I
- Mistério Revelado, Mas Não Explicado
-
Introdução: A Bíblia não
oferece uma exposição didática, sistemática,
sobre a natureza da divindade, como Paulo faz com o tema da
“justificação pela fé” em Romanos, Gálatas,
Efésios, por exemplo. Assim, este tema é profundo
e a própria Bíblia fala que nossa mente limitada
não pode entender tudo sobre Deus e Seus modos de agir,
como reconhecem as próprias “testemunhas” em A Verdade
Que Conduz à Vida Eterna, págs. 181 e 21 (ver
abaixo, Obs. 2.A).
Antes da análise dessa importante questão da Divindade,
deve-se levar em conta o seguinte: As “testemunhas” são
induzidas a crer que os cristãos em geral admitam uma
Divindade constituída, seja de três deuses, ou
de um deus com três cabeças, enfim, numa concepção
sobre a Divindade deturpada e longe da realidade. É mister,
pois, esclarecer que não se trata de nada disso. Os cristãos
admitem um só Deus, criador e mantenedor do Universo:
[Empregar a Tradução Novo Mundo (doravante referida
como T.N.M.) para os versos seguintes]--Isa. 44:24, 6 e 14 (“não
há outro”); o único Criador: Isa. 44:24
e 45:18) o único Salvador: Isa. 43:11, 45:21;
o Deus verdadeiro que não compartilha Sua glória
com nenhum outro: Isa. 42:8; 48:11; o “primeiro”e “último”:
Isa. 44:6; a única Rocha: Isa. 44:8, Sal. 92:15.
- Em suma, Jeová é o ÚNICO Deus verdadeiro, o único CRIADOR, o único SALVADOR, exclusivo em Sua GLÓRIA, o único ‘PRIMEIRO’ e ‘ÚLTIMO’ e a única ROCHA. Contudo. . .
- A Bíblia também apresenta a Cristo como Deus , como Criador, como único Salvador, como o que compartilhava a glória de Seu Pai, e o que é o “Primeiro” e o “Último”, como a “Rocha”, segundo analisado amplamente neste estudo.
1. A palavra
“Trindade” não consta da Bíblia, assim como dela
não constam outros termos teológicos tais como
“teocracia”, “classe ungida”, “milênio”, “ascensão”,
“servo de congregação”, etc.
Obs.: O que interessa são os fatos. As palavras técnicas
que os definem são secundárias.
2. A própria Bíblia diz que “Deus é misterioso”, ou o “Deus que se oculta”. Isa. 45:15.
A) Ele está
muito além de nossa finita compreensão: Rom. 11:33
e 34.
Obs.: Confirma-o o livro A Verdade Que Conduz à Vida
Eterna, pág. 181: “É verdade que nenhum de
nós sabe tudo sobre Jeová e seus modos de agir.
Ele é tão grandioso que os homens aprenderão
sempre coisas novas a seu respeito”. E na pág. 21, a
mesma obra acrescenta: “É verdade que pode haver ocasiões
em que nós, como humanos de limitado conhecimento e experiência,
não sabemos avaliar plenamente por que certa lei declarada
por Deus é tão importante ou como resultará
para o nosso bem”.
B) Deus
Se oculta (Isa. 45:15) e Se revelaria mais plenamente na consecução
do plano de salvação mediante Cristo, perfeita
revelação do Deus de amor: Heb. 1:1-3; João
1:18.
Obs.: a) O conhecimento do verdadeiro caráter de Deus
como um Deus de amor foi revelado progressivamente por Cristo
e Seus apóstolos no Novo Testamento.
b) A doutrina da ressurreição é também
exposta de modo mais detalhado no Novo Testamento (I Cor. 15;
II Tess. 4, etc.), embora o Velho Testamento traga noções
do tema.
c) O Deus que Se afastou, ou ocultou, desde Adão até
João Batista, revela-Se agora no Filho Unigênito.
João 1:18.
C) CONCLUSÃO: Se não entendemos tantas coisas sobre Deus, Suas leis e Seu modo de agir, como pretenderemos entender tudo sobre Sua natureza divina?
3. Na Bíblia há outros “mistérios”, fatos além de nossa limitada compreensão:
A) O “mistério
da iniqüidade”: II Tess. 2:7.
Obs.: Como entender que num ambiente de perfeição
absoluta, Lúcifer haja permitido que a semente do mal
brotasse em seu coração?
B) O “mistério
da piedade”: Rom. 16:15.
Obs.: A profundidade insondável do amor de Deus que “amou
o mundo de tal maneira”. João 3:16.
C) Paulo
fala do “mistério da Sua vontade”: Efés. 1:9,
10 e 3:3-9.
Obs.: a) Pode-se dizer que a doutrina da Trindade é um
“mistério revelado”, mas não um “mistério
decifrado”.
b) Só o Espírito de Deus sabe as coisas íntimas
de Deus: I Cor.: 2:11.
c) Declara o autor Sabatini Lalli, do livro O Logos Eterno:
“Ao homem impotente e finito, cabe aceitar o mistério
e dizer com o salmista: ‘Tal conhecimento é maravilhoso
demais para mim; é sobremodo elevado, não o posso
atingir’”.--Sal. 139:6.
II - Três Deuses ou Três Pessoas Divinas?
1. Os crentes trinitarianos não adotam a noção
de existência de três deuses, ou de um Deus com
três cabeças, etc. Crêem, antes, em que três
personalidades co-eternas e co-iguais formam uma só Divindade.
Obs.: Pode-se ilustrar com a maneira em que se divide o governo:
Legislativo, Executivo e Judiciário. São três
poderes distintos, constituindo, porém, um só
governo. Outras ilustrações: os dois que formam
um (Gên. 2:24); a água, o vapor e o gelo; a união
entre os crentes que formam um só corpo: João
17:21; I Tess. 5:23-o homem, composto de corpo, alma e espírito,
mas uma só pessoa.
2. O termo “pessoa”, que confunde alguns, é usado em sentido
analógico. Trata-se de mera comparação,
um pobre recurso humano na tentativa de expressar coisas divinas.
Obs.: Falar do Pai, Filho e Espírito Santo como “pessoas”
é um recurso didático. Revela a dificuldade em
utilizar o pobre vocabulário humano para referir-se às
coisas do Alto.
3. Existentes desde a eternidade:
A) O Pai:
Dan. 7:9 (“Ancião de Dias”).
B) O Filho: Miq. 5:2; Isa. 9:6.
Obs.: Diz o livro A Verdade que Conduz à Vida Eterna,
pág. 19, que Deus é “‘de eternidade em eternidade’,
significando que não teve princípio nem terá
fim.-I Tim. 1:17; Sal. 90:2”. Mas a mesma palavra hebraica para
eternidade em Sal. 90:2 é usada em Miq. 5:2 que
se refere ao Filho.
C) CONCLUSÃO: A própria “Sociedade”
fornece as provas de que o Filho não teve princípio
nem terá fim (ver ainda Isa. 9:6).
4. Separados, mas unidos:
A) Mat. 3:16, 17: Jesus, o Espírito e a voz do Pai.
B) João 14:26: “O Espírito Santo a quem o Pai enviará em Meu nome”.
C) Atos
7:55, 56: “Estando cheio do Espírito Santo . . . viu
a Jesus em pé, à mão direita de Deus”.
