CAPÍTULO
6
A SANTA LEI DE DEUS
• Distinção de Leis
• Contraste Entre as Leis – Moral e Cerimonial
• O que é Ab-Rogar a Lei?
• O Que Você Deve Saber Sobre a Lei
• Quando Foi “Enterrada” a Lei Cerimonial ?
• A Verdade Sobre a Mudança da Lei
• “ A Lei e os Profetas, Duraram Até...(?)”
• Lei Moral Antes do Sinai
• A Perfeição Divina
• Exatidão Divina
• Excelência Divina
“Agora é o tempo de mostrar-se o povo de Deus leal aos
princípios. Quando a religião de Cristo for mais
desprezada, quando Sua Lei mais desprezada for, então deve
nosso zelo ser mais ardoroso e nosso ânimo mais inabalável.
Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria
nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos
os campeões – esta será nossa prova. Naquele tempo
devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem da covardia
e lealdade de sua traição.” – E.G. White, Testemunhos
Seletos, vol. 2 pág. 31.
“O corpo do homem é governado pela lei natural e seu comportamento
pela Lei Moral; estas duas leis devem refletir a harmoniosa vontade
de Seu autor.”
“A lei de Deus é divina, santa, celestial, perfeita...
Não há mandamento em excesso; não falta nenhum;
é tão incomparável que sua perfeição
constitui uma prova de divindade.” – Spurgeon (teólogo
Batista), Sermon On The Law.
“A Lei é a vontade de Deus, no Decálogo.” – Pr.
Carlo Johansson (téologo Assembleano), Síntese Bíblica
do Velho Testamento, pág. 48.
“A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em
nossos dias... a santa Lei de Deus é um pré-requisito
para uma experiência mais profunda da Graça.” – Pr.
Harold J. Brokle (teólogo Assembleano), Prosperidade Pela
Obediência, pág. 10.
“Os mandamentos representam a expressão décupla
da vontade de Jeová e a norma pela qual governa Seus súditos.”
– Pr. Myer Pearlman (teólogo Assembleano), Através
da Bíblia, pág. 27.
“O Senhor não anulou a Lei Moral, contida nos Dez Mandamentos,
e observada pelos profetas. O objetivo de Sua vinda não
foi abolir nenhuma parte dela... Todas as suas partes têm
de permanecer em vigor para a humanidade de todas as épocas,
pois não dependem de tempo, de lugar, ou de outra qualquer
circunstância sujeita a mudanças, da natureza de
Deus e do homem, e das relações imutáveis
que existem ente eles.” – João Wesley, Bible Readings for
the Home Circle, pág. 375. (Citado em Segue-me pág.
140). Grifo meu.
“O ritual, ou a Lei Cerimonial, dada por Moisés aos filhos
de Israel, contendo todas as injunções e ordenanças
que estavam relacionadas com os velhos sacrifícios e serviços
do templo, nosso Senhor em verdade veio para destruir, dissolver,
e inteiramente abolir. Esse fato traz o testemunho de todos os
apóstolos... Essas ordenanças eram transitórias,
nosso Senhor as apagou, removeu e pregou na Sua cuz. Mas a Lei
Moral contendo os Dez Mandamentos e reforçada pelos profetas,
Ele não a aboliu. Não foi o objetivo de Sua vinda
abolir qualquer parte dela. Ela é uma lei que nunca pode
ser anulada e que ‘permanece como a fiel testemunha no Céu’.
A moral (lei) repousa sobre um fundamento diferente dos das Leis
Cerimoniais ou rituais... Cada parte dessa lei tem de permanecer
em vigor para a humanidade de todas as épocas, visto que
não depende de tempo, de lugar, ou de outra qualquer circunstância
sujeita a mudanças da natureza de Deus e do homem, e das
relações imutáveis que existem entre eles.”
– João Wesley (fundador da Igreja Metodista) – Sermon 25,
On The Sermon on The Mount, págs. 221 e 228. (Citado em
Segue-me págs. 184-185). Grifo meu.
DISTINÇÃO DE LEIS
Crê, boa parte dos cristãos de hoje que a Lei de
Deus foi abolida quando Cristo morreu na cruz. Assim admitem esses
irmãos, pelo fato de aceitarem que a Bíblia apresenta
apenas uma lei, a Lei de Moisés. Entendem pelo termo “lei”,
encontrado nas Escrituras, como definindo todas as leis da Bíblia.
Não compreendem a separação delas, e discordam
que haja distinção entre as mesmas. Tudo se resume,
pensam, na Lei de Moisés. Não aceitam a existência
de um código particular, como a Lei Moral (Os Dez Mandamentos),
ou a Lei Cerimonial (ritualismo judaico).
O estudante sincero encontra nas Escrituras muitas leis, entre
as quais destaco: Lei Moral – os Dez Mandamentos (Êxodo
20:1-17). Lei Cerimonial (Levíticos 23). Lei Dietética
– de Saúde (Levíticos 11). Lei Civil (que regia
o governo dos judeus). Leis de Casamento. Leis de Divórcio.
Leis de Escravatura. Leis de Propriedade. Leis de Guerra, etc.
