Algumas espécies e variedades, no entanto, produzem simultaneamente
tubérculos subterrâneos e tubérculos ou
bulbos aéreos, já semelhantes, estes, pelo aspecto
geral, à túbera subterrânea, já completamente diferentes,
assemelhando-se, também pelo aspecto geral, a um fruto.
Está neste caso o cará sapateiro, que é
a Dioscorea bulbifera. Esses bulbos são longo-achatados,
em forma de moela, têm a casca ou pele lisa cor verde-claro
a plúmbea, parecendo mais a um fruto. É menos
apreciado (quase desprezado) do que o cara comum da terra.
A composição química dos dois é
praticamente a mesma.» - Ibidem.
0 cará possui água, 68,4 %; proteínas, 2,0 %; matéria graxa, 0,1;
hidratos de carbono, 27,3; fibra, 1,1; e cinza, 1,1.
As pesquisas do Prof. Moura Campos revelam que o cará apresenta boas
taxas de vitaminas B1, B2 e B6.
O cará encerra um fator
capaz de elevar notavelmente o apetite (Camargo e Moura Campos), garantindo uma
ingestão quase dupla de alimento.
R. Descartes de Garcia Paula conclui suas observações dizendo que, «pelos
motivos expostos é de se lamentar não ser o cará objeto de maior consumo em
nosso país. Consumo que poderá e deverá crescer quando forem melhor conhecidas
suas reais qualidades.» - Alimentos, pág. 179.