Obs.: a) A Trindade não representa uma multiplicidade
de deuses, mas uma Divindade constituída por três
personalidades distintas.
b) Há perfeita harmonia entre as três pessoas divinas:
Mat. 28:19; II Cor. 13:13; I Ped. 1:2.
c) A própria “Sociedade”, embora negando a Trindade,
batiza os seus membros “em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo”.-
D) Três
unidos na Criação: Efé. 3:9; Gên.
1:2 (“O Espírito de Deus movia-Se sobre as águas”)
e Heb. 1:8-10 (cf. João 1:3).
Obs.: a) No relato da Criação, é empregada
a palavra “Elohim”com referência a Deus na maior
parte das vezes. Esta é uma palavra que indica o plural.
b) Deus e Cristo referem-se a Si próprios no plural:
Gên. 1:26; 3:22; 11:6, 7; João 3:11; Mat. 3:15.
c) Gên. 3:22 é significativo, pois o homem tornou-se
“como um de nós” conhecendo o bem e o mal. Também
Gên. 11:6, 7, onde “Jeová disse . . . vamos! Desçamos
e confundamos o seu idioma”. T.N.M.
E) O trono
da Divindade: Apoc. 7:17.
Obs.: a) Há um só trono, tanto para Deus como
para o Cordeiro: Apoc. 22:1.
b) Jesus Cristo, o Cordeiro, está assentado no meio
do trono, à destra de Deus. Se está à
direita e no meio, há, portanto, uma posição
à esquerda. Alguém ocupa tal posição.
Quem poderia ser, senão a terceira pessoa da Trindade,
o Espírito Santo?
c) A própria T.N.M., redigida de encomenda para negar
a Trindade, nos ajuda a confirmar o exposto acima: No Salmo
110:1-5 o que se assenta à direita de Jeová no
verso1 é também chamado de Jeová (v. 5)!
F) Mesmas
características para os três:
a) Somos: - Templos de Deus: I Cor. 3:17; - Templos do Espírito:
I Cor. 6:19; - Morada de Cristo: Gál. 2:20.
b) Quem nos dá a vida eterna? - Deus, o Pai: I João
5:11; - O Espírito Santo: Gál. 6:8; - Jesus: João
10:28.
c) Contra quem pecamos? - Contra Deus, o Pai: Deut. 6:16; -
Contra o Espírito Santo: Atos 5:4, 9; - Contra Jesus
Cristo: I Cor. 10:9 (cf. v. 4).
5. A tríplice operação e essência do Divino Ser:
A) Criação
do Universo: a) Pai: Sal. 102:24, 25; b) Filho: Col. 1:16; c)
Espírito Santo: Gên. 1:1, Jó 26:13.
B) Criação do homem: a) Pai: Gên. 2:7; b)
Filho: Col. 1:16, João 1:3; c) Espírito Santo:
Jó 33:4.
C) A morte de Cristo: a) Pai: João 3:16; b) Filho: João
10:17 e 18; c) Espírito Santo: Heb. 9:14.
D) Ressurreição de todos: a) Pai: João
5:21; b) Filho: João 5:21; c) Espírito Santo:
Rom. 8:11.
E) Concessão de autoridade: a) Pai: II Cor. 3: 5, 6;
b) Filho: I Tim. 1:12; c) Espírito Santo: Atos 20:28.
F) Deus no íntimo: a) Pai: Efés. 4:6; b) Filho:
Col. 1:27; c)Espírito Santo: I Cor. 6:19.
G) Santificação: a) Deus opera: I Tess. 5:23;
b) O Espírito opera: I Cor. 6:11; c) Jesus Cristo santifica:
Heb. 2:9-11.
III - O Misterioso “Anjo de Jeová”
1. A) “Anjo”, em hebraico maleq; em grego ággelos = mensageiro. (Ver Juízes 2:1).
B) Deus
enviaria Seu anjo para acompanhar o povo: Êxo. 23:20;
cf. Juízes 2:1-5.
Obs.: A identidade desse anjo não deixa dúvidas
de que era Cristo, o enviado (ággelos) de Deus:
I Cor. 10:4; João 14:24.
C) O próprio
Jeová aparece como um anjo: Gên. 16:9-13; 18:1-3,
22, 27, 30-33.
Obs.: a) Ele inicialmente é descrito como o “anjo de
Jeová”, e posteriormente como o próprio Jeová.
Ver também Juízes 6:11-22 (o anjo é chamado
de Senhor, “Adonai”, em 6:13, e de Jeová em 6:14,
24).
b) Em Gênesis 18:1 e 2 Deus aparece a Abraão na
forma de três homens (ou anjos) no v. 3. Quando os três
homens respondem, o episódio é descrito intercaladamente
como “eles” falando (v. 9) e “Jeová” falando (v. 13).
Quando dois dos três se retiram para visitar Ló
em Sodoma, Abraão continua a chamar o que com ele permanece
de Jeová, mas Ló se dirige aos outros dois como
“Jeová” (Gên. 18:22, 28 e 19:1, 18-22); Cf. I Cor.
13:12.--Estudo por David Reed.
D) Dois Jeovás? Gên. 19:24.
Obs.: O Jeová embaixo envia fogo e enxofre “da parte
de Jeová” no alto, desde os céus (vs. 18 a 22).
E) Jeová é Deus: Gên. 22:11-18.
Obs.: O Jeová na Terra fala da fidelidade de Abraão
que não negou seu filho a Ele, Deus (Elohim).
F) Deus, Jeová e o anjo: Êxo. 3:2, 4, 6, 14, cf.
Atos 7:35-38.
Obs.: Diz o livro Santificado Seja o teu Nome, pág.
247: “Moisés viera a estar entre a ‘congregação
de Israel’ no deserto de Sinai, ocasião em que recebeu
os oráculos sagrados de Jeová Deus. (Atos 7:37,
38)”.
G) O “Príncipe do Exército de Jeová”: Josué
5:13 a 6:2 (comparar com Mat. 14:33); João 9:38 (cf.
Mat. 4:10); Heb. 1:6.
Obs.: a) Era o próprio Jeová, que podia ser adorado,
assim como o próprio Cristo foi.
b) Se fosse um mero anjo, não poderia ser adorado, de
acordo com Apoc. 19:10.
c) A T.N.M. em várias passagens evita a tradução
“adorar”com respeito a Jesus Cristo, mas não teve como
fazê-lo em Heb. 1:6. Também Apoc. 5:13, 14 tanto
o “que está assentado sobre o trono”, como o “Cordeiro”
recebem idêntica adoração e homenagem.
H) O Anjo que perdoa pecados: Gên. 18:23-26; Êxo.
23:20, 21.
Obs.: Só Deus perdoa: Isa. 43:11; Mar. 2:7; Mat. 9:2.
I) O anjo (varão) que abençoa: Gên. 32:24.
Obs.: Os filhos de Israel não comem certo nervo da coxa
porque “Ele tocou na concavidade da articulação
da coxa de Jacó”. (vs. 32-T.N.M.). Quem é “Ele”?
É o Deus referido no vs. 30 com quem Jacó lutou,
apresentando-Se-lhe como um varão.
J) Miguel, o “anjo de Jeová”: Zac. 3:2-T.N.M., cf. Judas
9.
