Cap. 01 - Regras
Fundamentais da Arte Culinaria |
 |
E
agora, para facilitar ` dona de casa a sua tarefa
cheia de responsabilidade e de tco grandes conseqüências,
ha que ter em conta as seguintes regras, que solucionam
os problemas ati aqui apresentados:
1.
Todas as refeigues devem comegar com alimentos crus,
conforme o permitir a ipoca do ano. A nossa nutrigco
exige que estes alimentos constituam, como mmnimo,
a dicima parte do regime total.
|
|
2.
Uma alimentagco em que predomine farinha integral, leite e produtos lacteos,
nozes, frutas, legumes, verduras, tubirculos e ramzes raladas, batatas cozidas
sem descasca-las, frutos tropicais, pco integral e, azeite vegetal extramdo a
frio, considerando completamente ocasional a carne, o peixe, os ovos e os
[(,gumes secos - tudo isto conserva o homem sco e aumenta-lhe a capacidade de
rendimento.
3.
Uma alimentagco que consista predominantemente em produtos cozidos, carne,
gorduras consistentes animais e vegetais, batatas cozidas descascadas,
conservas, pastas, sjmolas, farinha branca, arroz branco, pco branco, agzcar
branco, sal branco, cha, cafi e muito pouco leite - i uma nutrigco sem nenhum
valor, que a longo prazo leva a alteragues enfermigas crtnicas. Sco estas a base
para a formagco de alteragues celulares (cbncer) e o ambiente mais propmcio para
a criagco e multiplicagco de bactirias nocivas ` sazde.
4 .
A znica medida para calcular pessoalmente se a alimentagco i apropriada i
constitumda pelo bem-estar e capacidade de rendimento, e nco pelos quadros de
calorias nem pelos sistemas de alimentagco.
5.
A simplicidade e a moderagco na alimentagco sco normas que nenhuma teoria nem
doutrina alimentar tjm podido destruir.
6.
Para comer i necessario tem-
52
po
e esse tempo deve dedicar-se ` mastigagco. Por isso, a alimentagco deve incluir
algo que se mastigue. O pco integral, as nozes e as frutas devem recomendar-se
cuidadosamente.
7.
Ss os alimentos naturais crus i que sco autjnticos alimentos.
8.
A quantidade de consumo de sal esta numa proporgco inversa com a qualidade dos
alimentos. Para um alimento que conserva todo o seu valor, o juntar-lhe sal nco
ss i supirfluo como tambim prejudicial. Os alimentos naturais contjm quantidades
suficientes de ssdio e de cloro, os dois elementos componentes do sal.
9.
O olfato intervim na comida; o aroma e o gosto dos alimentos influem na sua
qualidade e na sua utilidade.
10.
O profundo respeito para com a Natureza implica um profundo respeito pelas
maravilhas da alimentagco e suas conseqüências.
Quem depois destas explicagues necessarias sobre as insuficijncias do
nosso atual mitodo de alimentagco se der ao trabalho de me seguir no mundo
maravilhoso, variado e misterioso de cada um dos nossos alimentos, obtera para
si e para os seus uma fortuna. Nisso sera auxiliado pelo depssito inesgotavel da
Natureza e pelo espmrito que a anima.
Antes de nos dedicarmos a cada um dos varios alimentos, daremos
esclarecimentos sobre um problema fundamental. I necessaria uma colaboragco
cheia de compreensco entre midicos. bromatslogos, agricultores, criadores de
gado, qummicos, se quisermos realmente chegar a uma solugco satisfatsria do
problema de obter uma alimentagco racional. Em todo o caso, fica de pi a velha
verdade de que as plantas, os animais e os homens ss se podem desenvolver e
manter-se scos num solo tambim sco. I nosso propssito principal aproveitar,
dentro dos limites impostos pelas leis naturais, as possibilidades que nos
oferece o trabalho e o solo, o cultivo das plantas e a criagco de animais para
participarmos realmente na grande obra criadora da Natureza e chegarmos a obter
uma verdadeira agricultura de exploragco da Natureza.
