Desde
que Adão e Eva comeram do fruto da árvore proibida,
os seres humanos (generalizando) têm sentido vergonha
de aparecer despidos em público. Até mesmo
aqueles que têm pouco ou nenhum contato com a civilização,
normalmente usam algum tipo de tanga para cobrir-se.
Alguma vez você já sonhou ter aparecido nu em
público? A maioria já
teve esse sonho. Recentemente, um amigo meu sonhou que estava
nu em sala de aula. Podemos imaginar-lhe o constrangimento.
Seu professor olhou-o dentro dos olhos, chamou-o pelo nome
e lhe fez uma pergunta sobre a lição. Quando
ele respondeu que não sabia, o professor mandou-o embora,
sem-cerimônia.
Meu amigo diz que sabe como se sentiu o homem da parábola
de Jesus sobre o traje nupcial, quando o rei entrou e viu-o
impropriamente vestido (S. Mat. 22:2-13). Era culpa dele mesmo,
pois o rei havia providenciado trajes para todos.
Apocalipse 3:17-20 descreve Jesus batendo a uma porta. O indivíduo
atrás da porta é descrito como alguém
que alega ser rico, abastado e que não precisa de coisa
alguma. A verdade, porém, é que ele é "infeliz,
sim, miserável, pobre, cego e nu" (grifo acrescentado).
A condição de tal pessoa não corresponde à sua
alegação. Finge não precisar de nada,
mas no fundo do coração sabe que está pelado.
Podemos entender sua relutância em abrir a porta, mas
a solução do problema está com Aquele
que espera ser recebido dentro da casa.
Em seu sonho, meu amigo parecia não ter forma de sair
daquele apuro. Mas graças a Deus, enquanto o dia da
salvação não chega, os pecadores podem
aceitar as "vestiduras brancas" oferecidas pelo Anfitrião
celestial, para que se vistam e não seja manifesta a
vergonha de sua nudez (ver Apoc. 3:18).
Como
Tratar um Transgressor
Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta,
vós, que sois espirituais, corrigi-o, com o espírito
de brandura; e guarda-te para que não sejas também
tentado. Gál. 6:1.
Walter
B. Knight, autor de um livro de ilustrações,
relata que certo membro de igreja cometeu grave pecado, tendo
tocado ao pastor o dever de lidar com o problema. Levou-o à comissão
da igreja. Todos concordaram com o fato de que o pecado era
hediondo. Uma irmã da comissão, furiosa, disse
que aquele era um tipo de pecado do qual ela jamais seria
culpada. Todos os outros membros da comissão, com
exceção de um, concordaram com ela: ninguém
seria apanhado cometendo aquele pecado específico.
O membro que foi exceção declarou que, se tivesse
sido tentado, poderia ter caído mais baixo ainda.
Quando a comissão resolveu que o irmão transgressor
devia ser visitado, para se tratar do seu erro e de sua situação
perante a igreja, o pastor escolheu levar consigo o membro
da comissão que admitiu que poderia ter pecado ainda
mais gravemente. Disse o pastor: "O irmão parece ser
o único, entre nós, que tem o devido espírito
para visitar nosso irmão em pecado e restaurá-lo à comunhão
da igreja e aceitação do Senhor."
Quando lemos Gálatas 6:1, torna-se evidente que com
demasiada freqüência, em nosso trato com pecadores,
deixamos de seguir o princípio e manifestar o espírito
requerido pelo texto. "Mas", poderia objetar alguém, "como
é que uma pessoa pode reprovar o pecado se admite que
poderia ter feito coisa pior ainda? Uma pessoa deve pelo menos
estar acima daquele pecado em particular; caso contrário,
não tem autoridade moral."
Isso pode ser verdade, mas abordar um pecador com essa atitude "sou-mais-santo-que-você"
(ver Isa. 65:5) vai apenas afastá-lo para mais longe
ainda. Se já houve alguém que teve o direito
de tratar pecadores com tal espírito, essa pessoa foi
Jesus, que nunca pecou. E o curioso é que Ele jamais
usou essa abordagem! (Ver S. João 8:3-11.).