Donald
Grey Barnhouse, em seu livro Let Me Illustrate (Permita-me
Ilustrar), página 156, relata um incidente que lança
luz sobre o nosso texto.
Um jovem oficial ficou cego, aparentemente em uma das guerras
mundiais. Enquanto convalescia, foi cuidado por uma enfermeira
pela qual se apaixonou e com quem se casou mais tarde. Certo
dia, ouviu por acaso uma conversa a respeito dele e de sua
esposa. O cruel comentário foi mais ou menos assim: "Sorte
dela que ele é cego. Ele provavelmente não teria
casado com uma mulher tão feia, se tivesse visão
perfeita.
Caminhando na direção daquelas vozes, ele disse: "Ouvi
por acaso o que vocês disseram e agradeço a Deus,
do fundo de meu coração, a cegueira que tenho;
caso contrário, eu poderia ter deixado de ver o maravilhoso
valor da alma dessa mulher que é minha esposa. Ela possui
o mais nobre caráter que já conheci. Se as feições
do rosto dela são tais que poderiam ter mascarado a
sua beleza interior, então eu sou o maior ganhador por
ter perdido a visão!".
Esperança
Para Cegos e Surdos-Mudos
Naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro,
e os cegos, livres já da escuridão e das trevas,
as verão. Os mansos terão regozijo sobre regozijo
no Senhor, e os pobres entre os homens se alegrarão
no Santo de Israel. Isa. 29:18 e 19.
No
livro There Are Sermons in Stories (Há Sermões
em Histórias), escrito por William L. Stidger, o autor
conta acerca da primeira vez que ele viu Helen Keller; fora
numa palestra dela. Anteriormente Helen havia aprendido a
falar audivelmente; assim, apesar de muda e completamente
cega, ela proferiu uma palestra. No encerramento, houve estrondosos
aplausos e Helen começou a bater palmas também,
com alegre exuberância.
Era evidente que, de alguma forma, Helen havia percebido o
entusiasmo do auditório. Assim, depois de os aplausos
terem cessado, o presidente da reunião perguntou-lhe,
por intermédio de Ann Sullivan que sempre a acompanhava,
como ela fora capaz de sentir os aplausos, sendo que não
podia ver nem ouvir.
"Através das vibrações nos meus pés", explicou
Helen.
Alguém então lhe perguntou qual era seu livro
preferido, e Helen bradou com exultação: "A Bíblia! É o
livro mais maravilhoso do mundo!"
E quando perguntada por que a Bíblia significava tanto
para ela, Helen respondeu: "É porque, em minhas trevas,
a Bíblia me faz ver a Grande Luz!"
Em Isaías 9:2, o profeta diz que "o povo que está andando
na escuridão verá uma grande Luz. Essa Luz vai
brilhar e iluminar todos os que vivem na região da sombra
da morte". A Bíblia Viva. A escuridão da qual
Isaías fala é a escuridão espiritual,
e a grande Luz não é outra senão Jesus,
que Se declarou a Luz do mundo (ver S. João 9:5).
É nosso privilégio refletir a Luz do mundo, não importa
qual seja nossa
área de atuação. Ao partilharmos a Luz
do Livro com aqueles que caminham nas trevas, quer em países
estrangeiros quer em nossa pátria, minha esposa e eu
nunca deixamos de emocionar-nos ao ver a luz da alegria no
rosto de novos conversos. Você também pode sentir
essa emoção!
Luzes Alinhadas
Ensina-me a fazer a Tua vontade, pois Tu és o meu Deus:
guie-me o Teu bom Espírito por terreno plano. Sal. 143:10.
Em
uma noite escura e sem estrelas, há muitos anos, o
Dr. F. B. Meyer atravessava o Canal de S. Jorge, no País
de Gales, quando começou a imaginar como
é que uma embarcação viajando numa noite
como aquela poderia chegar ao porto sem perder-se. O comandante
estava ali por perto, de modo que o Dr. Meyer lhe fez a pergunta.
- O senhor vê aquelas três luzes? - perguntou o
comandante.
- Sim - respondeu o Dr. Meyer.
- Bem, o piloto precisa manobrar o navio até que aquelas
três luzes pareçam ser uma só. Quando isso
acontecer, saberemos a posição exata da entrada
do porto.
Algo semelhante acontece no âmbito espiritual. Quando
pedimos que Deus responda às orações,
três coisas precisam estar "alinhadas": (1) Está
a nossa oração em harmonia com a vontade de Deus
revelada em Sua Palavra? (2) A resposta à nossa oração
trará glória a Deus? (3) Estamos dispostos a
esperar que Deus nos responda no momento certo e da maneira
apropriada, segundo a Sua onisciência? Quando essas três "luzes-guia" estiverem
alinhadas, poderemos descansar na certeza de que nossas orações
serão sempre atendidas para o nosso bem eterno.
A Bíblia fala daqueles que oram "mal" (S. Tiago 4:3).
Recentemente, li acerca de um incidente que ilustra esse fato.
Um pastor jovem, solteiro, estivera orando para que Deus lhe
enviasse a esposa perfeita, quando leu um artigo escrito por
uma mulher, numa revista para cristãos solitários.
Mil pensamentos começaram a rodopiar na mente do jovem
pastor. A autora parecia encaixar-se perfeitamente dentro do
ideal dele. Resolveu escrever uma carta ao redator da revista,
declarando que ele tinha certeza de que a autora do artigo
era a resposta de Deus às suas orações,
e pedindo o endereço dela. Você pode imaginar
a surpresa e consternação dele quando o redator
respondeu informando que aquela mulher já era casada!
Esse jovem pastor era aparentemente sincero. Mas, sincero ou
não, ele deixou de seguir as diretrizes da oração
eficaz. Não é de admirar que Deus não
tenha atendido sua oração. Quando você e
eu pedimos que Deus nos responda às orações,
precisamos ter a certeza de que estamos alinhados com Suas
três luzes orientadoras (antes de nos lançarmos
em um curso de ação insensato).