Obs.: A “Sociedade” sempre reconheceu que Miguel é Cristo.
Ver Cumprir-se-á Então, pág. 306
(§ 25).
L) CONCLUSÃO: Este “anjo de Jeová” não é outro senão Aquele que Se fez Filho do homem, o único mediador entre Deus e os homens. Não obstante, a Bíblia O identifica claramente como o próprio Jeová (comparar Judas 9 com Zacarias 3:1, 2 e Gên. 22:15, 16).
IV - Jesus é Jeová
1. Jeová, o Salvador:
A) Esclarece
o Seja Deus Verdadeiro: “O nome Jesus . . . é
apenas a forma abreviada do nome hebraico Je-hoshua,
o qual significa Jeová é o Salvador”. --
Op. Cit., pág. 29.
B) Comparem-se os seguintes textos (usar T.N.M. para o Velho
Testamento):
a) João Batista, o precursor de Jeová: Isa. 40:3
com Mat. 3:3 e Luc. 1:76.
b) A pedra de tropeço que esmaga: Isa. 8:13-15 com Luc.
20:17, 18.
c) “O primeiro e o último”: Isa. 44:6 e 48:12, com Apoc.
1:17, 18 e 2:8.
d) Jeová virá trazendo o Seu galardão:
Isa. 40:10 com Apoc. 22:6, 7 e 12.
e) Todo joelho se dobrará ante o Juiz: Isa. 45:21, 23
com Rom. 14:10-12; II Cor. 5:10; Filip. 2:10, 11.
Obs.: O capítulo 45 de Isaías refere-se à
pessoa de Cristo, pois a descrição dEle no Novo
Testamento corresponde à que o capítulo de Isaías
apresenta: comparar Isa. 45:7, 12, 18, 21 e 22 com João
1:3; Col. 1:16, 17 e Atos 4:12.
f) Olharão a Jeová “a quem traspassaram”: Zac.
12:4 e 10, com João 19:37.
g) O preço (salário): 30 moedas de prata-Zac.
11:11-13, com Mat. 26:15 e 17:1-10.
h) “Jeová, justiça nossa”: Jer. 23:5, 6 com I
Cor. 1:30, 31 e Jer. 99:23, 24.
i) Levou cativo o cativeiro: Sal. 68:17, 18 com Efés.
4:7-10.
Obs.: Paulo claramente aplica tais palavras a Cristo. Segundo
a T.N.M., “o próprio Jeová chegou de Sinai ao
lugar santo” (Sal. 68:17b). Conforme Atos 7:38, no Sinai esteve
o “anjo” que, como visto no Subt. anterior, refere-se a Cristo.
j) O Alfa e o Ômega: Apoc. 1:8 com Apoc. 22:11, 13, 16.
2. Identidade divina de Jesus:
A) Jesus
tratado como Jeová: comparar Sal. 102:22 e 25-28 com
Hebreus 1:10-12.
Obs.: Neste salmo, a referência a Jeová é
óbvia (ver ainda 102:1). Heb. 1:8, 9 indica referir-se
ao Filho.
B) O Jeová aguardado: Isa. 25: 8, 9.
Obs.: Quem é o aguardado, a não ser Jesus? Tito
2:13.
C) “Senhor meu e Deus meu”: João 20:28.
Obs.: A palavra “Senhor” deveria aqui ser Jeová, pela
sistemática da T.N.M. No original é a mesma palavra
que em Heb. 13:6 e Apoc. 4:11 foi traduzida por Jeová.
D) O poder de perdoar pecados: Luc. 7:47.
Obs.: a) Pecado-“transgressão da lei” de Deus (I João
3:4). Um pecador é alguém que se afastou de Deus
e está sob condenação divina (Isa. 59:2;
Rom. 3:23-26).
b) Só Deus poderia perdoar quem praticou ofensas contra
Ele. Cristo, porém, dispõe dessa autoridade porque
nEle habita corporalmente “toda a plenitude da Divindade”: II
Cor. 5:18, 19; Luc. 7:48, 49; Col. 2:9.
E) Estêvão orou a Cristo para que recebesse o seu
espirito. E a Bíblia diz que “o espírito volta
para Deus que o deu” (Ecles. 12:7).
Obs.: Em João 14:14 o original grego reza: “Se alguma
coisa de Mim pedirdes, no Meu nome, Eu o farei”. Orar
a Jesus é perfeitamente aceitável. A última
oração da Bíblia é a Ele dirigida:
Apoc. 22:20.
F) “Eu sou”: João 8:58.
Obs.: a) Jesus defendeu Sua pré-existência aplicando-Se
a mesma expressão referente a Jeová no Velho Testamento:
Comparar Êxo. 3:14 com João 8:58 (Almeida).
b) O resultado dessa Sua declaração foi que os
judeus tentaram apedrejá-Lo porque entenderam
bem o que Ele quis dizer com aquela expressão (ver vs.
59).
c) A Torre de Vigia busca contornar essa clara evidência
da divindade de Jesus Cristo, traduzindo ego eimi (“eu
sou”) de João 8:58 por “eu tenho sido”, o que não
está correto segundo os originais gregos. Buscam evitar
o cotejo desses dizeres com o “Eu sou” de Êxo. 3:14.
d) Em João 5:18 lemos que Jesus não só
violava o sábado, como Se fazia igual a Deus. Pela estreiteza
da religião hebraica pós-exílica, de rígido
monoteísmo e rígidas regras legais quanto ao sábado,
eles consideravam violação do sábado o
curar nesse dia, e uma blasfêmia Cristo igualar-Se a Deus.
Mas Ele realmente não violava o mandamento do sábado
da lei divina, corretamente interpretada, e sim o estabelecido
pela tradição deles. Tampouco blasfemava fazendo-Se
igual a Deus, embora assim interpretassem os ultrazelosos judeus
que O rejeitavam como o prometido Messias.
e) Embora traduzam João 8:58 como “eu tenho sido”, outros
textos em que a expressão ego eimi aparece são
traduzidas corretamente como “eu sou” na T.N.M.: João
10:7, 9, 11, 14, etc.
f) Na Kingdom Interlinear Translation [Tradução
Interlinear do Reino, que tem o texto grego reproduzido com
tradução literal, palavra por palavra, sob o mesmo],
editado pela Torre de Vigia, a tradução aparece
corretamente “eu sou” junto à transcrição
do grego. Contudo, ao lado, no texto em inglês corrido,
a tradução é diferente: “eu tenho sido”.
Por que tal incoerência?
g) A Versão LXX (Setuaginta, do hebraico para o grego),
traz várias passagens em que Deus fala “Eu sou” são
traduzidas para ego eimi, como em Gên. 17:1; Sal. 35:3;
Isa. 43:10-13, etc.
G) O único bom: Marcos 10:18.
Obs.: a) NEle nada havia de mau ou errado: João 8:46;
I Pedro 2:21, 22.
b) Era o “Bom Pastor”: João 10:11, 14.
c) Aceitava o título de Deus como Seu, legitimamente:
João 20:28; Heb. 1:8 e 10; João 1:1.
H) Somos testemunhas de Jesus agora: comp. Isa. 43:10 com Atos
1:8; 13:21; 9:5, 15.