Mas
se pretendermos apenas aproveitar as relagues biolsgicas sem respeitar a lei
natural e pensarmos apenas no benefmcio a obter, entco a Natureza voltar-se-a
contra nss mesmos, respondendo-nos com a infertilidade do solo e com as doengas
das plantas, dos animais e do homem.
Em
todas as medidas agrmcolas deve-se ter sempre presente que hco de servir nco ss
para produzir a quantidade necessaria de alimento como tambim para melhorar a
sua qualidade e aumentar o seu valor biolsgico.
Se,
porim, o cultivo das plantas, a obtengco de alimentos nas hortas, nos campos e
nos rebanhos se efetuarem conforme as leis biolsgicas basicas, entco, de uma
terra sc surgira uma vida sc.
Quadro das
Vitaminas Mais Importantes Para o Homem
A) Vitaminas
lipossolúveis |
Denominação
alfabética |
Denominação
química |
Função
característica |
Modo de
atuação |
Fontes
naturais |
Vitamina
A
(Provitamina:
carotenos) |
Axeroftol |
Vitamina de
proteção
epitelial, antiinfecciosa
e antixei oftálmica |
Para o estado e função
normais da pele, niucosas e outras céluIas de revestimento das glândulas
salivares. Protege o fígado. É provável a sua considerável influência no
desenvolvimento corporal. |
Nas plantas como
provitaminas
(carotenos). As printipais fontes vegetais de vitamina A
são: Favas.
Cevada. Laranjas.
As fontes animais são:
Óleo de
fígado de bacalhau. Manteiga.
Gema de ovo.
Leite
completo.
Nata.
Queijo |
Necessidades diárias
do hornem |
Fenônenos
produzidos pelas
carências vitamínicas |
Doenças
que o emprego de vitamina cura ou melhora |
Adultos:
5000 U.l.
(Unidades Internacionais) aproximadamente.
6000 U.I. na gravidez,
aproximadamente.
8000 U.I. na
amamentação
aproximadamente.
Crianças:
Menos de
1 ano, 1500 U.I.
aproximadamente.
De 1-3 anos, 2000 U. I.
aproximadamente.
De 4-9 anos, 2500-3500 U.I.
aproximadamente.
De
10-12 anos, 4500 U.I.
aproximadamente.
Moças:
De 13-20
anos, 5000 U.l.
aproximadamente.
Rapazes:
De 16-20
anos, 6000 U.l.
aproximadamente.
1 U. 1. corresponde
aproximadamente a:
0,6 Y de 3 caroteno. O
,3 Y de álcool de viramina A. O ,344 Y de acetato de vitamina
A.
Uma criança, na idade
escolar, cobre quase toda a sua nessidade de vitamina A com meio litro de
leite. |
Secura e
queratinização das células, cura deficiente das feridas, alterações e
menor capacidade defensiva das mucosas contras as infecções, secreção de
ácidos no estômago, tendência para a formação de cálculos, tendência para
a diarréia, endurecimento das células de revestimento dos olhos, cegueira
noturna. |
Durezas da pele, como
calos, olhos de galo, verrugas, pele seca, doença de Darier (com espinhas
calosas, compactas, arredondadas ou em bico, tonalidade entre pardo e
avermelhado, muitas vezes excrecências em forma de couve-flor), acne
vulgar (glândulas sebáceas inflamadas), ictiose, queimaduras, úlcera de
raios X, varizes, ozena, inflamação da laringe e dos brônquios, inflamação
da laringe, inflamação das mucosas da boca, do estômago, com escassez ou
falia de ácido, úlcera do estômago e duodeno, inflamação da mucosa do
intestino grosso, cegueira noturna, amolecimento e descolantento da
córnea, queratose e queratomalacia. Doença de Basedow, funcionamento
excessivo das glândulas salivares, cirrose hepática- Repetição de
abortos.
