Alguns
anos atrás, os editores de mapas dos Estados Unidos
pesquisaram as condições de vida em todas as
grandes cidades daquele país e chegaram à conclusão
de que a cidade de Yuba, na Califórnia, tinha as piores
condições. Por outro lado, Pittsburgh, na Pensilvânia,
foi colocada como a melhor. Compreensivelmente, os habitantes
de Yuba não ficaram felizes ao tomar conhecimento
da pesquisa, e isso se justifica.
Não faz muito tempo, li que as cidades do mundo todo
estão-se deteriorando rapidamente no aspecto físico.
Em Nova Iorque, por exemplo, os canos que levam a água
para a cidade estão num estado tão lamentável
que, se eles se rompessem, a cidade enfrentaria uma catástrofe
de grandes proporções. Substituí-los seria
tão dispendioso, que essa solução foi
posta de lado como virtualmente inviável.
Mas as cidades não estão enfrentando meramente
a deterioração física. Estão declinando
moral e espiritualmente também - e por infelicidade
essa deterioração infecta as cidades pequenas
do mesmo modo. Segundo uma pesquisa divina, feita nas grandes
cidades da Terra há muitos anos, nenhuma delas é um
lugar ideal para se viver - e o conselho é sair delas
do modo mais rápido e prudente possível. (Ver
o livrinho Vida no Campo, de Ellen G. White.)
Atente para estas palavras de conselho e advertência: "Nossas
cidades estão se tornando cada vez mais ímpias,
e cada vez mais se torna evidente que os que desnecessariamente
nelas permanecem, fazem-no pondo em perigo a salvação
de sua alma." - Vida no Campo, pág. 14.
A cidade na qual Abraão esperava morar tinha "fundamentos".
Isso é entendido como referência à Nova
Jerusalém (ver Apoc. 21). A Palavra de Deus nos assegura
que "nela nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada,
nem o que pratica abominação e mentira, mas somente
os inscritos no livro da vida do Cordeiro". Apoc. 21:27.
Que prazer será viver naquela cidade! Nossa peregrinação
aqui na Terra
é o preparo para nos tornarmos habitantes daquela grande
metrópole.
A Visão do Quadro Completo
Sois... edificados sobre o fundamento dos apóstolos
e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;
no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário
dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente
estais sendo edificados para habitação de Deus
no Espírito. Efés. 2:19-22.
Christopher
Wren, o famoso arquiteto inglês que projetou a Catedral
de S. Paulo, em Londres, caminhava certo dia pelo prédio
em construção e perguntou a cada operário
o que estava fazendo. Um deles disse que estava assentando
tijolos; outro, que estava colocando os vitrais no lugar;
outro ainda, que estava fazendo trabalho de carpintaria para
a construção. Nenhuma das respostas foi a que
o Sr. Christopher desejava ouvir.
Quando o grande arquiteto estava para deixar o local da construção,
passou por um homem que misturava argamassa. Fez-lhe a mesma
pergunta.
Erguendo-se acima de sua humilde tarefa, o operário
respondeu com orgulho:
"Estou construindo uma grande catedral, senhor!"
Que resposta! Que visão! Um artesão medíocre
não via nada além da tarefa específica
na qual estava envolvido, mas ali estava um homem que, embora
executando um trabalho de subalterno, olhava para além
da argamassa e conseguia divisar o quadro completo.
Quando eu era adolescente, cantávamos um hino intitulado "Construindo
Para a Eternidade". A primeira estrofe era mais ou menos assim:
Com alegria ou tristeza, estamos edificando
um templo que o mundo pode nem ver;
o tempo não pode danificá-lo nem destruí-lo;
construímos para a eternidade. - N. B. Sargent
Quer nos demos conta, quer não, todos estamos envolvidos
na construção de um templo. Nossa tarefa pode
não parecer importante, mas segundo o nosso texto estamos
moldando a vida para ocupar um lugar no templo espiritual de
Deus. Pergunte a si mesmo assim como eu me pergunto: "Sou eu
como os pedreiros comuns na construção da Catedral
de S. Paulo ou como o misturador de argamassa, que captou a
visão do quadro completo?"