Obs.: No passado, Deus buscava a salvação de Seu
povo para, por meio dele, salvar o mundo (Isa. 45:22, cf. João
12:32). Cristo cumpriu exatamente tal papel, pois era “Emanuel-Deus
conosco”. Assim, devemos ser agora Suas testemunhas perante
o mundo.
I) Melquisedeque comparado a Cristo: Heb. 7:3.
Obs.: Desse personagem é dito que não teve “princípio
de dias”. Assim, Cristo é “Pai da eternidade” (Isa. 9:6).
J) Todos os deuses e anjos recebem ordem de adorar a Jesus:
Sal. 97:6, 7, cf. Mat. 4:10; Heb. 1:6; Apoc. 5:8, 13, 14; Filip.
2:10, 11; Luc. 24:52.
Obs.: a) Censurando os judeus Jesus disse que se seus juízes
pecadores e falíveis eram chamados deuses, com maior
razão Ele, totalmente isento de pecado, poderia reivindicar
ser o Filho de Deus: João 10:34-38.
b) Os judeus que eram “deuses” (João 10:34, 35) não
poderiam receber idêntico tratamento. Portanto, não
podem ser comparados com Cristo, “o Deus unigênito que
está no seio do Pai”. Ele era um com o Pai, pois disse:
“O Pai está em Mim e Eu Nele”. João 10:30, 31,
33 e 38.-EU E O PAI SOMOS UM.
c) Alegar que se deve interpretar João 10:30, “Eu e o
Pai somos um”, à luz de João 17:22, 23 (os discípulos
serem um, como Cristo e o Pai são um) não faz
sentido. São episódios diferentes, e as palavras
de Cristo em cada caso têm finalidades e efeito diferentes.
Basta examinar os respectivos contextos. Cristo é um
com o Pai em essência (João 10:30) e também
em intenções, propósitos, etc. (João
17:22, 23). Os discípulos não podem ser um em
essência, mas serão um em propósitos, intenções
como o Pai e o Filho o são.
d) A reação dos judeus ao Jesus declarar-Se um
com o Pai é significativa (v. 31). Foi semelhante à
reação deles quando pronunciou o “Eu sou” (cf.
este § no tópico E, acima).
3. Profecias Messiânicas:
A) Emanuel, Deus conosco: Mat. 1:23.
B) “Deus
forte” ou “poderoso”: Isa. 9:6, cf. Isa. 10:21, onde Jeová
é também chamado de “Deus forte” (ver T.N.M.).
Ver ainda Jer. 32:18.
Obs.: a) Jeová é o “Deus forte”: Apoc. 18:8, T.N.M.
b) Se o “Deus poderoso” (Isa. 9:6) é outro, não
Jeová, isso entraria em contradição com
Isa. 43:10b.
C) O que
salva o povo: Comparar Isa. 43:11 com Mat. 1:21.
Obs.: Ele, o Deus conosco, o único “Deus Poderoso” que
é Jeová dos exércitos salvará o
Seu povo dos seus pecados. Ele, Jesus, é o Jeová
salvador.
D) “Pai
da Eternidade”: Isa. 9:6.
Obs.: Sendo “Pai da eternidade”, esta não pode ser maior
do que Ele, seu pai.
E) A vitória
sobre os inimigos: Sal. 110:1-6 (ver T.N.M.).
Obs.: a) Se o Senhor está à direita de Jeová,
então Jeová estará à esquerda do
Senhor. Contudo, o v. 5 diz que “o próprio Jeová,
à tua direita . . .” (T.N.M.) o que implica em que o
que está à direita (o Senhor) também Se
chama Jeová (ver Subt. III, D).
b) O que despedaça os inimigos e executa julgamento entre
as nações, segundo o Novo Testamento, é
o próprio Cristo: Apoc. 19:11-21; II Cor. 5:10.
V - A Deidade do Espírito Santo
1. Características e qualidades que indicam personalidade:
A) O Espírito é volitivo, tem querer e determinação: Rom. 8:27.
B) É
agente (parakletos), ou seja, consolador, advogado, instrutor,
guia, amparador, representante: João 14:16, 26; 15:26;
16:7.
Obs.: Cristo é designado pela mesma palavra parakletos
em I João 2:1. Somente duas pessoas poderiam ter idêntica
atribuição. Como comparar assim uma pessoa com
uma mera “força ativa” ?
C) É tratado por pronome pessoal: João 16:14; Efés. 1:14.
D) Seu nome é citado entre outras pessoas: Atos 11:28; Mat. 28:19; II Cor. 13:13.
E) É
um outro Consolador, isto é, além de Cristo que
também o era: João 14:16.
Obs.: Em grego há duas palavras que são traduzidas
por outro: allós (outro de mesma qualidade)
e heterós (outro de natureza diferente, e mesmo
contrária [como se dá com o termo “ (heterogêneo”
(]). Em João 14:16, o grego traz allós.
F) Tem conhecimento,
sabe as coisas divinas: I Cor. 2:11.
Obs.: Nada inferior ao próprio Deus poderia penetrar-Lhe
o íntimo.
G) Ensina: Luc. 12:12; João 14:26.
H) Convence: João 16:8; Gên. 6:3.
I) Perscruta: I Cor. 2:10, 11.
J) Pode impedir: Atos 16:6, 7.
L) Concede, permite: Atos 2:4.
M) Administra, distribui: I Cor. 12:11.
N) Fala: Atos 10:19; 13:2; João 16:13; Mat. 10:18-20.
O) Toma decisões: I Cor. 12:11.
P) Guia: João 16:13; Gál. 5:18.
Q) Anuncia: João 16:14, 15.
R) É entristecido: Efés. 4:30.
S) Intercede:
Rom. 8:26.
Obs.: Jesus “também intercede”, assim como o Espírito.
Só uma pessoa seria comparada a outra.
T) Chama, procura: Apoc. 22:17; I Cor. 2:10.
U) É resistido e tentado: Atos 7:51; 5:9.
V) Agrada-se: Atos 15:28.
X) Comissiona: Atos 13:2; 20:28.
Z) Pode ser difamado e blasfemado: Mat. 12:31, 32.
2. Prerrogativas divinas do Espírito Santo:
A) É eterno, como Deus: Heb. 9:14.
B) É onipresente, como Deus: Sal. 139:7-10.
C) É onisciente, como Deus: I Cor. 2:10, 11.
D) É criador, como Deus: Jó 33:4; Sal. 104:30.
E) É Senhor (Jeová-T.N.M.), como Deus: II Cor. 3:17, 18.
F) É Recriador, como Deus: João 3:6; I João 5:4.
G) É
também Jeová: comparar Jer. 31:33, 34 com Heb.
10:15, 16.
3. Presente, como entidade distinta, no batismo de Cristo: Mat.
3:16, 17.
A) Não poderia, uma mera influência, descer em forma corpórea.
B) Se o Espírito Santo é apenas a força ativa de Deus, então João 17:39 significaria em última análise, que Deus não tinha força ativa na Terra antes da época cristã.
VI - Textos Irrefutáveis Que Comprovam
a Trindade
1. A visão de Isaías:
A) Adonai,
Jeová, “Santo, Santo, Santo” (Isa. 6:1-10).