Formação de cálculos
nas vias urinarias. Secura e estreitantemo dos órgãos sexuais externos
femininos, doença não infecciosa da mucosa da
vagina. |
Denominação
alfabética |
Denominação química |
Função
característica |
Mudo de atuação |
Fontes naturais |
Vitamina D
Vitamina
D3 |
Calciférol
A vitamina D3 é
a provitamina natural que
antigamente se denominava «vitamina D». A vitamina D3 é um produto de
irradiação do 7 - dehidrocolesterol. A vitamina D2 ou calcifecol é um
produto de irradiação do ergosterol. |
Vitamina anti-raquítica. |
Regula o metabolismo do fósforo e do cálcio. Melhora,
essencialmente, o metabolismo do cálcio e permite a formação do complexo
de cálcio-fósforo, necessário para a ossificação normal. Fomenta o
desenvolvimento.
Também devem corresponder às vitarrimas D outros
efeitos, até agora desconhecidos.
Já se conhece a sua relação com a
glândula paratircóide que regula sobretudo o metabolismo do
cálcio. |
Em óleo de fígado de peixes (emulsões de fígado de bacalhau, atum,
mero), leite, ovos, manteiga, levedura. |
Vitamina
E |
Toculecol. |
Vitamina da
repiodução, utiesterilizante. |
Regula o metabolismo
da glândula pituitária (hipófise) e influi assim sobre o metabolismo
dos hidratos de
carbono, do hidrogênio e, sobretudo, dos órgãos sexuais. Atua, também
sobre o metabolismo muscular, sobre os vasos ( apilares, facilitando a
sua renovação e melhorando a circulação. É importante, além disso, o
efeito regenerador nos tecidos conjuntivos. |
Grãos de cereal e seus
azeites, legumes e verduras, gemas de ovo, leite e manteiga. |
Denominação
alfabética |
Necessidades diárias no hornem |
Fenômenos
produzidos pelas carências vitamínicas |
Doenças
que o emprego da vitamina cura ou melhora |
Vitamina D
Vitamina
D3 |
Adultos e crianças:
400-800 U.l.
Durante a gravidez e
amantamenração:
800-1000 U. I.
Abortos:
800-1400 U.L
Uma U.l. corresponde a
0,25 gramas de vitamina D2 e D3 pura.
Uma unidade clínica
corresponde a 100 U.l. |
A presença de vitamina
D no organismo deve ser completada, continuamente, pois, do contrário,
produz-se
um rápido
empobrecimento de vitamina D. Nos lactentes ou infantis, a falta de
vitamina D leva ao raquitismo, e à queda prematura dos dentes. Estes não
se desenvolvem, estão mal colocados ou apresentam defeitos de estrutura.
Nas crianças mais
crescidas e nos adultos, apresentam-se sintomas evidentes de raquitismo,
tais como anomalias e deformações do tórax, pélvis, articulações, «colar
raquítico» e fraturas de ossos. |
Redução e
desaparecimento do raquitismo, das tendências epilépticas infantis,
estímulo do desenvolvimento dental, enfraquecimento ósseo, descalcificação
óssea, reumatismo articular crônico, eczema crônico, tuberculose óssea
articular, cutânea e mucosa (lupus vulgaris). |
Vitamina
E |
Não se sabe, com
segurança. Calcula-se para o lactente em 5
mg e para o adulto de
10 a 25 mg. |
Em várias espécies de
animais a falta de vitamina E produz uma atrofia das glândulas germinais
(órgãos sexuais), que, em parie, irão se podem regenerar. Noutras
espécies, a falta de vitarnina E leva a uma degenerescêricia
de toda a musculatura
dos órgãos de movimento, dos órgãos internos ou dos músculos cardíacos.
Muitas vezes,
observa-se com a falia
de vitamina E uma lesão dos diversos componentes do tecido conjuntivo,
nomeadamente no sistema circulatório. A falta de vitamina E causa nos
animais degenerescência do fígado e hemorragias, quando falha a função de
proteção hepática da vitamina E a respeito de lesões provocadas pela
alimentação.
Nos homens tornam-se
muito difíceis de comprovar os diferentes sintomas de insuficiência. |
1)
Perturbações nos órgãos de reprodução, tais como: parto prematuro, aborto,
menstruação fraca ou irregular, deficiências nas idades críticas e na
gravidez, formação defeituosa do leite.
2)
Tendência para partos prematuros e dificuldades de crescimentoe
desenvolvimento, durante a amamentaçao.