Caiu no domínio popular cristão que, quando se menciona
ou se lê na Bíblia a palavra lei, tudo se resume
na Lei de Moisés, o que não é correto. De
fato, existem muitas leis que foram enunciadas, escritas e entregues
por Moisés, embora provenham de Deus, e entre elas está
a Lei Cerimonial, consistindo de um ritual que os judeus deveriam
praticar até a chegada do Messias Jesus. Esse ritual simbolizava
o evangelho para os judeus, e compunha-se de ordenanças
como: ofertas diversas, holocaustos, abluções, sacrifícios,
dias anuais de festas específicas e deveres sacerdotais
(II Crôn. 23:18; Lev. 23; II Crôn. 30:16; Esd. 3:2).
Há porém um código particular e distinto,
escrito e entregue pelo próprio Deus a Moisés; é
a Lei Moral dos Dez Mandamentos, e em nenhuma parte das Escrituras
é esta lei chamada de Lei de Moisés. Portanto, estudando
com cuidado e carinho, qualquer um encontrará na Bíblia
essa variedade de leis.
“Billy Graham, considerado o maior evangelista da atualidade e
fundamentalista, assim se expressou sobre a Lei de Deus. Reproduzimos
a pergunta específica de um repórter e consequente
resposta textual, como estão na coluna de um jornal londrino
(reproduzidas em Signs of the Times de 23.08.1955, pág.
4).
“Pergunta: Mr. Graham, alguns homens religiosos que conheço,
dizem que os Dez Mandamentos são parte da ‘lei’e não
se aplicam a nós hoje. Dizem que nós, como cristãos,
estamos ‘livres da lei’. Está certo?
“Resposta: Não, não está certo, e espero
que você não seja desencaminhado por estas opiniões;
é de suma importância compreender o que quer dizer
o Novo Testamento quando afirma que estamos ‘livres da lei’. Como
é evidente, a palavra ‘lei’ é usada pelos escritores
do Novo Testamento em dois sentidos. Algumas vezes ela se refere
à Lei Cerimonial – do Velho Testamento, que se relaciona
com matéria ritualística e regulamentos concernentes
a manjares, bebidas e coisas deste gênero. Desta lei, os
cristãos estão livres na verdade. Mas o Novo Testamento
também fala da Lei Moral, a qual é de caráter
permanente e imutável e está sumariada nos Dez mandamentos.”
– A.B. Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 63-64. Grifos
meus.
Este famoso pregador Batista confirma o que a Bíblia apresenta
com enorme clareza. Bem, aguce sua audição agora
e vamos consultar, também, o apóstolo Paulo, a respeito
do assunto:
I Coríntios 14: 21
“Está escrito na lei: Por gente doutras línguas,
e por outros lábios, falarei a este povo...”
Aqui, Paulo não se refere nem à Lei Moral, e muito
menos à Lei Cerimonial. Sua referência só
pode ser ao Pentateuco ou mesmo a todo o Antigo Testamento, nunca
porém a um código definido, como a Lei Moral ou
a Lei Cerimonial.
Gálatas 3: 10
“Todos aqueles pois que são das obras da lei estão
debaixo de maldição... porque escrito está:
Maldito todo aquele que não permanecer em todas as obras
que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.”
Aqui, lógico e evidente, refere-se o apóstolo a
outra lei. É inegável! Inclusive a define como sendo
escrita em um livro.
Há outras passagens contundentes da pena de Paulo que apresenta
a diversidade de leis, porém, chamo sua atenção
para um fato altamente importante e de real destaque em dois textos:
Efésios 2: 15 – “Na Sua carne desfez a inimizade, isto
é; a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças...”
Romanos 3: 31 – “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira
nenhuma, antes estabelecemos a lei.”
Releia o que disse Billy Graham aí atrás (pág.
75). Agora considere o que escreveu este eminente teólogo:
“O contraste entre as afirmações é nítido
quando se chama a atenção para o fato de que Paulo
usou a mesma raiz grega para as palavras aqui traduzidas por ‘desfez’
e ‘anulamos’. Esta raiz, katargeo, significa tornar ‘inoperante’,‘fazer
cessar’, ‘afastar’ alguma coisa, ‘anular’, ‘abolir’. Mas o escritor
inspirado Paulo diz a uma determinada igreja que a ‘lei’ está
desfeita, e a outra igreja exclama: ‘De maneira nenhuma (Deus
nos livre é o sentido original)’, ao pensamento mesmo de
que a ‘lei’ esteja abolida, e se refere à mesma lei em
cada caso? Obviamente Paulo deve estar falando de duas leis diferentes.
Esses dois textos são suficientes em si mesmos para expor
a falácia de que a Bíblia fala de uma só
lei.” – Francis D. Nichol, Objeções Refutadas, págs.
3-4. Grifos meus. Vamos ainda ouvir o apóstolo São
Paulo.
Efésios 6: 2
“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento
com promessa.”
Seria irrazoável, não acha, já que o “mandamento”
fora desfeito, Paulo mandar os efésios observá-lo!