Obs.: a) No v. 8 ocorre a forma plural, “quem há de ir
por nós”? Dizer que Isaías estava ali tendo sua
associação subentendida não é correto
porque noutras ocasiões, quando não só
o ser humano estava presente, mas até anjos, a forma
permanece no singular: Gên. 18:21, 22.
b) A razão é que em Gênesis apenas um membro
da Trindade está presente, enquanto na visão de
Isaías aparecem os três, o que se atesta também
pela tríplice expressão: “Santo, Santo, Santo”
.
B) Jeová estava ali: A visão da glória divina implica logicamente a presença do próprio Jeová, que é especificamente mencionado no v. 1.
C) Jesus estava ali: João 12:36-41 revela que “Isaías disse isto quando viu a glória dEle (a glória de Jesus, conforme o contexto)” .
D) O Espírito Santo estava ali: Quem o afirma é o apóstolo Paulo, falando inspiradamente em Atos 28:25-27.
E) CONCLUSÃO: Uma cuidadosa e atenta comparação de Isa. 6:1-10; João 12:36-41 e Atos 28:25-27 lança luz sobre a doutrina da Trindade e representa prova inescapável em favor dessa doutrina, mesmo quando se utiliza a T.N.M., preparada com a intenção de negá-la.
2. O “Shema” e a “Unidade Composta” :
A) A tripersonalidade
divina não implica em triteísmo, mas monoteísmo.
Se 1 + 1 + 1 = 3, também 1 x 1 x 1 = 1 (ver este Est.,
Subt. III, 1ª).
Obs.: Deut. 6:4, conhecido como Shema: “Ouve, Israel, o Senhor
nosso Deus é o único Senhor”.
B) Comentário erudito de um teólogo abalizado: “No texto citado [Deut. 6:4], a palavra ‘único’, ou melhor, ‘um’, é echod, e NÃO INDICA uma ‘unidade absoluta’ em muitas passagens através do Velho Testamento, e muitas vezes indica a ‘unidade composta’, e isto constitui antes um argumento em favor da Trindade da Divindade (Jeová). Por exemplo, em Gên. 2:24 está: ‘deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne’. No hebraico está bosor ECHOD. Por certo que isto não significa que no casamento os esposos se tornam uma pessoa, mas que se tornam um na unidade de sua substância e, aos olhos de Deus, são considerados uma pessoa. Notemos bem que isto é verdadeira unidade, contudo não uma ‘unidade solitária’, mas uma ‘unidade composta’. Citemos outro exemplo. Os doze espias que Moisés enviara a Canaã, voltaram trazendo um enorme cacho de uvas (hebr. eschol ECHOD). Núm. 13:23. Ora, desde que haveria centenas de grãos de uva nesta única haste, por certo não se tratava de uma unidade solitária ou absoluta, contudo a palavra echod é aí empregada para descrever o cacho. É conclusivo que as uvas eram consideradas uma no sentido de serem da mesma origem, o que prova tratar-se de uma unidade composta”--A. B. Christianini, Radiografia do Jeovismo, 1ª edição, pág. 189.
C) A afirmação
de que os que crêem na Trindade adotam a idéia
de que há três pessoas unidas em uma só,
com um corpo e três cabeças, etc., é, pois,
falsa e demonstra o desconhecimento do verdadeiro ensino a respeito
da Divindade, conforme sustentado pelos cristãos em geral.
D) Concluindo, citamos o autor Sabatini Lalli: “As Santas Escrituras
constituem a Revelação de Deus. Não nos
é possível conhecer TUDO a respeito dessa Reveleção.
Negar certos aspectos dessa Revelação divina,
apenas porque não conseguimos compreender-lhe completa
e totalmente o sentido,-como fazem os ‘Testemunhas de Jeová’
que querem explicar tudo-revelaria, de nossa parte, a mais profunda
e crassa ignorância, que temos de nossa própria
imitação!”
VII - Passagens-Chave Deturpadas na “Tradução
do Novo Mundo”
1. João 8:58 (ver Subt, IV § 2, E).
2. João 1:1:
A) Na expressão
“e o verbo era Deus” a palavra “Deus” (aparece no original sem
o artigo. Isso dá margem às “testemunhas” (pretenderem
que deve ser entendido como “um deus” ou “deus”, grafando a
palavra minúscula para contrastar o Verbo (deus) com
Jeová (Deus).
Obs.: a) Contudo, em João 1:19 ambas as expressões
“Deus” vêm sem o artigo, e a T.N.M. traduz corretamente
que “ninguém jamais viu a Deus” , e não “a um
deus” ou “a deus”.
b) Se prevalecer a regra do artigo (ou seja, aparecendo o artigo
antes--hô théos--refere-se a Jeová;
sem o artigo é um deus, Jesus), então em Mat.
1:23 não há saída para os negadores da
divindade de Jesus, pois em “Emanuel, Deus conosco” a palavra
“Deus” (é antecedida pelo respectivo artigo grego hô.
O mesmo se dá em João 20:28, onde Deus aparece
com artigo.
c) Os mais competentes gramáticos gregos explicam que
a palavra grega théos vem sem o artigo porque
no grego, na posição em que ela aparece, este
pode ser dispensado. “O Verbo era Deus” indica que “Deus” é
um qualificativo de “Verbo” que “era [tinha a qualidade de]
Deus”.
d) O livro das “testemunhas”, Revelação-Seu
Grandioso Clímax Está Próximo dá
uma explicação esfarrapada sobre Apoc. 1:17 (Jesus,
o Alfa e o Ômega) [pág. 27-rodapé] e simplesmente
não comenta Apoc. 22:13, que se aplica a Jeová,
com idêntica linguagem no grego-HO PROTOS KAI HO ESCHATOS
= O PRIMEIRO E O ÚLTIMO. Tem o artigo definido nos três
casos, sem qualquer distinção.
B) Na defesa
de suas teses falsas, as “testemunhas” (chegam a valer-se do
condenável recurso da elipse (citação propositadamente
incompleta, dando sentido alheio às intenções
do autor, conforme denunciado por A. B. Christianini, em Radiografia
do Jeovismo, pág. 37 (2ª edição)
(comparar com Est nº 4, Subt III): “Num dos muitos apêndices
da Tradução Novo Mundo, em inglês, citam
uma reconhecida autoridade no Grego, o Dr. Robertson, mas nisto
revelam falta de lisura. Na página 776 do Novo Testamento
em exame, citando palavras do Dr. Robertson, ‘entre antigos
escritores O THEOS era empregado para designar a religião
absoluta, distinguindo-a dos deuses mitológicos’, deixam
propositadamente de citar a sentença seguinte em que
o Dr. Robertson diz: ‘No Novo Testamento, contudo, embora tenhamos
PROS TON THEON (João 1:1, 2) é muitíssimo
mais comum encontrarmos simplesmente THEOS, especialmente
nas Epístolas’. E isto destrói todo o castelo
de cartas construído sobre a omissão do artigo!
Mais ainda: indica falta de honestidade mental. Porque o que
o erudito Dr. Robertson quis dizer é que os escritores
do Novo Testamento não empregam freqüentemente o
artigo com Theos e mesmo assim o sentido é perfeitamente
claro no contexto, ou seja, que significa o Único Deus
Verdadeiro”.
