E agora, assim como vocês confiaram em Cristo como Salvador, confiem nEle também para os problemas de cada dia; vivam em união vital com Ele. Deixem que as raízes de vocês se aprofundem nEle e extraiam dEle a nutrição. Cuidem de continuar a crescer no Senhor, e tornem-se fortes e vigorosos na verdade. Col. 2:6 e 7 (A Bíblia Viva).
Uma árvore
absorve água e nutrição através
de suas raízes. Por meio de inumeráveis apófises
e filamentos, cada ramificação do sistema de
raízes aumenta a superfície absorvente. Essas
minúsculas raízes são cobertas por uma
espécie de "pele" especialmente designada pelo Criador
para absorver os elementos vitais dissolvidos na água,
assim como um mata-borrão absorve a tinta.
Algumas árvores não apenas tiram do solo a umidade
e nutrientes para seu crescimento, mas também os guardam
para uso futuro. Uma árvore, na ilha de Madagáscar,
desenvolve protuberâncias parecidas com uma salsicha
para servirem de reservatórios, retendo água
para a árvore durante a estação seca.
Embora não passe de um arbusto, a tamargueira envia
sua raiz principal a uma profundidade de 30 metros! Por outro
lado, um cacto gigante pode enviar sua raiz principal a apenas
um metro, mas suplementa-a com um sistema de raízes
que se espalham horizontalmente até uns 27 metros em
todas as direções. Ambos os sistemas procuram
umidade e nutrientes. Calcula-se que um único tufo da
grama de Kentucky lance em sua fase de desenvolvimento mais
de 80.000 pequenas raízes, às quais se ligam
um milhão de pêlos radiculares.
É só mediante seu sistema radicular que uma planta pode absorver
os elementos essenciais necessários para a vida e o crescimento. O mesmo
ocorre na vida cristã. Recebemos vida espiritual de Cristo quando nascemos
de novo. Isso é justificação. Mas não paramos aí.
Crescemos em Cristo. Isso é santificação. Esse processo
resulta em uma transformação do caráter que continua enquanto
durar a vida.
O crescimento na vida espiritual não é algo que
realizemos por nós mesmos.
É obtido mediante o viver de Cristo em nós (ver
S. João 15:4-7). Cristo efetua em nós o querer
e o realizar, segundo Sua boa vontade.
Esperando
Orientação do Alto
A Ti, que habitas nos Céus, elevo os meus olhos! Como
os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos
seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora,
assim os nossos olhos estão fitos no Senhor, nosso Deus.
Sal. 123:1 e 2.
Muitos
anos atrás, no Sul dos Estados Unidos, uma senhora
nascida na cidade e sua prima do campo viajavam numa charrete
no meio de densa floresta, quando anoiteceu. Não havia
luar; só algumas estrelas. Em pouco tempo, ficou impossível
enxergar a estrada. A moradora da cidade ficou um pouco assustada
pensando que estavam perdidas, mas sua prima do interior
não parecia nem um pouco preocupada. Ela parou o cavalo,
pisou no chão, caminhou um pouquinho ali por perto
e voltou, dizendo que havia encontrado a estrada. De volta à charrete,
continuaram a jornada.
Enquanto prosseguiam, a moradora da cidade observou, pela fraca
luz das estrelas, que sua companheira, em vez de olhar para
o chão, olhava para cima.
- Por que você está olhando para cima, sendo que
a estrada está aqui embaixo?
- Porque só assim posso saber para onde vai o caminho
- explicou a prima. - As árvores foram cortadas para
dar lugar à estrada. Numa noite como esta, é impossível
ver o caminho, mas olhando para cima eu posso saber para onde
vamos ao enxergar o céu pela clareira das árvores.
Assim acontece também na estrada da vida. Enquanto prosseguimos,
há
ocasiões em que as provas e perplexidades nos cercam,
tornando a escuridão tão densa e impenetrável
como a de uma floresta em noite sem luar. É
nessas ocasiões que muitos se perdem, mas isso não
precisa acontecer!
Quando ao nosso redor tudo é sombrio e ameaçador,
não nos esqueçamos de que lá em cima existe
luz. Consolemo-nos com o fato de que para Deus
"as trevas e a luz são a mesma coisa". Sal. 139:12.
Ele vê quando nós não conseguimos enxergar
nada. Mesmo quando brilha o sol e tudo parece claro e iluminado, é sempre
sensato olhar para o Céu, de onde Deus governa, pois
nenhuma estrada é segura se não for Ele o nosso
guia.
Você Está Seguro nas Mãos de Deus
Quanto a mim confio em Ti, Senhor. Eu disse: Tu és o
meu Deus. Nas Tuas mãos estão os meus dias. Sal.
31:14 e 15.
No
Museu Metropolitano de Arte, na cidade de Nova Iorque, está uma
das famosas obras-primas do escultor francês Auguste
Rodin. Ao nos aproximarmos dela, parece apenas um grande
bloco bruto de mármore branco. Mas ao chegarmos bem
perto, parece emergir da pedra uma grande, bela e bem cinzelada
mão. Tem-se a impressão de que aquela mão
brota de dentro do mármore - uma impressão
característica que Rodin gostava de dar a algumas
de suas obras.
Se nos aproximarmos ainda mais, veremos que a mão está segurando
duas figuras humanas, os corpos ainda em formação
de um homem e de uma mulher. Se examinarmos com atenção,
veremos na base da obra uma inscrição que diz: "A
Mão de Deus." Quando vi essas palavras, elas me fizeram
recordar o texto do Antigo Testamento que diz: "Olhai para
a rocha de que fostes cortados, e para a caverna do poço
de que fostes cavados." Isa. 51:1.
No Salmo 74:11, Asafe dirige-se a Deus com a queixa: "Por que
retrais a Tua mão, sim, a Tua destra?" - como se até àquele
momento Deus o tivesse protegido, mas agora, por alguma inexplicável
razão, tenha "puxado o tapete" sob seus pés. É como
se Asafe, quase irreverentemente, estivesse dizendo: "Vamos,
Senhor. Não me deixe passar por isso. Faça alguma
coisa!"
Todos nós, provavelmente, já nos sentimos assim
em alguma ocasião. A urgência do momento parece
exigir que Deus faça algo no mesmo instante. Precisamos
lembrar-nos de olhar para aquilo que é eterno, além
do temporal (ver II Cor. 4:18), sem esquecer que nada nos pode
separar do amor de Deus (ver Rom. 8:39).
Todo ser humano deve a sua existência e felicidade a
um amorável Criador, um fiel Pai celeste que segura
a todos na palma de Sua mão. Quando as provações
e dificuldades nos oprimem, temos a tendência de perder
de vista esse fato. Assim como no caso da "Mão de Deus" de
Rodin, não podemos discernir claramente a Sua presença,
a certa distância, apesar de que Ele "não está longe
de cada um de nós". Atos 17:27.