E há mais, afirma ele ter sua obediência uma alvissareira
promessa – vida longa – com saúde e paz; se a lei da saúde
também for observada, evidente!
I Timóteo 1: 8
“Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém
dela se utiliza legitimamente.”
Percebe, meu irmão! Jamais pode ser boa uma coisa “maldita”.
Correto? Também, se é boa e útil, por que
ser abolida e desfeita, não é?
Romanos 7: 14
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou
carnal...”
Note, Paulo toma a minha e a sua palavra agora e diz: “sabemos
que a lei é espiritual”. Sabia você isso, irmão?
Ou seja: A lei provém do Espírito de Deus. Se sua
fonte é tão sagrada, não lhe surpreende vê-la
tão rejeitada?
Romanos 7: 16
“E se faço o que não quero, consinto com a lei que
é boa.”
Observe novamente a afirmação paulina: “A lei é
boa”. Não deixa ele brecha para suposições
ou interpretações falseadas. A lei é boa
disse. Ora, se a lei é boa e contribui para tornar o homem
espiritual, não pode nem deve ser anulada, desfeita, interrompida,
caducada. Nunca! Concorda? Nunca jamais, você dirá
com certeza!
Romanos 7: 12
“E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.”
Permita-me repetir as palavras de Paulo mais uma vez: Lei santa,
Lei justa, Lei boa. É inegável que Paulo faz alusão
a leis diferentes, porque jamais poderia afirmar que uma lei não
presta e seja boa ao mesmo tempo. Que foi anulada, e é
santa, justa e boa. Que é maldição e que
tenha uma promessa de longa vida ao se observá-la.
Romanos 7: 22
“Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus.”
Viu? Lei de Deus e não de Moisés. Claro, não
é? Que acha o irmão, seja o “homem interior”?
– Sim, é o homem espiritual, o crente fiel e sincero, o
homem que não transgride a vontade divina, que não
transige com o pecado, e, como Paulo, tem prazer na Lei de Deus.
Romanos 7: 25
“Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor, assim
que eu mesmo com o entendimento sirvo a Lei de Deus...”
Caro irmão, Paulo já afirmou que a Lei de Deus é
santa, justa, boa, espiritual, tinha prazer em guardá-la,
e agora dá “graças a Deus por Jesus Cristo” pela
oportunidade e privilégio de poder, com todo o seu entendimento,
servir à Lei de Deus. Que maravilhoso! Creia isto, sinceramente,
amado!
Por conseguinte, é contundente e claro que há distinção
de leis na Bíblia. Ninguém deve supor que toda referência
à lei nas Escrituras se credite a Moisés como sendo
o legislador. De fato, os seus primeiros cinco livros são
considerados a “lei”, pois, forma o compêndio mais exato
das obrigações mútuas e orientações
divinas para o estabelecimento do governo de Deus, Seus métodos
e regulamentos.
Mas, é bom saber e, dar lugar à Lei Moral dos Dez
Mandamentos, que não foi escrita por Moisés, como
se julga, e sim pelo próprio Deus, em tábuas de
pedra (Êxo. 31:18). É a única parte das Escrituras
que Deus não permitiu ao homem escrever; Ele mesmo o fez,
pela primeira e segunda vez, quando Moisés quebrou as tábuas,
sobre o bezerro de ouro, ao descer ele do Monte Sinai (Êxo.
34: 1,28).
Assim agiu Deus, para patentear a sacrossantidade de Sua lei,
bem como chamar a atenção do homem para o fato de
Ele próprio tê-la escrito, e mais, sobre pedras,
para deixar clara a eternidade, perpetuidade e durabilidade desta
lei, que é eterna e gloriosa, como Ele o é.
“Algumas pessoas dão ênfase à distinção
entre mandamentos ‘morais’e mandamentos ‘cerimoniais’. As exigências
‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas
e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’
são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento
de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos
e o incenso... As leis ‘cerimoniais’ podem ser abrogadas na mudança
de dispensação, mas não as leis ‘morais’.
É certo que existe tal distinção.” – Pr.
O. S. Boyer (teólogo Assembleano), Marcos: O Evangelho
do Senhor, págs. 38-39. Grifos meus.
QUE SERIA DE NÓS SEM A LEI?
No dia 7 de outubro de 1969, a polícia de uma das maiores
cidades da América do Norte entrou em greve. Dois homens
foram assassinados, quarenta e oito pessoas ficaram feridas em
tumultos, foram assaltados sete bancos, houve muitos outros roubos
e foram quebradas cerca de mil vitrines no centro da cidade. Os
prejuízos excederam a um milhão de dólares.
Que seria de nós sem a lei e sua aplicação?
Que seria do mundo e do Universo sem a Lei de Deus e Seu poder
moderador?
No decorrer dos séculos, grandes pensadores reconheceram
que a Lei Moral de Deus constitui a base de sociedades ordeiras.
Quando a Lei de Deus é desprezada, os seres humanos tornam-se
vítimas de seu raciocínio subjetivo. O resultado
é permissividade destrutiva, libertinagem e degradação
moral e ética. Nisto está se transformando nossa
sociedade após o adultério ter deixado de ser crime
na lei do Estado.