Obs.: Ao que parece, a comissão de tradutores das Escrituras
da “Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados”,
que preparou tais comentários, não levou muito
em consideração o que recomenda sua própria
publicação Qualificados Para Ser Ministros,
pág. 183: “Tende muito cuidado de serdes acurados em
todas as declarações que fazeis. Usai honestamente
a evidência. Em citações, não torçais
o significado do escritor ou orador, nem useis somente citações
parciais. a fim de dar uma idéia diferente da que a pessoa
pretendia”.
3. Filipenses 2:6-9:
A) Cristo
não renuncia a ser Deus. Simplesmente toma a forma humilhante
de servo por ocasião da Encarnação.
Obs.: Ele acrescentou Sua natureza divina à humana, combinando-as
numa só personalidade. Daí ser tanto “Filho do
homem” como “Filho de Deus” no Novo Testamento.
B) A passagem
deve ser entendida à luz de seu contexto.
Obs.: a) Recomendações de Paulo aos crentes: sentir
o mesmo (v. 2); considerar os outros superiores (v. 3) = humildade
voluntária a exemplo da de Cristo.
b) Contudo, os crentes assim se humilhando e considerando os
demais por superiores continuam tendo idêntica natureza,
iguais ainda quanto ao ser.
c) Na experiência do Verbo, a comparação
de Paulo referida acima não faria sentido, porque se
Ele fosse inferior a Deus, automaticamente já O estaria
considerando superior; não teria que humilhar-Se.
d) Sendo Deus, fez-Se servo (mantendo, porém, a natureza
divina).
e) Sendo homem, humilhou-se por tornar-se sujeito (mas prosseguindo
na forma de homem durante a submissão e obediência).
f) Sofreu a morte mais humilhante, de cruz-que não deixa
de representar uma morte de idênticos efeitos de qualquer
outro tipo de morte mais gloriosa.
C) Palavra-Chave:
Harpagmos (“usurpação” ).
Obs.: a) Diz o The Analytical Greek Lexicon, muito citado
em obras da “Sociedade”, que o sentido de tal palavra é
“uma coisa retida com um ávido desejo, ou avidamente
reivindicada e conspicuamente exercida”.
b) Outro livro citado e reconhecido como de valor pela “Sociedade”,
o Thayer’s Greek English Lexicon of the New Testament assim
explica Filip. 2:6: “(Cristo Jesus) quem embora (quando previamente
Logos Asarkós [Verbo Desencarnado]) teve a forma
(em que apareceu aos habitantes do Céu) de Deus (O Soberano,
oposto a morfê doulou), todavia não julgou
que essa igualdade com Deus devia ser zelosamente segurada ou
retida”.-- Op. Cit., pág. 418, col. b.
c) W. C. Taylor, erudito helenista, explica: “‘Morphê’
significa forma, implicando caráter e natureza essenciais.
Está em contraste com schêma que significa figura,
semelhança exterior e efêmera. Morphê
salienta a natureza divina e real humanidade de Jesus em Filip.
2:6, 7, e schêma salienta a fase passageira de
Sua humilhação” .
d) No v. 6 o termo usado é morphê (em forma
de Deus), enquanto o v. 7, ao falar em “forma de servo” , o
termo que consta é schêma (pois se tratava
apenas de uma aparência, uma vez que Ele, enquanto servo,
tinha ainda a forma essencial (morphê) de Deus.
4. Tito 2:13; II Pedro 1:1:
A) Pela regra de Sharp, “Quando a conjunção kai [que corresponde ao nosso “e”] liga dois nomes do mesmo caso, se o artigo vem antes do primeiro nome e não é repetido antes do segundo nome, este último sempre se refere à mesma pessoa descrita no primeiro nome” .
B) Em ambos
os versos acima, a T.N.M. desrespeitou a regra de Sharp, acrescentando
“de” que não existe nos originais.
Obs.: Diante de tais deturpações, uma comparação
de I João 5:20; Rom. 9:5; Heb. 1:8 da T.N.M. com as demais
traduções mostra a falsidade dessa versão
produzida pela “Sociedade” de encomenda para negar a Trindade.
5. Colossenses 1:15-17:
A) A T.N.M.
traz palavras apócrifas [outras] repetidas vezes nestes
versos (em edições anteriores da T.N.M. nem sequer
aparecia entre colchetes, como se pode ver em Certificai-vos,
ed. 1970, pág. 266).
Obs.: Contudo, em João 1:3, contraditoriamente, não
acrescentaram “outras” antes de “coisas” , como foi feito em
Colossenses (ver também Heb. 1:3).
B) Será que os “helenistas” da “Sociedade” não temem a condenação de Apoc. 22:18 e Prov. 30:5, 6?
6. Hebreus 1:8:
A) A T.N.M., buscando fugir à clara realidade da referência à divindade de Cristo neste verso, faz uma tradução ridícula, transformando o Criador em um “trono para sempre”.
B) Na Nova Terra estará o trono “de Deus e do Cordeiro” (Apoc. 22:1 e 3). Logo, Cristo terá um trono junto a Deus, o que é bem diferente de ter a Deus como o Seu trono.
7. Passagens em que se fala de adoração prestada a Jesus (transformada em mero “prestar homenagem”): Mat. 4:8; João 4:24; Apoc. 7:11 e 11: 15, 16.
A) O verbo grego proskuneo nesses textos tem o sentido de “adorar” , conforme é usado corretamente em edições mais antigas da T.N.M. nesses mesmos textos.
B) Contudo,
o mesmo verbo proskuneo, quando aplicado a Cristo, tem
seu sentido alterado na Bíblia jeovaísta para
“prestar homenagem” : Mat. 2:2, 11; 8:2; 9:18; Mar. 5:6; 15:19;
Luc., 24:52; João 9:38.
Obs.: Em Apoc. 5:13 e 14 a mesma honra, louvor e adoração
atribuídos a Deus se dirige também ao Cordeiro.
C) Mas, incrível como seja, na T.N.M. proskuneo torna a ter o sentido de adorar com relação a um mero anjo, uma divindade pagã e o próprio Diabo!: Apoc. [Revelação] 22:8; Atos 19:27; Apoc. [Rev.] 13:4; Mat. 4:9; Luc. 4:7.
VIII - Refutando Objeções
1ª - Não existe lógica em crer que três “pessoas” formem uma. Qualquer um sabe que 1 + 1 + 1 = 3. A doutrina da Trindade não tem lógica nenhuma.
Resposta:
A) Quem
disse que a lógica humana é o recurso a ser utilizado
para compreender as coisas do Alto? A Bíblia diz que
“o homem natural não aceita as coisas do Espírito
de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las
porque elas se discernem espiritualmente” . I Cor. 2:14.
B) Segundo as Escrituras, cada uma das pessoas tem os mesmos
atributos de onisciência, onipotência e onipresença
(ver Subts. anteriores). Logo, em lugar de somar 1 + 1 + 1 =
3, deve-se multiplicar 1 x 1 x 1, e o resultado ainda será
1.
2ª - A idéia trinitária procede de concepções pagãs. Egípcios, hindus e outros povos que viviam e ainda vivem na ignorância é que mantinham tal idéia.
Resposta:
A) Em nenhum
povo pagão, antigo ou moderno, existe uma concepção
da Divindade como exposta pelos cristãos: três
pessoas co-eternas e co-iguais formando uma só Entidade
Divina, com seus componentes agindo independentemente, mas numa
unidade de intenções e substância.
