Algum
tempo atrás, uma senhora escreveu para a conselheira
Ann Landers, que mantém uma coluna em muitos jornais.
O pseudônimo da consulente era "Filha. Qualquer lugar.
EUA." Essa senhora descreveu sua mãe como "a pessoa
mais imprestável do mundo".
Contou como sua mãe
a criticara desde quando ela se conhecia por gente, fazendo
com que se sentisse tola e inútil.
Por sorte, aquela senhora se havia casado com um pacificador
- o tipo de pessoa sobre a qual Jesus estava falando quando
pronunciou a sétima bem-aventurança. O marido
daquela senhora ajudou-a a ver que sua mãe era produto
da criação que recebera, e levou-a a imaginar
como teria sido a infância dela, já que a sua
mãe tinha sido crítica, egoísta e intratável.
A consulente se lembrava muito bem de sua avó.
Aceitou a sugestão do marido e não teve dificuldade
para imaginar como teria sido a infância de sua mãe.
Devia ter sido pelo menos tão ruim como a dela mesma.
Quando a remetente daquela carta começou a ver a questão
sob essa luz, a atitude dela para com a sua mãe começou
a mudar também. A compaixão substituiu a hostilidade.
E, embora sua mãe não tivesse mudado basicamente
de conduta na ocasião em que a carta foi enviada (talvez
isso fosse esperar demais!), a filha havia mudado, e isso é que
era importante.
O melhor, entretanto, foi que seu relacionamento com a mãe
melhorou a ponto de ela poder passar por alto as críticas.
Em compensação, percebeu que sua mãe não
lhe jogava mais tantas farpas. Esperava até que um dia
ela e a mãe pudessem ser amigas.