REFLEXÃO
• Se Deus escreveu Dez Mandamentos, quantos Ele quer colocar em
nosso coração hoje?
• Amor se expressa pela obediência?
• Cristo poderá salvar um transgressor?
• O homem tem capacidade para corrigir a Deus?
• Se Deus diz Sábado, porque o homem diz domingo?
CONTRASTE ENTRE AS LEIS MORAL E CERIMONIAL
Segundo o breve estudo anterior, é possível que
alguém tenha ficado perplexo, pois há textos na
Bíblia que positivamente declaram ser a Lei de Deus eterna,
e que não muda, e que todos devem obedecê-la. Por
outro lado, existem outras passagens que parecem significar que
a lei é transitória, que nada aperfeiçoa,
é inútil e o crente salvo em Jesus Cristo não
tem obrigação de guardá-la.
Dentre todas as leis mencionadas na Bíblia, duas têm
destaque preeminente: A Lei Moral e a Lei Cerimonial, fato que
muitos, mas muitos irmãos, mesmo, não compreendem,
porém é claro em toda a Bíblia.
“A Lei Moral, os Dez Mandamentos, chamamos de Lei de Deus. Esta
lei vem da eternidade. Os princípios desta lei são
a base do governo de Deus. São imutáveis como o
trono de Jeová. A lei é por natureza indestrutível,
adaptando-se ao governo de seres morais livres em todos os séculos,
em todo o Universo de Deus. Nem um mandamento pode ser tirado
do Decálogo. Permanece, todo ele, irrevogado, e assim permanecerá
para sempre. Esta lei não pode ser ab-rogada, nem por homens
da Terra, nem por seres do Céu. Nem mesmo o Seu autor –
com reverência o dizemos – a pode ab-rogar, a menos que
mude Sua natureza, e a forma de Seu governo. Disse Jesus: “É
mais fácil passarem o Céu e a Terra do que cair
um til da lei” (Luc. 16: 17). Portanto, esta lei permanece para
sempre. Pelo menos enquanto durar Céu e Terra.
“O mesmo não se dá com a Lei Cerimonial, frequentemente
chamada de Lei de Moisés, que veio a existir depois da
queda do homem. Esta lei ‘consistindo em manjares e bebidas, e
várias abluções e justificações
da carne’ e sacrifícios, destinava-se a chamar a atenção
para a primeira vinda de Jesus; em vindo Ele, passou, pois nEle
teve seu cumprimento. Aí encontraram-se o tipo e o antítipo;
a sombra encontrou o corpo. Quando Cristo, o Cordeiro de Deus,
morreu na cruz, ‘o véu do templo se rasgou em dois de alto
a baixo’ (Mat. 27: 51). Os serviços do templo deixaram
então de ter lugar. O sistema sacrifical cessou, e a lei
que a ele pertencia deixou de existir. Foi cravada na cruz (Col.
2: 14). Foi dada para satisfazer condições temporárias,
locais, e uma vez que essas condições mudaram em
virtude da entrada da nova dispensação, os estatutos
cerimoniais não tinham mais razão de ser.” – Folheto
nº 22 – CPB.
A seguir, através de inúmeros textos bíblicos,
consolidaremos a grande verdade entre as duas leis, específicamente.
Você vai notar que, de fato, existe uma distinção
entre os dois códigos, e que, com certa facilidade, veremos
que os textos que se referem a um não podem referir-se
a outro, certo?
A Lei Moral – é Denominada a “Lei do Senhor” – Salmo 1:
2; 19: 7
“... tem o seu prazer na Lei do Senhor. E na Sua lei medita de
dia e de noite. A Lei do Senhor é perfeita e refrigera
a alma...”
A LEI CERIMONIAL – FOI DENOMINADA A “LEI DE MOISÉS”
Neemias 8: 1
“... disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei
de Moisés...”
Atos 15: 5
“Alguns, porém, da seita dos fariseus... se levantaram,
dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que
guardassem a Lei de Moisés.”
A Lei Moral – é Chamada a “Lei Real” – Tiago 2: 8
“... se cumprirdes, conforme a Escritura, a Lei Real...”
A Lei Cerimonial – é Chamada a “Cédula
de Ordenanças”
Colossenses 2: 14
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas
suas ordenanças...”
Efésios 2: 15
“Na Sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos
que consistiam em ordenanças...” (A Lei Cerimonial é
chamada também de Lei Ritual).
A Lei Moral – Existia Antes do Pecado do Homem – Romanos 4: 15
“... onde não há – lei – também não
há transgressão.”
(Logicamente, se Adão e Eva pecaram, é porque transgrediram
a lei de Deus. Disso Paulo dá provas cabais e insofismáveis,
ao declarar: “Como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado a morte... Mas o pecado não é imputado não
havendo lei (Rom. 5: 12-13). Fica então claro, que a Lei
de Deus existia antes do pecado do homem, no Éden).
A Lei Cerimonial – Foi Dada Depois da Queda de Adão
Os símbolos e cerimônias desta lei (Lei Cerimonial)
deveriam conduzir os homens ao Messias que viria para resgatar
os pecadores. (Leia Hebreus 10:1).