3) Doenças
dos sistemas nervoso e muscular, sobretudo fraqueza muscular, depois de
infecções.
4) Doenças
do tecido conjuntivo, especialmente as de tipo reumático, como ciática,
torcicolo e reumatismo muscular e nervoso.
5) Doenças
cardíacas e circulatórias de tipos diversos
6) Queda
dos dentes (parodentose)
7) Mau
cheiro das fossas nasais.
8) úlceras
nas pernas. |
Designação alfabética |
Designação química |
Função
característica |
Modo de
atuar |
Fontes
naturais |
Vitamina K |
Filoquinona |
Vitamina
anti-hemorrágica coagulante. |
A vitamina K faz com
que o fígado segregue protrombina, Fermento necessário para a coagulação
normal do sangue. |
Legumes (sobretudo
espinafres e as folhas da couve-flor e o repolho), batatas, óleo vegetal e
frutas (especialmente tomates, morangos) e gordura de
fígado. |
B) Vitaminas
hidrossolúveis
Designações alfabética e química. Função
característica |
Modo de
atuar |
Fontes
naturais |
Necessidades diárias no homem |
Vitamina
B1
Aneurina
Tiamina.
Vitamina antineurítica
Vitamina
antiberibérica. |
Unida a uma molécula
de proteína específica, a vitamina 13 desempenha importante papel no
metabolismo dos hidratos de carbono (carboxilase). Intervém no metabolismo
dos hidratos de carbono. A sua falia produz, por exemplo, a acumulação de
ácido pirúvico como substância residual no metabolismo e dá origem, por
isso, ao aparecimento de graves doenças, especialmente no sistema nervoso.
A vitamina B1 é, sobretudo, uma decisiva substância ativa, no sistema
nervoso. A necessidade do seu consumo aumenta no sistema nervoso,
consideravelmente, quando se efetua um forte trabalho muscular, com uma
alimentação em que predominam hidrocarbonatos. Da mesma maneira, no
metabolismo dos hidratos de carbono participa também, a vitamina B1, no
metabolismo de gorduras e proteínas, pois que também intervém o ácido
pirúvico, como substância intermediária. Por sua vez, também são
necessários outros fatores do grupo de vitaminas B. |
Cascas e gérmen de
cereais, arroz, levedura, legumes, frutas, batatas e leite humano e de
vaca. |
Homem: 1,2-2,0 mg.
Mulher: 1,1-1,5 mg. Durante a gravidez. e lactação, 2,0 mg. Crianças
abaixo de um ano, 0,4 mg, aproximadamente.
Entre um e doze anos:
0,6 - 1,0 mg.
Na
adolescência:
Rapazes: 1,5 - 1,7 mg. Meninas: 1,2 - 1,3 mg.
1 U.I. corresponde a 3
gramas (isto é, 3/1000 mg de aneurina). |
Designações alfabética e química. Função característica |
Necessidades diárias no homem |
Fenômenos
produzidos pelas carências vitamínicas |
Doenças
que o emprego da vitamina cura ou melhora |
Vitamina
B1
Aneunina.
Tiamina.
Vitamina antineurítica.
Vitamina
antiberibérica. |
Os adultos necessitam
de uns 4 mg.
A U.I. não está,
ainda, determinada. |
Tendência para
hemorragias, tendo em conta que, ou não se consome suficiente vitamina K
na alimentação, ou então, a produção própria vê-se dificultada por doenças
bacterianas intestinais, ou a absorção através do intestino é afetada por
lesões na mucosa intestinal, ou há transtornos intestinais, hepáticos ou
bifares.
As hemorragias nos
tecidos subcutâneos e musculares, no intestino e noutros órgãos podem ser
sintomas de falta de vitamina K. |
Tendência para a
hemorragia, por falta provável de protrombina. Tal estado aparece
sobretudo nas doenças que provocam a obturação dos canais biliares
(cálculos, úlceras, inflamações crônicas) e lesões hepáticas. A vitamina K
demonstrou também a sua eficiência para as hemorragias dos vasos cutâneos,
tensão alta, tendência para hemorragias nasais, profilaxia de extrações
dentais e de operações da garganta e do nariz.
