na raiz ralada. Encontram-se também sacarose, asparagina, glutarrima, pentosanas
e ácidos orgânicos.
Uso Como Remédio Terapêutico -- Empregado exteriormente, é
comparável em eficácia à mostarda. O rábano silvestre fresco utiliza-se, tal
como a mostarda, como excitante da pele na forma de sinapismo para dores
musculares, nervosas, gástricas e reumáticas. Também é recomendável para
picadas de insetos e para as frieiras. Muito diluído pode aplicar-se em uso externo para
sardas, manchas de origem hepática e acne vulgar.
Interiormente, este rábano excita todas as glândulas das vias
gastrintestinais, incluindo o fígado e o pâncreas, de modo que pode empregar-se
com êxito na alimentação de doentes de digestão débil. Atua como excitante das
funções renais e ainda de modo curativo nas doenças bacterianas dos rins, da pélvis renal e das vias
urinárias de evacuação. Desempenha portanto um grande papel na alimentação,
especialmente para doenças da pélvis renal e da bexiga. Por causa dos seus
efeitos bactericidas, de excreção das mucosas e de suavização da tosse,
emprega-se nos catarros faríngeos bronquiais e pulmonares, assim como rias
anginas. O rábano e o mel, tomados juntos, durante muito tempo, exercem um
efeito favorável de excitação geral das glândulas e do metabolismo, favorável
aos doentes de reumatismo e de gota.
Uso Como Condimento -- Como condimento usa-se em molhos, saladas e
consome-se cru. A adição de algumas rodelas de rábano silvestre é recomendada
nas conservas de abóbora, beterraba e pepino.