A Lei Moral – Foi Escrita Pelo PRÓPRIO Deus – Êxodo
31: 18
“E deu a Moisés...duas tábuas do testemunho, tábuas
de pedra, escritas com o dedo de Deus.”
A Lei Cerimonial – Foi Escrita por Moisés
– Deuteronômio 31: 9
“E Moisés escreveu esta lei, e a deu aos filhos de Levi...”
A Lei MORAL – Foi Escrita em Tábuas de Pedra – Êxodo
31: 18
“E deu a Moisés... duas tábuas do testemunho, tábuas
de pedra...”
A Lei Cerimonial – Foi Escrita em um Livro –
Deuteronômio 31: 24
“E aconteceu que, acabando Moisés de escrever as palavras
desta lei num livro, até de todo as acabar.”
A Lei Moral – Foi Colocada Dentro da Arca – Deuteronômio
10: 5
“E virei-me e desci do monte, e pus as tábuas na arca que
fizera; e ali estão como o Senhor me ordenou.”
A Lei Cerimonial – Foi Colocada Fora da Arca – Deuteronômio 31: 26
“Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca...”
A Lei Moral – é uma Lei Perfeita – Salmo
19: 7
“A Lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma...”
A Lei Cerimonial – “Nenhuma Coisa Aperfeiçoou” – Hebreus 7: 19
“Pois a – lei – nenhuma coisa aperfeiçoou...”
A Lei Moral – é uma Lei Eterna – Mateus
5: 18
“... em verdade vos digo que até que o Céu e a Terra
passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que
tudo seja cumprido.”
A Lei Cerimonial – Era Transitória – Hebreus
10: 1
“Porque tendo a lei sombra dos bens futuros, e não a imagem
exata das coisas...”
A Lei Moral – É Santa, Justa e Boa – Romanos
7: 12
“... assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e
bom.”
A Lei Cerimonial – Nada Aperfeiçoou ou Santificou – Hebreus 10: 1
“...Nunca, pelos mesmos sacrifícios que contínuamente
se oferecem a cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles
se chegam.”
A Lei Moral – É uma Lei Espiritual – Romanos
7: 14
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual...”
A Lei Cerimonial – Era Carnal – Hebreus 9: 10
“Consistindo somente em manjares, e bebidas, e várias abluções
e justificações da carne...”
A Lei Moral – Contém um Sábado Semanal – Êxodo 20: 8-11
“Lembra-te do dia de Sábado para o santificar...”
A Lei Cerimonial – Tinha Sete Sábados Anuais – Levítico 23: 27; 23: 32
“Mas aos dez deste mês sétimo, será o dia
da expiação; tereis santa convocação...
sábado de descanso vos será; então afligireis
as vossas almas, aos nove do mês à tarde...”
Querido irmão, grave nos escaninhos de sua alma estas duas
comparações finais. Entesourai-as no coração
e na mente.
A Lei Moral – Não Foi Ab-rogada (anulada) por Cristo
Mateus 5: 17-19
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: Não
vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até
que o Céu e a Terra passem, nem um jota, ou um til, se
omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido...”
A Lei Cerimonial – Sim – Foi Cravada na Cruz
Colossenses 2: 14
“Havendo riscado a cédula que era contra nós, nas
suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária,
e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”
A Lei Moral – Não Foi Abolida Nem Anulada Pela
Fé em Cristo
Romanos 3: 31 – “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira
nenhuma; antes, estabelecemos a lei.”
A Lei Cerimonial – Foi Desfeita ou Cancelada por Cristo
Efésios 2: 15 – “Na Sua carne (Seu sacrifício) desfez
a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia
em ordenanças...”
Finalmente, lhe digo amado: A Lei Moral não dá instruções
ou informações sobre ofertas queimadas, de manjares,
páscoa, ereção de altares, circuncisão,
ordem sacerdotal, etc. A Lei Cerimonial é que engloba
e exige a prática destes ritos.
– Considere estes fatos, com carinho! E não esqueça
do isto é!
FALTA DE UNIDADE? CONTRADIÇÃO? EQUÍVOCO?
• “– Os Adventistas e a Lei de Moisés – Dividem a Lei de
Moisés em duas partes, uma moral, incluindo os dez mandamentos
e a outra cerimonial, compreendendo o resto da lei. Dizem que
Cristo aboliu a lei cerimonial, mas a lei moral precisa ser obedecida.
Inventaram essa maneira de argumentar, porque viram-se em dificuldade
diante da declaração bíblica de que a lei
foi abolida por Cristo.” – Pastor Rui Franco (teólogo Batista),
Revista Mocidade e Adulto, Edições Brasil Batista,
10 de outubro de 1976. Grifo meu.
• “Devemos fazer distinção entre a lei cerimonial
e a lei moral. A lei cerimonial ficou circunscrita ao Velho Testamento.
Referia-se a costumes próprios do povo de Israel, alimentação,
etc. Não temos nenhuma obrigação, hoje, para
com essa lei.