Obs.: O que ocorre entre muitos povos pagãos é
uma concepção de tríade, geralmente
composta de um deus principal, sua esposa e o filho, o que é
muito diferente da Trindade como entendida pelos cristãos.
B) A idéia
das “testemunhas” , insinuando que um Deus principal e Todo-poderoso
criou um Deus secundário (o Deus Poderoso), sendo este
último inferior ao primeiro, é que se aproxima
das concepções pagãs quanto a seus deuses
de diferentes poderes.
Obs.: Em ilustrações de suas publicações,
às vezes aparece uma divindade de cabeça múltipla
como retratando a crença da Trindade, mas isso jamais
refletirá as concepções cristãs
do tema.
3ª - Em Apoc. 3:14 há a afirmação de que Cristo foi a primeira criatura de Deus e em Colossenses 1:15 é dito que Ele foi o “primogênito de toda a Criação”, logo, o primeiro a ser criado.
Resposta:
A) Em Apoc.
3:14, onde Cristo é referido como “o princípio
da Criação de Deus” , deve-se analisar a questão
textualmente: a palavra “princípio” nem sempre tem o
sentido de “começo” , podendo ainda significar “lei que
rege alguma coisa” , como qualquer bom dicionário demonstrará.
Também pode significar “teoria” , “preceito” e termos
análogos.
Obs.: A multiplicidade de sentidos para a palavra pode ser percebida
com o uso de expressões tais como “princípios
éticos” , “princípios de higiene” , etc.
B) No original
grego, a palavra para “princípio” em Apoc. 3:14 (archê)
é a raiz da palavra “autor” de Heb. 12:1. Portanto, pode-se
entender perfeitamente que Cristo é o princípio,
ou o autor da Criação de Deus. É o agente
da Criação, como revelado em Col. 1:16; João
1:3, etc.
Obs.: Cristo, como agente da Criação, encerra
em Si o princípio que traz à existência
a vida, a partir do nada (ver João 1:14, “a vida estava
nEle” ).
C)
O fato de ser o “primogênito” não representa que
foi criado em primeiro lugar. Ele também é o “primogênito
entre os mortos” (Col. 1:18) não por ter sido o primeiro
a ressurgir, pois antes dEle vários o fizeram (Lázaro,
a filha de Jairo, o menino ressuscitado por Elias, etc.). É
primogênito no sentido de ter a primazia sobre todas as
coisas, conforme o próprio contexto indica: ver Col.
1:18.
Obs.: a) Manassés e Efraim-o mais novo passou a ser o
primogênito, tendo primazia; Jacó e Esaú--
idem.
b) As palavras “arcebispo” e “arquiteto’’ têm prefixo
derivado do grego archê, e o sentido claro é de
terem primazia, o primeiro lugar, não o de serem primeiros
em ordem cronológica.
4ª - A Bíblia nos informa que Cristo foi gerado
(Sal. 2:7; cf. Atos 13:33). Qualquer dicionário indica
que “gerar” tem o mesmo sentido de “criar” .
Resposta:
A) Não basta recorrer ao dicionário para entender o sentido dos termos bíblicos. No caso de primogênito, como vimos, o sentido bíblico é outro. Certos termos biblicos adquirem outras conotações de sentido, ou têm valor relativo numa representação simbólica.
B) No Salmo
2:7, de linguagem evidentemente poética, temos a palavra
“gerar” , mas com que significado? Em que momento o Cristo foi
gerado? A que “dia” referia-se Paulo ao falar em “hoje” (Atos
13:33)?
Obs.: a) Alguns comentaristas entendem que essa geração
deu-se no momento da encarnação do Messias no
ventre de Maria. Outros acham que foi quando da Ressurreição.
Pensando nisso, Paulo cita as palavras de Davi, dizendo que
Deus cumpriu a nosso respeito as Suas promessas, “ressuscitando
a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo”
.
b) Em Heb. 5:5, onde se repete a referência do Salmo 2:7,
isso se demonstra, pois Cristo foi glorificado por Deus ao ressurgir
dos mortos-ver Filip. 2:9-11.
C) Pode-se
objetar que o título “Filho de Deus” foi dado a Jesus
antes de Sua ressurreição, e Ele mesmo o aplicou
para Si (Mat. 16:15, 16; João 3:18). Isso parecia indicar
que é ao momento de Sua encarnação, e particularmente
à ocasião de Seu nascimento, que Jesus foi designado
pela expressão “Filho de Deus” . O anjo que anunciou
a Maria que ela conceberia e daria à luz o Salvador do
mundo, indica que Ele seria chamado “Filho do Altíssimo”
(Luc. 1:31, 32). E quando de Seu batismo, a voz ouvida do Céu
O declarou também Filho de Deus (Mat. 3:17).
Obs.: Como, então, conciliar os dois pontos de vista-o
de Paulo, que aplica o “hoje” do Salmo segundo à Ressurreição
do Mestre, e as inequívocas declarações
dos evangelhos que apontam à encarnação
ou ao batismo como o tempo em que Cristo foi “gerado” Filho
de Deus? Uma passagem de Paulo lança luz sobre isso,
e nos permite harmonizar aquilo que parece contraditório:
Rom. 1:4 diz que Ele foi “poderosamente demonstrado Filho de
Deus, segundo o espírito de santidade, pela ressurreição
dos mortos”.
D) CONCLUSÃO: Jesus era Filho de Deus no ventre materno, e ainda por ocasião de Seu batismo e ministério. Contudo, em razão de Sua ressurreição dentre os mortos, esse título foi proclamado “poderosamente” diante do Universo. O fato de que o lugar de habitação dos mortos não pôde retê-Lo em seus laços provam Sua filiação divina.
5ª - Os textos de João 1:3 e Colos. 1:16 dizem que todas as coisas foram feitas “por intermédio” de Cristo, e não exatamente por Ele.
Resposta:
A) Se compararmos
estas passagens com Isa. 44:24 e Sal. 33:8 e 9 veremos que Deus
estava só ao criar todas as coisas, mas que tudo criou
mediante Sua Palavra, da qual não poderia estar jamais
desvinculado.
Obs.: Embora Deus haja, sozinho, criado tudo, Cristo é
antes de todas as coisas e “estava no princípio com Deus”
(ver Col. 1:17; João 1:2, cf. Gên. 1:16 e 3:22).
Isso somente faz sentido à luz do entendimento da Trindade,
não tendo por base a lógica humana.
B) Vivemos, nos movemos e existimos tanto em Deus como em Cristo:
comparar Atos 17:28 com Col. 1:17.
6ª - Prov. 8:22, referindo-se à sabedoria de Deus, que é o Verbo de João 1:1, mostra que no princípio Deus a produziu.
Resposta:
A) Inúmeras versões bíblicas que não foram feitas com o intuito de contestar a divindade de Cristo falam que no princípio Deus “possuía” a Sabedoria.
B) Se Deus
não dispunha de Sabedoria antes de formá-la, seria
um Deus imperfeito, incapaz de criar um Universo tão
perfeito. A Bíblia, porém, fala que Ele já
possuía a Sabedoria (a segunda pessoa, o Verbo) antes
de Suas obras mais antigas, pois “no princípio” o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus” .