A vitamina K também
combate a cárie. |
Designações alfabética e química. Função característica |
Fenômenos
produzidos pela falta de vitamina |
Doenças
que o emprego da vitamina cura ou melhora |
Vitamina B1
Aneunina.
Tiamina.
Vitamina antineurítica.
Vitamina
antiberibérica. |
Como a vitamina B1
participa em todos os processos metabólicos básicos, a sua falta ou
insuficiência leva a graves pertubações nas funções de tecidos e dos
órgãos. A principal entre elas é o beribéri, doença que afeta,
principalmente, os tecidos nervosos e musculares e a troca hídrica,
provocando graves lesões no coração e nos vasos sanguíneos. Embora esta
gravíssima doença seja pouco freqüente, entre nós, aparecem, contudo,
freqüentemente, transtornos localizados no sistema nervoso, muscular,
digestivo e circulatório.
Ate agora, conhecemos
como sintomas de falta da vitamina B1 no organismo humano, os
seguintes:
1 Alterações nervosas:
dores de cabeça (também enxaqueca), fadiga, cócegas nas mãos e nos pés,
insônia, suores, reflexos defeituosos, hipotermia.
2. Alterações
digestivas: inapetência, vômitos, náuseas, falta de ácido clorídrico no
suco gástrico, debilidade no funcionamento do estômago e dos intestinos,
prisão de ventre.
3. Alterações
musculares: fraqueza geral, atrofia muscular, sintomas de paralisia,
cãibras nas pernas.
4. Alterações
circulatórias: apertos do coração, palpitações, dilatação cardíaca,
debilidade cardíaca. |
Beribéri. Esta
clássica doença carencial da vitamina Bi, é muito rara no mundo ocidental.
Praticamente, são mais importantes as fases iniciais, inaparentes e
difíceis de diagnosticar, causa principal da debilidade geral,
inapetência, astenia, fadiga e apatia.
Atualmente, a vitamina
B1 emprega-se só ou combinada com outros fatores do grupo de vitaminas 13
e outros específicos para os seguintes tipos de doença: inflamação dos
nervos de qualquer tipo. paralisia nervosa e muscular, seqüelas
diftéricas, paralisia infantil, herpes, doenças da
gravidez, depressões e
estados de deficiência mental. Nas crianças em desenvolvimento
intelectual, é necessária a administração de 2 mg de aneurina, por
dia. |
Designações alfabética e química. Função
característica |
Modo de
atuação |
Fontes naturais |
Necessidades diárias rio homem |
Vitamina
B2
Lactoflavina.
Riboflavina.
Vitamina do crescimento.
Substância de
proteção. |
Na adolescência, a
vitamina B2 fomenta o crescimento e o aumento de peso. Como parte
constitutiva dos fermentos ativa a respiração celular. Juntamente com
outros grupos de fermentos, os fermentos que contêm vitamina B2 participam
nos processos de degradação e combustão dos açúcares e proteínas. O
importante conteúdo de vitamina B2 da retina faz supor a sua importância
para o bom funcionamento dos órgãos visuais. |
levedura, grãos de
cereais, legumes, frutas, queijo, ovo de galinha, leite. |
Homem: 1,6 - 2,6 mg.
Mulher: 1,5 - 2,0 mg.
Durante a gravidez: uns 2,5 mg.
Durante
a amamentação: uns 3,0 mg.
Crianças de 1 a 12 anos:
0,9 - 1,8
mg.
Ainda não foi estabelecida a unidade
internacional. |
Fator
PP
Nicotinamida. Fator
antipelagroso. |
Como as vitaminas Bi e
132, constitua o ácido nicotínico um elemento constitutivo de importantes
fermentos, transportadores de hidrogênio, que intervêm na composição e
decomposição dos hidratos de carbono, dos alcoóis e dos ácidos gordurosos.
O ácido nicotínico e a nicotinamida participam, além disso, na formação do
sangue e tornam-se imprescindíveis para a função normal dos órgãos
digestivos, do sistema nervoso e da pele. Para muitos seres minúsculos
vivos, especialmente as bactérias, é esta vitamina um fator de crescimento
imprescindível. |
Levedura, cereais,
legumes, frutas. |
Homem: 12 - 18
mg,
Mulher: 10 - 15 mg.