“Há, porém, a lei moral. Esta permanece. Os dez
mandamentos, por exemplo, faziam parte da lei, mas permanecem
até hoje, porque são princípios eternos,
estabelecidos por Deus para as relações humanas.”
– Pastor Walter Kaschel (teólogo Batista), Lições
de Mordomia, Suplemento da Revista de Jovens e Adultos, Casa Publicadora
Batista (teólogo Batista), 4a. impressão, 1964.
Grifos meus.
• “Não há tal coisa como duas leis diferentes dadas
a Israel. Tal distinção não é mencionada
em nenhum lugar da Bíblia.” – Gordon Lindsay (teólogo
Assembleano) – Os Fatos Sobre o Sétimo Dia, pág.
39. Grifos meus.
• “As idéias que alguns fazem da Lei de Deus, são
errôneas e muitas vezes perniciosas. O arrojo ou ousadia
dos tais, chega a ponto de ensinar ou fazer sentir que a Lei já
foi abolida e que nenhum valor mais lhe resta, tão pouco
tem autoridade para corrigir os costumes e influir na vida do
indivíduo... Os que ensinam a mentira que a Lei não
possui mais valor ou autoridade, ainda não leram com certeza
os versículos que nos servem de texto (S. Mat. 5:17-19).
Como se pode dizer que a Lei foi abolida?
“Outros dizem que Jesus não fez mais que afrouxar a Lei.
Ora, ainda aí, o absurdo é grande, pois será
crível aos que possuem um pouco de senso, que Deus mude
a Sua Lei quando Ele é imutável? Não! Tudo
pode mudar-se, tudo pode transformar-se ou degenerar-se, porém
Deus não muda, nem o Seu poder, nem a Sua glória;
os Seus preceitos são eternos.
“Vamos mais longe: Essa Lei é base da moralidade social,
e será crível que tal base seja abolida, isto é,
que se mate, adultere, furte e calunie? Não! Essa Lei é
toda digna de nossa admiração, de nosso respeito
e acatamento.
“Jesus veio pôr em prática a Lei e não a abolir.
Olhemos todos para esse modelo e peçamos força para
obedecer os preceitos divinos.” – S. L. Ginsburg (Ministro Batista)
O Decálogo ou Os Dez Mandamentos da Lei de Deus, págs.
4-7, grifos meus.
• “A Bíblia afirma que existe uma só Lei. O que
existe, na verdade, são preceitos morais, preceitos cerimoniais,
e preceitos civis. É chamada Lei de Deus, porque teve origem
nEle. Lei de Moisés, porque foi Moisés o legislador
que Deus escolheu para promulgar a Lei no Sinai. Os preceitos,
tanto do Decálogo como os fora dele, são chamados
alternadamente Lei de Deus ou do Senhor e Lei de Moisés
(Luc. 2:22 e 23; Heb. 10:28). São, portanto, sinônimos
e, por isso não há distinção alguma
(Nee. 8:1, 2, 8, 18). – Pr. A. Gilberto (teólogo Assembleano)
Lições Bíblicas Jovens e Adultos, Casa Publicadora
das Assembléias de Deus, 2º trim/97, pág. 45.
• “Algumas pessoas dão ênfase entre mandamentos ‘morais’
e mandamentos ‘cerimoniais’ . As exigências ‘morais’ são
aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas.
Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas
sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos,
por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso...
As leis ‘cerimoniais’ podem ser ab-rogadas na mudança de
dispensação, mas não as leis ‘morais’. É
certo que existe tal distinção. – Pastor O. S. Boyer
(teólogo Assembleano) – Marcos: O Evangelho do Senhor,
pág. 38-39.
A LEI E O PECADO
“Quando os judeus rejeitaram a Cristo, rejeitaram a base de sua
fé. E, por outro lado, o mundo cristão de hoje,
que tem a pretensão de ter fé em Cristo, mas rejeita
a Lei de Deus, comete um erro semelhante ao dos iludidos judeus.
Os que professam apegar-se a Cristo, polarizando nEle as suas
esperanças, ao mesmo tempo que desprezam a Lei Moral e
as profecias, não estão em posição
mais segura do que os judeus descrentes. Não podem chamar
inteligentemente os pecadores ao arrependimento, pois são
incapazes de explicar devidamente o de que se devem arrepender.
O pecador, ao ser exortado a abandonar seus pecados, tem o direito
de perguntar: Que é pecado? Os que respeitam a Lei de Deus
podem responder: Pecado é a transgressão da Lei
(I João 3:4). Em confirmação disto, o apóstolo
Paulo diz: “...Eu não conheceria o pecado, não fosse
a Lei...” (Rom. 7:7). – Mensagens Escolhidas, vol. 1 – E.G. White,
pág. 229, grifos meus.
O QUE É AB-ROGAR A LEI?
Agora que sabemos qual a lei que foi abolida por Cristo, resta-nos
saber a finalidade da Lei Moral, dos Dez Mandamentos. Antes, porém,
deixe-me explicar o que é cumprir a lei, porque muitos
pensam que, por ter dito Jesus: “Eu vim cumprir a lei”, Ele a
cancelou.