Obs.: Ressalte-se que a linguagem de Provérbios é
poética, metafórica.
C) Se o
Verbo (a Palavra) que era o instrumento de Deus para criar todas
as coisas (Sal. 33:6, 9; Gên. 1:3, 6, 9, 11, etc.) inexistiu
por algum tempo, teria Deus sido mudo antes de contar com Sua
Palavra?
Obs.: Sem a Palavra, a Divindade não poderia ter trazido
à luz o próprio Verbo, o que inutiliza a falsa
idéia de que o Verbo foi criado.
D) A exemplo
da Sabedoria e da Palavra, dispunha Deus, desde a eternidade,
de Seu Espírito, ou seja, Sua mente, conforme demonstra
Paulo em I Cor. 2:10, 11.
Obs.: Assim como o homem se conhece a si mesmo pelo seu espírito,
o Espírito de Deus penetra-Lhe o íntimo do Ser,
sendo parte integrante da Divindade. Nada inferior a Deus poderia
saber todas as coisas de Deus e perscrutar-Lhe a intimidade.
7ª - Jesus declarou que “o Pai é maior do que Eu” , e disse que não sabia certas coisas que eram do exclusivo conhecimento do Pai (ver João 14:28; Mat. 24:36) .
Resposta:
A) Como Verbo encarnado, Aquele que seria “chamado Filho de Deus”, Cristo era subordinado ao Pai no propósito de cumprir cabalmente sobre a Terra a missão a que viera-sofrer a morte em lugar do homem.
B) “Corretamente
entendida, a expressão ‘Meu Pai é maior do que
Eu’, encerra uma alta significação, pois somente
coisas da mesma ordem de magnitude ou homogêneas podem
ser comparadas. Nenhum homem ou ser angelical jamais poderia
dizer ‘Deus é maior do que Eu; porquanto os criados e
os não-criados são de ordem diferente! . . . Somente
Cristo, mesmo como servo, podia estabelecer comparação
com o Pai”.--A. B. Christianini, Radiografia do Jeovismo,
2ª edição, pág. 167.
Obs.: a) Em Cristo, a Divindade e a natureza humana estavam
fundidas, mas não confundidas. Ele podia falar de dois
diferentes ângulos: como Deus Todo-poderoso e como ente
humano. Daí Seu duplo título de “Filho de Deus”
e “Filho do homem” .
b) Ninguém ousaria dizer “eu e Deus” , ou “eu e o Pai”
quando referindo-se a Deus, pois somos humanos mortais. Diz-se
normalmente “Deus e eu”, linguagem mais apropriada. Mas Jesus
não titubeou em falar “Eu e Meu Pai’, pondo-Se em primeiro
lugar. João 10:30.
8ª - A Bíblia assegura que Cristo nada podia fazer de Si mesmo, mas tudo quanto fazia estava em harmonia com a vontade de Seu Pai e que apenas cumpria aquilo que era segundo a Sua vontade (João 5:19, 30) .
Resposta:
A) O mesmo Jesus que declarou nada fazer de Si mesmo, também disse que tinha todo o poder no Céu e na Terra. Mat. 28:18. Jesus nada fazia de Si mesmo, não porque não podia, mas porque, para os propósitos do plano da salvação, não devia. A Sua comida era fazer a vontade dAquele que O enviou (João 4:34). Ele poderia ter escapado à cruel morte no Calvário, mas sendo que isso representaria a renúncia ao plano de salvação, preferiu submeter-Se à vontade soberana da Divindade: cf. Mat. 26:39.
B) O próprio contexto da passagem de João 5:19 indica que tudo quanto o Pai realiza, “o Filho o faz igualmente” , considerando-Se, portanto, tão poderoso quanto o Pai.
C) A expressão “Filho de Deus” (na concepção judaica equivalia a fazer-se igual a Deus (ver João 5:18). Diz uma autoridade em hebraico: “Os judeus, de acordo com o uso hebraico da palavra, tiveram razão ao compreender que a pretensão de Jesus em ser o ‘Filho de Deus’ era equivalente a afirmar que era igual a Deus, ou simplesmente Deus”.-- A Trindade, L. Boettner, pág. 65.
9ª - O “Espírito” não pode ser uma pessoa,
pois a Bíblia fala em “derramar o ‘Espírito’”,
“encher-se do ‘Espírito’” , etc. Como se poderia derramar
uma pessoa ou encher-se dela?
Resposta:
A) O fato de o “Espírito” (ser derramado não serve como prova de que não seja uma personalidade, ou “pessoa” . O termo “pessoa” , empregado com referência à Divindade, denota a pobreza do vocabulário humano para referir-se às coisas do Alto, tendo, pois, mero valor comparativo (ver Subt. II, § 2).
B) Podemos indagar também: É Cristo uma pessoa, de personalidade própria? Admitirão as “testemunhas” que sim. Então, novamente perguntamos: como podemos “revestir-nos” de Cristo, segundo Paulo recomenda? Ora, seria possível revestir-nos de uma pessoa? Cristo não Se parece com nenhuma peça de tecido . . . (Gál. 3:27).
C) A própria Tradução Novo Mundo reproduz as palavras de Paulo ao dizer, “já estou sendo derramado” (2 Tim. 4:6). Ora, indiscutivelmente Paulo era uma pessoa. . .
D) Satanás, que é uma “pessoa” , uma personalidade, pode entrar noutra pessoa, como no caso de Judas: João 13:27.
E)
CONCLUSÃO: Assim como podemos encher-nos do Espírito,
podemos revestir-nos de Cristo, e também o Espírito
Santo pode ser “derramado”, como a T.N.M. diz ter sido o apóstolo
Paulo.
10ª - Antes de “Espírito”
não há artigo no original grego. Isso prova que
não se trata de uma pessoa, mas de uma mera força
ativa de Deus (cf. I Cor. 5:3-5) .
Resposta:
A) A mania de exigir sempre a colocação de artigo
para indicar tratar-se de uma pessoa, e não uma coisa,
é absurda. Em Col. 2:2 Cristo é referido, e não
há artigo antes da referência a Ele.
Obs.: O texto em grego reza: “Eis epignosin tou mysteriou tou
theou, Christou”--pleno conhecimento de Deus, Cristo” .
B) A analogia
com o “espírito” de Paulo em I Cor. 5:3-5 não
tem validade, pois o apóstolo fala figuradamente.
Obs.: O seu “espírito” ou seja, seus pensamentos, sentimentos
ou interesse pelo caso, que deviam ser levados em conta, uma
vez que ele já tomara uma decisão-“já julguei
como se estivesse presente” ([v. 3], seria lembrança
dele, e não uma “força ativa” (do apóstolo,
presente à reunião.
C)
Em Atos 15:28, por outro lado, ao Espírito “pareceu bem”
, na tomada da decisão durante o Concílio de Jerusalém.
O v. 8 diz que Deus lhes dera o Espírito Santo, e com
o Espírito presente à reunião é
que chegaram a um consenso.
Obs.: No caso do “espírito” presente de Paulo (durante
sua ausência física), os crentes apenas uniram
a decisão deles à já tomada pelo apóstolo
como se ele próprio estivesse na reunião que julgaria
o caso, sendo que de antemão já conheciam sua
opinião.