| Quem é o Meu Próximo?
Pr.
Stina
Quem
é o nosso próximo? A quem realmente devemos nos importar e demonstrar
o nosso amor cristão?
Jesus
quando aqui andou contou uma parábola muito impressionante,
para mostrar quem é o próximo.
Esta
parábola está relatada em Lucas 10:25-35. Nós conhecemos bem
a história: Um homem viajava de Jerusalém para Jericó; ou poderia
ser, viajava de São Paulo para Santos, ou Rio de Janeiro à Nova
Friburgo; no caminho ele foi assaltado por marginais que além
de roubarem todos seus pertences, o maltrataram cruelmente,
abandonando-o muito ferido, quase à morte.
Jesus
contou esta história ao um doutor, "Intérprete da Lei" (V.25)
a quem demonstrava que o único caminho para a vida eterna era
o: "Amar a Deus em primeiro lugar e amar o próximo como a si
mesmo. A isto o doutor perguntou, "E quem é o meu próximo?"
Na
história do Bom Samaritano, os indivíduos não são idendificados
pelos nomes, mas caracterizados pelas funções e ações. O homem
assaltado é um anônimo: talvez um viajante, um desempregado
em busca de trabalho; quem sabe um bóia-fria.
Enfim,
é alguém carente, desprotegido, marginalizado, sem amigos, sem
dinheiro, sem família - sem ninguém - a sós no mundo, como milhões
de outros por aí. Lá está ele: jogado à beira da estrada, caído
na sarjeta abandonado.
Entram
em cena, então aqueles que tinham a solução do problemas às
mãos: Um sacerdote e um levita. Diz a Palavra de Deus: "Casualmente
descia um Sacerdote por aquele mesmo caminho." (V.31)
Você
perguntaria: Será que o sacerdote parou para ajudá-lo? Não!
A Bíblia fala que numa atitude de completo "desamor" o sacerdote
passou de lado, ou seja tentou ignorar aquela situação; procurou
não envolver-se nem se incomodar com o pobre miserável.
Quem
sabe o sacerdote havia trabalhado todo fim de semana; estava
cansado e saudoso do lar. Queria ter o seu merecido repouso
e ficar me paz, às sós. E afinal de contas o que tinha acontecido
com aquele estranho não era da sua conta.
A
história continua: "Semelhantemente um levita descia por aquele
mesmo caminho, e vendo-o também passou de largo. (v.32)
O
sacerdote nem sequer olhou para o ferido viajante. O levita,
quem sabe, preocupado pois poderia ser um parente ou amigo seu,
deteve-se por um instante, olhou-o, e como não o reconhecesse,
passou de largo.
E
lá estava o moribundo, quase a morrer. Será que ninguém se preocuparia
com ele? Será que ninguém se importava? Será que ninguém tinha
amor para dar?
Neste
momento apareceu um estranho, um "inimigo" , ou seja um samaritano,
um estrangeiro. Ora, durante cerca de 800 anos os judeus não
se davam com os samaritanos, porque em 722, Salmanezer ou Sargão
II, reis da Assíria tomara Samaria e substituíram seus habitantes
por bailônios e sírios, que trouxeram suas tradições, crenças
religiosas contrárias às dos judeus.
Os
samaritanos eram inimigos, para os judeus , um foco purulento
incrustado no seu território. Eram considerados como cães.
Mas,
vejamos: lá estava o moribundo; ele sentiu que alguém parou,
desceu da montaria e se aproximou dele. Quem seria? Oh, impossível!
Era um samaritano!
E
o samaritano compadeceu-se dele, curou-lhe as feridas aplicando
óleo e vinho; e colocou-o em cima do seu próprio animal e o
levou para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte tirou
dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: cuida deste
e, se alguma coisa gastares a mais, e to indenizarei quando
voltar.
Finalmente
alguém viu o drama do homem abandonado; alguém sentiu por ele;
alguém se envolveu, alguém ajudou. Por estranho que pareça,
quem ajudou era um ser rejeitado, um inimigo, um cão.
Ao
Jesus terminar o relato perguntou ao doutor da lei: "Qual deste
três parece ter sido o próximo do homem. . ." V.36. O homem
respondeu sem titubiar, "Aquele que usou de misericórdia para
com ele." V.37 sua resposta estava correta.
Aqui
estão algumas verdades para nós:
1.
Muitos se dizem religiosos, cristãos, mas não desejam nenhum
comprometimento com os probelams dos outros. Isto é negação
de religião, isto é negar a Cristo.
2.
Muitos julgam que devam ajudar aos seus familiares, seus parentes,
colegas e amigos, e nada mais. O seu círculo de amor é muito
limitado, sua atuação muito restrita.
3.
Na concepção cristã, o nosso próximo não está limitado à nossa
família, nossas amizades, nossa raça. Nosso próximo é todo aquele
que necessita de auxílio e quem podemos ajudar.
4.
A parábola nos ensina que a verdadeira religião é a prática
do amor. É crer fazendo. É viver o que crê, e fazer o bem que
se deve fazer. Tiago diz: "A religião pura e sem mácula, para
com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas
nas suas tribulações." Tiago 1:.27
A
Bíblia nos diz: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração,
de todas as tuas forças e todo o teu entendimento; e amarás
o teu próximo como a ti mesmo." Lucas 10:27
Quando
Jesus terminou de contar esta história do bom Samaritano, disse
para o doutor da lei: "Vai e procede tu de igual modo, e mais,
. . . faze isto e viverás." Lucas 10:37-38.
Nesta
parábola contada por Jesus, se você fosse um dos integrantes,
quem seria você? O sacerdote? O levita? Ou o bom samaritano?
Agora
olhe ao seu redor: Veja quantos necessitados, abandonados e
carentes estão à beira da estrada, destruídos pelo pecado assaltados
pelo mal.
Veja
quanta ruína e tragédia! então reaja: Ajude alguém hoje! faça
o bem a alguém; diga uma palavra de conforto; levante um caído,
anime-o, ponha seu amor em prática. |