Tomemos, por exemplo, uma coisa simples, como uma placa de contramão.
Esta placa, feita pelo Detran, consiste de um círculo vermelho
com uma faixa branca cortando-o. Em qualquer país do mundo
esta placa indica que é proibido ao carro seguir a rua
onde ela esteja. Pois bem, então o motorista vai guiando
o seu carro e de repente vê à sua frente tal placa.
Se ele volta, ou dobra à esquerda ou à direita,
ele está cumprindo a “lei” representada por aquela placa
que o proibiu de seguir por aquela estrada. Então, cumprir
é obedecer aquele regulamento. Como se vê, o cumprir
não foi tornar nulo nem cancelar aquele dispositivo que
o proibia seguir em frente.
Da mesma forma, o pedestre que vai atravessar uma rua, posta-se
então na calçada, e espera que o sinal fique vermelho
para os carros; quando isto ocorre, acende-se o sinal verde para
ele atravessar tranquilamente a pista de rolamento. A “lei” é
representada ali pelo sinal vermelho para os carros e pelo sinal
verde para ele. Se o carro pára ao sinal tornar-se vermelho,
está o motorista cumprindo aquele regulamento, a lei do
trânsito; e, se a pessoa atravessa quando o sinal está
verde para ela, da mesma maneira está cumprindo o requisito
legal que determina estas normas.
Agora pergunto: Cumprir é cancelar, inutilizar, acabar?
Certamente você responderá que não! Cumprir
então é obedecer, neste caso, os estatutos do Detran.
Da mesma sorte, qualquer proibição legal, obedecida,
é cumprida, por quem a obedece.
Isto acontece com os governos, indústrias, comércios,
escolas, universidades, que têm regulamentos e leis. Qualquer
cidadão brasileiro que é fiel em suas obrigações
no pagamento de seus impostos, e que cumpre as normas e leis estabelecidas
para o nosso bem-estar, está livre de sua condenação,
mas, tão logo as transgride, fica sujeito às suas
penalidades.
Recentemente, em programa radiofônico de maior audiência
no Rio de Ja-neiro, um jurista disse: “A lei cumprida, protege;
a lei transgredida, condena”. Que bela verdade disse um homem
que nem evangélico é!
Da mesma maneira ocorre com a Lei de Deus. Mesmo sem a explicação
apresentada, será ilógico achar que Jesus “cancelou”,
“acabou” com Sua própria lei. Primeiro, porque ela é
eterna, como é eterno o nosso grande Deus. Sobretudo é
o fundamento de Seu governo. Segundo, por ela será julgada
toda criatura, conforme as palavras de Tiago 2:12: “Assim falai,
e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade”.
Terceiro, ela é tão importante e útil que
está guardada no Céu. Observe: “E abriu-se no Céu
o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo...”
(Apoc. 11:19). Portanto, estão no Céu, dentro da
arca, os originais da santa Lei de Deus, escritos pelo Seu próprio
dedo. Isto é muito significativo, irmão. Queira
ler: Êxo. 31:18; Deut. 10:5.
Pois bem, a finalidade da Lei de Deus é apontar, mostrar
o pecado. A lei é o espelho espiritual do cristão.
Se você estiver com o rosto sujo, o espelho mostra a sujeira
e, então, o que faz? Lava-se, não é? O mesmo
papel desempenha a Lei de Deus; ela mostra onde está sujo
na vida do homem. Quando isso ocorre, a sujeira, isto é,
o pecado, precisa ser removido.
Fala-se muito que estamos debaixo da Graça. Que a Graça
cancelou a lei, etc. Entrementes, afirmo, com base nas Escrituras
Sagradas, que a lei jamais pode ser abolida, porque se tal acontecesse
não haveria a necessidade da Graça. Sim, Graça
é um favor imerecido. É estendida ao homem para
justificá-lo de seu pecado, quando ele expressa fé
no sacrifício de Jesus.
– Que é pecado? Perguntou Billy Graham, quando de sua campanha
evangelística no Rio de Janeiro em seu folheto intitulado:
“Que importância você dá a Deus?” Ele mesmo
responde: “Pecado é a quebra da Lei Moral... Porque todos
nós temos quebrado os Dez Mandamentos...” Ele está
certíssimo, porque a Bíblia revela tal verdade com
estas palavras: “Qualquer que comete pecado, também transgride
a Lei, porque o pecado é a transgressão da Lei”
(I João 3:4 – Edição revista e atualizada).
Esta é a mais clara e divina definição de
pecado.
Não esqueça: a lei funciona como um espelho. Qualquer
pecado na vida do homem é apontado por ela, e imediatamente
ela o acusa, restando ao homem uma única saída para
livrar-se de sua incômoda penalidade: recorrer à
Graça de Deus, que é a aceitação do
sacrifício de Jesus para sua vida.
Por conseguinte, para haver Graça, necessário é
que haja pecado. E para saber se há pecado, preciso é
que se tenha um código que o identifique. Por favor, irmão,
preste a máxima atenção a este silogismo:
Romanos 4:15; 5:13
“Porque onde não há lei também não
há pecado... mas o pecado não é imputado
não havendo lei.”