Durante a gravidez:
uns 15 mg,
Durante
a amamentação:
uns 15 mg.
Crianças menores de 1 ano: uns 4 mg.
De
1 a 12 anos: 6 - 12 mg.
Meninas adolescentes:
12 - 13
mg.
Rapazes adolescentes:
13-20 mg.
Ainda não foi determinada a
unidade internacional. |
Ácido
pantogênico. |
Intervém no
metabolismo das proteínas e gorduras; é necessário para a desintoxicação
de corpos estranhos, (por exemplo, medicamentos) e, em geral, é
imprescindível para a formação e o funcionamento dos tecidos. É necessário
para a conservação das características defensivas da pele e das mucosas
contra as infecções e para o desenvolvimento normal dos processos
metabólicos na pele e nas suas formações glandulares. |
Levedura, cereais,
fruta, legumes, leite. |
Ainda
insuficientemente conhecida:
aproximadamente 10 mg. Ainda não foi
fixada a unidade internacional. |
Designações alfabética e química. Função
característica |
Fenômenos
produzidos pela falta de vitamina |
Doenças
que o emprego da vitamina cura e melhora |
Vitamina
B2
Lactoflavina.
Riboflavina.
Vitamina do crescimento.
Substância de
proteção. |
Interrupção do
crescimento e do aumento de peso, lesões na pele e na mucosa e no nervo
óptico. Deve dar-se especial importância à vitamina B2 durante a gravidez
e amamentação. |
Diminuição de peso nos
lactentes, numerosas perturbações na pele e nas rançosas e alterações
visuais. Consome-se, quase sempre, a vitamina B2 de combinação com outros
fatores do complexo vitamínico B.
|
Fator
PP
Nicotinamida. Fator
antipelagroso. |
Graves perturbações no
metabolismo que se estendem ao sistema nervoso, ao estômago, intestinos e
à pele. O quadro clinico típico tem a designação de pelagra.
No ser
humano pode apresentar os seguintes sintomas de carência:
1. Nos
sistema nervoso: intranqüilidade, irritação, fadiga, amnésia, mau-humor,
angústia e tendência para estados de excitação.
2. Nos órgãos
digestivos: sintomas de inflamação nas mucosas da boca e do esôfago,
inapetência, vômitos, diarréia, repugnância por determinados alimentos,
alterações nas funções hepáticas.
3. Na pele: focos
inflamatórios simetricamente situados nas mãos e nos pés, pescoço, nuca,
rosto, isto é, nas partes do corpo mais expostas à luz. |
Pelagra e estados
análogos, doenças da pele e das mucosas devidas a insuficiências
alimentares, intoxicações ou afecções de origem medicamentosa, que também
podem estar localizadas na cavidade bucal ou na via digestiva.
Também
os estados de depressão nervosa ou mental constituem um bom campo de
aplicação do ácido nicotínico. |
Ácido
pantogênico. |
Transtornos
metabólicos, perturbações funcionais nas cápsulas supra-renais,
descoloração e queda do cabelo, doenças da pele (de colaboração com
outros fatores). |
Doenças da mucosa
bucal e inflamações e alergias das vias respiratórias e alterações
funcionais no sistema digestivo e no fígado.
Doenças cutâneas de
natureza inflamatória e alérgicas (eczemas, pruridos, queimaduras do
sol).
Doenças dos órgãos de formação do pêlo, como queda parcial ou
total do cabelo, sequidão, fragilidade e descoloração do pêlo, formação de
caspa.
