Nas disposições agrárias . de Carlos Magno já
aparecem citados. Bem maduros podem consumir-se crus.
Toda a dona de casa que alguma vez tenha provado a saborosa marmelada,
geléia ou pasta de marmelo, não deixará de as querer também fazer. Os marmelos
contêm tal quantidade de pectina que não necessitam de
outros produtos gelatinosos. São também apropriados para sucos, compotas e
pastelaria. Quando se cozerem, cumpre ter em conta que as frutas cozem tanto
mais depressa quanto menos água absorverem. O mais prático é empregar uma
peneira de vapor. A panela para cozer só deve levar dois dedos de água, por cima da qual deve estar a
peneira com os marmelos, que com pouco fogo se impregnam de vapor. No
receituário deste livro encontram-se alguns exemplos, pois esta preparação é
pouco conhecida.
Efeito em Todo o Tipo de Catarros -- O rico conteúdo dos marmelos
em pectina, tanino e substâncias gelatinosas fez com que na Idade Média se
aplicasse o marmelo com remédio curativo para a diarréia. Assim também se
justifica o seu emprego nas inflamações de outras mucosas, como, por exemplo, a
traquéia, os brônquios e o estômago.
A semente do marmelo (Semen cydoniae) proporciona-nos uma valiosa
geléia vegetal pelo seu emprego medicinal nas inflamações da faringe, nas
bronquites; como portadora de uma medicina excitante especial também presta
valiosos serviços, embora em geral seja muito forte. Quando se cozem 5 g de
sementes de marmelo triturados com 5 g de água e se lhes mistura xarope de
malvaísco, obtêm-se um remédio natural que pode consumir-se às colheradas nos
catarros da faringe e dos brônquios.