Assim que, se alguém prega que a Lei de Deus foi abolida,
forçosamente as pessoas terão de crer também
que não existe pecado, e se assim é, todos são
justos, e todos se salvarão, possuam ou não fé
em Cristo, tenham ou não nascido de novo, sem a manifestação
da Graça.
Sim, porque Deus não pode condenar nem destruir aqueles
que não pecaram. Aceitando-se que a Lei Moral foi abolida
por Cristo, não há mais necessidade de fé
e muito menos angustiar-se por causa de uma perdição
eterna, em chamas crepitantes, no Juízo Final. Agora observe
o que diz o evangelista:
Mateus 1:21
“E dará à luz um filho e chamará o Seu nome
Jesus; porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados.”
Então, como é isso? Jesus nasceu para salvar homens
do pecado?
Paulo afirma que, “...Se não há lei, também
não há pecado...” (Rom. 5: 13). E se hoje em dia
alega-se ter sido a lei abolida, o raciocínio lógico
é que, se não há pecado (em virtude do cancelamento
da Lei de Deus), não pode haver salvação,
pois ela é a consequência da conversão do
pecador. Se todos, porém, são justos (pois não
há uma lei que aponte e mostre pecados), para quê
salvação?
Ora, se não há salvação, que necessidade
temos de Jesus? Conclui-se pela palavra dos que advogam a tese
da abolição da Lei de Deus que – informa o apóstolo
Paulo –, “não há pecado”. Não havendo pecado,
dizemos nós, todos se salvarão, e o sacrifício
de Jesus foi em vão, inútil e desnecessário,
e é isso o que Satanás deseja, levando os homens
a pensarem que a Lei de Deus foi abolida.
Digo-lhe irmão, fiado na Bíblia, a Lei Moral de
Deus existirá sempre, enquanto houver pecado. Permanecerá
ela como a expressa vontade de Deus para com o homem. Ela acusará
sempre todo aquele que cometer pecado.
Saiba, meu irmão, quando se afirma que estamos livres da
lei, isto é, de sua penalidade, fácil é saber
se é verdade. Cumprindo os Dez Mandamentos em sua vida,
a lei não o acusará. É como estar diante
do espelho, e este mostra seu rosto completamente limpo. Mas,
embora livre da condenação da Lei de Deus, pela
justificação do sacrifício de Cristo, não
quer dizer que o cristão esteja livre do pecado; em qualquer
tempo que o cristão tornar a cometê-lo, novamente
a lei o acusará, e assim acontecerá até a
volta de Cristo, quando então, e só então
e para sempre, será banido o pecado desta Terra. Depois
leia estes textos: I. S. João 1:8,10. João 8:7.
Agora ouça, amado irmão, de que adianta dizer-se
justificado, salvo pela Graça, e guardar apenas nove mandamentos,
como é o caso de muitos, se a lei é composta de
dez? Para estes há uma dura palavra na Bíblia:
Tiago 2:10
“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em
um só ponto, tornou-se culpado de todos.”
Se a Bíblia diz que “pecado é a transgressão
da lei”, portanto, mesmo sendo apenas um mandamento quebrado,
o pecado torna-se patente na vida do transgressor, pois para Deus
o pecado não tem categoria nem tamanho. Pecado é
pecado! Ouça:
I João 2:3 e 4
“E nisto sabemos que o conhecemos, se guardamos os Seus mandamentos;
aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus
mandamentos, é mentiroso e nele não está
a verdade.”
Percebe como é grave a situação? Meu amado,
se à luz desta dura palavra, e se a Lei de Deus lhe mostra
alguma transgressão, lave-se no sangue de Jesus, seja forte,
decida-se. Pois a Bíblia determina:
Eclesiastes 12:13
“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda
os Seus mandamentos, porque este é o dever de todo homem.”
Jesus disse ao jovem rico: “... se queres, porém, entrar
na vida, guarda os mandamentos” (Mat. 19:17).
Você irmão, só terá absoluta certeza
de que a lei não o acusa, se estiver guardando os Dez Mandamentos
de que ela é composta. Esta é a única maneira
de certificar-se de estar livre de sua condenação.
Alguém poderá dizer, como já ouvi: “Isso
é legalismo”! Eu responderei: “Isso é o que diz
a Bíblia”, e eu creio nela. Outros dizem: “Ninguém
pode guardar toda a lei”. Assim agem, porque não depositam
em Deus suas fraquezas, para dEle receber força. Isso dizem
os que limitam o poder de Deus. Isso dizem os cristãos
de pequena fé. Isso dizem os que não querem ver
os milagres de Deus.
Caro irmão, quer ser vitorioso e forte para poder guardar
a Lei de Deus? Leia Filipenses 4:13, Mateus 6:33, Isaías
49:15 e 16. Leia várias vezes. Ore. E o Deus do Céu
o abençoará ricamente. Se tomar a decisão
de ser fiel a Deus nesta parte da Bíblia, reclame de Deus
a Sua bênção. Glória a Deus! Aleluia!