A cura de queimaduras e de feridas infectadas acelera-se
consideravelmente, assim como a de úlceras e
fissuras. |
Designações alfabética e química. Função
característica |
Modo de
atuação |
Fontes
naturais |
Necessidades diárias no homem |
Vitamina B6 |
A vitamina B6 é um
fator necessário no metabolismo das proteínas e, por conseguinte, no geral
das células. Considera-se, geralmente, como reguladora do
metabolismo dos tecidos hepáticos, do sistema nervoso e da pele. Para
muitos animais microscópicos, bactérias e leveduras, atua como fator de
crescimento, e nos ratos, como fator que impede as inflamações
cutâneas. |
Leveduras, cereais,
legumes verdes, leite, gema de ovo. |
Ainda não
suficientemente conhecidas; aproximadamente, 24 mg; U.I. ainda sem
determinar. |
Vitamina B12 |
A vitamina B12 é
absolutamente necessária para a formação normal do sangue, assim como para
o normal funcionamento do sistema nervoso central juntamente com outros
fatores (por exemplo, ácido fólico).
Não se conhece ainda o modo exato
de atuar, A vitamina B12 facilita ao corpo o aproveitamento total das
moléculas proteínicas, para o que se considera, até à data, como a
substância biológica mais eficaz. |
Encontra-se no fígado
e ainda no conteúdo do intestino humano e animal (excremento do gado
vacum). |
Aproximadamente, 0,5 -
1 gama (igual a 0,5 - 1/1000 mg). Unidade internacional por
determinar. |
Vitamina Bc
Ácido folínico Ácido fólico |
Juntamente com outros
fatores (por exemplo, vitamina 812) o ácido fólico favorece a formação e a
maturação de glóbulos vermelhos. Parece ser também necessário para o
funcionamento normal das mucosas das vias digestivas. |
0 ácido fólico aparece
de forma complexa no leite, queijo, legumes, couve-flor e de forma mais
livre nos espinafres.
Inumeráveis animais microscópicos podem
sintetizar ácido fólico. |
Apenas por cálculo,
0,1 - 0,2 mg ou mais.
Unidade internacional por
determinar. |
Designações
alfabética e química. Função característica |
Fenômenos
produzidos pela falta de vitamina |
Doenças que o emprego
da vitamina cura ou melhora |
Vitamina B6 |
Ao passo
que nos animais se conhecem características de carência (sintomas cutâneos
nos ratos, cerebrais, nervosos e de anemia em cães e macacos), não se
conhecem sintomas específicos, até hoje, no organismo humano. Mas a observação clínica
verificou efeitos curativos em diversas enfermidades nervosas e,
sobretudo, nos vômitos, durante a gravidez. A vitamina B6 é também um fator de cura da
pelagra (veja-se também o fator PP). |
1. Os
sintomas secundários da pelagra e do beribéri, como esgotamento, fadiga,
nervosismo, irritação, cãibras de estômago, debilidade e rigidez muscular
(quase sempre de combinação com a falta dos demais fatores do grupo
B).
2. Graves doenças
nervosas orgânicas.
3. Vômitos durante a
gravidez.
4. Lesões pelos raios
X. |
Vitamina B12 |
Transtornos na
formação do sangue e alterações nervosas, especialmente diminuição de
hemoglobina, do número de glóbulos vermelhos, brancos e
plaquetas. |
1. Anemia perniciosa e
outras doenças análogas (por exemplo, depois de uma operação do estômago).
2 . Estados de fraqueza depois das operações e doenças infecciosas ou
gastrintestinais.
|
Vitamina Bc
Ácido folínico Ácido fólico |
Interrupção do
crescimento, diminuição de hemoglobina e do número de glóbulos vermelhos e
das plaquetas necessárias para a coagulação (ver a vitamina
B12). |
como na vitamina
B12. |
Designações alfabética e química. Função
característica |
Modo de atuação |
Fontes
naturais |
Necessidades diárias no homem |
Vitamina C
Ácido
ascórbico. Vitamina anti- escorbútica |
A vitamina C é um
transportador de hidrogênio necessário no metabolismo celular geral. É de
importância para o aproveitamento de energia no funcionamento das cápsulas
supra-renais. Ativa, também, numerosos fermentos e aumenta a força das
defesas naturais contra as infecções. Neutraliza os tóxicos ou
diminuí-lhes os efeitos. Fomenta a capacidade de absorção de ferro e
regula as funções da medula óssea. Além disso, é necessária para numerosas
funções dos tecidos conjuntivos. É de igual importância geral à da
vitamina B1 e tem, como esta, que desempenhar numerosas funções, no
metabolismo celular. |
A vitamina
C encontra-se em todos os tecidos vivos. Contêm-na em grande quantidade as
frutas frescas, legumes e verduras, especialmente as maçãs, limões,
pimentões, groselhas, alhos e leite. |
Homens: 75-100 mg.
Mulheres: 70-100 mg.
Durante a gravidez: 100 - 125 gr.
Durante a
amamentação: 150 mg, aproximadamente.
Crianças: de 1-12 anos: 35 - 75
mg.
Moças: 80 mg, aproximadamente. Rapazes: 90 - 100 mg,
aproximadamente.
1 U.l. é igual a 0,05 mg do ácido ascórbico
cristalizado. |
Designações alfabética e química. Função
característica |
Fenômenos
produzidos pela falta de vitamina |
Doenças
que o emprego da vitamina cura ou melhora |
Vitamina C
Ácido
ascórbico. Vitamina anti- escorbútica
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Como o
organismo humano não está em condições de sintetizar a vitamina C,
torna-se muito sensível a qualquer insuficiência de consumo, através da
alimentação. Bem depressa aparecem perturbações no estado geral,
inapetência, fraquezam, peso nas pernas, propensão para infecções e
anemia. Também é afetado o crescimento. Com este completaram-se os
sintomas prévios do escorbuto. O escorbuto é a doença típica da falta de
vitamina C. Corresponde à doença de Moeller-Barlow, no lactente. Ambos os
quadros clínicos têm como característica a apresentação, em geral, de
hemorragias grandes ou pequenas. Ressalta, sobretudo, a brandura e
inflamação das gengivas. Soltam-se, com freqüência, os dentes e caem. Os
estados de hipovitaminose são, na prática, de maior importância, que as
doenças carenciais. A tendência para as hemorragias gengivais é,
geralmente, indício de falta de vitamina C. O consumo insuficiente
vitamina desta vitamina pela desnaturalização dos alimentos, um desgaste
maior pelo esforço, as infecções, a gravidez, a amamentação, o crescimento
ou a idade, são motivos para o aparecimento de numerosos sinais de
insuficiência desta vitamina C. Conhecem-se como astenia primaveril,
inapetência, esgotamento rápido (físico ou intelectual), tendência para
hemorragia, propensão para as infecções, transtornos digestivos,
perturbações circulatórias, dores de cabeça, anemia, crescimento
retardado, etc. |
A
vitamina C, ativadora universal das funções celulares, dispõe,
naturalmente, de enorme campo de aplicações. É necessário no escorbuto e
em todos os estados pré-sintomáticos desta doença, tais como: anemia
geral, tendência para as hemorragias, doenças das gengivas e lesões nos
dentes. Emprega-se, também, para aumentar a capacidade defensiva nas
infecções e nas intoxicações. Atua favoravelmente nas doenças reumáticas e
nas infecções tuberculosas, nas alterações da hematopoiese, nos órgãos de
formação do sangue e na medula óssea. É necessária rios transtornos
gastrintestinais e para acelerar a cura de feridas e, além disse, como
complemento da alimentação, com freqüência pobre em vitamina C. O pediatra
deve prescrever esta vitamina para os transtornos do desenvolvimento e da
digestão, insuficiente ossificação e dificuldades na dentição. Suaviza-se
a tosse renitente mediante a ingestão de grandes doses de vitamina C,
encurtando-lhe o curso. Em casos de intervenções cirúrgicas, a vitamina C
favorece a formação de ossos e de cartilagens e a cura das
feridas.
Durante
toda a gravidez e a amamentação deve-se procurar o consumo de suficiente
quantidade de vitamina C, juntando à alimentação artificial do lactente,
portadores naturais da vitamina (sucos de fruta). Na odontologia a
vitamina C é um auxiliar excelente em todas as inflamações da mucosa,
doenças das gengivas, enfraquecimento dos dentes e lesões da dentadura. As
feridas, depois das extrações dentais, ficam curadas com os efeitos
benéficos da vitamina C, com a máxima rapidez e o mínimo de complicações. |
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